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Ações internacionais

Aumenta cooperação Brasil-Líbano

  • Terça-feira, 28 de agosto de 2007, 17h17

O Brasil e o Líbano definiram nesta terça-feira, 28, último dia do seminário acadêmico Brasil-Líbano, um mapa de interesses comuns de cooperação acadêmica e cultural. O primeiro passo será aprofundar as relações das duas nações, que começou no século 19 com o imperador Pedro II, do Brasil.

Foi o professor Roberto Khatlab, da Notre Dame University, que contou um pouco da história. Ela começa quando Pedro II visita o Líbano, em 1876, para divulgar o Brasil no Oriente Médio. Desde então, seis milhões de libaneses emigraram e iniciaram o que o professor Khatlab chamou de acordo entre as pessoas. “Nossos países são famosos pela hospitalidade. Precisamos estender a afinidade e a cooperação que existem entre os indivíduos para o grupo.”

Já Boutros Labaki, da Université Saint Joseph, apresentou as propostas libanesas. A questão principal, além de eventos temáticos e tradução da literatura e ensino das línguas entre as nações, está na mobilidade acadêmica. “Precisamos instituir um programa para que nossos estudantes possam estudar no Brasil e os brasileiros no Líbano.” O secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, defendeu a mobilidade desde o primeiro dia do seminário. Mota anunciou que o governo tem interesse em garantir o intercâmbio já em 2008.

O assessor internacional do MEC, Alessandro Candeas, apresentou as propostas do lado brasileiro e refletiu sobre a sinergia de pensamentos. As propostas são muito semelhantes e mostram a “grande química e afeto dos dois países”. Candeas disse que o seminário não é um ato isolado, mas o início de um processo de aproximação acadêmica e intelectual que já existe. “A partir da visita do ministro Haddad ao Líbano, em 2006, foi reforçado o compromisso de cooperação. Temos todo o amparo normativo, só precisamos efetivar essa aproximação”, explicou.

A mobilidade acadêmica para alunos, professores e pesquisadores aparece na proposta brasileira. Candeas lembra que o programa PEC-PG, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e a Capes, oferece bolsas de pós-graduação para estrangeiros e abre, desde 2006, vagas para libaneses. “Precisamos divulgar nas universidades do Líbano.” Candeas anunciou que pretende estender também um programa de graduação semelhante ao PEC-G para o Líbano. “Vamos propor ao Itamaraty que, a partir de 2008, os alunos do Líbano possam vir ao Brasil.”

O encontro terminou com a proposta de um segundo seminário no Líbano, no primeiro semestre de 2008.

Manoela Frade

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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