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Educação profissional e tecnológica

Desenvolvimento exige formação de mais técnicos

  • Quarta-feira, 25 de outubro de 2006, 13h36

Radiologia, enfermagem, eletrônica, informática, automobilística, gestão, eletrotécnica e agente comunitário de saúde. Faltam técnicos especializados nessas áreas, segundo o coordenador- geral de Desenvolvimento e Modernização da Secretaria de Educação Tecnológica (Setec/MEC), Paulo Wollinger. “As 747 mil matrículas no ensino técnico representam muito pouco para atender ao potencial de desenvolvimento do nosso país”, avalia.

Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) comprovam a demanda por gestores e técnicos com conhecimento empresarial. Mais de 60% das novas empresas fecham as portas com menos de um ano de funcionamento.

Uma pesquisa do Sebrae e da Universidade de Brasília, realizada em 2004, revelou que 26% dos administradores de empresas extintas não tinham nenhuma experiência em gestão e 41% abriram o negócio pelo simples desejo de ter uma empresa própria. Outro dado mostrou que 32% dos empresários falidos não procuraram auxílio profissional para gerir seu negócio.

Segundo Paulo Wollinger, o contato com as redes de ensino profissional mostra que as instituições demandam novas vagas porque as empresas exigem cada vez mais técnicos especializados. No Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas (Cefet-AM), mais de mil estudantes começam a fazer estágio todos os anos em empresas da Zona Franca de Manaus. De acordo com a coordenadora de estágios do Cefet, Maria Célia Oliveira de Souza, a instituição tem mais de 300 convênios com organizações da região, que sempre demandam técnicos.

A Moto Honda é uma das empresas parceiras do Cefet-AM e atualmente emprega 50 estagiários nas áreas de informática, mecânica e eletrônica. A fábrica produz 4.200 motos por dia e procura o Cefet todos os anos para selecionar estudantes. Segundo o assistente administrativo da área de recrutamento, Idegilson Andrade, o setor de mecânica sempre demanda mais profissionais. “Nossos funcionários precisam ser treinados para trabalhar com as novas tecnologias de produção, mas nem sempre existem técnicos suficientes no mercado”, justifica.

Para atender a essa demanda, o Ministério da Educação quer ampliar o número de matrículas no ensino técnico e profissional, o que aumentará o acesso do jovem ao mercado de trabalho. Em novembro de 2005, o MEC revogou a Lei nº 9.649, de 1998, que impedia a União de expandir a educação profissional. Com a mudança, a União pôde criar escolas técnicas, agrotécnicas federais e unidades descentralizadas, quando não for possível fazer parcerias com estados ou municípios, ONGs e o setor produtivo.

Conferência – Para estimular esse crescimento, o MEC realiza de 5 a 8 de novembro, em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. O evento vai elaborar uma política nacional para o setor, com o objetivo de integrar as redes federal, estadual, municipal, privada e comunitária que oferecem ensino profissionalizante.

Flavia Nery

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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