Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial Estenografia Braille Para a Língua Portuguesa Brasília, 2006 Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial Esplanada dos Ministérios, Bloco L 6° andar, Sala 600 70047-901 - Brasília - DF Telefone: (61) 2104-8651 / 2104-8642 Fax: (61) 2104-9265 E-mail: seesp@mec.gov.br 1ª Edição, 2006 Tiragem: 1000 unidades ISBN: 978-85-60331-05-5 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Estenografia Braille para a Língua Portuguesa / elaboração : Cerqueira, Jonir Bechara... [et al.]. Secretaria de Educação Especial. Brasília: SEESP, 2006. 69p. 1. Educação Especial. 2. Sistema Braille. 3. Estenografia Braille. 4. Língua Portuguesa. I. Título. CDU 376.352 Ficha Técnica Secretária de Educação Especial Claudia Pereira Dutra Diretora do Departamento de Políticas da Educação Especial Claudia Maffini Griboski Coordenadora Geral de Desenvolvimento da Educação Especial Kátia Aparecida Marangon Barbosa Elaboração Jonir Bechara Cerqueira Maria Gloria Batista da Mota Regina Fátima Caldeira de Oliveira Colaboração Cecília Maria Oka Fernanda Christina dos Santos Iracema Vilaronga Rodrigues José Carlos Rodrigues Maria da Glória de Souza Almeida Olga Itocazo Patrícia Neves Raposo Comissão de Braille de Portugal Revisão Fernanda Christina dos Santos Maria Gloria Batista da Mota Martha Marilene de Freitas Souza Regina Fátima Caldeira de Oliveira Índice Apresentação – 7 Prefácio – 9 Introdução – 17 Preâmbulo – 19 I – Abreviaturas – 21 1. Abreviaturas por representação Inicial Silábica – 21 1.1. Abreviatura por representação inicial silábica total – 21 1.1.1. Sinais Simples – 21 1.1.2. Sinais Duplos – 22 1.1.3. Sinais Triplos – 23 1.1.4. Sinais Quádruplos – 24 1.2. Abreviaturas por representação inicial silábica parcial – 24 1.2.1. Sinais Duplos – 25 1.2.2. Sinais Triplos –25 1.2.3. Sinais Quádruplos – 26 2. Abreviaturas por contração – 26 2.1. Abreviaturas por contração apoiada – 26 2.2. Abreviaturas por contração pura – 27 2.3. Abreviaturas por contração de emergência – 27 3. Abreviaturas por suspensão – 28 4. Abreviaturas por convenção relativa – 28 II – Eestenografia – 29 1. Sinais Simples – 29 1.1. Consonânticos – 29 1.2. Vocálicos – 30 1.3. Mistos – 30 1.3.1. De natureza consonântica – 30 1.3.2. De natureza vocálica – 31 2. Sinais Compostos – 32 2.1. De raiz consonântica – 32 2.2. De raiz vocálica – 34 III – Abreviaturas Estenografadas – 36 1. Abreviaturas Estenografadas – 36 1.1. Abreviaturas por representação inicial silábica total – 36 1.1.1. Sinais Duplos – 36 1.1.2. Sinais Triplos – 36 1.2. Abreviaturas por representação inicial silábica parcial – 37 1.2.1. Sinais Duplos – 37 1.2.2. Sinais Triplos – 37 2. Abreviaturas Por Contração – 37 2.1. Abreviaturas por Contração Apoiada – 37 2.2. Abreviaturas por Contração Pura – 37 Observações Gerais e Normas de Aplicação – 38 Quadros Auxiliares da Escrita (ordem alfabética) – 46 I – Abreviaturas – 46 II – Estenografia – 55 1. Sinais Simples – 55 2. Sinais Compostos – 56 Quadros Auxiliares da Leitura (ordem Braille) – 58 I – Abreviaturas – 58 II – Estenografia – 66 1. Sinais Simples – 66 2. Sinais Compostos – 67 Bibliografia – 69 Apresentação O Sistema Braille, introduzido no Brasil em 1850, foi o chamado “Braille Francês”, ou seja, o que fora estruturado por Louis Braille em sua versão definitiva de 1837, para aplicação do “Braille Integral” na Literatura, na Aritmética, na Geometria e nas notações da Música. Toda essa simbologia foi adotada, sem qualquer alteração, até o início dos anos quarenta do século passado. Com o propósito de aumentar a eficiência na comunicação literal, ou seja, na escrita e leitura de textos, o Sistema Braille foi adaptado, convencionalmente, para uso de símbolos abreviativos de palavras em diferentes idiomas. Na Língua Portuguesa, o uso da abreviatura Braille ou do Braille estenográfico foi praticado em várias ocasiões no Brasil. Os adeptos desse recurso o consideram valioso, pois possibilita maior rapidez na escrita, com economia de tempo e de material, além de contribuir para maior fluência na leitura. A utilização da estenografia Braille no Brasil registrou diferentes momentos na sua historicidade, que culminou com a elaboração da presente publicação, que padroniza o uso da abreviatura na comunicação pessoal das pessoas cegas. Esperamos por meio da publicação Estenografia Braille para a Língua Portuguesa estar contribuindo com os sistemas de ensino e com as pessoas cegas brasileiras, que poderão contar com mais uma alternativa de uso do Sistema Braille. Claudia Pereira Dutra Secretária de Educação Especial - MEC Prefácio Após a invenção de seu sistema de leitura e escrita, em 1825, Louis Braille expôs as bases de sua obra em duas publicações editadas, respectivamente, em 1829 e 1837, nas quais já estavam incluídos elementos de abreviaturas ortográficas baseadas na “Sonografia” de Charles Barbier. Posteriormente, um de seus discípulos, Victor Ballu, em 1850, produziu um sistema fonográfico de estenografia. Em 1870, os Irmãos de Saint-Gabriel elaboraram uma codificação sonográfica de abreviaturas, de fácil memorização, para imprimir textos escolares destinados a seus alunos de Saint-Médard-lès-Soissons. No Congresso Universal de Paris, em 1878, foi finalmente admitida a prevalência do Braille francês sobre o dos demais países representados. Reconheceu-se, então, a necessidade de se criar uma abreviatura unificada com bases estritamente ortográficas. Maurice de la Sizeranne, em 1882, publicou a versão de uma abreviatura ortográfica francesa, que suplantou a anterior. Esta nova abreviatura apresentava combinações de letras em palavras e, também, símbolos representativos de palavras inteiras. A Abreviatura Ortográfica Francesa (A.O.F.) tornou-se em breve a única, empregada na França e nos países de língua francesa, que a utilizam até hoje. No Brasil, o Sistema Braille foi introduzido em 1850 por José Álvares de Azevedo e oficialmente adotado a partir de 1854 com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant (IBC). Em Portugal, o Braille foi adaptado em 1880 e o primeiro sistema de abreviaturas introduzido em 1905. Ainda no século XIX, alunos e professores do Imperial Instituto dos Meninos Cegos começaram a se preocupar com a codificação do Braille em um sistema de abreviaturas que lhes facilitasse a produção de textos. A partir de 1920, no Instituto Benjamin Constant, professores cegos que tinham criado símbolos abreviativos Braille para uso particular ensinavam-nos a seus alunos, como meio de facilitar a escrita e a leitura. Somente em 1942 surgiu um código de abreviaturas realmente estruturado, de autoria do professor do IBC, José