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Educação superior

Seminário debate reforma universitária européia

  • Terça-feira, 26 de abril de 2005, 16h23

Com o tema Reformas na União Européia e sua Implementação - balanço e perspectivas, o segundo dia do Seminário Internacional Reforma e Avaliação da Educação Superior - tendências na Europa e na América Latina teve como expositores o diretor de Educação Superior do Ministério da Educação da França, Yves Vallat, e o vice-reitor da Universidade do Porto, José Ferreira Gomes. O seminário, que termina nesta quarta-feira, 27, está sendo realizado em São Paulo.

Yves Vallat explicou que o Protocolo de Bolonha, assinado em 1999 pelos ministros da Educação da França, Alemanha, Itália e Reino Unido, chegou a seu país no momento adequado. "Houve a oportunidade de feliz encontro entre anseios nacionais e internacionais", afirmou. Segundo ele, no âmbito internacional, havia uma Europa com sua economia unificada e seu mercado de trabalho aberto - qualquer europeu pode trabalhar em qualquer país da Europa - mas os diversos sistemas nacionais de educação eram bastante diferentes entre si. Cada país sentia, internamente, a necessidade de tornar mais competitivos seus futuros profissionais. Internamente, a França, naquele momento, passava por um aumento de demanda, com a entrada de 100 mil novos alunos no ensino superior. Ao desafio de ordem qualitativa somou-se, naquele momento, o desafio de ordem quantitativa. A necessidade de desenvolver um sistema único de formação de mão-de-obra superior foi percebida pela própria sociedade.

Repercussão - O Protocolo de Bolonha, que marca o início da reforma universitária européia, apresenta as linhas gerais da proposta, a Magna Carta Universitária. Segundo José Ferreira Gomes, vice-reitor da Universidade do Porto, "a Magna Carta Universitária é um instrumento típico de raiz acadêmica: autonomia, liberdade de investigação, necessidade de disponibilizar meios". Para ele, o fato inusitado é que a proposta provocou enorme repercussão. "O processo incendiou, de fato, a Europa." Tanto que, no ano seguinte, reuniram-se em Bolonha não apenas representantes de países da União Européia. Já havia, então, 40 aderentes ao protocolo.

No ano de 2000, em Lisboa, os chefes de governo da União Européia se reuniram e assinaram um novo protocolo, uma carta de intenção na qual se propuseram a transformar a economia européia numa economia baseada no conhecimento, a economia mais dinâmica e competitiva do mundo, que fosse capaz de construir um crescimento econômico sustentável e com melhores empregos e inclusão social. A base para essa mudança tem sido a reforma universitária, que deverá estar totalmente implantada na Europa em 2010.

Repórter: Elaina Daher

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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