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  • Moradores de São Raimundo do Gapara, na zona rural de São Luís, Maranhão, estão comemorando a instalação de uma rede de distribuição de água construída a partir do que aprenderam em sala de aula. A benfeitoria é resultado de um trabalho desenvolvido dentro do campus do Instituto Federal do Maranhão (IFMA). Por meio de um programa de formação inicial continuada, a instituição oferece cursos, que vão da área de desenho mecânico até instalação hidráulica industrial.

    A iniciativa vem aproximando cada vez mais o instituto das comunidades próximas ao campus, trazendo impactos positivos tanto para os moradores dessas regiões quanto para os alunos que frequentam a instituição. Intitulado de Oficina Comunitária, o projeto surgiu da reunião de professores que se dedicavam a projetos de extensão, nas diferentes áreas, e que entenderam ser esse um meio de contato direto com a realidade de moradores da região, que também conta com campis do instituto.

     “Um caminho muito eficiente é a extensão, porque o professor, juntamente com os alunos, a partir de um desenvolvimento científico e do resultado de uma pesquisa científica, pode transformar isso em benefício para a comunidade. E o resultado que a gente teve aqui foi sensacional e dá certo”, pontua o professor André Silva, engenheiro mecânico do IFMA. Para o profissional, além de acompanhar questões coletivas e auxiliar em demandas pontuais, os cursos também buscam incentivar a continuidade para que busque mais formação e conhecimento.

    Um exemplo do que define André é a rede de distribuição de água encanada construída para os moradores de São Raimundo do Gapara. Com pouco mais de 80 habitantes, a região não tinha o mínimo de infraestrutura e a população era obrigada a carregar baldes e latas, percorrendo grandes distâncias para buscar água em poços e cisternas, como conta a moradora Nanubia Santos, de 30 anos, mãe de três filhos. Ela foi uma das participantes do curso de extensão que auxiliou os moradores na implantação da rede local. “A gente sofria bastante. Aqui era só um poço artesiano que já tinha na comunidade, mas abastecia somente três casas. Com isso, quando precisávamos lavar roupa, por exemplo, tínhamos que ir buscar com algum vizinho. Água para beber era só comprada”, lembra. “Hoje é diferente. Agora que temos água na nossa casa, a situação ficou melhor”, comemora.

    Ao todo, 25 moradores participaram do curso de Formação Inicial Continuada na área de Projetista Mecânico e de Instalador Hidráulico Residencial, com 120 horas de aulas e direito a certificação. “Nós percebemos que, após a nossa entrada na comunidade, muitos moradores já começaram a se organizar para pedir melhoria para a comunidade, já se inscreveram em outros cursos na região”, relata André Silva. “Houve uma melhora significativa dessa comunidade apenas com esse pequeno gesto de canalizar uma água para a comunidade”.

    Realização – Nanubia fala com orgulho do conhecimento que recebeu e da satisfação de ajudar sua comunidade. “Quando eu cheguei no IFMA, eu não sabia nada. Lá, eu aprendi a ler as plantas, a desenhar. Nós participamos da escavação, colamos canos, fizemos a estrutura da caixa, tudo conforme a professora nos ensinou no curso. Serviu até para minha vida mesmo em casa, porque, com o curso, eu fiz a instalação de várias coisas na minha casa. Agora eu não sou só uma dona de casa, tenho curso de instalador hidráulico”.

    A moradora de São Raimundo se diz realizada e já faz planos para o futuro. “Eu me sinto feliz, agradecida, porque a gente não tinha água na nossa casa e hoje eu lavo louça na minha pia, porque eu mesma fiz a encanação; meus filhos tomam banho no chuveiro. Agora eu posso pensar até em ter uma profissão. Eu quero me profissionalizar mais, porque desse curso tem outro mais avançado”, conta.

    O programa Oficina Comunitária ainda trabalha na implantação de água encanada em todas as casas de São Raimundo do Gapara. As obras serão finalizadas em setembro. Para saber mais sobre as ações do programa, acesse o portal do IFMA.     

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O site oficial da V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, foi lançado na manhã desta sexta-feira, 17. A ferramenta traz as informações sobre todo o processo, que se realiza entre 15 e 19 de junho de 2018, em Brasília.