Espínola Veiga. Este código foi regulamentado quando entrou em vigor no país a Portaria Ministerial nº. 552, de 13/11/1945, que disciplinava o uso do Braille, denominando-o “Braille Oficial para a Língua Portuguesa”. Continha 226 abreviaturas, sendo que mais da metade delas diferenciava-se radicalmente das utilizadas em Portugal. O segundo centro de produção de textos em Braille, a Fundação para o Livro do Cego no Brasil (hoje, Fundação Dorina Nowill para Cegos), fundado em 1946, introduziu gradativamente em sua revista Relevo as abreviaturas que vinham sendo usadas em Portugal. Até então, os sistemas de abreviaturas não obedeciam a nenhuma coordenação universal; criavam-se codificações que diferiam de país para país, conforme as necessidades de cada língua ou dialeto. A UNESCO, reconhecendo a importância do Braille para os cegos de todo o mundo, e considerando o fato de que a unificação do Sistema Braille em determinadas áreas lingüísticas possibilitaria maior intercâmbio literário e desenvolvimento das técnicas e equipamentos para o uso dos deficientes visuais, iniciou, a partir do dia 1º de julho de 1949, uma série de conferências sobre o “Sistema Braille no Mundo”, coordenadas por Sir Clutha Mackenzie e encerradas em 31 de dezembro de 1951. Assim, a UNESCO, convocando especialistas em Braille de diversas zonas lingüísticas, especialistas na educação de cegos e dirigentes de imprensas Braille, realizou, em 1950, uma conferência internacional sobre a unificação do Braille, celebrada em Paris e na qual ficou estabelecida, entre outras, a seguinte recomendação: “Recomenda-se insistentemente a realização de consultas entre braillistas das diferentes partes do mundo que possuam o mesmo idioma para formular e adotar um sistema uniforme de Braille abreviado para cada língua e que, com o mesmo objetivo, se faça um intercâmbio de opiniões entre braillistas que possuam idiomas do mesmo grupo lingüístico. A este respeito, a Conferência assinala especialmente o problema delimitado pelas divergências dos sistemas abreviados adotados nas regiões de língua espanhola e portuguesa, e recomenda-se encarecidamente que se tomem medidas para fazer desaparecer estas divergências, a fim de obter uma maior economia de produção e um maior intercâmbio literário. A Conferência recomenda que cada futuro Sistema Braille abreviado tenha em conta tanto as necessidades dos usuários de instrução relativamente limitada, como daqueles que tenham perdido a visão com idade adulta, conservando dentro dos limites razoáveis o número de abreviaturas. Ao mesmo tempo, não deverá deixar de levar-se em conta a economia de espaço”. Dando continuidade a seus trabalhos, a UNESCO realizou de 26 de novembro a 1º de dezembro de 1951, em Montevidéu, a Conferência Regional para Uniformização do Sistema Braille Abreviado para os Povos de Língua Castelhana e Portuguesa. Nesta Conferência, que contou com a presença do prof. José Ferreira de Albuquerque e Castro (Portugal), da prof.ª Dorina de Gouvêa Nowill e do Dr. Hermínio Brito Conde (Brasil), estabeleceu-se o Código de Abreviaturas Braille Grau 2 para a Língua Portuguesa, baseado no Prontuário Estenográfico do prof. José Ferreira de Albuquerque e Castro. Este prontuário compreendia dois graus de abreviaturas: Braille Grau 2 e Braille Superior ou Terceiro Grau, contendo este último um grande número de palavras estenografadas. Os resultados alcançados na Conferência de Montevidéu não foram suficientes para que as duas imprensas Braille brasileiras adotassem um código unificado de abreviaturas. Em 4 de dezembro de 1962 foi sancionada a Lei nº. 4.169, que “Oficializa as Convenções Braille para Uso na Escrita e Leitura dos Cegos e o Código de Contrações e Abreviaturas Braille”, revogando-se automaticamente a Portaria nº. 552, até então em vigor. Os termos desta lei não mereceram plena aceitação entre os educadores de cegos e as imprensas Braille do país, caindo em desuso. Posteriormente, comissões criadas pela Campanha Nacional de Educação de Cegos do Ministério da Educação, Fundação para o Livro do Cego no Brasil e Instituto Benjamin Constant, analisando todos os pontos divergentes da Lei nº. 4.169, chegaram à conclusão de que um novo código deveria ser estabelecido para uso do Sistema Braille no Brasil, principalmente na parte concernente à Estenografia Braille. Em 5 de janeiro de 1963 foi firmado um convênio luso-brasileiro que previa a unificação dos códigos de abreviaturas usados no Brasil e em Portugal, efetivada a partir de 1966. A Campanha Nacional de Educação de Cegos promoveu, em junho de 1969, o I Seminário sobre o Uso do Sistema Braille. O relatório final deste seminário recomendou, com base no convênio luso-brasileiro, a implantação e adoção, em caráter experimental, do Código de Abreviaturas Braille Grau 2 da Língua Portuguesa no ensino de deficientes visuais, com graduação progressiva. Atendendo a essa recomendação, e também com o objetivo de divulgar o Sistema Braille Grau 2 da Língua Portuguesa entre os educadores e técnicos militantes na educação de deficientes visuais e intensificar o seu uso entre os estudantes, a Campanha Nacional de Educação de Cegos reuniu, nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 1970, professores representantes do Instituto Benjamin Constant e da Fundação para o Livro do Cego no Brasil para mais uma revisão do Código de Abreviaturas, nos termos do Acordo Luso-Brasileiro de 05/01/1963. Realizado de 3 a 10 de novembro de 1972, com o patrocínio do Ministério da Educação e Cultura e da Campanha Nacional de Educação de Cegos, o I Seminário Ibero-Americano de Comunicação e Mobilidade (Semicom) propôs a adoção das modificações necessárias para o uso de abreviaturas, de acordo com a nova ortoGrafia da Língua Portuguesa no Brasil (Lei nº. 5.765, de 18/12/1971). A partir das sugestões apresentadas no Semicom, foi elaborado, em setembro de 1973, um novo Sistema Braille Grau 2, que correspondia à fusão do antigo Braille Grau 2 e do Braille Grau 3, com algumas modificações e dividido em sete tabelas. A aprendizagem desse código deveria iniciar-se na primeira série do Ensino Fundamental, com a tabela 1 1/7, concluindo-se na sétima série com a tabela 1 7/7. Essa abreviatura estava calcada, basicamente, no Prontuário Estenográfico do prof. Albuquerque e Castro. Após prolongados estudos e várias reuniões realizadas durante a Conferência Ibero-Americana para a Unificação do Sistema Braille, promovida em novembro de 1973, em Buenos Aires (Argentina), e, posteriormente, na reunião realizada em São Paulo, em agosto de 1974, a comissão encarregada decidiu integrar ao Prontuário parte do trabalho apresentado pelo Sr. Walter