Estímulo à leitura
Uma escola de ensino fundamental do município paulista de Itapetininga tem obtido excelentes resultados com as estratégias de incentivo à leitura que realiza desde 2002. Ao desenvolver projetos permanentes, como o Leitura em Família e o Roda de Leitura, a Escola Estadual Professor Astor Vasques Lopes constata avanços significativos em avaliações estaduais e nacionais. No índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb), do Ministério da Educação, a escola alcançou, em 2007, a nota 5,2, superior à média nacional das séries iniciais, de 4,2.
Com 380 alunos, em sua maior parte oriundos de famílias de baixa renda e instrução, a instituição conquistou, em 2008, o primeiro lugar na fase regional de ensino do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). Em 2009, obteve a primeira colocação na fase estadual, com a média 8,55, a melhor entre 1.945 escolas estaduais.
“O resultado foi uma surpresa”, revela a diretora da escola, Arlete Milanezi Ansbach, há 12 anos na função. Formada em letras e em pedagogia, ela acredita que o estímulo à leitura contribuiu para essa colocação, embora destaque também o empenho e o acompanhamento de toda a equipe da unidade de ensino. “Nossa equipe é maravilhosa e realmente vestiu a camisa”, salienta.
“O projeto Roda da Leitura começou quando percebemos a dificuldade dos alunos na elaboração de redações e relatos no Saresp de 2002”, diz Claudete de Araújo Cavalcante, 22 anos de magistério, professora de turmas do terceiro ano.
Ao fazer uma análise das características sociais e antropológicas das famílias dos alunos, a equipe escolar constatou a necessidade de envolvimento dos pais no cotidiano escolar. Para isso, além de promover reuniões que causassem impacto e reflexão, passou a convidar os pais para os encontros da Roda da Leitura, uma vez por mês, com os filhos. Na sequência, foi inserido o projeto Leitura em Família. Os estudantes passaram a levar livros para ler em casa com os pais. Levavam também um caderno para os pais registrarem impressões sobre a leitura.
“O retorno é gratificante”, diz Claudete. Segundo ela, os pais são participantes ativos nos dois projetos, tanto em casa quanto na escola, durante os encontros da Roda da Leitura.
“Foi um trabalho de muito incentivo, motivação e persistência da equipe escolar, que culminou numa grande adesão da família ao gosto e prazer pela leitura”, ressalta a professora Isabel Cristina de Moura, 25 anos de magistério, que dá aulas a turmas do segundo ano. De acordo com ela, os dois projetos, que se complementam, contribuem para a formação da cidadania e viabilizam resultados surpreendentes na aprendizagem dos alunos.
Realizados o ano inteiro, os projetos têm encerramento em cada fim de semestre por meio de gincana ou sarau literário ou cultural. Além disso, toda a escola dedica-se à leitura, duas horas por dia, às terças e quintas-feiras. Às quartas-feiras, um horário específico é destinado à produção de textos.
Fátima Schenini
Saiba mais no Jornal do Professor
Escola paulista desenvolve projetos e obtém resultados

Com 380 alunos, em sua maior parte oriundos de famílias de baixa renda e instrução, a instituição conquistou, em 2008, o primeiro lugar na fase regional de ensino do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). Em 2009, obteve a primeira colocação na fase estadual, com a média 8,55, a melhor entre 1.945 escolas estaduais.
“O resultado foi uma surpresa”, revela a diretora da escola, Arlete Milanezi Ansbach, há 12 anos na função. Formada em letras e em pedagogia, ela acredita que o estímulo à leitura contribuiu para essa colocação, embora destaque também o empenho e o acompanhamento de toda a equipe da unidade de ensino. “Nossa equipe é maravilhosa e realmente vestiu a camisa”, salienta.
“O projeto Roda da Leitura começou quando percebemos a dificuldade dos alunos na elaboração de redações e relatos no Saresp de 2002”, diz Claudete de Araújo Cavalcante, 22 anos de magistério, professora de turmas do terceiro ano.
Ao fazer uma análise das características sociais e antropológicas das famílias dos alunos, a equipe escolar constatou a necessidade de envolvimento dos pais no cotidiano escolar. Para isso, além de promover reuniões que causassem impacto e reflexão, passou a convidar os pais para os encontros da Roda da Leitura, uma vez por mês, com os filhos. Na sequência, foi inserido o projeto Leitura em Família. Os estudantes passaram a levar livros para ler em casa com os pais. Levavam também um caderno para os pais registrarem impressões sobre a leitura.
“O retorno é gratificante”, diz Claudete. Segundo ela, os pais são participantes ativos nos dois projetos, tanto em casa quanto na escola, durante os encontros da Roda da Leitura.
“Foi um trabalho de muito incentivo, motivação e persistência da equipe escolar, que culminou numa grande adesão da família ao gosto e prazer pela leitura”, ressalta a professora Isabel Cristina de Moura, 25 anos de magistério, que dá aulas a turmas do segundo ano. De acordo com ela, os dois projetos, que se complementam, contribuem para a formação da cidadania e viabilizam resultados surpreendentes na aprendizagem dos alunos.
Realizados o ano inteiro, os projetos têm encerramento em cada fim de semestre por meio de gincana ou sarau literário ou cultural. Além disso, toda a escola dedica-se à leitura, duas horas por dia, às terças e quintas-feiras. Às quartas-feiras, um horário específico é destinado à produção de textos.
Fátima Schenini
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