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Educação superior

Censo deve inspirar políticas e instituições mais efetivas

  • Quarta-feira, 23 de novembro de 2016, 18h50
  • Última atualização em Quarta-feira, 23 de novembro de 2016, 18h50

Desafios, como ociosidade de vagas, altas taxas de evasão e currículos de graduação inadequados para os novos rumos da sociedade contemporânea permearam as discussões no primeiro dia do 6º Encontro Nacional do Censo da Educação Superior em torno das contribuições desses dados estatísticos para o aprimoramento e a elaboração de políticas públicas para a formação superior no Brasil. Organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação, o evento, realizado em Brasília, prossegue até quinta-feira, 24, com a presença de pesquisadores e gestores de 250 instituições públicas de educação superior das cinco regiões do país.

O titular da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, Paulo Barone, participou, nesta quarta-feira, 23, da abertura e da principal mesa de discussão, que girou em torno da forma pela qual os dados do Censo, coletados desde 1980, podem aperfeiçoar o sistema de indicadores de avaliação e de monitoramento da educação superior no Brasil. “Temos uma base de dados fantástica, que nos permite refletir sobre problemas como uma certa acomodação com a qualidade do ensino e o desajuste na oferta de muitos cursos, com currículos inflexíveis e arcaicos, que não se comunicam com a vontade dos alunos ou se mostram inapropriados para um Brasil com maior demanda por profissionais de tecnologias”, afirmou.

Segundo o secretário, cerca de 50% dos alunos nas universidades públicas abandonam ou trocam de curso ao longo dos dois primeiros anos. Por isso, a ideia é que os dados do Censo contribuam para que as instituições de educação superior elaborem políticas internas que corrijam esses problemas.

“É preciso ampliar o enfoque das políticas públicas para a efetividade e, para isso, as instituições não podem apenas ser reativas às políticas nacionais. As políticas institucionais devem estar combinadas com as governamentais”, ponderou o sociólogo Luiz Roberto Liza Curi, presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Nesse sentido, “os dados do Censo precisam ser consumidos no âmbito institucional para que gerem ações internas efetivas”, destacou Carlos Eduardo Moreno Sampaio, diretor de estatísticas educacionais do Inep.

Decisões — O Brasil tem 8 milhões de estudantes matriculados em 33 mil cursos de graduação de 2.364 instituições públicas e particulares, de acordo com o Censo da Educação Superior de 2015. Segundo a presidente do Inep, Maria Inês Fini, que participou da cerimônia de abertura, o Censo ganhou mais robustez a partir de 2009, ao mostrar a ociosidade de vagas em instituições públicas e particulares. “É a partir dos dados do Censo que os gestores de educação podem construir o conhecimento e tomar decisões políticas”, afirma.

O Censo da Educação Superior de 2015 aponta que do total de 6,1 milhões de novas vagas em instituições públicas e particulares de educação superior, 42,1% estão preenchidas e apenas 13,5% das remanescentes foram ocupadas. A partir de 2009, o Inep passou a coletar dados de alunos para acompanhar a trajetória que seguiram na etapa da educação superior. “Assim, temos condições de saber se trocaram de curso ou se saíram do sistema”, explica Moreno Sampaio. “Esses dados são muito importantes porque permitem fazer um diagnóstico da trajetória dos alunos da educação superior e fundamentar políticas com maiores chances de sucesso.”

Rovênia Amorim

Assunto(s): educação superior , Censo
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