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Leitura e escrita

Escola de Brasília explora as habilidades em todas as áreas

  • Quarta-feira, 08 de setembro de 2010, 13h03
Feira do livro no Centro Educacional Maria Auxiliadora: forma de estimular a leitura entre os estudantes (arquivo da escola)O Centro Educacional Maria Auxiliadora (Cema), em Brasília (702 Sul), obteve média 731,58 na prova de redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2009. O segredo para a escola ter obtido tão bom resultado é atribuído ao fato de que a leitura e a escrita são habilidades desenvolvidas em todas as disciplinas do ensino básico, desde os anos iniciais.

“A leitura e a escrita são aspectos fundamentais, a base de tudo”, destaca a professora Cássia Vita de Ávila, que é graduada em letras e faz pós-graduação em leitura e produção de textos. Há dez anos no magistério e há cinco como professora de português no ensino fundamental, Cássia salienta que o Cema incentiva os alunos a escolher, na biblioteca da escola, os títulos a serem lidos, sem deixar de lado, no entanto, a leitura obrigatória para cada ano letivo.

“Os professores do Cema trabalham a leitura extraclasse. A biblioteca é bem frequentada pelos alunos, que muitas vezes pedem a aquisição de obras”, diz a irmã Maria Amélia, coordenadora pedagógica da instituição, que promove feiras do livro para os estudantes. Segundo ela, os livros didáticos, desenvolvidos especialmente para as escolas da rede Salesiana, da qual o Cema faz parte, estimulam a leitura entre os estudantes.

Em cada capítulo das diversas disciplinas são feitas sugestões de leituras complementares para estimular o aluno a ler e a buscar informações. Além disso, segundo a coordenadora, as questões contidas nos livros, a serem respondidas pelos estudantes, exigem que eles pensem e reflitam antes de responder.

Cobrança — “Peço a meus alunos que leiam um livro por mês, da lista do PAS”, explica Maria Júlia Elias Stiebler, professora de português em turmas do nono ano do ensino fundamental e do ensino médio. “O conteúdo da leitura é cobrado, depois, em provas e redações.” O PAS, Programa de Avaliação Seriada, é adotado pela Universidade de Brasília como uma das formas de seleção.

De acordo com Maria Júlia, formada em letras e há 25 anos no magistério, para obter melhores resultados com a redação dos alunos é necessário, em primeiro lugar, estimulá-los a planejar o que pretendem comunicar de forma escrita. Outro passo importante é o próprio aluno fazer a correção do que escreveu e refazer o texto. “É importante que o próprio aluno perceba seus erros”, salienta.

Além da redação propriamente dita, os alunos de Maria Júlia escrevem e pesquisam sobre projetos desenvolvidos nas aulas. Um exemplo é o trabalho com alunos do segundo ano do ensino médio. A partir do tema Casamento Homossexual, escolhido pelos próprios estudantes, ela sugeriu a elaboração de uma lista das idéias surgidas e a pesquisa sobre o assunto, a ser debatido em sala de aula, com argumentos favoráveis e contrários. “Observei que os alunos, na hora de redigir, ficavam confusos, pois queriam descrever todas as ideias que surgiam”, afirma a professora. “Agora, pretendo ensiná-los a organizar as idéias.”

Fátima Schenini


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Assunto(s): leitura , redação , Cema
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