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Diversidade

Haiti é tema de debate na Semana da Consciência Negra

  • Quinta-feira, 25 de novembro de 2004, 20h16
  • Última atualização em Terça-feira, 26 de abril de 2011, 18h33

Comemorar o bicentenário da independência do Haiti e reforçar a contribuição que o país deu ao mundo com a luta contra o colonialismo, escravidão e formação de um estado negro. Além disso, apoiar e contribuir com a campanha de arrecadação de donativos em benefício de uma das mais pobres nações do continente americano. Esses foram os objetivos do debate ocorrido hoje, 25, no auditório do Ministério da Educação. O evento fez parte da Semana da Consciência Negra, que acontece até amanhã, 26.

Participaram do evento o encarregado de negócios da Embaixada do Haiti, Madsen Chèrubin, o primeiro-secretário da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, Achilles Zaluar, e a representante da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Renata de Melo. Segundo Madsen, a participação do Brasil no comando da missão de paz das Nações Unidas no Haiti mudou o paradigma tradicional de os Estados Unidos sempre estarem à frente. "A América Latina quer assumir um papel importante na construção de sua história", disse.

A relação de simpatia e afeição que o povo haitiano tem pelo Brasil, em especial pelo futebol, contribui para a aceitação dos 1.200 militares brasileiros no país. É o maior contingente destacado para a missão que tem, no total, 2.800 militares de países como Argentina, Chile, Peru, China, Espanha e Paquistão. "Falta muito a se fazer, mas o Brasil contribuirá para a estabilização política e a reconstrução do nosso país", acredita Madsen.

A preocupação de Renata de Melo é com a imagem veiculada sobre o Haiti, de ser um país devastado pela guerra e não como referência na luta contra o colonialismo e a escravidão. Outro ponto destacado foi que poucos sabem que o país tem intelectuais reconhecidos. "Há escritores haitianos com obras reconhecidas e que não devem aos clássicos contemporâneos".

O representante do Ministério das Relações Exteriores, Achilles Zaluar, respondeu às objeções referentes à participação do Brasil no Haiti. Para ele, o Brasil ganha por atender ao dever de solidariedade e por liderar os países da América Latina na união de esforços para ajudar o Haiti. Além disso, o estreitamento de laços e a visão do mundo em relação ao Brasil melhoram. A imagem de país respeitoso contribui para o sucesso da missão.

Eleição - As eleições para a escolha do presidente do Haiti serão em novembro de 2005. Até lá, as tropas continuarão em vigília. Outro ponto crítico no país é a educação. O índice de analfabetismo atinge 60% da população de oito milhões de habitantes em um território de 27.500 km².

Os interessados em contribuir com a campanha de arrecadação de donativos devem procurar a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do MEC no telefone (61) 2104-8320.

Repórter: Irla Maia

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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