Boschiglia, representante do Instituto Benjamin Constant, e submeter outros tópicos a especialistas do Brasil e de Portugal. A partir de então, o assunto passou a ser objeto de freqüentes reuniões entre técnicos do IBC e da então Fundação para o Livro do Cego no Brasil. Em 1977, durante o I Congresso Latino-Americano do Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos, realizado no Brasil, o prof. Edison Ribeiro Lemos apresentou o trabalho “Graduação do Ensino da Abreviatura Braille da Língua Portuguesa no Ensino de 1° Grau”, no qual, após relatar científica e objetivamente a situação do ensino/aprendizagem da abreviatura no país, apontava uma série de razões para a revisão da graduação progressiva. Esse trabalho contribuiu bastante para a elaboração, em 1979, do Sistema Braille Grau 2 Simplificado da Língua Portuguesa, um trabalho desenvolvido pelo Centro Nacional de Educação Especial – MEC, Instituto Benjamin Constant e Fundação para o Livro do Cego no Brasil. O Sistema Simplificado contava com 129 abreviaturas e 217 significados e passou a ser usado pelas imprensas Braille do IBC e da Fundação na produção de livros e revistas, em lugar das tabelas gradativas que vinham sendo adotadas desde 1974. O II Seminário Brasileiro sobre o Uso do Sistema Braille, realizado em São Paulo, em 1987, e que contou com a participação de profissionais especializados e usuários do sistema, reforçou a necessidade de criação de uma comissão permanente para tratar dos assuntos relacionados ao Braille. Enquanto eram realizadas novas gestões visando a criação dessa comissão, o Fundo de Cooperação Econômica ONCE/ULAC patrocinou os trabalhos da Comissão para Estudo e Atualização do Sistema Braille em Uso no Brasil, que funcionou de 1991 a 1994. Dividida em quatro subcomissões (Braille Integral e Abreviado, Braille Científico, Braille Musicográfico e Braille na Informática), a comissão contou com a coordenação geral do prof. Edison Ribeiro Lemos. Depois de realizar uma pesquisa, em âmbito nacional, entre os leitores cadastrados na Fundação para o Livro do Cego no Brasil, que revelou que a maioria desses leitores preferia ler textos por extenso, a Subcomissão de Braille Integral e Abreviado recomendou, em seu relatório final, apresentado no dia 18 de maio de 1994, que fosse abolido, a partir de 1º de janeiro de 1996, o uso de abreviaturas na transcrição de textos pelos centros de produção e imprensas Braille de todo o país. Recomendou, ainda, a elaboração de um código que pudesse ser utilizado pelas pessoas cegas nas suas anotações pessoais. Durante quase duas décadas houve um afastamento entre os técnicos brasileiros e portugueses, o que levou a grandes divergências entre os códigos Braille utilizados nos dois países. Em 1993, a Comissão de Braille, de Portugal, publicou a Estenografia Braille da Língua Portuguesa, contendo 163 abreviaturas, com 221 significados. A partir de 1994, começaram a ser retomados os contatos entre Brasil e Portugal graças aos esforços da União Brasileira de Cegos (UBC). A criação da Comissão Brasileira do Braille (CBB) pelo Ministério da Educação, em 1999, permitiu que esses contatos passassem a ter um caráter oficial, culminando, em 25 de maio de 2000, com a assinatura do Protocolo de Colaboração Brasil/Portugal nas Áreas de Uso e Modalidades de Aplicação do Sistema Braille. O trabalho conjunto das comissões de Braille do Brasil e de Portugal resultou na publicação da Grafia Braille para a Língua Portuguesa (2002) e da Grafia Braille para a Informática (2005), que têm sido de grande utilidade para profissionais e usuários do Sistema Braille dos dois países e também de outros países de Língua Oficial Portuguesa. Depois de um amplo e criterioso estudo, os técnicos da CBB optaram por adotar, com alguns acréscimos, a Estenografia Braille da Língua Portuguesa, publicada em Portugal em 1993, para que as pessoas cegas possam utilizá-la na sua comunicação pessoal. Ao concluir este trabalho, queremos registrar o nosso profundo agradecimento a algumas pessoas que dedicaram grande parte de suas vidas ao estudo, à elaboração e à divulgação de outros códigos estenográficos que muito têm contribuído para a independência das pessoas cegas. A Estenografia Braille para a Língua Portuguesa só foi possível graças aos seguintes profissionais cegos: Sir Clutha Nantes Mackenzie (1895-1966) – Assessor da UNESCO para Estudo e Unificação do Sistema Braille e, posteriormente, Presidente do Conselho Mundial de Braille. Dorina de Gouvêa Nowill (1919) – Presidente Emérita e Vitalícia da Fundação Dorina Nowill para Cegos, ex-Presidente do Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos. Professor Edison Ribeiro Lemos (1928-2004) – Membro da Comissão Brasileira do Braille. José Espínola Veiga (1906-1998) – Professor do IBC. Professor José Ferreira de Albuquerque e Castro (1903-1967) – Emérito professor português. Walter Boschiglia (1919-2002) – Chefe da Imprensa Braille do IBC. Comissão Brasileira do Braille – maio de 2006 Introdução A Estenografia Braille para a Língua Portuguesa foi elaborada com base na Grafia Braille da Língua Portuguesa – Primeiro Grau, publicada pela Comissão de Braille, de Portugal, em 1993. Para a elaboração desse trabalho, os especialistas portugueses recolheram mais de cem mil palavras impressas – distribuídas por diferentes matérias –, que, articuladas com o Português Fundamental, elaborado com base na linguagem falada, levaram à seleção de 163 abreviaturas já constantes do sistema estenográfico em vigor naquele país, tendo sido considerados conjugadamente alguns requisitos estabelecidos previamente, em obediência aos seguintes critérios amplamente debatidos: • Alta freqüência • Economia de espaço • Sugestividade • Estabilidade do sistema • Respeito pelo acervo bibliográfico existente. Assim, não foram consideradas convenientes aquelas abreviaturas que não tinham qualquer conexão com as palavras que representavam, nem admitidos mecanismos dinâmicos através de prefixos e sufixos. Do mesmo modo, não foi admitido mais de um significado para cada significante, nem adotados sinais inferiores isolados, em respeito às dificuldades táteis de muitos leitores. A Estenografia Braille para a Língua Portuguesa está dividida em três partes: I – Abreviaturas –, no qual são apresentados 151 sinais representativos de palavras, de acordo com a nomenclatura adotada, e dispostos, em cada subdivisão, de acordo com a “ordem Braille”. II – Estenografia –, que compreende 30 sinais simples representativos de grupos de letras de uma mesma sílaba, respeitadas as regras da ortografia da Língua Portuguesa, e 28 sinais compostos representativos de terminações muito freqüentes, acompanhados