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Popular e erudito juntos no Sete de Setembro

  • Sexta-feira, 07 de setembro de 2007, 17h45

A maestrina Lígia Amadio regendo a orquestra de 80 músicos, em apresentação comemorativa pela Independência do Brasil (Foto: Júlio César Paes)José Silva da Costa não tirou os olhos do palco montado no canteiro central da Esplanada dos Ministérios. Pela primeira vez, o gesseiro, de 30 anos, pôde acompanhar a apresentação de uma orquestra. Regida pela maestrina Lígia Amadio, a Orquestra Sinfônica Nacional (OSN/UFF) se apresentou para os olhos e ouvidos atentos de José e do público presente na comemoração da Independência do Brasil.

O cheiro que subia ao palco, onde os 80 músicos tocavam violino e harpa, era de pipoca e churrasquinho, vendidos pelos ambulantes que estavam na Esplanada dos Ministérios. A apresentação foi uma junção entre o Brasil popular e o erudito. Acompanhado pela orquestra, o solista Arthur Moreira Lima tocou o concerto nº 1 para piano e orquestra de Tchaikovsky. José não conteve a emoção. “Estou achando uma honra muito grande ter contato com essa música. Esse lado do Brasil eu não conhecia”, contou.

Lígia Amadio, regente da orquestra, ao lado do solista Arthur Moreira Lima (Foto: Júlio César Paes)De pé, em frente ao palco, dona Anelise Helga Rickmann, de 72 anos, acompanhou a apresentação do início ao fim. “Essa é uma oportunidade muito grande de levar a música erudita ao povo”, disse. O público presente à Esplanada acompanhou um repertório que trouxe elementos musicais de todos os cantos do Brasil. Samba, choro, forró, baião, frevo e outros ritmos foram tocados pelos músicos da orquestra. “É um verdadeiro mapeamento musical do Brasil”, explicou a maestrina.

Antes de começar a tocar, os músicos apresentaram seus instrumentos ao público. O som do violino, por exemplo, chegou aos ouvidos de José acompanhado de breves explicações feitas pelo mestre-de-cerimônias, tudo para diminuir a falta de familiaridade com a música erudita. Depois de duas horas e meia de apresentação, o público, em coro, pediu bis. A maestrina voltou e a orquestra tocou um pout-porri de frevo que levantou a platéia presente no canteiro central da Esplanada dos Ministérios. Feliz, José foi embora. “Pena que é só uma vez no ano”, lamentou.

A Orquestra Sinfônica que se apresentou nesta sexta-feira, 7, será transformada em uma instituição de fomento da música nacional. “Finalmente cumpriremos a missão da orquestra, que foi criada por JK para divulgar, enaltecer e promover a música brasileira”, destacou a maestrina Lígia Amadio. A OSN/UFF e o pianista Arthur Moreira Lima farão uma segunda apresentação no domingo, 9, às 10h, no mesmo local.

Ana Guimarães

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