Programa vai financiar pesquisas na área de segurança nacional
“A defesa nacional interessa ao conjunto da sociedade brasileira. O programa trata de formar, de maneira sustentável, quadros de excelência na matéria.” Desse modo, o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, definiu o Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Defesa Nacional (Pró-Defesa), lançado nesta sexta-feira, 29, em solenidade no edifício-sede do Ministério da Educação.
O programa é uma parceria dos ministérios da Educação e da Defesa e vai financiar projetos de pesquisa de pós-graduação sobre segurança no país. O objetivo é promover a formação de mestres e doutores especializados no tema e qualificar as Forças Armadas.
“É um projeto estratégico, que vai produzir conhecimento sobre a questão da geopolítica e defesa do país no meio da elite acadêmica”, afirmou Tarso Genro, ministro da Educação. Segundo ele, o Pró-Defesa segue o conceito moderno de defesa do território e se integra perfeitamente aos eixos de intervenção do MEC na sociedade brasileira: alfabetização, educação profissional e profissionalizante; reforma do ensino superior; e a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Os eixos pretendem resgatar a idéia de nação unida e igualitária.
O Pró-Defesa terá recursos anuais de R$ 800 mil para o custeio de projetos. O primeiro edital será publicado no próximo mês. Instituições de ensino superior públicas ou privadas, com cursos de pós-graduação reconhecidos pelo ministério, podem inscrever seus projetos, que devem investigar temas como estudos estratégicos (guerra, combate e logística) e segurança internacional.
Comissão - Os trabalhos serão selecionados por uma comissão formada por integrantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e da Secretaria de Estudos e Cooperação do Ministério da Defesa.
O projeto surge em boa hora. O Brasil é visto no exterior como um dos países com importância crescente no cenário internacional. “Formar bem os protagonistas do futuro é a melhor forma de agir no presente, principalmente porque o futuro se prenuncia mais complexo e delicado”, afirma José de Alencar.
Repórter: Raquel Maranhão Sá