Olimpíada de português é lançada em GO
Goiânia - Escrever não é um dom, um talento reservado a poucos, mas uma técnica que pode ser apreendida por qualquer criança. A afirmação foi feita por Jeanete Beauchamp, diretora de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e Tecnologias da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, durante o lançamento da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.
O evento foi realizado nesta quinta-feira, 13, em Goiânia, e reuniu educadores, gestores educacionais e representantes de municípios dos estados do Centro-Oeste. Juntos, eles discutiram estratégias para que a olimpíada cumpra a meta de chegar a seis milhões de estudantes em todo o Brasil. “Nosso objetivo é fazer com que essa nova ação se desenvolva na mesma dimensão do território brasileiro”, ressaltou a diretora.
O conceito da escrita como uma técnica assimilável é compartilhada pelos especialistas responsáveis pelo projeto pedagógico da olimpíada. Mais do que um concurso de talentos, a nova política pública pretende não apenas levar o exercício da escrita aos que já se destacam em português, como também despertar o gosto pelas palavras em todos os alunos da educação básica.
A olimpíada foi concebida, inicialmente, pela Fundação Itaú Social e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Comprovada a eficácia da ação na formação continuada de professores e no desenvolvimento do ensino da língua, a estratégia foi adotada como política pública pelo MEC.
Seguindo um caderno de orientações, os professores desenvolvem métodos de ensino criados por especialistas em língua portuguesa. O resultado são aulas que trazem didática para os professores e compreensão da língua pátria para os alunos. “O material é modificado todos os anos para que os docentes se motivem a participar sempre”, explicou a diretora da Fundação Itaú Social, Ana Beatriz Patrício.
As escolas interessadas em participar da olimpíada de língua portuguesa têm até o dia 14 de abril para se inscrever no portal do MEC.
Ana Guimarães