Comissão quer desenvolver a física no país
O documento Física para um Brasil Competitivo, com propostas para aumentar a inclusão da física na vida do país, foi entregue na quarta-feira, 27, à diretoria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). O trabalho é o resultado de seis meses de estudos feitos por uma comissão integrada por sete físicos, a pedido da Capes.
Com nove capítulos, o documento aborda temas como: a formação de físicos voltados para a inovação; o ensino de física no nível básico; o papel da física na tecnologia contemporânea; e a física e a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE). O levantamento foi entregue ao presidente da Capes, Jorge Guimarães, e ao diretor de Programas, Emídio Cantídio. Uma das recomendações do documento é sobre a necessidade, urgente, de priorizar investimentos na formação graduada e pós-graduada de cientistas e engenheiros no Brasil.
Segundo o coordenador, o trabalho foi orientado pela visão de que a inclusão da física só poderia ser atingida com um empreendimento mais amplo: a inclusão efetiva da ciência na sociedade e na economia brasileiras. “Nosso trabalho não se encerra com a entrega desse documento, mas começa agora”, diz o coordenador da comissão, Alaor Silvério Chaves, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Parceria — Ele explica que o objetivo é atuar em conjunto com associações científicas como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Sociedade Brasileira de Química (SBQ), Sociedade Brasileira de Física (SBF) e Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), em ações concretas voltadas para o aumento da inclusão da ciência na vida do país. “Isso implica na inclusão de um número maior de cientistas nas empresas, ampliando o mercado de trabalho”, ressalta Chaves.
O assunto será tema de uma mesa-redonda na 59ª Reunião Anual da SBPC, em Belém (PA). A comissão é formada pelos professores Adalberto Fazzio, da USP e da SBF; Celso Pinto de Melo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Francisco César de Sá Barreto, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Rita Maria de Almeida, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Roberto Mendonça Faria, da USP de São Carlos; e Ronald Cintra Shellard, da PUC-RJ.
Fátima Schenini