Observadores aplaudem conferência infanto-juvenil
Representantes de 43 países compartilharam experiências ambientais durante a 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, que será encerrada na tarde desta terça-feira, em Brasília. Durante o encontro, que teve início no dia 3, em Luziânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal, a preservação do meio ambiente foi debatida por estudantes de 11 a 14 anos, que representaram todas as unidades da Federação. As discussões e propostas foram acompanhadas por 68 observadores internacionais.
“As crianças não só pensam nos problemas, mas apresentam soluções”, disse o representante da Inglaterra, João Felipe Scarpelini. Segundo ele, o fato de as crianças trabalharem em oficinas de publicidade, rádio, teatro e outras permite a elas ver, na prática, como as mudanças climáticas são relevantes em sua vida. “Na Inglaterra, trabalhamos com a educação para o desenvolvimento sustentável”, disse. “O governo investe muito dinheiro na criação de recursos. Todas as escolas podem contar com as autoridades para saber sobre sustentabilidade.”
Naquele país, é comum os professores convidarem representantes de organizações não governamentais (ONGs) ambientais para trabalhar em sala de aula. É uma forma de despertar mais interesse dos estudantes sobre o tema. “Envolver os jovens, na escola, para pensar em políticas públicas é inédito”, destacou Scarpelini.
Valores — Para Abdul Aziz Helal, do Catar, é muito importante começar o trabalho ambiental nas escolas, principalmente com os mais jovens, porque eles crescerão com esses valores. Naquele país do sudoeste asiático, a educação ambiental não é curricular, mas as crianças podem, na escola, ter envolvimento com a questão ambiental.
No Catar, ONGs conhecidas como amigas do meio ambiente dão suporte às escolas, com atividades como visitas dos estudantes a diferentes regiões do país. A finalidade é criar uma consciência ambiental e, principalmente, permitir aos alunos entender as condições climáticas da região.
A conferência será encerrada com uma caminhada, às 15h, na Esplanada dos Ministérios. Depois, será encaminhada às autoridades a Carta das Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanças Ambientais Globais, documento elaborado pelos estudantes.
Assessoria de Imprensa da Secad