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  • A estudante pataxó Sirlene Lopes fala durante audiência no MEC, diante da presidente do Conselho de Caciques do Sul da Bahia, Maria das Dores, do assessor especial do MEC e ex-presidente da Funai, Márcio Meira, e o Secretário de Educação Superior, Amaro Lins (Foto: Letícia Verdi/MEC)O secretário de Educação Superior, Amaro Lins, e o assessor especial Márcio Meira, do Ministério da Educação, receberam em audiência na manhã desta quinta-feira, 29, cerca de 30 índios representantes das etnias pataxó e tupinambá, da região sul da Bahia.

    Os indígenas vieram ao ministério expor a situação da educação superior e básica em suas localidades e pedir providências e posicionamento do órgão. Boa parte dos questionamentos girou em torno do acesso às universidades, menos burocracia e mais verbas para políticas de assistência estudantil nas universidades, por exemplo.

    Para o secretário de Educação Superior do MEC, é muito importante tratar a questão indígena de forma particular, uma vez que eles têm condições diferentes de outros perfis de públicos. Durante a audiência, ele lembrou que o volume de recursos destinados ao Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) cresceu substancialmente. O programa foi criado em 2008 com o objetivo de apoiar a permanência de estudantes de baixa renda em cursos superiores.

    “Com a Lei de Cotas vamos ampliar ainda mais os investimentos neste programa”, destacou Lins. Para o próximo ano, por exemplo, serão mais de R$ 600 bilhões destinados ao Pnaes que, entre 2008 e 2012, já repassou recursos da ordem de R$ 1 bilhão. Ele lembrou que também haverá tutoria aos estudantes que ingressarem por meio das vagas reservadas legalmente. Esta foi uma das reivindicações da estudante pataxó Sirlene Lopes, de enfermagem, quando expôs dificuldades enfrentadas logo que ingressou no ensino superior.

    Márcio Meira ressaltou que nos últimos anos a quantidade de indígenas no ensino superior também vem crescendo. “A perspectiva é de aumento com a Lei de Cotas e boa parte dos estudantes indígenas que serão beneficiados vivem em aldeias”, disse. Na audiência também foram levantadas questões como a situação das escolas localizadas em aldeias, professores, transporte escolar, livros didáticos, entre outros temas ligados à educação básica.

    Há cerca de uma semana em Brasília, os representantes indígenas participam de audiências para reivindicar melhorias em suas comunidades. Eles vieram à capital federal com a intenção de serem recebidos em vários órgãos públicos como os Ministérios da Educação, Justiça, Saúde, Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Fundação Nacional do Índio (Funai), por exemplo.

    Danilo Almeida
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    Representantes de mais de 250 comunidades indígenas brasileiras que participam da 15ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), realizada na área ao redor do Museu da Memória dos Povos Indígenas, em Brasília, reuniram-se com o ministro da Educação, Rossieli Soares, para apresentar demandas da educação indígena no Brasil. O encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira, 25, no auditório do Ministério da Educação, e foi o primeiro contato do ministro com as etnias, desde que ele assumiu a pasta, no início deste mês.

    Conhecedor da realidade da educação indígena brasileira, após sua atuação como secretário de Educação do estado do Amazonas, durante quase quatro anos, entre 2012 e 2016, Rossieli Soares ouviu os pontos abordados pelas lideranças que representaram as regiões brasileiras. Foram relatadas as principais necessidades na área de educação, como melhoria na qualidade do ensino, garantia de recursos, maior acesso à formação e pós-graduação nas universidades, por meio da bolsa permanência, reconhecimento de notório saber e oferta de tecnologia, entre outros.

    O ministro ressaltou que tem conhecimento sobre a questão indígena e que está aberto para avançar nas políticas públicas. “Estamos de portas abertas para que possamos buscar avanços importantes. O mais importante que vocês disseram aqui é que a educação indígena seja feita por indígenas e respeitando a língua e cultura de vocês. Acho que é um ambiente de debates que precisa ser ampliado. Precisamos trazer secretarias como a de Educação Superior (Sesu) e de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) para participar, ter um debate mais próximo e ouvir realmente as angústias que vocês têm. Isso é algo que podemos e devemos fazer imediatamente”, afirmou.

    Além do ministro, participaram do encontro a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ivana de Siqueira, a diretora de políticas de educação do campo, indígena e para as relações étnico-raciais, Rita Nascimento; o secretário de Educação Superior, Paulo Barone, e Gilmar Veron Alcântara, membro da a Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (CNEEI). Estiveram presentes, entre outros, membros das etnias caiapó, terena, uai-uai, chanenaua, oiampi, caripuna e xicrin.

