Premiados em Educação em Direitos Humanos
O ministro da secretaria especial de direitos humanos, Paulo de Tarso de Vannuchi, anunciou que 2008 será um ano dedicado ao debate em torno da garantia da liberdade e igualdade para todos os brasileiros, e pediu a união de todo o Brasil em torno da causa. O anúncio foi feito na cerimônia de entrega da 13ª edição do Prêmio Direitos Humanos, nesta terça-feira, 11, no Palácio do Planalto. Para ele, o prêmio consolida os esforços do governo federal para unir estados, municípios e toda a sociedade: “A causa é suprapartidária, é de todo o país”, disse.
O vice-presidente José Alencar também destacou a importância do prêmio como representação dessa união. E disse que os direitos humanos precisam ser mais do que intenção e começam com igualdade de oportunidades a todos. “E igualdade de oportunidade deve ser oferecida pela educação.”
A organização do prêmio zelou pela representatividade de todas as regiões. Foram premiadas dez pessoas e dez organizações que se destacaram na luta pelos direitos humanos. Eles receberam um certificado e uma obra do artista plástico brasileiro Siron Franco, uma escultura em acrílico transparente, no formato de semente, preenchida por grãos de girassol, café, pimenta, feijão e um chip de computador.
Uma das dez categorias premiadas foi Educação em Direitos Humanos. O ministro da Educação, Fernando Haddad, entregou o prêmio ao doutor em direito Fábio Konder Comparato, reconhecido pela defesa de vítimas da ditadura militar. O Centro de Estudos, Pesquisas e Ação Cultural (Cenarte), do Rio Grande do Norte, recebeu o prêmio pelo projeto DHNet, uma rede virtual com o maior acervo de dados e informações sobre direitos humanos em língua portuguesa.
O ex-ministro da Justiça José Gregori falou em nome dos premiados. Para ele, esses 13 anos de premiação marcam uma virada na história no Brasil, quando o país foi capaz de tratar os direitos humanos como uma questão de estado, além das divergências partidárias ou ideológicas. “É um espaço comum onde realmente a gente constrói a base profunda de uma nação.” Gregori ainda elogiou a vocação pluralista do governo em busca de consensos.
Manoela Frade