Conaes quer melhorar qualidade dos exames
Para elevar a qualidade das questões do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) pretende ampliar as exigências na escolha dos especialistas que elaboram os exames. "A primeira edição do Enade foi avaliada positivamente, mas queremos melhorar ainda mais a qualidade das perguntas da prova", explicou o presidente da Conaes, Hélgio Trindade.
Reunida hoje, dia 28, em Brasília, a comissão vai definir as diretrizes para o 2º Enade e a estratégia de implementação da auto-avaliação das instituições de ensino superior. As iniciativas fazem parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), implantado em abril de 2004.
As provas do Enade de 2005 serão aplicadas em 19 de junho a alunos do primeiro e do último ano dos cursos de arquitetura, biologia, ciências sociais, computação, engenharia, filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química.
Avaliação - Publicada no último dia 21 no Diário Oficial da União, a Resolução nº 1 da Conaes estabelece prazos diferenciados para a avaliação das instituições de ensino superior. As faculdades e institutos com até 500 alunos, que representam quase 50% do setor, têm até o final de agosto deste ano para finalizar sua auto-avaliação.
As instituições com mais de 500 estudantes matriculados devem concluir a auto-avaliação em fevereiro de 2006 e as universidades, até maio do próximo ano. Após essa fase, será realizada uma avaliação por especialistas do MEC, para então ser finalizado o relatório da situação de cada instituição. O ministério espera concluir todo o processo em março de 2007.
De acordo com Hélgio Trindade, o Sinaes é um instrumento importante para aferir a qualidade da educação superior. "O sistema não é uma política de ameaça, mas uma política pedagógica para a melhoria da qualidade no ensino superior", esclareceu.
Criada em abril do ano passado, a Conaes, responsável pela supervisão e coordenação do Sinaes, é composta por 13 membros, que representam o MEC, os corpos docente, discente e técnico, e por especialistas em avaliação e gestão da educação superior.
Flavia Nery