    Após a reunião, Ivana de Siqueira disse que a Secadi está atenta às solicitações das comunidades indígenas no Brasil e destacou a participação do ministro nos pleitos. “Há 15 anos eles vêm a Brasília para discutir as diferentes pautas de educação e saúde e é importante que o ministro tenha vindo. Não são todos os órgãos que o titular da pasta desce para ouvir as demandas. Isso é importante; é a segunda vez que o ministro vem ouvir de perto as reinvindicações. É uma valorização e um reconhecimento das demandas deles”, afirmou.

    Índio da etnia terena, Gilmar Veron Alcântara, membro suplente do Fórum Nacional de Educação (FNE) e representante do órgão no Movimento Nacional de Educação Escolar Indígena e da CNEEI, explicou que dois problemas mais comuns dos indígenas na área de educação estão relacionados ao ensino superior, com a Bolsa Permanência e o preconceito nas universidades. “É importante para nós apresentar as demandas que a comunidade indígena tem. Eu penso que esse diálogo que tivemos com o ministro foi bem produtivo para que nós possamos nos aproximar dele e mostrar as demandas que cada comunidade tem”, ressaltou.

    25/04/2018 Ministro Rossieli Soares participa de encontro com grupos indígenas no MEC

    Assessoria de Comunicação Social

  • Representantes de 250 povos debatem rumos da educação em Luziânia. (Foto: Fabiana Carvalho)Luziânia – A 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei), foi aberta nesta segunda-feira, 16, em Luziânia (GO) com um canto indígena que apresentou as regiões de cada etnia. Cerca de 800 representantes dos 250 povos que existem no Brasil estão reunidos esta semana para discutir os rumos da educação escolar indígena.


    A Coneei reúne especialistas, educadores, alunos e comunidades indígenas de todo o país e se estenderá até o dia 20. O objetivo é avaliar a realidade da educação escolar indígena brasileira, ofertada em 2.480 escolas, e consolidar um pacto nacional para melhorar a oferta e a qualidade do ensino aos povos indígenas.


    “A grande expectativa do MEC para este encontro é ouvir as preocupações, reinvindicações e perspectivas de cada povo aqui representado”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. Ele acrescentou que são grandes os desafios na área da educação escolar indígena. “Cada aspecto da educação tem que ser considerado de maneira diferente para cada etnia: material didático, merenda, transporte e licenciatura”.


    De acordo com o ministro, a partir da conferência, será possível articular melhor os três níveis de governo – União, estados e municípios – e direcionar os investimentos para a educação indígena. Além disso, segundo Haddad, os debates fornecerão subsídios para a Conferência Nacional de Educação (Conae) do ano que vem, em que será discutido novo Plano Nacional de Educação.


    O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, destacou o protagonismo dos indígenas sobre suas aspirações e objetivos. “A atuação dos povos, em conjunto com o Estado, garantirá o direito à educação diferenciada, que leve em consideração cada costume, cada tradição e cada língua”, afirmou. 


    O encontro é realizado pelo Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), e a União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime).


    Assessoria de Comunicação Social do MEC

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    Conferência propõe pacto nacional pela qualidade do ensino nas aldeias

  • Construção de escolas, formação de professores e produção de materiais didáticos são temas que estarão na pauta de encontros de povos indígenas do Mato Grosso do Sul, nos dias 23e 24deste mês. Lá estarão reunidos representantes dos recém-criados territórios etnoeducacionais do Cone Sul (sede em Dourados) e dos Povos do Pantanal (Aquidauana).

    Os encontros, para discutir a agenda da educação, serão realizados em Dourados, no dia 23, e em Aquidauana, dia 24. Além da presença de representantes de cada povo, participam dos trabalhos o Ministério da Educação, a secretaria de educação de Mato Grosso do Sul, as secretarias dos municípios onde vivem os indígenas e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

    A criação de territórios etnoeducacionais, previstos no Decreto nº 6.861, de 27 de maio deste ano, formaliza o território como ferramenta de gestão, explica o diretor de educação para a diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Armênio Schmidt. De agora em diante, diz ele, a política de educação escolar indígena atenderá as populações segundo a territorialidade e não mais por município ou unidade da Federação.

