Altos Estudos: história da matemática
Professores de universidades da França, do Chile, da Argentina e do Brasil vão participar da Primeira Escola de Verão em História Conceitual da Matemática, que a Universidade de Brasília (UnB) vai promover a partir do dia 18. O evento é financiado pelo programa Escola de Altos Estudos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).
Apesar de contar com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), um dos mais importantes centros de matemática do mundo, o Brasil apresenta um dos índices mais baixos em relação à capacidade de aprendizado da disciplina. “A história da matemática pode nos ajudar a mudar esse quadro”, diz o professor Wilton Barroso Filho, coordenador do curso. “Deixamos de falar de uma disciplina rigorosamente técnica e exata e passamos a falar do ponto de vista das ciências humanas, buscando introduzir a noção de cultura matemática. Isso é feito em países como França e Itália há cerca de 200 anos.”
As inscrições, gratuitas, estão abertas até sábado, 16. Portadores de diploma de graduação podem se inscrever. Estudantes de mestrado terão direito a quatro créditos. Mais informações na página eletrônica da Reitoria da UnB.
A Escola de Altos Estudos foi criada em dezembro de 2006 para estimular a cooperação acadêmica e o intercâmbio internacional em cursos e programas de pós-graduação stricto sensu — mestrado, doutorado e pós-doutorado. A Primeira Escola de Verão em História Conceitual da Matemática é o 23º projeto aprovado pela Escola de Altos Estudos para 2008 e o 40º desde que o programa foi criado. “Como estamos em fevereiro, espera-se, este ano, que sejam duplicados os números de 2007, quando foram beneficiados 17 projetos”, diz o coordenador-geral de Cooperação Internacional da Capes, Leonardo Barchini Rosa.
O programa possibilita a instituições brasileiras convidar professores e pesquisadores estrangeiros de elevado conceito internacional a ministrarem cursos em todas as áreas do conhecimento. A Capes repassa recursos de até R$ 150 mil para cada projeto aprovado.
As propostas podem ser apresentadas ao longo do ano.
Fátima Schenini