SBPC: ensino de ciências em debate
Educação em ciências no Brasil: Desafios e perspectivas das ciências foi o tema abordado pelo coordenador da área de ciências e matemática da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Roberto Nardi, durante mesa-redonda realizada ontem, 16, na 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O debate teve como foco a qualidade do ensino de ciências no país. Também participaram da mesa-redonda o professor Ildeu de Castro Moreira, representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, o professor Charbel Niño EL-Hani, da Universidade Federal da Bahia e o professor Hernan Chaimovich Guralnik, representante da Associação Brasileira de Ciências.
Nardi destacou a pós-graduação em ensino de ciências e matemática no Brasil. Segundo ele, a intensificação da produção científica e a criação de programas de mestrado e doutorado com características próprias e, em decorrência, a instalação do comitê de ensino de ciências e matemática junto à Capes desde 2000 podem formar novas lideranças de pesquisadores no país.
Para Castro, o ensino de ciências e matemática é muito deficiente no desempenho geral. A Capes é fundamental, diz, principalmente atuando na educação básica. “A criação da nova Capes foi um ponto importante para contribuir com diretrizes para formação de professores.” ressalta.
Castro acrescentou que o Portal do Professor vai contribuir com a qualidade de ciências no país, disponibilizando conteúdo importante relacionado à ciência, pois a internet tem pouco conteúdo em português interessante sobre ciências. “O portal é um desafio de interatividade com o professor de qualquer lugar do Brasil”, salienta.
O setor de ciências da Capes é uma das 47 áreas do conhecimento. Possui cerca de 51 programas, 25 mestrados acadêmicos, 26 mestrados profissionais e 11 doutorados em todo o país. “É importante formar pesquisadores, cuja produção intelectual e científica possa contribuir para um ensino de ciências em que o docente esteja apto. Precisamos pensar o papel do professor. Podemos mudar a realidade do ensino e os programas devem ser bem avaliados” afirma Castro.
Assessoria de Imprensa da Capes