Brasil e China discutem cooperação na pós-graduação
A China quer intensificar as relações na área de cooperação internacional e fazer futuros acordos com a pós-graduação brasileira. Para isso, pela primeira vez uma delegação do Ministério da Educação da República Popular da China se reuniu com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, e com o coordenador-geral de Cooperação Internacional, Benício Schmidt.
A missão chinesa, liderada pelo diretor do Centro de Desenvolvimento dos Graus Acadêmicos e da Formação de Pós-Graduação do Ministério da Educação, Wu Boda, veio conhecer os programas da Capes, nesta quinta-feira, 17. Guimarães fez uma apresentação sobre o funcionamento da instituição e ressaltou que “o Brasil e a China já possuem uma forte cooperação em áreas como biotecnologia, genética e espacial (satélites) e, agora, temos que aprofundar a relação na pós-graduação”.
Os chineses falaram também sobre seu sistema de pós-graduação. Atualmente, a China tem cerca de 800 mil estudantes de pós-graduação. De acordo com Schmidt, um dos programas da Capes que chamou atenção dos representantes chineses foi o Programa de Excelência Acadêmica (Proex), criado em 2004 e que financia, por meio de bolsas e auxílios, os cursos de excelência com notas seis e sete. “É muito importante esta aproximação com a China, porque eles possuem um sistema de pós-graduação muito evoluído”, avalia.
Intercâmbio – A Capes já mantém um programa de cooperação cultural e educacional com a China, com o objetivo de estimular o intercâmbio institucional e o crescimento do número de pesquisadores para acelerar o crescimento científico-tecnológico.
“Qualquer nova cooperação que venha a ser feita pela Capes será colocada como um termo aditivo de um novo acordo de cooperação acadêmica entre os dois países, cuja minuta de documento está sendo finalizada entre autoridades do MEC e da Embaixada da China”, explica Benício Schmidt.
Repórter: Fátima Schenini