    De âmbito nacional, a conferência reúne estudantes, professores e comunidade escolar para dialogar e refletir sobre as questões socioambientais, como explica o coordenador geral de Educação Ambiental e Temas Transversais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Felipe Felisbino: “O evento tem o objetivo de movimentar e de debater encaminhamentos na direção da educação ambiental através das escolas. Isso sem falar na interação dessas escolas com as comunidades sobre a temática de educação ambiental”.

    No total, a conferência envolve 73 mil escolas em todo o país. Dessas, 4 mil estão na zona rural, 3 mil em comunidades indígenas e 2 mil em áreas quilombolas. Devem participar quase 400 jovens com idade entre 11 e 14 anos na etapa final. As escolas inscritas precisam elaborar um projeto de ação com o objetivo de transformar sua realidade e escolher representantes que levam adiante as ideias acordadas entre todos.

    O tema escolhido para esta conferência é Vamos cuidar do Brasil cuidando das águas. O assunto está em concordância com a implementação da Lei das Águas, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com o 8º Fórum Mundial da Água, marcado para março de 2018, também em Brasília. 

    Etapas – O processo da conferência envolve quatro etapas: escolar, municipal/regional, que é opcional, estadual e nacional. Após as oficinas, que são preparatórias, ocorrem as conferências nas escolas. Essa fase, já em andamento, compreende o momento em que professores e estudantes se reúnem para debater o tema.

    Na etapa estadual são aprofundados os estudos e diálogos sobre o tema da conferência. Nesta fase é eleita a delegação que representará o estado na conferência nacional, etapa final de todos esses processos.

    Felipe Felisbino lembra que as escolas que não tenham o público específico apto a participar da conferência – jovens entre 11 e 14 anos, do sexto ao nono ano do ensino fundamental – também podem dar ajudar durante o processo de construção e discussão do tema do evento. “A contribuição de todos é bem-vinda para o debate”, argumenta o coordenador-geral da SEB. “Eles apenas não poderão participar da etapa final.”

    Registro – No site oficial da conferência, além das informações e documentos oficiais, existe um espaço que deve ser usado pelas escolas e estados para registrar as etapas das quais participam. Isso serve tanto para as conferências nas escolas quanto para a etapa estadual. As duas devem, obrigatoriamente, ser registradas no site. As escolas ou estados que não fizerem esse registro não poderão participar da etapa nacional.

    Além do site, os interessados poderão ter acesso a informações e interagir com dúvidas ou questionamentos sobre o evento na página da conferência no Facebook.

    Histórico – A primeira CNIJMA, em 2003, envolveu 15.452 escolas em todo o país, mobilizando mais de 5 milhões de pessoas, em 3.461 municípios. Em 2005/2006, a segunda edição do evento teve a participação de 11.475 escolas e comunidades e mais de 3 milhões de pessoas, em 2.865 municípios. A III CNIJMA, em 2009, abrangeu 11.631 escolas, envolvendo mais de 3 milhões de participantes, em 2.828 municípios. Já a última edição do evento, em 2013, teve 16.538 escolas, com mais de 5 milhões de participantes, em 3.519 municípios brasileiros.

    Clique aqui para acessar o site oficial da V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA).

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Até a próxima terça-feira, 19, 500 alunos de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal estarão reunidos na cidade de Sumaré (SP) para participar da última etapa da 5ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (V CNIJMA), que tem como tema Vamos Cuidar do Brasil Cuidando das Águas. O evento é promovido pelos ministérios da Educação e o do Meio Ambiente, e participam estudantes de 11 a 14 anos do sexto ao nono anos do ensino fundamental, além de professores, especialistas e técnicos dos órgãos envolvidos.

    De acordo com Felipe Felisbino, coordenador geral de educação ambiental e temas transversais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, os alunos selecionados apresentaram projetos que procuram solucionar problemas relacionados à água, como por exemplo, falta e reúso do produto ou tratamento de esgoto. “Esse projeto é uma importante oportunidade para integrar a escola com a comunidade e a comunidade com a escola”, enfatiza Felisbino. 

    Durante os cinco dias de encontro, os participantes da conferência receberão capacitação para que consigam colocar em prática nas suas cidades os projetos selecionados. “O nosso objetivo nessa etapa final não é escolher um vitorioso. Todos são merecedores. Neste momento, o que queremos é que esses adolescentes consigam melhorar a qualidade de vida das suas cidades solucionando problemas que eles identificaram”, afirma o coordenador.

