UFMG fará novo vestibular para professores indígenas
Os professores indígenas de Minas Gerais que já concluíram o ensino médio terão nova oportunidade para concorrer a 29 vagas do Curso de Formação Intercultural de Professores. O primeiro vestibular, realizado em dezembro de 2005, aprovou 121 professores, mas a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) dispõe de 150 vagas para o curso que se inicia em abril de 2006 e termina em 2010.
O curso será oferecido numa parceria que envolve recursos do Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos de Licenciatura para Formação de Professores Indígenas (Prolind/MEC), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Secretaria Estadual de Educação e a infra-estrutura física e docente da UFMG. Do Prolind, a universidade terá R$ 500 mil, da Funai, R$ 372 mil, e da Secretaria de Educação de Minas Gerais, R$ 89 mil.
Em Minas Gerais, os sete povos indígenas do estado serão atendidos pelos cursos xacriabá, maxacali, crenaque, pataxó, caxixó, xucuru-cariri e pancararu. Na primeira seleção, os candidatos do povo maxacali não conseguiram chegar a tempo para fazer as provas e os crenaque não se inscreveram. A expectativa da coordenadora do curso na UFMG, Lúcia Helena Alvarez Leite, é que a próxima seleção possa contemplá-los. A relação dos classificados pode ser consultada na página eletrônica da UFMG.
Estrutura – A formação intercultural oferecida pela UFMG está dividida em dez etapas intensivas de 30 dias de duração cada, duas vezes ao ano. Atividades de pesquisa e práticas, em serviço, serão acompanhadas por 12 monitores de cursos de pós-graduação da universidade.
Em 2006, as fases presenciais serão em abril e setembro. Neste período, explica a coordenadora do curso, os professores indígenas ficarão alojados próximo da universidade e terão custeadas suas despesas com deslocamento, hospedagem e manutenção.
Repórter: Ionice Lorenzoni