Leitura e escrita
O Centro Educacional Maria Auxiliadora (Cema), em Brasília (702 Sul), obteve média 731,58 na prova de redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2009. O segredo para a escola ter obtido tão bom resultado é atribuído ao fato de que a leitura e a escrita são habilidades desenvolvidas em todas as disciplinas do ensino básico, desde os anos iniciais.
“A leitura e a escrita são aspectos fundamentais, a base de tudo”, destaca a professora Cássia Vita de Ávila, que é graduada em letras e faz pós-graduação em leitura e produção de textos. Há dez anos no magistério e há cinco como professora de português no ensino fundamental, Cássia salienta que o Cema incentiva os alunos a escolher, na biblioteca da escola, os títulos a serem lidos, sem deixar de lado, no entanto, a leitura obrigatória para cada ano letivo.
“Os professores do Cema trabalham a leitura extraclasse. A biblioteca é bem frequentada pelos alunos, que muitas vezes pedem a aquisição de obras”, diz a irmã Maria Amélia, coordenadora pedagógica da instituição, que promove feiras do livro para os estudantes. Segundo ela, os livros didáticos, desenvolvidos especialmente para as escolas da rede Salesiana, da qual o Cema faz parte, estimulam a leitura entre os estudantes.
Em cada capítulo das diversas disciplinas são feitas sugestões de leituras complementares para estimular o aluno a ler e a buscar informações. Além disso, segundo a coordenadora, as questões contidas nos livros, a serem respondidas pelos estudantes, exigem que eles pensem e reflitam antes de responder.
Cobrança — “Peço a meus alunos que leiam um livro por mês, da lista do PAS”, explica Maria Júlia Elias Stiebler, professora de português em turmas do nono ano do ensino fundamental e do ensino médio. “O conteúdo da leitura é cobrado, depois, em provas e redações.” O PAS, Programa de Avaliação Seriada, é adotado pela Universidade de Brasília como uma das formas de seleção.
De acordo com Maria Júlia, formada em letras e há 25 anos no magistério, para obter melhores resultados com a redação dos alunos é necessário, em primeiro lugar, estimulá-los a planejar o que pretendem comunicar de forma escrita. Outro passo importante é o próprio aluno fazer a correção do que escreveu e refazer o texto. “É importante que o próprio aluno perceba seus erros”, salienta.
Além da redação propriamente dita, os alunos de Maria Júlia escrevem e pesquisam sobre projetos desenvolvidos nas aulas. Um exemplo é o trabalho com alunos do segundo ano do ensino médio. A partir do tema Casamento Homossexual, escolhido pelos próprios estudantes, ela sugeriu a elaboração de uma lista das idéias surgidas e a pesquisa sobre o assunto, a ser debatido em sala de aula, com argumentos favoráveis e contrários. “Observei que os alunos, na hora de redigir, ficavam confusos, pois queriam descrever todas as ideias que surgiam”, afirma a professora. “Agora, pretendo ensiná-los a organizar as idéias.”
Fátima Schenini
Saiba mais no Jornal do Professor
Escola de Brasília explora as habilidades em todas as áreas

“A leitura e a escrita são aspectos fundamentais, a base de tudo”, destaca a professora Cássia Vita de Ávila, que é graduada em letras e faz pós-graduação em leitura e produção de textos. Há dez anos no magistério e há cinco como professora de português no ensino fundamental, Cássia salienta que o Cema incentiva os alunos a escolher, na biblioteca da escola, os títulos a serem lidos, sem deixar de lado, no entanto, a leitura obrigatória para cada ano letivo.
“Os professores do Cema trabalham a leitura extraclasse. A biblioteca é bem frequentada pelos alunos, que muitas vezes pedem a aquisição de obras”, diz a irmã Maria Amélia, coordenadora pedagógica da instituição, que promove feiras do livro para os estudantes. Segundo ela, os livros didáticos, desenvolvidos especialmente para as escolas da rede Salesiana, da qual o Cema faz parte, estimulam a leitura entre os estudantes.
Em cada capítulo das diversas disciplinas são feitas sugestões de leituras complementares para estimular o aluno a ler e a buscar informações. Além disso, segundo a coordenadora, as questões contidas nos livros, a serem respondidas pelos estudantes, exigem que eles pensem e reflitam antes de responder.
Cobrança — “Peço a meus alunos que leiam um livro por mês, da lista do PAS”, explica Maria Júlia Elias Stiebler, professora de português em turmas do nono ano do ensino fundamental e do ensino médio. “O conteúdo da leitura é cobrado, depois, em provas e redações.” O PAS, Programa de Avaliação Seriada, é adotado pela Universidade de Brasília como uma das formas de seleção.
De acordo com Maria Júlia, formada em letras e há 25 anos no magistério, para obter melhores resultados com a redação dos alunos é necessário, em primeiro lugar, estimulá-los a planejar o que pretendem comunicar de forma escrita. Outro passo importante é o próprio aluno fazer a correção do que escreveu e refazer o texto. “É importante que o próprio aluno perceba seus erros”, salienta.
Além da redação propriamente dita, os alunos de Maria Júlia escrevem e pesquisam sobre projetos desenvolvidos nas aulas. Um exemplo é o trabalho com alunos do segundo ano do ensino médio. A partir do tema Casamento Homossexual, escolhido pelos próprios estudantes, ela sugeriu a elaboração de uma lista das idéias surgidas e a pesquisa sobre o assunto, a ser debatido em sala de aula, com argumentos favoráveis e contrários. “Observei que os alunos, na hora de redigir, ficavam confusos, pois queriam descrever todas as ideias que surgiam”, afirma a professora. “Agora, pretendo ensiná-los a organizar as idéias.”
Fátima Schenini
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