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Educação integral

Especialistas apontam desafios de uma escola contemporânea

  • Quarta-feira, 19 de maio de 2010, 13h14
  • Última atualização em Quarta-feira, 19 de maio de 2010, 13h17
A educação integral no contexto da política educacional foi tema do painel de abertura do 3º Encontro Nacional dos Coordenadores do Programa Mais Educação. O seminário vai até sexta-feira, 21, na Academia de Tênis, em Brasília.

Para a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, o Mais Educação pode apontar caminhos para transformar o padrão arquitetônico e pedagógico e o de ensino-aprendizagem da escola. “O programa é capaz de apontar o que é o currículo de uma escola contemporânea, com outro projeto arquitetônico, com outro uso do tempo”, disse. ”Temos a obrigação de apontar o novo, uma escola que dialogue de verdade com crianças e jovens da era digital.”

Na visão da secretária, o modelo tradicional de escola não tem condições de formar essa geração de alunos que recebem tanta informação. De acordo com ela, não basta que professores transmitam conteúdo. Eles devem trabalhar com todas as formas de informação e ajudar a aprimorar o espírito crítico dos estudantes. “Quanto menor a capacidade de leitura e crítica, maior a capacidade de acreditar no que não se deve”, destacou. “É preciso tratar a informação, tratar o entorno da escola.”

Em um exemplo de como envolver a escola com a comunidade e, ao mesmo tempo, criar no aluno o gosto pela leitura, a secretária citou a Olimpíada de Língua Portuguesa, cujo tema é O Lugar onde Vivo. “O tema da olimpíada, trabalhado pelos gêneros memória, crônica e artigo de opinião, leva crianças, professores e jovens a ter contato com a comunidade sem perder o foco na aprendizagem”, salientou.

Maria do Pilar ressaltou que os professores precisam estimular nos alunos, acostumados com tecnologias, a leitura de meios que vão além do papel. Além disso, devem assumir o projeto de educação integral da escola, de maneira que as atividades estejam atreladas ao currículo para que tenham sentido educativo.

Integração — Para o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do MEC, André Lázaro, o programa pode ajudar a atrair as crianças que estejam fora da escola. “Temos algo como 500 mil crianças de sete a 14 anos fora da escola, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios”, disse. Para ele, não caberia somente à escola resolver todos os problemas sociais que atingem crianças e jovens, mas à integração entre escola e outros setores. “Não é levar os postos de saúde ou os teatros para a escola; é fazer a escola atravessar a rua e encontrá-los”, exemplificou.

A coordenadora do Mais Educação, Jaqueline Moll, ressaltou que o programa alcançará, este ano, cerca de 10 mil escolas espalhadas por todo o país. “O critério para a escolha das escolas participantes é o baixo desempenho no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) a fim de ajudar a diminuir as desigualdades educacionais”, explicou.

De acordo com Jaqueline, os recursos destinados ao programa passaram de R$ 45 milhões em 2008 e devem chegar a R$ 400 milhões em 2010.

Assessoria de Comunicação Social


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