Ministro anuncia novas ações para a educação de jovens e adultos em evento internacional
Unir a dimensão técnico-profissional à educação oferecida na vida adulta e pensar a formação de professores com uma pedagogia específica para essa modalidade de ensino. Estas são algumas das novas ações do Ministério da Educação para a educação de jovens e adultos. As iniciativas foram anunciadas pelo ministro Aloizio Mercadante na abertura da Conferência Internacional de Educação de Adultos, a Confintea Brasil +6, aberta nesta segunda-feira, 25. O evento segue até quarta-feira, 27, em Brasília.
Seis anos após sediar a primeira edição da conferência no hemisfério sul, o Brasil volta a reunir sociedade civil, organismos internacionais e especialistas no tema para avaliar e discutir os avanços na área. “Queremos trabalhar a ideia Pronatec-EJA e não mais separar essas duas dimensões”, disse Mercadante. “A formação técnico-profissional, a qualificação profissional, motiva esses trabalhadores a voltar à escola, a voltar a estudar, e eles podem concluir os anos iniciais, os anos finais, o ensino médio com uma formação.”
Segundo o ministro, os institutos federais de educação, ciência e tecnologia estão trabalhando nessa direção, com o Sistema S, para criar novas matrículas para jovens e adultos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Um grupo de trabalho já foi formado no MEC, para planejar a formação de mais professores com atuação na educação de jovens e adultos. Segundo Mercadante, é importante trabalhar uma pedagogia específica dentro dos cursos de licenciatura para que os professores respondam melhor à realidade dos alunos que chegam à escola em etapa posterior à regular.
Durante a abertura do fórum, representantes de organismos internacionais, como o gerente do Instituto para a Aprendizagem ao Longo da Vida da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Werner Mauch, e a secretária-geral do Conselho Internacional de Educação de Adultos (Icae), Katarina Popovic, elogiaram o comprometimento do governo brasileiro com a inclusão de jovens e adultos na escola. Para Katarina, a educação dos adultos nunca foi tão necessária e tão pouco valorizada no mundo, mas o Brasil tem “levado muito a sério” a responsabilidade sobre a educação voltada para a esse público.
Mercadante ressaltou as políticas públicas que o país implementou desde a Confintea realizada em Belém, em dezembro de 2009. O ministro lembrou as conferências nacionais de educação ocorridas em duas edições e a criação do Plano Nacional de Educação (PNE), com metas específicas para a educação de jovens e adultos.
Medalha — Promovida pelo Ministério da Educação, com o apoio da Unesco e a da Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), o evento foi palco, ainda, da entrega da Medalha Paulo Freire. Concedida pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC desde 2005, a comenda, de valor cultural, reconhece experiências bem-sucedidas na educação de jovens e adultos no Brasil.
Entre as 65 concorrentes deste ano, cinco receberam menção honrosa e outras cinco foram premiadas com a medalha. Bahia, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina são os estados que tiveram instituições agraciadas.
Assessoria de Comunicação Social
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