Escola inclusiva motiva alunos
Na Escola Municipal Celestino Pimentel, localizada na Zona Oeste de Natal, além dos recursos de acessibilidade física, funciona uma sala de recursos multifuncionais. Com dois computadores, DVDs e material didático-pedagógico, a sala é freqüentada por cerca de 30 alunos com deficiência que estudam em outras cinco escolas da região. A diretora Carolina Cândido Amaral diz que os alunos com deficiência se sentem valorizados com as reformas e recursos que a escola lhes oferece.
Na Zona Oeste, a Escola Municipal Berilo Wanderley, também beneficiada com adaptações para permitir a acessibilidade física dos alunos com deficiência, atende dois alunos com deficiência: um com baixa visão e outro com deficiência auditiva. A diretora Maria Jesus de Lima não esconde a tristeza ao narrar a história do aluno Alef Gregório, que, segundo ela, foi quem mais se beneficiou com as melhorias realizadas na escola. Mas em março deste ano, a família dele se mudou da cidade. “Após as adaptações, Alef criou uma vontade de estudar e viveu aqui um ano de felicidade”, comenta.
Alef usa cadeira de rodas e foi matriculado na Berilo Wanderley aos cinco anos e ali estudou por quatro anos. Os primeiros três anos da vida escolar dele não foram fáceis. Até para entrar na escola, Alef enfrentou barreiras físicas. “Para entrar, o porteiro o carregava no colo porque a cadeira não passava na porta”, conta Maria Jesus. Com o tempo, o estudante cresceu e ganhou peso e ficou mais difícil ainda carregá-lo de um lado para o outro. A porta do banheiro era tão estreita que Alef nunca podia usá-lo. Por isso, durante três anos, ele foi obrigado a ir para a escola de fralda.
Maria Jesus trabalha na escola há 18 anos e foi a primeira vez que ela viu o prédio e o entorno da escola serem adaptados para a acessibilidade dos alunos com necessidades educacionais especiais.
Maria Pereira Filha
Leia mais...
Mais de 68% das escolas municipais de Natal são inclusivas