Logística reversa do exame será testada com simulação de ações
No momento em que os Correios retirarem os malotes com o cartão resposta e folha de redação dos locais de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, terá início uma nova etapa do exame: a logística reversa, ou operação reversa. O processo engloba o percurso do Cartão Resposta e Folha de redação do local de aplicação das provas até o processamento dos resultados, exigindo, portanto, logística e estratégia de segurança tão complexa quanto a de produção e distribuição das provas.
Nesta quinta-feira, 19, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fez uma simulação do recebimento desse material nos galpões de triagem e processamento da Fundação Cesgranrio e Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. O objetivo foi testar a logística da operação, por ser a primeira vez que o Enem será realizado em dois domingos consecutivos e sem aplicação para sabatistas, trazendo novidades para a logística reversa.
Correios, consórcio aplicador – formado por Fundação Cesgranrio, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Fundação Vunesp – e o próprio Inep são os envolvidos no processo. Serão aproximadamente 29 mil pessoas trabalhando após a aplicação das provas. Dos Correios, cerca de 19 mil profissionais atuarão na coleta, transporte e entrega dos malotes ao consórcio aplicador.
A operação reversa usará caminhões, aviões, barcos e lanchas, todos com escolta policial. Duzentas pessoas serão responsáveis por separar e digitalizar o Cartão Resposta e Folha de Redação na FGV, responsável por 20% da aplicação, e 500 pessoas na Cesgranrio, líder do consórcio, com 80% dos participantes.
Os arquivos digitalizados das redações serão repassados à Fundação Vunesp, responsável pela correção dos textos. Nove mil pessoas participarão dessa etapa. Todas as redações são descaracterizadas antes da correção, para que não seja identificada a autoria.
A FGV e a Cesgranrio, por meio de um sistema de reconhecimento, extrai os dados com as respostas das questões objetivas de cada participante, durante a etapa de digitalização. Nessa base de dados é aplicada a Teoria de Resposta ao Item, metodologia adotada para correção das provas do Enem. O processo é feito tanto pela Cesgranrio quanto pelo Inep, para conferência. O Inep, então, já com as notas da redação repassadas pela Vunesp, e os resultados das questões objetivas, processa o resultado, dando origem ao Boletim de Desempenho, que estará disponível para os participantes em 19 de janeiro de 2018.
Assessoria de Comunicação Social