Universidades terão papel reformulador de políticas para idosos
O Seminário sobre Educação Superior e Envelhecimento Populacional no Brasil propõe a criação de uma área multidisciplinar para tratar do idoso nas universidades. A partir do encontro, os profissionais de diferentes áreas irão interagir e trocar informações para uma futura reformulação curricular que atenda às necessidades dos idosos no Brasil.
Durante o encontro, entre os dias 11 e 12, foram debatidos e apresentados estudos a respeito da matéria sob diversos aspectos das mais variadas profissões. "O propósito de sensibilizar a comunidade acadêmica da necessidade da criação de uma rede de cooperação entre as diversas áreas foi completamente atendido", afirmou a coordenadora do seminário, Márcia Rozenthal. O evento tratou de integrar as áreas do conhecimento a fim de contribuir para a elaboração de políticas de apoio a projetos e diretrizes que promovam o envelhecimento saudável e com qualidade de vida.
A coordenadora explica que o próximo passo será a disseminação da idéia dentro de cada unidade acadêmica, de maneira que haja uma sensibilização entre os professores. Segundo Márcia, o envelhecimento é uma questão que envolve todas as áreas de estudo e conhecimento. "Podemos atrelar a medicina à economia, a medicina ao direito, onde as questões da previdência social e da eutanásia envolvem as três áreas", exemplificou a consultora da Secretaria de Ensino Superior.
A concretização da interdisciplinaridade do envelhecimento nas universidades depende diretamente do trabalho conjunto das diferentes áreas. "Para isso, é imprescindível que os cursos tenham propostas de relações integradas, relacionadas às questões do envelhecimento", enfatiza.
Conforme dados da pesquisa do IBGE, atualmente o Brasil possui cerca de 17 milhões de idosos (população com mais de 60 anos) o que representa 9,6% da população total do país.
No próximo semestre está prevista a realização de outro seminário, ainda sem data e local definidos.
Repórter: Sandro Santos