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  • A cooperação desenvolvida pelo MEC com os países africanos pode ser dividida em cooperação técnica, educacional e acadêmica, que por meio de programas, projetos e ações permitem transferir ou compartilhar conhecimentos, experiências e boas-práticas por intermédio do desenvolvimento de capacidades humanas e institucionais, além do apoio e fomento à mobilidade estudantil e o intercâmbio de alunos e profissionais da educação.

     O Núcleo de África, desenvolve, coordena e acompanha os temas relacionados à agenda internacional de interesse do Ministério, assessorando as ações de cooperação e de negociação internacional com os países da África.

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  • O Ministério da Educação lançará o nono volume da coleção História Geral da África. A publicação terá como tema a diáspora africana. Representantes do MEC se reúnem nesta quinta-feira, 21, com pesquisadores do comitê científico de formulação dos livros e membros da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco) para debater o novo volume. Essa é uma das atividades previstas na agenda de comemorações da semana da Consciência Negra

     

    Os oito volumes anteriores têm recorde de acessos no site da Unesco. Já foram mais de um milhão de downloads da coleção. Concluídas em novembro de 2010, as obras são dirigidas aos professores da educação básica e às instituições de educação superior que atuam na formação de docentes. A coleção História Geral da África tem cerca de dez mil páginas, distribuídas nos oito volumes. A iniciativa da aborda desde a pré-história do continente africano até os anos 1980. Cerca de 350 pesquisadores, a maioria deles africanos, trabalhou no levantamento de dados e na produção da obra.



    A coleção História Geral da África também serviu de subsídio à produção de material didático para as escolas da educação básica, integrando uma série de iniciativas do MEC para enriquecer a formação de professores e o currículo dos estudantes, conforme prevê a Lei nº 10.639, que trata das diretrizes curriculares nacionais para a educação etnorracial nas redes públicas de ensino. Este ano, a lei completa 10 anos.

     

    Segundo a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Macaé Evaristo, a formulação da lei ajudou na consolidação de políticas públicas. “A Lei é um marco porque é uma demonstração de que o Estado brasileiro está empenhado em reverter um posicionamento que marcou nosso país durante anos”, ressaltou Macaé.

     

    Entre as ações desenvolvidas pelo MEC para a promoção da igualdade racial, se destacam a defesa da implementação da Lei de cotas, a homologação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, o programa de educação como ponte estratégica Brasil - África, que está estruturado em cooperação com países africanos de Língua Portuguesa, a formação de professores para a Educação das Relações Étnico-Raciais, além do Programa Nacional Biblioteca na Escola - Temático, com obras que compreendem quilombolas e educação para as relações étnico-raciais que serão distribuídas nas escolas públicas do país.

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

     

     

     

     

     

     

  • Rovênia Amorim, do Portal MEC

    Cerca de três mil vagas estão abertas para estrangeiros da América Latina, Ásia e África em cursos gratuitos de graduação nas áreas de educação, cultura, tecnologia e saúde de 64 instituições públicas e privadas em todo o país. A oferta vai até esta quarta-feira, 31 de julho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no Consulado do Brasil no país do candidato ou na Embaixada.

    No campo da Medicina, por exemplo, 56 vagas são ofertadas. Para participar, o interessado deve ter concluído o ensino médio no exterior, não ser cidadão brasileiro, nem possuir visto permanente ou temporário para o Brasil. Os selecionados receberão o visto de estudante.

    Os cursos fazem parte do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), iniciativa promovida pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e instituições de educação superior parceiras.

    “O PEC-G é um programa estratégico para a internacionalização. A educação superior ganha com a troca de culturas, aprendizado de idiomas e com a oportunidade de que o conhecimento adquirido no Brasil seja implementado nos países de origem dos estudantes”, afirma o coordenador-geral de Assuntos Internacionais, da Secretaria de Educação Superior, do MEC, Thiago Leitão.

    Inscrição – Na hora de se cadastrar, o interessado poderá indicar dois cursos e duas cidades brasileiras onde queira estudar. Entre os requisitos exigidos, o candidato deve ter proficiência em Língua Portuguesa e comprovar que possui 400 dólares por mês para se manter no Brasil durante o período do curso. Após o término da graduação, o estudante deverá voltar ao seu país de origem.

    De 2014 a 2018, mais de 1,8 mil estudantes estrangeiros de 46 países concluíram a graduação no Brasil por meio do programa, sendo a maior parte de origem africana com Língua Portuguesa.