    O território etnoeducacional do Cone Sul é formado por dois povos que vivem em 18 municípios do estado. A população indígena reunida nesse território é de 46,1 mil pessoas. Já o território do Pantanal tem 22,3 mil indígenas pertencentes a seis povos que residem em dez municípios. Os dois territórios de Mato Grosso do Sul foram formalizados no final de agosto.

    Para Armênio Schmidt, a participação de representantes de cada povo na construção da agenda da educação em suas áreas significa a afirmação de direitos, conforme prevê o Decreto nº 5051/2004, que promulgou a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1989.

    Territórios– O desenho atual, segundo Schmidt, sugere que os povos indígenas do Brasil se agruparão em 18 territórios etnoeducacionais. Tanto etnias podem se unir e criar um território (caso do Rio Negro, no Amazonas), como um único povo. Os guaranis, por exemplo, estão presentes do Rio Grande do Sul a São Paulo e agora podem se organizar em território etnoeducacional. Os indígenas que vivem em Minas Gerais e no Espírito Santo discutem se formarão um ou dois territórios.

    Os povos do Amazonas foram os primeiros a constituir territórios depois do Decreto nº 6.861/2009: o território etnoeducacional do Rio Negro reúne 23 povos da área geográfica dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro; e o território do Baixo Amazonas abrange cinco povos de cinco municípios.

    A criação dos territórios etnoeducacionais também estará em debate na 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, prevista para realizar-se este ano, em Brasília.

    Ionice Lorenzoni
  • Cerca de 250 participantes, dentre eles indígenas dos 13 povos do Ceará, dois da Paraíba e 11 de Pernambuco, estarão reunidos até sexta-feira, 27, na etapa Nordeste II da Conferência Regional de Educação Escolar Indígena, que ocorre em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Esta é a terceira conferência  realizada nas regiões – a primeira foi em São Gabriel da Cachoeira (AM) e, em seguida, em Salvador (BA). Até agosto deste ano serão realizadas mais 15, totalizando 18 encontros.

    O objetivo é discutir propostas para uma educação específica e diferenciada a serem encaminhadas à Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, que ocorre de 21 a 25 de setembro, em Brasília, com cerca de 600 delegados. Da etapa Nordeste II, sairão 38 delegados indígenas e dez de instituições ligadas à educação escolar indígena, como secretarias estaduais e municipais de educação, universidades, organizações indigenistas, dentre outras.

    Na abertura do evento, o governador em exercício do Ceará, Francisco Pinheiro, relembrou a importância de dom Aloísio Lorsheider para as lutas indígenas no estado. O cardeal foi um forte aliado do povo tapeba, no Ceará, para o reconhecimento e a afirmação da sua identidade étnica. Gersen Baniwa, coordenador-geral de educação escolar indígena do Ministério da Educação afirmou que, apesar dos avanços conquistados pelos povos indígenas, principalmente após a promulgação da Constituição de 1988, ainda há muito o que avançar. “A conferência é o espaço para isso: conversar, trocar experiências e pactuar responsabilidades entre governos, indígenas e instituições”, disse.

    Weibe Tapeba, representante da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena, falou da importância e do desafio de transformar as resoluções das conferências regionais e nacional em políticas públicas. “Nossa intenção é que dessa conferência saia uma definição para a construção de um sistema de educação escolar indígena”, afirmou. Também estiveram presentes à abertura do evento a secretária de educação do Ceará, Maria Izolda Cela, o coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), José Barbosa dos Santos, além de representantes das secretarias de educação de Pernambuco e da Paraíba, da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Conselho Nacional de Educação e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime),

    Durante a manhã desta quarta-feira, 25, os representantes do MEC e das secretarias estaduais dos três estados discutiram o tema Políticas, gestão e financiamento da educação escolar indígena. À tarde o tema em debate é Educação escolar, territorialidade e autonomia dos povos indígenas, com trabalho em grupo dos delegados após.

    Como preparação para os eventos regionais, todos os estados realizam as conferências das comunidades educativas, onde são discutidas questões referentes à escola indígena. Essas etapas aconteceram no Ceará, onde existem 38 escolas; na Paraíba, 30 escolas; e em Pernambuco, 27 escolas.

    A Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena é uma iniciativa do MEC em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Fundação Nacional do Índio (Funai) e secretarias de educação.

    Assessoria de Imprensa da Coneei

  • Esta semana a cidade de Presidente Médici (RO) sedia a Conferência Cinta Larga, Ijucatu, Tupi Mondé, Tupi Txapacura, Tupi Tupari.  O evento, que prossegue até quinta-feira, 9, é a oitava etapa regional da 2ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (2ª Coneei), prevista para ser realizada em Brasília, em dezembro. Participam representantes de povos, organizações e instituições que atuam com a educação escolar indígena. Durante o encontro serão definidas as propostas que deverão ser enviadas à conferência nacional e eleitos os delegados que vão representar as comunidades no encontro nacional.

