Lula cita Obmep como exemplo de inclusão social
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira, dia 16, que uma das prioridades de seu governo é o uso da tecnologia para a inclusão social. Lula citou como exemplo a realização da 1a Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas (Obmep). A competição contou este ano com a participação de 10,5 milhões de alunos da quinta à oitava série do ensino fundamental e do ensino médio. A lista dos alunos, professores, escolas e municípios premiados será divulgada na próxima terça-feira, dia 22.
A Obmep tem como objetivo despertar o interesse de crianças e adolescentes por matemática e descobrir talentos para a ciência e a tecnologia. É uma parceria dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, executada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Participaram da primeira edição estudantes de 31.028 escolas de 5.197 municípios — 93% dos municípios brasileiros.
Durante a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília, o presidente disse que a idéia de criar uma olimpíada de matemática específica para escolas públicas surgiu durante homenagem aos alunos premiados em competições internacionais semelhantes — o Brasil está entre as 20 nações mais bem classificadas. Na mesma época, Impa e SBM elaboravam projeto semelhante. Houve, então, a confluência de idéias. “Parecia algo impossível porque se criou na nossa consciência a idéia de que o pessoal de escola pública é desmotivado, aprende menos. Mas abrimos as inscrições, 11,5 milhões de crianças se inscreveram e 10,5 milhões participaram”, disse Lula.
Conhecimento — A meta do governo é dar continuidade ao projeto e elaborar uma olimpíada de português para 2006. Ao longo dos anos, ficou comprovado que participantes de olimpíadas de matemática melhoraram o desempenho em outras áreas.
“Ao contrário de tempos passados, quando o poder de um país decorria quase exclusivamente de seu poderio militar, de suas riquezas naturais ou de sua extensão territorial, hoje, os países mais poderosos são, sobretudo, aqueles que detêm conhecimento técnico-científico”, ressaltou o presidente.
Repórter: Raquel Maranhão Sá