Professora destaca que nova forma de ensino pode garantir boa alfabetização de crianças
Professora da rede pública de educação básica no Distrito Federal, Viviane Alves experimenta em sala de aula uma nova forma de alfabetização com crianças do primeiro ano do ensino fundamental. “Começamos a perceber que muitas não sabiam ler nem conheciam as letras”, observa. “Juntos, estamos construindo esse trabalho, que a cada ano vai se transformando, dependendo das necessidades que vão surgindo no dia a dia.”
Ao interagir com músicas infantis e histórias do folclore brasileiro, as crianças aprendem os nomes e sons das letras e associam o ato de aprender com brincadeiras. “Não descobrimos a roda, não criamos nada novo: apenas tentamos fazer com que as crianças sintam prazer em aprender a ler”, diz Viviane.
A professora fala sobre o método no programa Educação no Ar, da TV MEC, transmitido pela TV NBR. Veiculado nesta quinta-feira, 17, às 9h10 e às 16h10, o programa tem reprises até domingo. Na sexta-feira, 18, às 8h e às 19h; no sábado, 19, às 20h; no domingo, 20, às 13h30.
A cada ano, os índices de alfabetização têm melhorado na Escola-Classe da 308 Sul, em Brasília, onde o projeto é realizado. Em 2015, a instituição ficou em terceiro lugar no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). “Isso é fruto de uma alfabetização bem feita. As crianças têm fluência no escrever, na leitura, e a gente consegue atingir cerca de 90% dos alunos”, garante a professora.
O projeto, que teve início com atividades voltadas para alunos especiais, foi ampliando e abrange os estudantes, com a prática; os professores, com a formação, e as famílias, no envolvimento das atividades do dia a dia. A formação dos professores segue a neuropedagogia, com prioridade na consciência fonológica e no construtivismo.
Além disso, outros projetos estão associados. No primeiro bimestre, por exemplo, houve atividades que destacaram os contos de fadas. No caso da Bela Adormecida, foram trabalhados temas sobre a letra “m”, de maçã, com os valores nutricionais da fruta. “Vamos envolvendo a construção da consciência fonológica no mundo da criança”, afirma Viviane.
Assessoria de Comunicação Social