Especialista alerta para riscos da pressão por bom resultado
A proximidade das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) traz uma série de dúvidas e medos aos estudantes. Além de expressar o desempenho pessoal dos alunos, os resultados do exame definem aprovados e reprovados entre os candidatos a novas vagas nas universidades, gerando pressão ainda maior, muitas vezes por parte dos próprios adolescentes, por boas notas nas provas.
“O Enem é um processo avaliativo, mas é preciso tirar o peso de cima disso. É claro que os jovens precisam ser preparados do ponto de vista de habilidades, de competências, para que eles tenham as melhores condições para realizar a prova, mas eles não precisam encará-la como uma questão de vida ou morte”, alerta a psicóloga e professora universitária Simone Roballo. Segundo a especialista, muitos jovens têm chegado aos consultórios de psicologia com sintomas psicossomáticos, ou seja, apresentando sinais fisiológicos provocados pela tensão e estresse.
Simone ressalta que os adolescentes de ensino médio estão numa faixa etária que denota uma transição muito grande. “É uma fase de conflitos e descobertas, que traz junto a pressão pela escolha profissional. Consequentemente, vêm provas importantes, como o Enem e o vestibular. Esse conjunto de situações tende a aumentar a ansiedade”. Ela explica que maus resultados nas provas podem ser causados pela ansiedade que antecede os exames.
“Não existem receitas prontas”, alerta ela. “O importante é o estudante minimizar todos os efeitos de ansiedade que podem vir a gerar na véspera da prova. Mas, para isso, ele precisa se reconhecer e saber identificar o que lhe gera mais ansiedade. Cada um precisa reconhecer o que o deixa mais confortável.” Atividades como ir ao cinema, nadar, ouvir música podem ser boas fontes de relaxamento. “Procure situações que lhe dão prazer para que você tenha os efeitos negativos da ansiedade controlados”, conclui Simone Roballo.
Assessoria de Comunicação Social