Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Todas as notícias > Obras de Portinari podem chegar às escolas públicas
Início do conteúdo da página
Educação básica

Obras de Portinari podem chegar às escolas públicas

  • Terça-feira, 09 de janeiro de 2007, 14h45

Foto: Wanderley PessoaA obra Guerra e Paz, do pintor brasileiro Cândido Portinari, estampa um painel imponente na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. A partir de agora, a obra completa do artista poderá reforçar o ensino e a pesquisa nas escolas públicas de ensino básico de todo o Brasil. O filho do pintor, João Cândido Portinari, discutiu nesta terça-feira, 9, em Brasília, com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a viabilidade de se distribuir a alunos e outros interessados a coleção, organizada por ele, que reúne o trabalho do pai.

“Que esse catálogo faça parte da formação dos alunos e seja uma ferramenta de cidadania, valores sociais e humanos a partir da análise da obra e da vida do pintor, que é uma síntese verdadeira e emocionada do Brasil real”, disse João Cândido. Segundo ele, Portinari traduziu em suas telas vários aspectos da cultura brasileira, envolvendo temas sociais, históricos e religiosos, além de revelar os tipos populares do campo e da cidade.

Fruto de 28 anos de pesquisa minuciosa, iniciada em 1979, o catálogo inclui cinco livros com as 4.991 pinturas de Portinari, 1.200 fotografias de época, 30 mil documentos e um CD-rom que oferece ferramenta de busca e traz informações complementares aos livros. Há ainda ilustrações de todas as pinturas de Portinari, em ordem cronológica, acompanhadas, cada uma, por um índice que apresenta informações técnicas da obra — como o tipo de tinta ou material usado na pintura — data e dados bibliográficos que, por sua vez, informam todos os documentos referentes à obra.

Importância — João Cândido contou que, no início das pesquisas, as pinturas estavam espalhadas por vários países e não havia sequer uma publicação que desse conta da multiplicidade e da importância do trabalho do pai. Passados 17 anos da morte do pintor, o filho resolveu dar início às pesquisas que resgataram as obras de Portinari. O objetivo agora é democratizar o acesso à coleção e evitar que as pinturas caiam no esquecimento do público ou nunca venham a ser conhecidas pelos mais jovens. “Vim com a idéia de oferecer uma tiragem de dois a três mil livros para que o ministério os comprasse e distribuísse a algumas escolas. Mas o ministro Haddad sugeriu que distribuíssemos a pelo menos 50 mil escolas”, relatou, entusiasmado, João Cândido.

Disponível em livrarias no Rio de Janeiro e em São Paulo, a coleção custa R$ 2 mil. O preço pode cair a R$ 150, mantendo padrões de qualidade como capa dura e boa impressão de fotos, para tiragem de 50 mil coleções, que poderiam alcançar 35 milhões de alunos. Falta, ainda, precisar o tipo de detalhe técnico que inclui preço final das obras, tiragem, qualidade de impressão e número de escolas e bibliotecas.

Maria Clara Machado

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
X
Fim do conteúdo da página