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Educação indígena

Educação indígena terá investimento de R$ 5 milhões

  • Sexta-feira, 19 de maio de 2006, 13h21

O Ministério da Educação prevê para este ano investimento de aproximadamente R$ 5 milhões em educação indígena. Uma parte desses recursos (R$ 2,6 milhões) será gasta em construção de escolas. O restante, em cursos de formação inicial e continuada de professores.

“O eixo principal de nosso trabalho é a formação de professores indígenas para fortalecer os conhecimentos tradicionais e a língua indígena, ensinar português e matemática e, em alguns casos, disciplinas como geografia e história”, disse Kleber Gesteira Matos, coordenador-geral de educação escolar indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

As secretarias estaduais de educação contam com R$ 2 milhões para cuidar de 20 projetos, que complementam ou oferecem a formação de magistério, nível médio, a 3,1 mil professores indígenas. São beneficiados 56 mil crianças e jovens. Organizações não-governamentais responsáveis por dez projetos de formação de 1,2 mil professores receberam R$ 712,5 mil. Serão atendidos, de maneira indireta, cerca de 22 mil alunos.

O currículo é definido de acordo com a realidade local. Se a comunidade indígena se comunica em português, a língua indígena será ensinada como segundo idioma. “O conteúdo é flexível porque reflete o que o professor precisa ensinar na escola”, disse Gesteira. No Brasil, atuam na educação básica indígena cerca de 9,1 mil professores — 88% de origem indígena. Para o próximo ano, já está definido que o valor mínimo para formação docente indígena será de R$ 3 milhões.

Formação — Atualmente, três instituições oferecem cursos de nível superior a professores indígenas. A Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), a Universidade Federal de Roraima (UFRR) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As três alternam aulas com convivência dos alunos nas aldeias para que repassem o conhecimento adquirido ao longo do curso.

A Unemat formará, no início de junho, 197 professores pelo projeto 3º Grau Indígena. Mais cem professores devem concluir o curso em quatro anos. A UFRR mantém três turmas de 60 alunos. A UFMG, uma turma de 130 alunos, iniciada neste semestre.

Raquel Maranhão Sá

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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