  • Durante a solenidade, na UnB, o adido cultural da Embaixada de Angola e representante da CPLP, Carlos Lamartine, recebeu um exemplar da coleção, entregue pelo ministro Haddad e pelo representante da Unesco, Vincent Defourny (foto: Wanderley Pessoa)A coleção História Geral da África, em língua portuguesa, foi apresentada nesta quinta-feira, 9, em Brasília, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Vincent Defourny. O conjunto da obra, que conta a pré-história do continente africano e sua história até a década de 1980, será distribuído pelo Ministério da Educação nas bibliotecas públicas do país, em universidades, conselhos estaduais de educação e ministérios públicos estaduais, em janeiro de 2011. A tiragem será de oito mil exemplares.

    A coleção, formada por oito livros, estará disponível também por meio eletrônico, para leitura e impressão, nas páginas eletrônicas do MEC e da Unesco.

    Participaram da solenidade, na Universidade de Brasília, o ministro da Cultura, Juca Ferreira; o adido cultural da Embaixada de Angola, Carlos Lamartine, e o representante da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República, João Carlos Nogueira, educadores, pesquisadores e representantes do movimento negro.

    A ideia da publicação surgiu na Unesco na década de 1960. Durante 30 anos, aproximadamente 350 pesquisadores, a maioria africanos, levantaram dados e produziram a obra. Em 1980, a Unesco lançou a coleção em língua francesa, depois traduzida para o inglês e o árabe. Agora, em uma iniciativa brasileira, é lançada a versão para uso das oito nações que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

    De acordo com o ministro Fernando Haddad, os livros, que trazem aos brasileiros aproximadamente 350 milhões de anos de história, vão enriquecer a cultura nacional e abrir linhas de pesquisa sobre as relações Brasil–África. O conteúdo dará sustentação à produção de material didático para as escolas de educação básica e para a formação de professores. “Esse material vai mudar a qualidade da educação e promover uma vivência mais fraterna”, disse.

    Na avaliação do ministro, a coleção é um elemento novo no conjunto das políticas públicas iniciadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre essas iniciativas, Haddad citou a promulgação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que trata das diretrizes curriculares nacionais para a educação etnorracial; o Programa Universidade para Todos (ProUni); a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); a expansão da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para a África.

    Para o representante da Unesco, a coleção História Geral da África é uma das obras-primas produzidas pela entidade e representa um forte compromisso com a promoção das relações interraciais. O conteúdo, segundo Defourny, mostra uma visão de dentro daquele continente.

    Atualização
    — Durante dois anos, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) coordenou a atualização ortográfica de quatro volumes da coleção, já traduzidos para a língua portuguesa pela Unesco — Metodologia e Pré-História da África; África Antiga; África do Século XII a XVI; África sob Dominação Colonial, 1880–1935.

    No mesmo período, também sob a coordenação da UFSCar, foi feita a tradução do francês para o português dos demais livros — África do Século VII ao XI; África do Século XVI ao XVIII; África do Século XIX à Década de 1880; África desde 1935.

    Temática — Em 2008, o Ministério da Educação delegou a 27 universidades federais e estaduais a organização de cursos de formação de professores — aperfeiçoamento, especialização ou extensão — e a produção de material didático-pedagógico sobre a temática étnico-racial. A abordagem do conteúdo, agora enriquecido com a coleção, segue o que determina a Lei nº 10.639/2003. Para a execução das tarefas, as universidades receberam R$ 3,6 milhões do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). Cada projeto recebeu entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.

    Ionice Lorenzoni

  • Professores brasileiros serão enviados a Benim e Togo para ministrar cursos na área da educação profissional. A maioria dos escravos que trabalharam no Brasil no século 18 era oriunda desses dois países africanos.


    Neste sábado, 29, uma missão brasileira embarca para acertar detalhes do acordo com as duas nações. Ela é composta por representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, do Ministério da Cultura, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Grupo Olodum. A iniciativa tem o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores.


    Em Benim, está prevista a criação de um instituto de educação profissional. Os professores locais vão receber capacitação nas áreas de alimentação, hotelaria, costura, agricultura, pecuária, pesca, telecomunicações e engenharia. No Togo, a capacitação será oferecida nas áreas de indústria e de serviços elétricos, de construção, de mecânica automobilística e de metais em folha. “Com a missão, o governo brasileiro honra uma dívida histórica”, disse Rodrigo Torres de Araújo Lima, assessor internacional da Setec.


    Benim, com 8,5 milhões de habitantes, e Togo, 5,8 milhões, países de língua francesa, obtiveram a independência em 1960. No século 18, seus nativos eram vendidos como escravos no Brasil e em nações do Caribe.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • O Ministério da Educação abre em Moçambique os quatro primeiros cursos de graduação a distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) a serem oferecidos na África. A parceria entre os governos brasileiro e moçambicano compreende a formação de até 5,5 mil professores da educação básica e 1,5 mil servidores da administração pública, entre 2011 e 2017.

