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Diversidade

Ações educacionais complementares em debate

  • Segunda-feira, 02 de maio de 2005, 13h23

Foto: Tereza SobreiraComeçou nesta segunda-feira, 2, em Brasília, o Encontro Nacional de Ações Educativas Complementares. Promovido pela Coordenação-Geral de Ações Educacionais Complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), o encontro pretende capacitar professores, gestores e técnicos das secretarias municipais de Educação e de organizações não-governamentais (ONGs) envolvidas com ações educacionais voltadas para crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade social - carentes, vítimas de abuso, exploração e violência sexual e com problemas de evasão escolar.

Segundo o secretário executivo adjunto do MEC, Jairo Jorge da Silva, o projeto deve ser ampliado em 2006, para atender mais de um milhão de estudantes. "Pretendemos atingir 12 mil professores em 3.607 escolas. Mais de 230 mil famílias serão beneficiadas", disse.

O projeto envolve os ministérios da Educação, do Esporte, da Cultura e do Meio Ambiente. "As ações são indispensáveis para firmar o vínculo do jovem com a escola", comentou Jairo Jorge. O programa de ações educativas complementares teve início em 2004, com investimentos de R$ 16 milhões e 175 parcerias. Para este ano, o MEC liberou R$ 20,8 milhões. A meta é a celebração de 250 convênios.

O diretor de educação para diversidade e cidadania da Secad, Armênio Bello Schmidt, observa que o ensino fundamental no país envolve mais de 30 milhões de alunos. Grande parcela sofre com a vulnerabilidade social. "Temos um projeto de prevenção ao abuso e à exploração sexual e outro, de promoção e inclusão educacional e social, para reduzir índices de evasão e reprovação", afirmou. Num segundo momento, segundo Schmidt, o projeto estará focado nas regiões do Vale do São Francisco e no Semi-Árido nordestino.

Indígenas - Marcos Pimentel, secretário de Educação de Nova Xavantina (Mato Grosso), pretende encontrar soluções para um problema da região. "As crianças indígenas que vêm estudar na zona urbana sofrem o problema da aculturação. É preciso conhecer e ter contato com a dimensão de todos esses problemas para saber como agir", afirmou.

A ONG UniBio, do Paraná, apresentou o projeto Educar e Transformar, no município de Fazenda Rio Grande. Segundo Rodrigo Berthe, representante da organização, o projeto trabalha com filhos de mães solteiras, de pais alcoólatras ou com problemas que envolvam o Estatuto da Criança e do Adolescente. "Começamos com 220 jovens. Hoje, temos uma lista de espera superior a 500 crianças", disse.

A UniBio tem 60 professores que trabalham com temas como tabagismo, violência sexual e inclusão de portadores de necessidades especiais. Desenvolve, ainda, cursos profissionalizantes. "Além dos 60 alunos com bolsas, temos 120 professores voluntários da comunidade", disse Berthe. O Encontro Nacional de Ações Educativas Complementares termina amanhã, dia 3.

Repórter: Sonia Jacinto

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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