Educação superior
Com a decisão, aprovada pelo colegiado acadêmico da instituição, a Uenf se desliga do vestibular estadual do Rio de Janeiro, passando a adotar integralmente o Enem como forma de ingresso.
A Uenf foi uma das 51 instituições participantes da primeira edição do Sisu, realizada no início deste ano. Além da instituição fluminense – a única universidade estadual a participar do sistema –, 23 universidades federais, 26 institutos federais de educação, ciência e tecnologia e a Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE (Ence) também ofereceram vagas na seleção unificada. A Uenf ofereceu, pelo Sisu, 238 vagas em sete cursos.
Em entrevista, o reitor da instituição, Almy Junior, avalia a adoção do sistema pela universidade.
Como foi a ocupação das vagas da Uenf pelo Sistema de Seleção Unificada?
Tivemos altas taxas de preenchimento de vagas pelo sistema. Hoje, posso dizer que já chegamos a quase 100% de ocupação, e temos uma lista de espera de mais de 400 alunos, inscritos pelo Sisu, que ainda esperam pela oportunidade de ingressar na universidade. Mesmo cursos em que tradicionalmente havia sobra de vagas, como as licenciaturas, estão com ocupação total.
Por que a universidade decidiu aderir, com metade de suas vagas, já na primeira edição do Sisu?
Nos últimos anos vínhamos discutindo formas de aperfeiçoar nosso processo seletivo e considerávamos adequada a adoção das provas nacionais (no caso, o Enem) como critério de seleção dos alunos. O Enem é um processo já bastante maturado, que tem uma visão nacional. A Uenf, nos últimos vestibulares, já considerava o exame na composição da nota dos candidatos. A criação do sistema de seleção unificada permitiu a concretização dessa idéia. Além disso, havia a intenção da universidade de otimizar recursos financeiros: a adoção do Sisu não implica custo nem para a instituição, nem para os alunos.
O que motivou a Uenf a ampliar sua adesão ao sistema a partir dos próximos processos seletivos?
Nós apoiamos o sistema porque acreditamos que a adoção do Enem na seleção para as universidades induzirá a melhoria do ensino médio na rede pública em todo o país. Hoje vemos muitas escolas pautando seu ensino nos vestibulares das universidades locais. Além disso, o sistema democratiza o acesso ao ensino superior e facilita a mobilidade estudantil. Fica mais barato concorrer às vagas; os estudantes mais carentes podem se inscrever para o curso e instituição que desejam, o que, de outra forma, quem não tem dinheiro não poderia fazer. Mas essa mobilidade, claro, vai exigir a ampliação de políticas públicas de assistência aos estudantes.
A Uenf tem altos indicadores de qualidade nas avaliações realizadas pelo Ministério da Educação: obteve IGC (Índice Geral de Cursos) 4, em uma escala que vai de 1 a 5, e a maior parte de seus cursos tem conceitos 4 e 5. A adoção do Enem como critério de seleção pode ter um impacto nessa qualidade?
Acreditamos que, com o Sisu, teremos alunos ainda mais qualificados, na medida em que aqueles estudantes que querem estudar na Uenf e estão bem preparados terão mais facilidade para concorrer às vagas. Além disso, o Sisu deu uma visibilidade muito grande à universidade. Estamos situados no norte do estado do Rio (a sede fica em Campos dos Goytacazes) e muita gente ainda não conhece a instituição nem seus indicadores de qualidade.
Temos 100% de professores com titulação de doutorado, 13 programas de pós-graduação e um programa de iniciação científica premiado pelo CNPq. Vários cursos da Uenf incluídos no Sisu estão entre os mais bem avaliados do país. A seleção unificada só vai contribuir nesse processo de busca da qualidade.
Assessoria de Imprensa da Sesu
Instituição fluminense adotará o Sisu para seleção nos cursos
Com a decisão, aprovada pelo colegiado acadêmico da instituição, a Uenf se desliga do vestibular estadual do Rio de Janeiro, passando a adotar integralmente o Enem como forma de ingresso.
A Uenf foi uma das 51 instituições participantes da primeira edição do Sisu, realizada no início deste ano. Além da instituição fluminense – a única universidade estadual a participar do sistema –, 23 universidades federais, 26 institutos federais de educação, ciência e tecnologia e a Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE (Ence) também ofereceram vagas na seleção unificada. A Uenf ofereceu, pelo Sisu, 238 vagas em sete cursos.
Em entrevista, o reitor da instituição, Almy Junior, avalia a adoção do sistema pela universidade.
Como foi a ocupação das vagas da Uenf pelo Sistema de Seleção Unificada?
Tivemos altas taxas de preenchimento de vagas pelo sistema. Hoje, posso dizer que já chegamos a quase 100% de ocupação, e temos uma lista de espera de mais de 400 alunos, inscritos pelo Sisu, que ainda esperam pela oportunidade de ingressar na universidade. Mesmo cursos em que tradicionalmente havia sobra de vagas, como as licenciaturas, estão com ocupação total.
Por que a universidade decidiu aderir, com metade de suas vagas, já na primeira edição do Sisu?
Nos últimos anos vínhamos discutindo formas de aperfeiçoar nosso processo seletivo e considerávamos adequada a adoção das provas nacionais (no caso, o Enem) como critério de seleção dos alunos. O Enem é um processo já bastante maturado, que tem uma visão nacional. A Uenf, nos últimos vestibulares, já considerava o exame na composição da nota dos candidatos. A criação do sistema de seleção unificada permitiu a concretização dessa idéia. Além disso, havia a intenção da universidade de otimizar recursos financeiros: a adoção do Sisu não implica custo nem para a instituição, nem para os alunos.
O que motivou a Uenf a ampliar sua adesão ao sistema a partir dos próximos processos seletivos?
Nós apoiamos o sistema porque acreditamos que a adoção do Enem na seleção para as universidades induzirá a melhoria do ensino médio na rede pública em todo o país. Hoje vemos muitas escolas pautando seu ensino nos vestibulares das universidades locais. Além disso, o sistema democratiza o acesso ao ensino superior e facilita a mobilidade estudantil. Fica mais barato concorrer às vagas; os estudantes mais carentes podem se inscrever para o curso e instituição que desejam, o que, de outra forma, quem não tem dinheiro não poderia fazer. Mas essa mobilidade, claro, vai exigir a ampliação de políticas públicas de assistência aos estudantes.
A Uenf tem altos indicadores de qualidade nas avaliações realizadas pelo Ministério da Educação: obteve IGC (Índice Geral de Cursos) 4, em uma escala que vai de 1 a 5, e a maior parte de seus cursos tem conceitos 4 e 5. A adoção do Enem como critério de seleção pode ter um impacto nessa qualidade?
Acreditamos que, com o Sisu, teremos alunos ainda mais qualificados, na medida em que aqueles estudantes que querem estudar na Uenf e estão bem preparados terão mais facilidade para concorrer às vagas. Além disso, o Sisu deu uma visibilidade muito grande à universidade. Estamos situados no norte do estado do Rio (a sede fica em Campos dos Goytacazes) e muita gente ainda não conhece a instituição nem seus indicadores de qualidade.
Temos 100% de professores com titulação de doutorado, 13 programas de pós-graduação e um programa de iniciação científica premiado pelo CNPq. Vários cursos da Uenf incluídos no Sisu estão entre os mais bem avaliados do país. A seleção unificada só vai contribuir nesse processo de busca da qualidade.
Assessoria de Imprensa da Sesu