    A aula inaugural será proferida nesta terça-feira, 9, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no polo da UAB, em Maputo, capital do país. A primeira turma de 600 alunos ingressa, em março de 2011, nos cursos de licenciatura em matemática e biologia, pedagogia e administração pública. As aulas de educação a distância terão polos de apoio da Universidade Aberta do Brasil nas cidades de Maputo, Beira e Lichinga.

    Em Moçambique, a graduação de professores e de servidores do governo federal será ministrada pelas universidades federais de Goiás (UFG), Juiz de Fora (UFJF), Fluminense (UFF) e do Rio de Janeiro (Unirio), filiadas à Universidade Aberta do Brasil.

    Os conteúdos dos cursos foram desenvolvidos pelas quatro instituições federais, que também produziram materiais didáticos impressos e recursos multimídias. No conjunto, 40 professores vão atuar na formação, sendo 50% brasileiros e 50% moçambicanos. Os tutores que darão apoio presencial aos alunos nos polos são de Moçambique.

    A parte da parceria no Brasil envolve o MEC, universidades federais do sistema UAB, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia que cuida do programa nacional de formação de professores, e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores; e, de Moçambique, o Ministério da Educação.

    Na divisão dos recursos financeiros para a oferta dos quatro cursos, cabe ao Brasil custear as bolsas para professores e tutores e equipar os laboratórios dos polos e o governo de Moçambique fica responsável pela administração dos pólos, distribuição dos materiais didáticos e pagamento dos salários dos professores cursistas. De acordo com o chefe da assessoria de assuntos internacionais do MEC, Leonardo Barchini, o custo anual de cada cursista é de R$ 1,5 mil.

    Cursos de letras – Na reunião semestral dos ministros da Educação do Mercosul, que ocorre em 26 deste mês, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, vai apresentar um projeto de curso de graduação de letras para os países da América Latina. Letras/português para as nações de língua espanhola e letras/espanhol para brasileiros.

    Para os países da África, Haddad prepara um projeto de oferta de graduação em letras/português a distância a ser oferecido pela Universidade Aberta do Brasil. Esse projeto pode atender dois grupos de países: para nações que precisam de reforço para consolidar a língua portuguesa, entre as quais se encontra o Timor Leste, país asiático que esteve de 1975 a 1999 sob o domínio da Indonésia, que lhe impôs a língua inglesa. Esse modelo também será oferecido a Moçambique e Angola, nações que recebem forte influência da língua inglesa que entra pelos sinais de televisão da África do Sul. A outra vertente do curso é para países não lusófonos que desejam oferecer a seus cidadãos a língua portuguesa como segundo ou terceiro idioma.

    Ionice Lorenzoni
  • Estão disponíveis no portal Domínio Público do Ministério da Educação a Coleção Educadores, com 62 títulos, e a Coleção História Geral da África, com oito volumes. Concluídas em novembro de 2010, as obras são dirigidas aos professores da educação básica e às instituições de educação superior que atuam na formação de docentes, mas o acesso é livre no portal.

    Paulo Freire, Anísio Teixeira, Jean Piaget e Antônio Gramsci, dentre outros, fazem parte da Coleção Educadores, que começou a ser distribuída este mês pelo MEC às escolas da educação básica do país. Integram a coleção 31 autores brasileiros, 30 pensadores estrangeiros e um livro com os manifestos Pioneiros da Educação Nova, escrito em 1932, e dos Educadores, de 1959.

    Na coleção, professores e estudantes de pedagogia e de cursos de licenciatura encontram um ensaio sobre cada autor, a trajetória da produção intelectual na área, uma seleção de textos, que corresponde a 30% do livro, e cronologia. A última parte traz a bibliografia do autor e das obras sobre ele. Cada livro tem, em média, 150 páginas. Preparada pelo MEC desde 2006, a coleção integra as iniciativas do governo federal de qualificar a formação inicial e continuada de professores da educação básica pública.

    África— A coleção História Geral da África tem cerca de dez mil páginas, distribuídas nos oito volumes. Criada por iniciativa da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), aborda desde a pré-história do continente africano até os anos 1980. Cerca de 350 pesquisadores, a maioria deles africanos, trabalhou durante 30 anos no levantamento de dados e na produção da obra.

    Em 1980, a Unesco lançou a coleção em língua francesa, depois traduzida para o inglês e o árabe. Agora, o MEC oferece a versão para uso no Brasil e nas nações que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

    Oito mil exemplares (conjuntos) impressos da coleção serão distribuídos pelo MEC nas bibliotecas públicas do país, universidades, conselhos de educação e ministérios públicos estaduais. Além de objeto de leitura e estudo, o conteúdo dará sustentação à produção de material didático para as escolas da educação básica. Integra, ainda, uma série de iniciativas do MEC para enriquecer a formação de professores e o currículo dos estudantes, conforme prevê a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que trata das diretrizes curriculares nacionais para a educação etnorracial nas redes públicas de ensino.