de muitos exemplos de aplicação, estando a sua apresentação subordinada a critérios de natureza pedagógica. III – Abreviaturas Estenografadas –, onde foram agrupadas as restantes 27 abreviaturas que já integram sinais estenográficos simples. Considerando algumas peculiaridades do Português usado no Brasil, a Comissão Brasileira do Braille acrescentou 15 abreviaturas ao trabalho original da Comissão de Braille, de Portugal. Após estes três capítulos, encontra-se um item denominado Observações Gerais e Normas de Aplicação, onde estão definidas algumas regras simples, ilustradas com exemplos, acompanhados de algumas orientações. O leitor dispõe ainda de quadros de consulta: Quadros Auxiliares da Escrita (apresentados em ordem alfabética), e Quadros Auxiliares da Leitura (apresentados em ordem Braille). Esperamos que esses quadros o ajudem a resolver as dúvidas surgidas em ambas as situações. Preâmbulo Sistema Braille Grau 1 é a representação por extenso, isto é, aquela em que todos os sinais têm exatamente os mesmos valores atribuídos no Alfabeto Braille. Sistema Braille Grau 2 é a representação em que certos sinais Braille adquirem determinados valores abreviativos, segundo critérios e normas estabelecidos. A Estenografia Braille para a Língua Portuguesa comporta duas grandes estruturas: a das abreviaturas e a da Estenografia propriamente dita. As abreviaturas são sinais representativos de palavras, com vida autônoma, que podem, no entanto, ligar-se por hífen a outras palavras abreviadas. A Estenografia é o conjunto de sinais representativos de grupos de letras integrantes de palavras não abreviadas. I – Abreviaturas Abreviaturas são símbolos que, isoladamente ou em conjunto, representam palavras. As abreviaturas podem ser classificadas, em função da sua estrutura, do seguinte modo: 1. Abreviaturas por representação inicial silábica (que podem ainda ser agrupadas segundo o número de sinais que as constituem) – quando são formadas pelas letras iniciais das sílabas da palavra que representam. 1.1. Abreviaturas por representação inicial silábica total – quando todas as sílabas da palavra estão representadas. 1.1.1. Sinais Simples – expressos por um só sinal: (12) bem (14) com (145) de (124) fim (245) já (134) me (1345) não (1234) por (12345) que (234) se (2345) te (136) um 1.1.2. Sinais Duplos – formados por dois sinais: (1 1245) algum (14 145) cada (14 1245) cego (14 134) como (14 1234) corpo (14 234) caso (145 145) desde (145 1234) depois (124 14) fácil (124 134) forma (124 2345) fato (125 245) hoje (125 134) homem (24 2345) isto (245 134) jamais (245 1236) jovem (123 145) lado (123 1245) longo (134 145) modo (134 1345) menos (134 2345) muito (1345 14) nunca (1345 145) nada (1345 134) numa (1345 1345) nenhum (1345 234) nosso (1345 1236) novo (135 145) ordem (135 2345) ontem (1234 145) pouco (1234 123) pelo (1234 1234) papel (1234 12345) porque (1234 1235) para (1234 2345) ponto (12345 145) quando (12345 12345) qualquer (12345 234) quase (12345 2345) quanto (1235 1356) razão (234 1234) sempre (2345 12) também (2345 145) todo (2345 1234) tempo (2345 2345) tanto (2345 1236) talvez (1236 14) você (1236 123) valor (1236 2345) visto 1.1.3. Sinais Triplos – constituídos por três sinais: (1 1234 1345) apenas (145 1235 2345) durante (124 134 12346) formação (1245 1236 1345) governo (134 1345 1345) menino (134 1345 1235) menor (135 245 2345) objeto (1234 12345 1345) pequeno (1234 2345 1245) português (1234 2345 2345) portanto (1235 1234 2345) respeito (234 14 123) século (234 1245 2345) seguinte (234 245 2345) sujeito (234 2345 134) sistema (1236 2345 1245) vantagem (23456 2345 134) último 1.1.4. Sinais Quádruplos – quando são formados por quatro sinais: (145 124 1235 2345) diferente (134 1236 134 2345) movimento (135 245 2345 1236) objetivo (1234 234 134 2345) pensamento 1.2. Abreviaturas por representação inicial silábica parcial – quando nem todas as sílabas da palavra estão representadas na abreviatura. 1.2.1 Sinais Duplos – formados por dois sinais: (145 124) difícil (145 245) desejo (145 1236) diverso (15 14) espécie (15 124) efeito (24 145) idéia (24 134) imediato (245 1356) juízo (1345 1235) número (135 1234) opinião (1234 12346) posição (234 1245) segundo (234 2345) sobretudo (1236 145) verdade 1.2.2. Sinais Triplos – constituídos por três sinais: (145 124 145) dificuldade (145 124 1235) diferença (15 1236 14) evidência (24 134 134) imediatamente (134 2345 1235) matéria (1345 14 145) necessidade (1345 14 1235) necessário (1345 2345 1356) natureza (1234 12 145) possibilidade (12345 2345 145) quantidade (1235 123 145) realidade (2345 145 1236) todavia (1236 145 1235) verdadeiro 1.2.3. Sinais Quádruplos – quando formados por quatro sinais: (1 2345 1236 145) atividade (1345 14 1235 134) necessariamente (135 12 1235 12346) observação (1235 123 1356 12346) realização 2. Abreviaturas por contração – aquelas que contêm geralmente a primeira e a última letra da palavra representada. 2.1. Abreviaturas por contração apoiada – quando têm o apoio de letras intermediárias. Excetua-se ecl (especialmente) que é um derivado de ecl (especial): (1 12345 15) aquele (15 14 123) especial (15 14 123 134) especialmente (124 145 134 2345 123) fundamental (134 2345 1235 123) material (1345 2345 123) natural (46 1234 2345 1245 123) Portugal (1234 1236 123) possível (234 2345 145 135) sentido 2.2. Abreviaturas por contração pura – quando apenas estão presentes a primeira e a última letra da palavra representada: (1 345) amanhã (12 15) base (14 1) coisa (14 135) campo (14 1356) capaz (15 15) este (124 1) fora (123 1235) lugar (134 1235) melhor (135 15) onde (123 1) palavra (1234 15) parte (1234 134) porém (12345 123) qual (12345 134) quem (12345 1235) quer (234 1) sua (234 1235) senhor (2345 135) tudo (1236 1) vida (1236 1356) vez 2.3. Abreviaturas por contração de emergência – quando se recorre à penúltima letra da palavra por impossibilidade de utilizar a última: (1 123456) além (1 12356) aliás 3. Abreviaturas por suspensão – quando formadas pela primeira e segunda letras da primeira sílaba da palavra: (1 1234) apesar (46 12 1235) Brasil (124 135) força 4. Abreviaturas por convenção relativa – são sinais simples representativos de palavras nas quais não ocupam posição inicial: (1245) agora (123) ele (1235) maior II – Estenografia A Estenografia é o conjunto de sinais representativos de grupos de letras integrantes de palavras não abreviadas. Estes sinais apresentam-se em dois grupos bem distintos: 1. Sinais Simples – ocupam só uma cela Braille e representam grupos de letras de uma mesma sílaba. Excetua-se o sinal (2456) que, representando o grupo de letras ante, abrange duas