    A programação baseia-se na aprendizagem por meio de games, ou uma jornada em forma de gincana, que promove práticas pedagógicas de educação ambiental de forma participativa e estimula ações transformadoras que poderão ser replicadas no cotidiano e nas comunidades escolares. Há também uma feira de projetos dos estados onde os participantes podem compartilhar experiências e aprimorar seus projetos.

    A seleção desses projetos começou a ser feita desde o ano passado. O início da quinta edição foi marcado com as conferências escolares, que mobilizaram cerca de 9,7 mil escolas em torno desse processo educativo, elaborando projetos de ação sobre o tema água para transformar a realidade da escola e seu entorno. Logo após essa fase, foram realizadas as etapas municipais, que escolheram os melhores projetos de cada cidade, e em maio deste ano, as etapas estaduais que selecionaram as propostas que participariam da Conferência Nacional.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A preocupação em reutilizar a água que pinga dos aparelhos de ar condicionado levou a professora de biologia Juliana Girardello Kern a criar o projeto Reúso da Água de Condicionadores de Ar para Irrigar Hortas Suspensas. Incluído entre os 39 vencedores da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil, na categoria Temas Livres, subcategoria Ensino Médio, o projeto foi desenvolvido este ano com 40 alunos de segundo ano do Centro de Ensino Médio Tiradentes, de Palmas, Tocantins.

    A ideia surgiu em 2013, quando Juliana criou um protótipo do projeto. Este ano, ela resolveu retomar a ideia. Mostrou aos alunos o desperdício de água dos aparelhos de ar condicionado e explicou que aquela água poderia ser reutilizada. “Pensamos em uma horta, mas a horta comum seria apropriada para pessoas que moram em casas, não em apartamentos”, observa. “Chegamos então à conclusão de que deveríamos fazer uma horta suspensa.”

    Com a turma dividida em grupos, cada aluno escolheu uma residência para realizar o projeto. Essa medida, além do acompanhamento do desenvolvimento das plantas, possibilitou o envolvimento das famílias. “Os alunos e seus familiares tiveram a oportunidade de cuidar de uma planta e vê-la crescer e também desenvolveram técnicas e sensibilização em questões ambientais”, analisa Juliana.

    Outros benefícios trazidos pelo projeto, segundo a professora, foram o estreitamento dos laços familiares e a conscientização sobre o uso da água como o direito de todo cidadão, sem desperdício. Nas mini-hortas foi usado material reciclável, como caixotes de madeira, garrafas plásticas e garrafões de água de 20 litros.

    O projeto foi executado de abril a outubro, com a participação da professora de língua portuguesa Patrícia Pinheiro. “Com ela, vieram as orientações para a produção de um resumo do projeto de cada grupo e para o desenvolvimento do ‘diário de bordo’, para que todas as etapas pudessem ser descritas e analisadas”, diz Juliana. “O projeto me fez acreditar que posso fazer diferença, sim, em alguns lares”, afirma. “E este é meu maior prêmio: saber que a família do aluno participou do processo e se envolveu de fato.”

    Com licenciatura plena em biologia e especialização em ecoturismo, Juliana atua no magistério estadual há 12 anos. “Gosto de fazer coisas diferentes, inventar e recriar maneiras para estimular os alunos a estudar.”

    De acordo com a professora a distinção no 8º Prêmio Professores do Brasil resultou em satisfação profissional, paz interior, sentimento de dever cumprido. “Os alunos sentiram que é possível fazer diferença com muito pouco”, avalia.

    Fátima Schenini

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  • Todos os dias nos deparamos com cenas corriqueiras de desperdício de água. Um banho demorado, uma torneira pingando, uma descarga disparada. A torneira da pia que permanece aberta enquanto a louça é lavada. Essas situações estão presentes em diversos ambientes: em casa, na escola, no trabalho. Muitas vezes, é difícil fazer o uso racional e consciente da água. Mas não para o Centro Educacional Agrourbano Ipê, em Brasília.

    A escola, com sede no Riacho Fundo II, é um exemplo de consciência coletiva. Há seis anos a instituição desenvolve projetos que agregam soluções sustentáveis para o bom uso da água, envolvendo os alunos e a comunidade local. As ações são realizadas desde 2010, quando a escola foi inserida no projeto Escolas Sustentáveis, do Ministério da Educação.

    A vice-diretora do centro educacional, Jedilene Lustosa, defende a iniciativa. “Não basta economizar; precisamos ter atitudes que preservem a água em todo o seu ciclo”. Segundo Jedilene, a conscientização no uso da água ocorre em todas as áreas da escola. “Na cantina, a gente reutiliza o resto de frutas para a nossa composteira; na limpeza, eliminamos o uso da mangueira e só usamos balde”, diz. “Quem chega à escola sabe que aqui tem esse trabalho com a sustentabilidade.”