    Ionice Lorenzoni

    Confira as coleções e faça o download das obras no Portal Domínio Público
  • O dia da Consciência Negra no Brasil, comemorado em 20 de novembro, lembra lutas ainda travadas nos tempos de hoje e valoriza iniciativas que colaboram para o fortalecimento da identidade negra no país. Na educação, muitos projetos são elaborados nesse contexto, como o Pérola Negra, criado por duas professoras de Primavera do Leste, no Mato Grosso. Josileide Medeiros e Kélcia Patrícia Batemarque contam que a iniciativa contempla atualmente cerca de 150 alunos do sexto ao oitavo ano da Escola Municipal Mauro Weis.

    A professora Kélcia explica que uma das propostas é aprofundar o conteúdo visto em sala de aula, passando por períodos importantes da história e contextualizando-os com questões debatidas pela sociedade no dia a dia, por meio de atividades desenvolvidas a partir da leitura de jornais, revistas e livros.

    “A gente quis abrir um leque, trazendo escritores negros e mostrando países do continente [africano], que são belíssimos”, conta. “E, ao contrário do que muitos livros trazem – só fome e miséria –, o primeiro objetivo foi mostrar uma África diferente para os alunos, apresentando sua cultura e religião, fazendo com que eles conheçam primeiro antes de criticar”.

    As origens e história da África aparecem como um dos braços do projeto, segundo Josileide Medeiros. A meta é que os alunos construam uma nova visão do povo africano refletindo sobre a superação das diferenças e a igualdade de oportunidade para todos. “Com essa releitura apresentando escritoras, atores, atrizes e pessoas que ocupam espaço de destaque na sociedade, amplia-se a visão e os alunos participam de um processo de valorização”, explica. “E aquilo que estava excluído, eles passam a perceber com encantamento, e estão admirados. ”

    A lei que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira” é lembrada pela professora Josileide como uma das motivações para o projeto. “Esse resgate é uma questão de autoestima para a população que estava excluída de todo o processo da construção do conhecimento”, avalia.   

    Data histórica – O Dia da Consciência Negra no Brasil é uma referência a Zumbi dos Palmares, morto em 1695. Ele é um dos ícones da resistência negra à escravidão e liderou o Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas no Brasil Colonial.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O interesse de professores da rede pública de educação básica de Alta Floresta, Mato Grosso, pelo curso de especialização em história da África e cultura afro-brasileira levou a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) a abrir um subpolo da instituição naquele município. Alta Floresta fica no norte do estado, a 800 quilômetros de Cuiabá, onde a universidade tem a sede.

    Com oferta de 450 vagas, a especialização estava prevista para os 18 polos da instituição distribuídos no estado, mas a manifestação dos educadores de Alta Floresta sensibilizou a universidade, segundo a coordenadora do curso, Maria Lúcia Muller. A preparação de professores atende determinação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que incluiu o tema no currículo da educação básica.

    Em julho, os professores de Mato Grosso interessados no curso devem preencher um cadastro e responder questionário sobre a importância da formação para a carreira. De acordo com o calendário, a seleção será feita de agosto a outubro e as matrículas, em 21 de novembro. O início das aulas está previsto para 1º de dezembro.

    De acordo com Maria Lúcia, a distribuição das vagas nos polos e no subpolo de Alta Floresta será feita a partir do interesse demonstrado pelos educadores na etapa do cadastro. Os professores têm prioridade na especialização, mas profissionais de outras carreiras, como advogados e policiais que trabalham com o tema também podem concorrer às vagas.

    Desde 2009, 25 instituições de educação superior públicas recebem recursos do Ministério da Educação para qualificar professores em história da África e cultura afro-brasileira. Os cursos se dividem nas modalidades extensão (60 a 96 horas), aperfeiçoamento (180 a 200 horas) e especialização (mais de 360 horas). As universidades federais de São Carlos (UFSCar) e do Rio Grande do Sul (UFRGS) produzem o material didático de apoio a professores e estudantes.

    Modalidades— O curso da UFMT terá 18 meses de duração — de dezembro deste ano a julho de 2011 — e prevê quatro encontros presenciais obrigatórios, com duração de um dia, que devem atender a pelo menos três finalidades: tirar dúvidas dos professores, definir o tema da monografia e elaborar as provas de avaliação. A maior parte do curso ocorrerá na modalidade a distância, com apoio de tutores presenciais nos polos e no subpolo de Alta Floresta, que dispõem de biblioteca e computadores.

    Da escola na qual trabalha ou de casa, o professor deve consultar a internet todos os dias para verificar as tarefas e participar das atividades coletivas, como produção de textos. Dedicação de dez horas semanais ao curso, participação nas tarefas dos grupos, conversa com os tutores são iniciativas fundamentais para o sucesso do aprendizado, recomenda Maria Lúcia.

    Ionice Lorenzoni
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