sílabas. Conforme a sua representação, denominam-se: 1.1. Consonânticos – quando representam duas consoantes. Só se usam antes de vogal ou de sinal estenográfico representativo de grupo de letras iniciado por vogal. As tabelas a seguir apresentam os seguintes itens: sinais, grupo de letras e exemplos de aplicação: a) Usados no princípio e no meio da palavra (23) (12 1235) (23 1 12346 135) braço (123 15 23 15) lebre (16) (124 1235) (16 136 2345 1) fruta (14 135 16 15) cofre (12456) (1245 1235) (12456 24 123 135) grilo (134 1 12456 135) magro (1246) (1234 123) (1246 1 14 1) placa (145 136 1246 135) duplo (235) (1234 1235) (235 15 12346 135) preço (234 135 235 135) sopro (356) (2345 1235) (356 136 2345 1) truta (134 15 356 135) metro b) Usados apenas no meio da palavra (125) (123 125) (134 24 125 135) milho (125 136 125 1) hulha (2356) (1345 125) (123 15 2356 1) lenha (1234 136 2356 135) punho 1.2. Vocálicos – quando representam duas vogais. a) Usado em qualquer parte da palavra (1256) (135 136) (1256 1235 24 12346 135) ouriço (123 1256 12346 1) louça (1234 136 1346 1256) puxou b) Usados no meio e no fim da palavra (3456) (345 135) (14 3456 1356 24 2345 135) cãozito (12 1 123 3456) balão (5) (15 136) (1345 5 1235 1) neura (245 136 145 5) judeu 1.3. Mistos – quando representam grupos de letras que integram vogais e consoantes. Conforme as letras que representam, dizem-se: 1.3.1. De natureza consonântica – se o grupo de letras representado principia por consoante. a) Usados no princípio e no meio da palavra (12345) (12345 136) (12345 24 15 2345 135) quieto (135 12 123 34 12345 135) oblíquo (25) (14 135 1345) (25 2345 1 2345 135) contato (1 25 2345 15 14 15) acontece b) Usado apenas no princípio da palavra (3) (1235 15) (3 2345 1) reta (3 24 1345 135) reino 1.3.2. De natureza vocálica – se o grupo de letras representado começa por vogal. a) Usados em qualquer parte da palavra (146) (1 234) (146 1345 135) asno (1234 146 2345 1) pasta (134 15 24 146) meias (156) (15 234) (156 234 15) esse (135 156 2345 15) oeste (1236 135 1356 156) vozes (2346) (24 234) (2346 14 1) isca (145 2346 14 135) disco (1 1356 136 2346) azuis (13456) (135 234) (13456 14 24 123 1) oscila (134 13456 14 1) mosca (124 24 13456) fios (13) (1 123) (13 1236 135) alvo (1234 13 134 135) palmo (1 1345 136 13) anual (256) (15 134) (256 1234 1 2345 15) empate (2345 256 1234 15 1235 135) tempero (134 15 2345 256) metem (246) (24 134) (246 1234 15 145 15) impede (123 246 1234 135) limpo (123 1 2345 246) latim b) Usados no princípio e no meio da palavra (2) (1 1345) (2 245 135) anjo (14 2 2345 135) canto (26) (15 1345) (26 234 15 245 135) ensejo (1236 26 2345 135) vento (345) (1 134) (345 1234 1 1235 135) amparo (234 345 12 1) samba (1346) (15 1346) (1346 14 15 123 234 135) excelso (2345 1346 2345 135) texto c) Usado no princípio e no fim da palavra (2456) (1 1345 2345 15) (2456 1345 1) antena (1245 24 1245 2456) gigante d) Usados no meio e no fim da palavra (4) (1 1235) (12 4 1235 1) barra (123 136 4) luar (46) (24 1235) (1236 46 2345 136 145 15) virtude (1235 136 46) ruir (56) (135 1235) (1234 56 2345 1) porta (234 136 56) suor e) Usado apenas no meio da palavra (236) (15 1235) (1236 236 145 15) verde (12 236 1235 135) berro 2. Sinais Compostos – ocupam duas celas Braille e representam grupos de letras distribuídas por mais de uma sílaba. Estes sinais correspondem a terminações muito freqüentes e são constituídos pela letra inicial do grupo que representam, precedida de um elemento caracterizador que é sempre da 7ª série. O sinal (4) indica o gênero masculino; o sinal (5) indica o gênero feminino; os sinais (46) e (56) indicam, respectivamente, as terminações em -dade e em -mente. Conforme a letra que indica o grupo representado, denominam-se: 2.1. De raiz consonântica – quando a primeira letra do grupo é uma consoante. As tabelas a seguir apresentam os seguintes itens: sinais, grupo de letras e exemplos de aplicação: (4 124) (124 24 14 135) (12 15 1345 123456 4 124) benéfico (134 1 1245 1345 34 4 124) magnífico (5 124) (124 24 14 1) (1234 1 14 34 5 124) pacífica (46 12 15 1345 5 124) Benfica (4 1245) (1245 24 14 135) (134 12356 4 1245) mágico (15 1345 123456 1235 4 1245) enérgico (5 1245) (1245 24 14 1) (123 346 5 1245) lógica (46 12 123456 123 5 1245) Bélgica (4 1345) (1345 24 14 135) (134 15 14 16 4 1345) mecânico (2345 123456 14 4 1345) técnico (5 1345) (1345 24 14 1) (2345 1456 5 1345) tônica (123456 2345 5 1345) étnica (4 1235) (1235 24 14 135) (123 34 4 1235) lírico (12 136 1235 4 1235) burrico (5 1235) (1235 24 14 1) (2345 15 346 5 1235) teórica (12 4 5 1235) barrica (4 2345) (2345 24 14 135) (1234 135 123456 4 2345) poético (14 12356 136 234 4 2345) cáustico (5 2345) (2345 24 14 1) (1234 135 123 34 5 2345) política (123456 5 2345) ética (4 123) (1234 135 1245 135) (14 1 2345 12356 4 123) catálogo (145 24 12356 4 123) diálogo (5 123) (123 135 1245 1) (12 24 346 5 123) bióloga (1 1345 12356 5 123) análoga (4 134) (134 15 1345 2345 135) (134 135 4 134) momento (124 236 4 134) fermento (5 134) (134 15 1345 2345 1) (1234 24 5 134) pimenta (2345 56 5 134) tormenta (56 134) (134 15 1345 2345 15) (234 15 56 134) semente (124 24 15 56 134) fielmente (46 145) (145 1 145 15) (14 24 46 145) cidade (124 1 14 136 123 46 145) faculdade 2.2. De raiz vocálica – quando o grupo começa por uma vogal: (4 12356) (12356 1235 24 135) (135 1234 15 1235 4 12356) operário (1 1236 24 4 12356) aviário (1 12345 4 12356) aquário (5 12356) (12356 1235 24 1) (12 24 1345 5 12356) binária (1234 15 14 136 5 12356) pecuária (1 12456 5 12356) agrária (4 123456) (123456 1235 24 135) (134 24 1345 4 123456) minério (14 15 134 24 2345 4 123456) cemitério (234 4 123456) sério (5 123456) (123456 1235 24 1) (134 24 234 5 123456) miséria (46 1234 123 12345 5 123456) Pulquéria (1234 24 125 5 123456) pilhéria (4 346) (346 1235 24 135) (124 24 1345 4 346) finório (135 1235 1 2345 4 346) oratório (1236 15 123 4 346) velório (5 346) (346 1235 24 1) (1345 135 2345 5 346) notória (1236 24 2345 5 346) vitória (145 24 1236 24 234 5 346) divisória (4 16) (16 1345 14 24 1) (46 1236 15 1345 4 16) Venâncio (46 1 134 4 16) Amâncio (5 16) (16 1345 14 24 1) (15 123 15 1245 5 16) elegância (16 1 12456 5 16) fragrância (4 126) (126 1345 14 24 135) (234 24 123 4 126) silêncio (46 245 136 1236 4 126) Juvêncio (5 126) (126 1345 14 24 1) (1 1245 5 126) agência (14 24 5 126) ciência (145 15 134 5 126) demência (4 15) (15 24 1235 135) (1234 1 145 4 15) padeiro (124 1 12345 4 15) faqueiro (1234 24 2356 4 15) pinheiro (5 15) (15 24 1235 1) (134 1 1345 5 15) maneira (1234 135 5 15) poeira (124 135 1245 136 5 15) fogueira III – Abreviaturas Estenografadas 1. Abreviaturas estenografadas – são sinais representativos de palavras em cuja composição entra, pelo menos, um sinal estenográfico simples. Como abreviaturas que são, inserem-se nos conceitos classificativos já expressos para as abreviaturas em geral, pelo que nos limitamos a referir as suas designações. 