Confira histórias das viagens do ursinho Tito pelo Brasil
Em dezembro do ano passado, mascote do programa Conta pra Mim esteve em quatro capitais do país e atraiu admiradores por onde passou
Tatiana Sócrates, do Portal MEC
A visita de Tito, mascote do programa Conta pra Mim, do Ministério da Educação (MEC), a quatro capitais do país encantou crianças, adolescentes, adultos e idosos. Essa foi a percepção dos contadores de histórias de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, cidades que receberam o ursinho fofo em dezembro com muita diversão e contação de histórias.
Foi o caso, por exemplo, de Arnaldo Ramalho, 42 anos, de São Paulo, e Walace Pinheiro, 24 anos, do Rio de Janeiro. Os dois foram treinados pelo MEC para contarem histórias, junto com o Tito, nos shoppings de suas cidades durante 10 dias. O desafio deles foi plantar a semente da leitura em família na garotada.
Dedicado ao trabalho com educação e contação de histórias há 20 anos, Ramalho considera o programa do MEC a realização de um sonho. “Foi muito interessante falar sobre literacia familiar com os pais e ter contato com eles. Vê-los levar os filhos, voltarem com os sobrinhos e continuarem indo todos os dias. Foi muito gratificante”, comemora. “Um pai me falou que nos dias posteriores a filha pediu para ele ler livro em voz alta para ela, como um contador de história”, lembra.
Para Ramalho, casos como esses comovem e mostram que o MEC está no caminho certo. “Há uma troca e há interesse dos pais. O lado bom é eles entenderem que podem fazer isso em casa. A literacia familiar é criatividade, é fazer a contação das histórias com pano de prato, colher, o que for para ilustrar as cenas”, empolga-se. “Poder falar com os pais sobre isso foi incrível”, revela Ramalho.
Na visão de Walace Pinheiro, o personagem Tito, além de encantar a todos, é o grande atrativo e o convite para as pessoas entrarem nessa jornada literária. Para ele, o treinamento dado pelo MEC foi essencial para ele entender o conceito de literacia familiar e sua importância para as famílias.
O que chamou a atenção do contador carioca foi que a contação de histórias com livros deixou os pequenos com os olhos brilhando mesmo na era da tecnologia. “Foi natural! Eu percebi que existem muito mais crianças interessadas na leitura e no mundo lúdico do que eu imaginava. Isso é lindo e mostra que o projeto é potente, sim, e funciona, sim”, garante. Ele lembra que um menino de nove anos pediu ao pai para ficar um pouquinho, mas acabou ficando duas horas. “Ele perguntava tudo e ele não queria ouvir a leitura, mas queria que contássemos a história”, diz.
É exatamente esse o objetivo do projeto Conta pra Mim: desenvolver atividades simples, mas capazes de influenciar significativamente no desenvolvimento intelectual já na fase pré-alfabetização, antes do começo das primeiras aulas na escola. Meninos e meninas que são estimulados desde cedo à leitura e à brincadeira dentro de casa tendem a chegar mais aptos e habilidosos nos anos iniciais do ensino fundamental.
O programa Conta pra Mim faz parte da Política Nacional de Alfabetização (PNA), lançada pelo governo federal em abril de 2019. Em janeiro, o Tito leva sua alegria a outras cinco capitais brasileiras, no Sul e no Nordeste. Confira a programação: