Candidatos a bolsa nos EUA passam por entrevista
O paulistano William Roberto Wolf, de 25 anos, é um dos 115 candidatos a bolsas de doutorado nos Estados Unidos que estão sendo entrevistados na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília (DF), durante esta semana. Os selecionados foram divididos em dois grupos. Nesta quinta-feira, 10, começam as entrevistas da segundo turma, com 47 integrantes. Outros 68 já foram ouvidos.
Graduado em engenharia mecânica pela Universidade de São Paulo e com mestrado em engenharia mecânica aeronáutica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Wolf já trabalha no Instituto de Aeronáutica e Espaço do Centro Técnico Aeroespacial e pretende seguir a carreira acadêmica. "Precisamos investir em pesquisa, para que se possa avançar mais no Brasil", salienta.
O baiano Marcello Ferrari, de 38 anos, com graduação e mestrado em engenharia aeronáutica pelo ITA, quer fazer doutorado em projetos aerodinâmicos. Trabalhando na área há oito anos, pretende trazer aperfeiçoamento para o setor industrial. “A indústria aeronáutica ainda é recente no Brasil e o conhecimento tecnológico pertinente está fora do país”, diz. Além disso, pretende fazer a interface entre a academia e a indústria.
Denise Pinto (com Marcello na foto) nasceu em Belém (PA) e também é candidata. Graduada pelo ITA em engenharia mecânica aeronáutica, fez mestrado na mesma área, com ênfase em produção, e busca agora doutoramento em probabilidades estatísticas. Professora do ITA, ela acredita que a possibilidade de "ter vínculos com instituições de renome fora do país é uma prática salutar".
Fazer doutorado em ciência da computação, na área de redes de computadores sem fio (computador móvel), na Universidade da Califórnia, em San Diego, é a meta de Aloizio Pereira da Silva, 31, de Minas Gerais. Formado em ciência da computação pela PUC/MG, com mestrado em ciência da computação pela UFMG, quer aplicar os conhecimentos que adquirir nos EUA na área militar e em saúde. Como exemplo, cita a possibilidade de monitorar os batimentos cardíacos de um paciente a longa distância, utilizando um microchip implantado na pele ou por meio de uma pulseira.
Para Aritanan Borges Garcia, 31, de São Paulo, o destino desejado é a Universidade de Rutgers, em Nova Jersey. Docente de teoria da computação na PUC/SP, com graduação e mestrado em ciência da computação pela USP, busca doutoramento em teoria dos grafos e otimização combinatória. Na sua opinião, nos EUA existem pesquisadores muito bons, que poderão enriquecer seus conhecimentos.
O processo de entrevista termina sexta-feira, 11. A divulgação dos resultados será no dia 21.
Repórter: Fátima Schenini