1.1. Abreviaturas por representação inicial silábica total: 1.1.1. Sinais Duplos: (124 125) filho (134 125) mulher (234 1246) simples (12456 1234) grupo (23 123) Braille 1.1.2. Sinais Triplos: (1 356 1236) através (26 12345 2345) enquanto (235 145 12346) produção (235 245 2345) projeto (3 123 12346) relação 1.2. Abreviaturas por representação inicial silábica parcial: 1.2.1. Sinais Duplos: (14 236) certo (15 1246) exemplo (25 145) condição (256 12) embora (235 14) princípio (235 145) produto (235 1235) primeiro (356 125) trabalho 1.2.2. Sinais Triplos: (14 236 134) certamente (14 236 1356) certeza (1346 1234 14) experiência (235 235 145) propriedade 2. Abreviaturas por Contração 2.1. Abreviaturas por Contração Apoiada: (235 14 123) principal (235 235 135) próprio 2.2. Abreviaturas por Contração Pura: (125 15) lhe (1256 135) outro (26 15) entre Observações Gerais e Normas de Aplicação 1. A prática da Estenografia pressupõe o pleno domínio do Sistema Braille Grau 1 e da ortografia da língua em que ela se aplica. 2. O uso da Estenografia é muito vantajoso, sobretudo pela economia de espaço e de tempo na escrita e na leitura. O seu uso não é obrigatório, sendo mesmo vedado quando a grafia das palavras que se deseja transcrever não é igual à daquelas que figuram nos quadros. Devem também ser evitadas situações que provoquem confusão ou hesitação na leitura, já que a rapidez e fluência desta devem, em muitos casos, sobrepor-se à economia de espaço. Além disso, para a transcrição em Estenografia deve ainda considerar-se, não só a natureza dos textos, como também o grau de desenvolvimento intelectual ou cultural (e mesmo tátil) daqueles a quem se destinam. 3. Os sinais representativos de palavras – abreviaturas –, bem como os sinais representativos de grupos de letras – sinais estenográficos (simples e compostos) –, só devem ser usados de acordo com as situações indicadas nos respectivos quadros gerais constantes desta edição. 4. Os sinais inferiores só podem ser empregados em conjuntos em que haja, pelo menos, um sinal superior. Assim: (23 15 136) e não (23 5) (26 14 135 1345 36) (356 4) e não (26 25 36) (356 4) (3 15 1345 36) (25 356 135) e não (3 26 36) (25 356 135) 5. Em geral, os sinais representativos de palavras formam o seu feminino acrescentando-se a. Exemplos: Singular (Masc.) (Fem.) (1 1245) (1 1245 1) (1345 1345) (1345 1345 1) (1234 2345 1245) (1234 2345 1245 1) São exceções a esta regra as poucas abreviaturas que terminam em o ou e, quando uma destas letras é também a última letra da palavra que foi abreviada. Neste caso, o e e são substituídos por a. Exemplos: Singular (Masc.) (Fem.) (14 1245) (14 1245 1) (15 15) (15 1) (234 1245) (234 1245 1) (1256 135) (1256 1) (235 235 135) (235 235 1) 6. O plural dos grupos representativos de palavras forma-se, em geral, com o acréscimo de s. Exemplos: (Singular) (Plural) (1 1245) (1 1245 234) (14 1245) (14 1245 234) (14 234) (14 234 234) (145 245) (145 245 234) (124 135) (124 135 234) (1345 1345) (1345 1345 234) (1234 12346) (1234 12346 234) (1234 2345 1245) (1234 2345 1245 234) (234 14 123) (234 14 123 234) (234 1245) (234 1245 234) São exceções a esta regra geral as abreviaturas terminadas em a, e, o, quando estas letras são finais de palavras. Nestes casos, as letras a, e, o são substituídas, respectivamente, pelos plurais (146), (156), (13456). Excetuam-se ainda as abreviaturas terminadas em l final de palavra, cuja letra é substituída pelo sinal (2346). Exemplos: (Singular) (Plural) (1 1245 1) (1 1245 146) (14 1245 1) (14 1245 146) (14 234 1) (14 234 146) (15 1) (15 146) (1345 1345 1) (1345 1345 146) (1234 1) (1234 146) (1234 2345 1245 1) (1234 2345 1245 146) (234 1245 1) (234 1245 146) (1256 1) (1256 146) (235 235 1) (235 235 146) (12 15) (12 156) (15 15) (15 156) (14 135) (14 13456) (1256 135) (1256 13456) (235 235 135) (235 235 13456) (124 145 134 2345 123) (124 145 134 2345 2346) (1234 1236 123) (1234 1236 2346) 7. O sinal estenográfico (3) (re) não se emprega depois de hífen. Assim: (234 15 134 24 36 1235 15 2345 1) e não (234 15 134 24 36 3 2345 1) 8. O grupo de letras ex, quando precedido de vogal ou usado como partícula autônoma, não deve ser estenografado. Assim: (235 15 15 1346 14 15 123 234 135) e não (235 15 1346 14 15 123 234 135) (3 15 1346 1234 56) e não (3 1346 1234 56) (15 1346 36 234 346 14 24 135) e não (1346 36 234 346 14 24 135) 9. Quando grupos de três letras de uma mesma sílaba podem ser estenografados de duas maneiras, em geral, estenografa-se o grupo formado pela segunda e terceira letras. Assim: (1235 26 2345 15) (1235 156 134 1) (1235 5 134 1 2345 2346 134 135) Excetuam-se abreviaturas como (234 3456 234) e (346 1235 1245 3456 234) 10. Um sinal Braille não pode repetir-se imediatamente quando assume significados diferentes. Assim: (46 1 124 1235 16 1345 24 135) e não (46 1 16 16 1345 24 135) 11. Os sinais compostos empregam-se principalmente no fim das palavras, mas podem ser seguidos de s, de hífen ou de outro sinal composto, bem como ser usados como palavras autônomas. Exemplos: (1 1235 134 4 12356) (14 24 5 126) (12 135 5 2345 234) (1234 1 1235 24 46 145 234) (145 156 56 134 36 135) (5 124 234 36 134) (123 5 1245 56 134) (4 1235) (5 1235 56 134) 12. Os sinais compostos de raiz consonântica (grupo de letras abreviadas iniciado por uma consoante) sempre iniciam uma sílaba. Por esta razão, a vogal, consoante ou sinal estenográfico que os antecede pertencem sempre à sílaba anterior. Exemplos: (124 24 123 135 234 246 5 124) (1 136 2345 126 1345 5 2345) (2345 56 5 134) (134 12356 5 1245) (2345 123456 14 5 1345) (24 1235 134 2 46 145) (124 12356 23 24 14 1) e não (124 12356 12 5 1235) (46 12356 16 24 14 1) e não (46 12356 124 5 1235) (14 34 356 24 14 135) e não (14 34 2345 5 1235) Os sinais compostos de raiz vocálica (grupo de letras abreviadas iniciado por uma vogal) podem ser precedidos de consoante ou sinal estenográfico simples consonântico que iniciam a sílaba, como também de vogal. Exemplos: (136 1235 1245 5 126) (1 1345 136 4 12356) (135 23 4 15) 13. Em caso de translineação, deve ser evitado, no princípio da linha, o emprego de sinais estenográficos que não têm valor no início de palavra. Assim: (234 135 236 36) (1245 136 15 1235) e não (234 135 36) (236 1245 136 15 1235) (134 135 36) (14 24 46 145) e não (134 135 14 24 36) (46 145) (235 24 135 36) (1235 46 145) e não (235 24 135 1235 24 36) (46 145) 14. Sempre que em um texto estenografado ocorra uma palavra com sinais aos quais se queira devolver o seu significado gráfico original, a palavra deve ser precedida dos pontos 56 e não conter qualquer sinal estenográfico. Esta norma é aplicável quando a palavra contém letras que poderiam ser interpretadas como sinais estenográficos. Exemplos: (15 123 1) (124 15 1356) (135) (56 12 3) Ela fez a letra b. (56 12 13456 1235 135 1345 24 1 1345 135) (56 2456 1 1245 1345 15 1235 24 234 134 135) (56 12) (56 14) (56 145) São três consoantes. 