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Educação no Ar

Mestra da Unicamp selecionada pela Capes integra expedição marítima na Austrália

  • Quinta-feira, 21 de dezembro de 2017, 10h19
  • Última atualização em Quinta-feira, 21 de dezembro de 2017, 10h46


Três brasileiros especializados em estudar a história da formação geológica e climática da Terra a partir de registros em sedimentos e rochas do fundo do mar participaram da expedição anual do navio Joides Resolution, responsável por pesquisas marinhas pelo programa International Ocean Discovery Program (Iodp). No programa Educação no Ar, exibido pela TV MEC nesta quinta, 21, às 9h30, uma das integrantes dessa equipe, Cristiane Delfina, fala sobre a experiência.

Mestra em divulgação científica e cultural pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ela já produziu documentários no Brasil, na Inglaterra e na Islândia. Cristiane foi selecionada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, para participar da Expedição 369, realizada entre 26 de setembro e 26 de novembro. Ao lado dos cientistas Rodrigo do Monte Guerra e Gabriel T. Tagliaro, ela coletou amostras da crosta terrestre nas profundezas oceânicas de uma área sedimentar situada entre a Austrália e a Nova Zelândia.

O objetivo dos pesquisadores era analisar as condições de formação da camada de pré-sal no período cretáceo, quando havia pouco oxigênio nos oceanos. “O programa Iodp tem um plano de pesquisa que começou em 2003 e vai até 2023”, explica Cristiane. “Ele é justamente para compreender o passado, o presente e o futuro do planeta, pois muitas coisas que aconteceram há milhões de anos atrás podem acontecer de novo. ”

A documentarista conta que a experiência foi, profissionalmente, exitosa: “Poder conviver com cientistas o tempo todo, entender qual é o processo de trabalho deles e aprender como fazer a tradução do que eles fazem foi demais. Serve também para eles entenderem como é importante simplificar um pouco as coisas, pois as pessoas não têm a mesma formação e não decodificam tudo da forma como eles fazem”.

A pesquisadora destacou a importância do programa: “É para compreender o passado, o presente e o futuro do planeta, pois muitas coisas que aconteceram há milhões de anos atrás podem acontecer de novo” (Frame: MEC TV)

As rochas encontradas na Austrália são as mesmas que, descobertas no litoral do Brasil, estão localizadas sobre uma reserva de petróleo. “É um programa muito importante para o nosso país”, destaca Cristiane. “Essas expedições podem acontecer aqui no Brasil, talvez em 2020.”

Passeio virtual – Escolas brasileiras puderam agendar um passeio virtual pelo navio durante a expedição. “Fazíamos uma ligação, com câmera, e conversávamos com os alunos. Eles fizeram perguntas pertinentes e senti que ficaram muito motivados a seguir carreira científica”, lembra Cristiane.

A mestra da Unicamp reforça que estimular o interesse pela ciência nos oceanos é fundamental, mas enfatiza que esse trabalho precisa ser feito de forma atraente: “Precisamos passar a informação, explicar, mas só conseguimos isso se esses alunos olharem para a gente. Precisamos entender a dinâmica dos públicos mais jovens e trabalhar para simplificar um pouco essa comunicação”.

Assessoria de Comunicação Social

Assunto(s): Capes , Expedição 369 , Austrália
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