Capes traz prêmios Nobel ao Brasil
Uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vem conseguindo bons resultados na busca de colocar o Brasil no mapa mundial da produção científica de alta qualificação. Idealizada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, a Escola de Altos Estudos (EAE) foi criada para promover a vinda de professores e pesquisadores estrangeiros de elevado conceito internacional, para realização de cursos monográficos. O objetivo é fortalecer, ampliar e qualificar os programas de pós-graduação stricto sensu – mestrado, doutorado e pós-doutorado – das instituições brasileiras.
As experiências mais recentes têm dado demonstrações da evolução e do grande potencial do programa. Um exemplo é o curso A ciência e a tecnologia de semicondutores: passado, presente e perspectivas futuras, realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que reuniu nada menos que cinco vencedores do Prêmio Nobel, além de outros pesquisadores internacionalmente premiados.
De acordo com a coordenadora do curso, professora Belita Koiller, o curso foi uma ótima oportunidade para que estudantes brasileiros assistissem a palestras às quais dificilmente teriam acesso. Ela destacou também a oportunidade de uma maior interação entre estudantes e professores, aproximando-os e proporcionando uma experiência inédita. Koiller revelou que, apesar da dificuldade de divulgação, o curso teve uma grande procura e cada estudante pôde ter um grande aproveitamento, devido ao nível dos palestrantes e a amplitude dos temas abordados.
A coordenadora defendeu a participação de alunos de programas de pós-doutorado, que não está prevista no edital da Capes para os projetos da Escola. Belita Koiller destaca, ainda, a necessidade de ampliar a divulgação dos próximos cursos da Escola.
Outro caso de sucesso da EAE foi o curso Tópicos avançados em neurologia, promovido pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP). Professor da disciplina tópicos avançados em epileptologia e neuroimagem funcional, Csaba Juhasz, da Wayne State University School of Medicine, afirmou, em carta enviada à coordenação do curso, estar impressionado com o profundo conhecimento demonstrado durante as discussões.
A escola – A Escola de Altos Estudos é desenvolvida com recursos da Capes, que repassa até R$ 150 mil para cada curso aprovado. O valor é utilizado em passagens aéreas, hospedagem e apoio operacional. Todos os cursos são documentados e passam a integrar o acervo da Capes. Desde a criação da Escola, 54 propostas foram aprovadas. Destas, 43 foram implementadas. Já foram investidos no programa mais de R$ 3,5 milhões.
Os cursos ministrados pelos especialistas estrangeiros têm curta duração e somam créditos para o programa de pós-graduação dos participantes. Seu número vem crescendo a cada ano. Em 2006, ano de criação da Escola de Altos Estudos, aconteceu apenas um curso. Em 2007, foram 15. Este ano, já são 34 cursos aprovados, dos quais 27 realizados.
Propostas – Para apresentar propostas, as universidades precisam oferecer cursos e programas de pós-graduação stricto sensu, preferencialmente com nota igual ou superior a cinco, nos processos de avaliação da Capes. As sociedades de pesquisa científica devem ser credenciadas junto à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). As inscrições podem ser feitas ao longo de todo o ano, na página eletrônica da Capes, onde estão disponíveis o edital e outras informações.
Assessoria de Comunicação da Capes
Conheça a relação de professores que já participaram da EAE