    Durante o encontro, serão realizadas palestras, debates e mesas que tratam dos eixos temáticos da conferência nacional: organização e gestão da educação escolar indígena, práticas pedagógicas diferenciadas, formação e valorização dos professores, políticas de atendimento e educação superior. Com base nisso, serão elaboradas propostas a serem apresentadas na 2ª Coneei.

    A coordenadora geral de educação escolar indígena do Ministério da Educação, Lucia Alberta Andrade de Oliveira, entende que a conferência regional é uma oportunidade para a consolidação de um trabalho conjunto entre os povos indígenas de Rondônia.

    “As conferências permitem um diálogo mais próximo entre os sistemas de ensino e as demais instituições que executam a política de educação escolar indígena em cada estado” explica Lucia Alberta. “Isso tudo com a premissa principal de garantir e respeitar este espaço como de protagonismo indígena, em que a presença e as intervenções dos indígenas são reconhecidas e valorizadas”, enfatiza.

    As etapas regionais anteriores foram as de Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira (AM); Minas Gerais e Espírito Santo, em Belo Horizonte; Timbira, Vale do Araguaia, Guajajara e Xerente, em Pirenópolis (GO); Alagoas e Sergipe, em Maceió; Yanomami e Ye’Kuana, Povos do Lavrado, em Boa Vista; Povos do Sul e Litoral Sul, em Florianópolis, e Paraíba e Rio Grande do Norte, em Fortaleza.

    Conferência – Prevista para ocorrer em Brasília nos dias 12, 13 e 14 de dezembro, a 2ª Coneei tem como objetivo avaliar os avanços, impasses e desafios da educação escolar indígena. A intenção é construir propostas para a consolidação de uma política nacional de educação escolar indígena e reafirmar o direito a uma educação específica, diferenciada e multilíngue.

    O tema da conferência é O Sistema Nacional de Educação e a educação escolar indígena: regime de colaboração, participação e autonomia dos povos indígenas. O evento visa ampliar o diálogo entre os entes federados para a efetivação de um regime de colaboração que fortaleça o protagonismo indígena na área da educação. A etapa nacional ocorrerá depois de amplo processo de participação indígena nas discussões.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Deputados produzirão relatório com observações sobre trabalhos da pasta


    Apresentação, na Língua Brasileira de Sinais (Libras), da Diretoria de Educação Bilíngue de Surdos do MEC. Foto: Luís Fortes/MEC.


    Guilherme Pera, do Portal MEC

    Em mais um passo para manter o diálogo entre os Poderes, o Ministério da Educação (MEC) recebeu nesta terça-feira, 24 de setembro, parlamentares da comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha os trabalhos da pasta. Na ocasião, a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp) apresentou sua estrutura e suas iniciativas.

    Pelo MEC, compareceram a secretária de Modalidades Especializadas de Educação, Ilda Peliz, diretores e demais servidores da equipe. Da Câmara, vieram as deputadas Joênia Wapichana (Rede-RR), Paula Belmonte (Cidadania-DF) e Tabata Amaral (PDT-SP), além do deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) e assessores.

    Ilda Peliz fez uma breve apresentação da secretaria. “A nossa Semesp foi renovada. Nosso objetivo é planejar, coordenar e orientar políticas públicas educacionais principalmente a pessoas com deficiência, pessoas do campo, indígenas, quilombolas. Temos três diretorias”, explicou.

    Compõem a Semesp:

    • Diretoria de Políticas para Modalidades Especializadas de Educação e Tradições Culturais Brasileiras; 
    • Diretoria de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência; 
    • Diretoria de Educação Bilíngue de Surdos.

    A primeira tem como carro-chefe a implementação do primeiro Plano Nacional de Educação Escolar Indígena (PNEEI). As tratativas estão avançadas: neste ano, já foram realizadas cinco audiências públicas. Outras duas estão previstas. Todas servem para assegurar uma construção conjunta entre os indígenas, municípios, estados e o MEC.

    A segunda tem como principal objetivo a implementação da Nova Política Nacional de Educação Especial. A política vigente data de 2008 e necessita de atualizações. Os trabalhos são continuados entre gestões do MEC e já duram dois anos.