    O Centro Educacional Agrourbano Ipê, em Brasília, desenvolve há seis anos projetos de soluções sustentáveis para o bom uso da água, envolvendo os alunos e a comunidade local (Foto: TV MEC)

    Um dos projetos culminou na construção de um tanque para criação de tilápias. O professor de ciências e biologia da unidade, Leonardo Hatano, explica que a iniciativa foi pensada com o intuito de fazer com que uma família pequena conseguisse o sustento com a produção de sua própria chácara. “O coração principal desse sistema é o tanque de peixe”, afirma.

    “A partir desse tanque, nós temos a produção de uma proteína de alta qualidade, já que a proteína do peixe é saudável”, exemplifica o professor. “Além disso, são produzidas diversas plantas, que irão fornecer carboidratos e vitaminas para essa família poder se sustentar”. Leonardo explica, ainda, que a água retorna para o tanque de forma oxigenada, o que viabiliza a economia de água quando comparado ao sistema tradicional de cultivo de peixe. A construção de um segundo tanque já está em andamento.

    Reutilização – Em outra iniciativa, a água da chuva tem sido aproveitada para a limpeza das dependências do centro educacional Agrourbano Ipê. Para a diretora da unidade, Sheila Pereira da Silva Mello, além do envolvimento dos alunos, que levam adiante as boas práticas, a economia na escola já é visível, o que gera benefícios para todos.

    “Em outubro, nós estávamos com 110 metros cúbicos de água; em novembro passamos a 68. Este ano, nós já pudemos perceber com o início do ano letivo que chegamos a 38 metros cúbicos de economia”, comemora. “O propósito desse trabalho é a conscientização que nós estamos conseguindo ensinar aos nossos alunos e servidores. Vemos que é um trabalho eficiente na conscientização da importância de economizar a água.”

    Agrofloresta – A instituição também criou um sistema agroflorestal, que busca um equilíbrio natural do ecossistema com o intuito de restaurar florestas e recuperar áreas degradadas. Essa cultura ainda incentiva o combate às pragas sem o uso de agrotóxicos – como tem acontecido na propriedade de Julião de Assis. Ele é avô de uma aluna do centro educacional Agrourbano Ipê e permitiu que o projeto dos estudantes fosse expandido para fora dos muros da escola.

    “Os professores vieram e nos ensinaram como plantar, como fazer os canteiros, como adubar. Agora aqui é tudo orgânico”, garante. “Não tem nada mais, nem química, nem inseticida, nem fogo. É aí que a gente vê que o negócio vai dar certo, porque além de ajudar o meio ambiente, a nossa saúde vai melhorar”. A expectativa de Julião é de que seus filhos e netos deem prosseguimento ao projeto.

    Resultados – O professor Leonardo Hatano relata que, com a experiência, não só as notas dos estudantes melhoraram, mas o próprio envolvimento com o conteúdo tem surpreendido. “A principal mudança é a motivação dos alunos; eles estarem a toda hora querendo vir aqui trabalhar nesses projetos”, celebra. “O que eu notei mesmo foi que nossas ações realmente criaram um aprendizado significativo para os alunos.”

    Wynne Costa, de 13 anos, se orgulha dos projetos da escola em que estuda e já planeja levar o aprendizado do dia a dia no ambiente escolar para casa. “Quero fazer uma horta vertical, onde quero colocar plantas medicinais e temperos. Também quero fazer um jardim na minha janela”. A estudante garante não ver dificuldades. “Não é difícil, não. Eu acho legal por isso: porque economiza água, você reutiliza coisas, faz a reciclagem e ainda consegue plantinhas. E ainda fica bonito.”

    As lições motivam da mesma forma a estudante Luana Jesus. Ela inclusive já planeja o que fazer quando ingressar na faculdade: engenharia ambiental. A escolha do curso, explica, parte da certeza de que irá colaborar também para a preservação do meio ambiente. “Eu acho bom porque a gente pode praticar, plantar, fazer o que a gente gosta”, afirma. “A escola me ensinou que plantar é muito bom. E ajuda o mundo, porque ajuda nas nascentes, ajuda a não poluir e é sustentável também porque a gente pode tirar alimentos da natureza sem agrotóxicos.”