15. Não devem ser estenografados os nomes próprios pertencentes a idiomas estrangeiros. Exemplos: (46 124 1235 1 1345 12346 135 24 234) (46 123 135 234 46 1 1345 1245 15 123 15 234) (56 46 2456 1 2345 15 1235 2345 135 2456 1345) (56 46 134 1 125 1 2345 134 1) 16. Na escrita por extenso são usadas abreviaturas formadas com o auxílio do ponto abreviativo (ponto 3), da mesma forma que ocorre na escrita em tinta. Como essas abreviaturas podem coexistir com a aplicação da Estenografia Braille, apresentamos a seguir uma lista das mais adotadas: (1 3 46 14 3) a.C. antes de Cristo (1 123 3) al. alameda (1 1234 2345 135 3) apto. apartamento (1 1235 2345 3) art. artigo (1 1236 3) av. avenida (14 24 1 3) cia. companhia (145 3 46 14 3) d.C. depois de Cristo (145 1235 3) dr. doutor (15 2345 14 3) etc. et cetera (15 1346 3) ex. exemplo (46 15 1346 134 135 3) Exmo. Excelentíssimo (46 15 1346 1 3) Ex.ª Excelência (46 123 2345 145 1 3) Ltda. Limitada (1345 3 12 3) n.b. note bem (1345 3 135) n.° número (135 12 234 3) obs. observação (135 1234 3) op. opus (1234 3) p. página (1234 3 234 3) p.s. post scriptum (1234 1 1235 3) par. parágrafo (1234 12346 1 3) pça. praça (1234 1235 124 3) prof. professor (1234 1235 135 124 1 3) prof.a professora (1235 15 1236 3) rev. revista (234 1235 3) sr. senhor (2345 15 123 3) tel. telefone (2345 1235 1 1236 3) trav. travessa (46 1236 3 46 15 1346 1 3) V. Ex.ª Vossa Excelência (46 1236 3 46 234 1 3) V. S.ª Vossa Senhoria (1236 135 123 3) vol. volume 17. As palavras podem ser abreviadas independentemente da sua classe gramatical. Exemplos: (12) abrevia bem (substantivo) e abrevia bem (advérbio) (14 134) abrevia como (verbo) e abrevia como (conjunção) Quadros Auxiliares da Escrita (Ordem Alfabética) I – Abreviaturas agora (1245) além (1 123456) algum (1 1245) aliás (1 12356) amanhã (1 345) ante (2456) apenas (1 1234 1345) apesar (1 1234) aquele (1 12345 15) ária (5 12356) as (1 46) atividade (1 2345 1236 145) através (1 356 1236) base (12 15) bem (12) Braille (23 123) Brasil (46 12 1235) cada (14 145) campo (14 135) capaz (14 1356) caso (14 234) cego (14 1245) certamente (14 236 134) certeza (14 236 1356) certo (14 236) coisa (14 1) com (14) como (14 134) condição (25 145) corpo (14 1234) de (145) depois (145 1234) desde (145 145) desejo (145 245) diferença (145 124 1235) diferente (145 124 1235 2345) difícil (145 124) dificuldade (145 124 145) diverso (145 1236) durante (145 1236 2345) efeito (15 124) eira (5 15) ele (123) embora (256 12) enquanto (26 12345 2345) entre (26 15) especial (15 14 123) especialmente (15 14 123 134) espécie (15 14) este (15 15) evidência (15 1236 14) exemplo (15 1246) experiência (1346 1234 14) fácil (124 14) fato (124 2345) fica (5 124) fico (4 124) filho (124 125) fim (124) fora (124 1) força (124 135) forma (124 134) formação (124 134 12346) fundamental (124 145 134 2345 123) governo (1245 1236 1345) grupo (12456 1234) hoje (125 245) homem (125 134) idéia (24 145) imediatamente (24 134 134) imediato (24 134) isto (24 2345) já (245) jamais (245 134) jovem (245 1236) juízo (245 1356) lado (123 145) lhe (125 15) logo (4 123) longo (123 1245) lugar (123 1235) maior (1235) matéria (134 2345 1235) material (134 2345 1235 123) me (134) melhor (134 1235) menino (134 1345 1345) menor (134 1345 1235) menos (134 1345) menta (5 134) mente (56 134) mento (4 134) modo (134 145) movimento (134 1236 134 2345) muito (134 2345) mulher (134 125) nada (1345 145) não (1345) natural (1345 2345 123) natureza (1345 2345 1356) necessariamente (1345 14 1235 134) necessário (1345 14 1235) necessidade (1345 14 145) nenhum (1345 1345) nica (5 1345) nico (4 1345) nosso (1345 234) novo (1345 1236) numa (1345 134) número (1345 1235) nunca (1345 14) objetivo (135 245 2345 1236) objeto (135 245 2345) observação (135 12 1236 12346) onde (135 15) ontem (135 2345) opinião (135 1234) ordem (135 145) os (13456) ou (1256) outro (1256 135) palavra (1234 1) papel (1234 1234) para (1234 1235) parte (1234 15) pelo (1234 123) pensamento (1234 234 134 2345) pequeno (1234 12345 1345) ponto (1234 2345) por (1234) porém (1234 134) porque (1234 12345) portanto (1234 2345 2345) Portugal (46 1234 2345 1245 123) português (1234 2345 1245) posição (1234 12346) possibilidade (1234 12 145) possível (1234 1236 123) pouco (1234 14) primeiro (235 1235) principal (234 14 123) princípio (235 14) produção (235 145 12346) produto (235 145) projeto (235 245 2345) propriedade (235 235 145) próprio (235 235 135) qual (12345 123) qualquer (12345 12345) quando (12345 145) quantidade (12345 2345 145) quanto (12345 2345) quase (12345 234) que (12345) quem (12345 134) quer (12345 1235) razão (1235 1356) realidade (1235 123 145) realização (1235 123 1356 12346) relação (3 123 12346) respeito (1235 1234 2345) rica (5 1235) ricamente (5 1235 56 134) rico (4 1235) se (234) século (234 14 123) seguinte (234 1245 2345) segundo (234 1245) sempre (234 1234) senhor (234 1235) sentido (234 2345 145 135) simples (234 1246) sistema (234 2345 134) sobretudo (234 2345) sua (234 1) sujeito (234 245 2345) talvez (2345 1236) também (2345 12) tanto (2345 2345) te (2345) tempo (2345 1234) todavia (2345 145 1236) todo (2345 145) trabalho (356 125) tudo (2345 135) último (23456 2345 134) um (136) valor (1236 123) vantagem (1236 2345 1245) verdade (1236 145) verdadeiro (1236 145 1235) vez (1236 1356) vida (1236 1) visto (1236 2345) você (1236 14) II - Estenografia 1. Sinais Simples A tabela a seguir apresenta os seguintes itens: grupos de letras, sinais, posição em que o sinal pode ser adotado. O último item obedece à seguinte legenda: p. princípio m. meio f. fim a.c. antes de consoante a.v. antes de vogal a.c.v. antes de consoante e vogal al (13) p.m., a.c.; f. am (345) p.m., a.c. an (2) p.m., a.c. ante (2456) p., a.c.v.; f. ão (3456) m., a.c.; f. ar (4) m., a.c.; f. as (146) p.m., a.c.; f. br (23) p.m., a.v. con (25) p.m., a.c. em (256) p.m., a.c.; f. en (26) p.m., a.c. er (236) m., a.c. es (156) p.m., a.c.; f. eu (5) m., a.c.; f. ex (1346) p.m., a.c. fr (16) p.m., a.v. gr (12456) p.m., a.v. im (246) p.m., a.c.; f. ir (46) m., a.c.; f. is (2346) p.m., a.c.; f. lh (125) m., a.v. nh (2356) m., a.v. or (56) m., a.c.; f. os (13456) p.m., a.c.; f. ou (1256) p.m., a.c.; f. pl (1246) p.m., a.v. pr (235) p.m., a.v. qu (12345) p.m., a.v. re (3) p., a.c.v. tr (356) p.m., a.v. 2. Sinais Compostos Grupo de letras Sinais ância (5 16) âncio (4 16) ária (5 12356) ário (4 12356) dade (46 145) eira (5 15) eiro (4 15) ência (5 126) êncio (4 126) éria (5 123456) ério (4 123456) fica (5 124) fico (4 124) gica (5 1245) gico (4 1245) loga (5 123) logo (4 123) menta (5 134) mente (56 134) mento (4 134) nica (5 1345) nico (4 1345) ória (5 346) ório (4 346) rica (5 1235) rico (4 1235) tica (5 2345) tico (4 2345) Quadros Auxiliares da Leitura (Ordem Braille) I – Abreviaturas (1 1245) algum (1 1234) apesar (1 1234 1345) apenas (1 12345 15) aquele (1 2345 1236 145) atividade (1 123456) além (1 12356) aliás (1 345) amanhã (1 356 1236) através (12) bem (12 15) base (46 12 1235) Brasil (14) com (14 1) coisa (14 145) cada (14 1245) cego (145 134) como (14 135) campo (14 1234) corpo (14 234) caso (14 1356) capaz (14 236) certo (14 236 134) certamente (14 236 1356) certeza (145) de (145 145) desde (145 124) difícil (145 124 145) dificuldade (145 124 1235) diferença (145 124 1235 2345) diferente (145 245) desejo (145 1234) depois (145 1235 2345) durante (145 1236) diverso (15 14) espécie (15 14 123) especial (15 14 123 134) especialmente (15 15) este (15 124) efeito (15 1236 14) evidência (15 1246) exemplo (124) fim (124 1) fora (124 14) fácil (124 145 134 2345 123) fundamental (124 125) filho (124 134) forma (124 134 12346) formação (124 135) força (124 2345) fato (1245) agora (1245 1236 1345) governo (125 15) lhe (125 245) hoje (125 134) homem (24 145) idéia (24 134) imediato (24 134 134) imediatamente (24 2345) isto (245) já (245 134) jamais (245 1236) jovem (245 1356) juízo (123) ele (123 145) lado (123 1245) longo (123 1235) lugar (134) me (134 145) modo (134 125) mulher (134 1345) menos (134 1345 1345) menino (134 1345 1235) menor (134 1235) melhor (134 2345) muito (134 2345 1235) matéria (134 2345 1235 123) material (134 1236 134 2345) movimento (1345) não (1345 14) nunca (1345 14 145) necessidade (1345 14 1235) necessário (1345 14 1235 134) necessariamente (1345 145) nada (1345 134) numa (1345 1345) nenhum (1345 1236) número (1345 234) nosso (1345 2345 123) natural (1345 2345 1356) natureza (1345 1236) novo (135 12 1236 12346) observação (135 145) ordem (135 15) onde (135 245 2345) objeto (135 245 2345 1236) objetivo (135 1234) opinião (135 2345) ontem (1234) por (1234 1) palavra (1234 12 145) possibilidade (1234 14) pouco (1234 15) parte (1234 123) pelo (1234 134) porém (1234 1234) papel (1234 12345) porque (1234 12345 1345) pequeno (1234 1235) para (1234 234 134 2345) pensamento (1234 2345) ponto (1234 2345 1245) português (46 1234 2345 1245 123) Portugal (1234 2345 2345) portanto (1234 1236 123) possível (1234 12346) posição (12345) que (12345 145) quando (12345 123) qual (12345 134) quem (12345 12345) qualquer (12345 1235) quer (12345 234) quase (12345 2345) quanto (12345 2345 145) quantidade (1235) maior (1235 123 145) realidade (1235 123 1356 12346) realização (1235 1234 2345) respeito (1235 1356) razão (2345) se (234 1) sua (234 14 123) século (234 1245) segundo (234 1245 2345) seguinte (234 245 2345) sujeito (234 1234) sempre (234 1235) senhor (234 2345) sobretudo (234 2345 145 135) sentido (234 2345 134) sistema (234 1246) simples (2345) te (2345 12) também (2345 145) todo (2345 145 1236) todavia (2345 135) tudo (2345 1234) tempo (2345 23450 tanto (2345 1236) talvez (136) um (1236 1) vida (1236 14) você (1236 145) verdade (1236 145 1235) verdadeiro (1236 123) valor (1236 2345) visto (1236 2345 1245) vantagem (1236 1356) vez (1346 1234 14) experiência (13456) os (23456 2345 134) último (146) as (12456 1234) grupo (1256) ou (1256 135) outro (2456) ante (23 123) Braille (25 145) condição (256 12) embora (26 15) entre (26 12345 2345) enquanto (235 14) princípio (235 14 123) principal (235 145) produto (235 145 12346) produção (235 245 2345) projeto (235 1235) primeiro (235 235 145) propriedade (235 235 135) próprio (356 125) trabalho (3 123 12346) relação (4 124) fico (4 123) logo (4 134) mento (4 1345) nico (4 1235) rico (5 15) eira (5 124) fica (5 134) menta (5 1345) nica (5 1235) rica (2 1235 56 134) ricamente (5 12356) ária (56 134) mente II – Estenografia 1. Sinais Simples A tabela a seguir apresenta os seguintes itens: sinais, grupos de letras, posição em que o sinal pode ser adotado. O último item obedece à seguinte legenda: p. princípio m. meio f. fim a.c. antes de consoante a.v. antes de vogal a.c.v. antes de consoante e de vogal (125) lh m., a.v. (13) al p.m., a.c.; f. (12345) qu p.m., a.v. (1346) ex p.m., a.c. (13456) os p.m., a.c.; f. (2346) is p.m., a.c.; f. (16) fr p.m., a.v. (146) as p.m., a.c.; f. (156) es p.m., a.c.; f. (1246) pl p.m., a.v. (12456) gr p.m., a.v. (1256) ou p.m., a.c.; f. (246) im p.m., a.c.; f. (2456) ante p., a.c.v.; f. (2) an p.m., a.c. (23) br p.m., a.v. (25) con p.m., a.c. (256) em p.m., a.c.; f. (26) en p.m., a.c. (235) pr p.m., a.v. (2356) nh m., a.v. (236) er m., a.c. (256) tr p.m., a.v. (3) re p., a.c.v. (345) am p.m., a.c. (3456) ão m., a.c.; f. (4) ar m., a.c.; f. (5) eu m., a.c.; f. (46) ir m., a.c.; f. (56) or m., a.c.; f. 2. Sinais Compostos Sinais Grupo de letras (46 145) dade (4 15) eiro (5 15) eira (4 124) fico (5 124) fica (5 1245) gico (5 1245) gica (5 123) logo (5 123) loga (4 134) mento (5 134) menta (56 134) mente (5 1345) nico (5 1345) nica (4 1235) rico (5 1235) rica (4 2345) tico (5 2345) tica (4 123456) ério (5 123456) éria (4 12356) ário (5 12356) ária (4 16) âncio (5 16) ância (4 126) êncio (5 126) ência (4 346) ório (5 346) ória Bibliografia Albuquerque e Castro, José Ferreira de. Prontuário Estenográfico. Santa Casa de Misericórdia do Porto, Porto, 1937. Centro Nacional de Educação Especial/Mec, Fundação Para o Livro do Cego no Brasil, Instituto de Cegos “Padre Chico”. Estudo para Simplificação do Sistema Braille Grau 2 da Língua Portuguesa. São Paulo, 1979. Cerqueira, Jonir Bechara. Abrevie Corretamente. Instituto Benjamin Constant, Rio de Janeiro, 1989. Comissão Brasileira do Braille. Grafia Braille para a Língua Portuguesa. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial, Brasília, 2002. Comissão de Braille. Estenografia Braille da Língua Portuguesa. Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal/Secretariado Nacional de Reabilitação, Lisboa, 1993. Comissão para Estudo e Atualização do Sistema Braille em Uso no Brasil. Relatório de Trabalho. Fundação Dorina Nowill para Cegos, São Paulo, 1994. Mackenzie, Sir Clutha. La Escritura Braille en el Mundo. UNESCO, Paris, 1953.