    A última e mais recente é destinada a modernizar a política linguística bilíngue, ou seja, das línguas portuguesa e Brasileira de Sinais (Libras).

    24/09/2019 - Visita à Semesp da comissão externa da Câmara que acompanha o MEC.  Fotos: Luis Fortes/MEC

  • Com cerca de 3 mil professores indígenas em cursos superiores de licenciatura intercultural e mais 7 mil aguardando vagas de ingresso, o Ministério da Educação discute esta semana, em Brasília, como tornar a formação de educadores indígenas uma política pública permanente.

    No seminário Ensino Superior e Povos Indígenas, o MEC, instituições de ensino superior e outras áreas do governo federal debatem que tipo de política pública deve ser adotada. A eficácia do sistema de editais para selecionar universidades e transferir recursos, criado em 2005 com o Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos para Formação de Professores Indígenas (Prolind), está sendo questionada.

    De acordo com Armênio Schmidt, diretor de educação para a diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, o edital tem fluxo próprio e, muitas vezes, atrasa a liberação de recursos para as instituições e o início dos cursos. Uma das alternativas em debate no seminário é a política de financiamento de bolsas, para que as universidades possam trabalhar com planejamento de oferta de cursos e vagas em médio e longo prazo.

    A preocupação com políticas públicas permanentes de formação de professores indígenas, explica Schmidt, deve levar em consideração o crescimento da população indígena que é de 4% ao ano. O aumento da taxa de natalidade exige mais vagas na educação básica, mais escolas, bibliotecas e materiais didáticos e mais professores qualificados, diz.

    Dados do coordenador de educação escolar indígena da Secad, Gersen Baniwa, mostram que, via Prolind, o Ministério da Educação financia 22 cursos de licenciatura intercultural em 16 universidades públicas. De 2005 a 2009, ingressaram nesses cursos aproximadamente 3 mil professores, dos quais 220 já concluíram o magistério superior.

    Ionice Lorenzoni
  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, instituiu nesta quinta-feira, 14, uma série de comissões de caráter consultivo e deliberativo que têm a responsabilidade de elaborar e pactuar os planos de ações de 14 territórios etnoeducacionais indígenas. A figura do território etnoeducacional, instrumento de gestão da educação indígena, foi definida por decreto em maio de 2009.

    Dos 14 territórios etnoeducacionais, 13 representam povos indígenas distribuídos em terras de 122 municípios dos estados do Amazonas, Rondônia, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Território Etnoeducacional Yby Yara compreende as terras indígenas na Bahia.

    Cada comissão gestora é coordenada pelo MEC e composta pela representação dos povos indígenas envolvidos no território, das secretarias de educação do estado e dos municípios, de universidades públicas, da Fundação Nacional do Índio (Funai), entre outras instituições. O mandato é de dois anos.

    É nos colegiados que os povos indígenas dizem aos governos da União, de estados e municípios que tipo de educação querem, estabelecem as prioridades e definem a formação de professores e os materiais didáticos.

    Os territórios asseguram que a política de educação escolar indígena atenda as populações segundo a área geográfica que ocupam, e não mais por município ou unidade da Federação. Assim, a articulação deve ser permanente.

    Os territórios etnoeducacionais também respeitam o poder de decisão e de afirmação cultural dos povos indígenas, conforme prevê a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1989, promulgada pelo governo brasileiro em 2004, conforme o Decreto nº 5.051/2004.

    Territórios– As 14 portarias instituídas, de nº 927 a 940, publicadas no Diário Oficial da União, seção 1, da página 7 a 16, nesta quinta-feira, 14, instituem comissões gestoras dos seguintes territórios etnoeducacionais: Juruá/Purus, no Amazonas, que compreende dez municípios; Alto Solimões (AM) com seis municípios; Baixo Amazonas (AM) com 20 municípios; Cinta Larga, nos estados de Mato Grosso e Rondônia, em cinco municípios; Cone Sul (MS), em 18 municípios; Ixamná, nos estados de Roraima, Amazonas e Pará, com seis municípios; Médio Solimões (AM), em nove municípios; Povos do Pantanal (MS), com dez municípios; Pukakwatire, nos estados do Pará e Mato Grosso, com 12 municípios; Rio Negro (AM), em três municípios; Vale do Javari (AM) em um município; A’Uw/Uptabi (MT), em 13 municípios; Xingu (MT), nove municípios; Yby Yara, em terras indígenas da Bahia.

    Ionice Lorenzoni

    Confira o Decreto nº 6861, de 27 de maio de 2009.
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