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A estudante Ana Carolina Soares Leal tem 11 anos e acabou de passar para o sétimo ano do ensino fundamental. Ela participou da etapa escolar da 5ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), na Escola Municipal Arlindo Cipriano Leal, onde estuda, em Inhuma (PI). A menina conta que, junto com os amigos, passaram a fazer as coisas “mais corretas” desde então.

    As escolas que quiserem participar também devem realizar até 31 de março suas conferências, etapa obrigatória para participar da CNIJMA. O tema escolhido para esta edição é Vamos cuidar do Brasil cuidando das águas. No total, a conferência envolve 73 mil escolas em todo o país. Dessas, 4 mil estão na zona rural, 3 mil em comunidades indígenas e 2 mil em áreas quilombolas. Devem participar quase 400 jovens, com idade entre 11 e 14 anos na etapa final.

    As escolas inscritas precisam elaborar um projeto de ação com o objetivo de transformar sua realidade e escolher representantes que levam adiante as ideias acordadas entre todos. É isso o que já fez a Escola Municipal Arlindo Cipriano Leal. “Estava havendo muito desperdício, principalmente no bebedouro. Nós deixávamos as torneiras ligadas, enchíamos o copo e não bebíamos toda a água e lavávamos as mãos sem precisar”, conta a estudante Ana Carolina.

    A solução, explica, foi propor a colocação de um cano de PVC para levar a água que sobra do bebedouro para regar o canteiro da escola. “Lá tem alimentos para a gente lanchar e ficar mais saudável”, destaca a menina. Ela gostou tanto da experiência que não titubeia em recomendar que outros estudantes façam o mesmo em suas escolas. Sem contar o bem maior que farão ao planeta.  “Seria muito mais legal porque aí nós reutilizaríamos mais água”, prevê.

    A diretora e coordenadora da conferência na escola, professora Rosimar Pacheco de Moura Gonçalves, conta com orgulho as etapas realizadas durante o projeto. Os professores foram reunidos, e em seguida os estudantes, que foram divididos em duas turmas: alunos do quinto e sétimo e, a outra, do sexto e oitavo. Eles deviam observar a escola e propor maneiras de economizar água. Dois projetos foram apresentados. Um que armazenava água da chuva e o que foi escolhido, de reaproveitamento da água do bebedouro. Tudo com a participação das famílias.

    “A conscientização deles foi tamanha, que percebemos na hora de irem tomar água. Pararam até com brincadeiras de jogar água uns nos outros. Eles levaram a consciência para casa. Vai escovar os dentes, fecha a torneira. Vai tomar banho, fecha o chuveiro enquanto se ensaboa”, conta a professora.

    O tema deste ano está em concordância com a implementação da Lei das Águas, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com o 8º Fórum Mundial da Água, marcado para março de 2018, também em Brasília. A conferência reúne estudantes, professores e comunidade escolar para dialogar e refletir sobre as questões socioambientais.

    Etapas – O coordenador-geral de educação ambiental e temas transversais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Felipe Felisbino, explica que o dia da conferência na escola é o momento em que os estudantes apresentam à comunidade escolar os projetos que elaboraram.

    “Por isso é importante preparar esse dia e convidar os diversos representantes da comunidade escolar. Nesse dia os estudantes devem escolher um projeto para ser colocado em prática, envolvendo a comunidade escolar. E também escolher um representante da escola e um suplente, para as próximas etapas da conferência, caso o projeto da escola seja escolhido para esses momentos”, detalha.

    O estudante escolhido deve ter idade entre 11 e 14 anos, observando os critérios do Regulamento Nacional e os princípios da CNIJMA – Jovem educa jovem, jovem escolhe jovem e uma geração aprende com a outra –, para representar a escola, caso ela venha a participar das etapas seguintes. Essas escolhas do projeto e dos representantes devem ser realizadas pelos estudantes, como estímulo à prática da cidadania.

    “A conferência na escola é a etapa mais importante de todas”, destaca Felisbino. “O movimento criado por essa ação estimula o protagonismo juvenil, a prática pedagógica interdisciplinar, a interação da comunidade escolar, a pesquisa e o diálogo de saberes, contribui com a inclusão da educação ambiental no projeto político pedagógico de forma integrada, transversal e interdisciplinar, em conformidade com as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental”, conclui.

    Informações – Na página oficial da conferência, além das informações e documentos, existe um espaço que deve ser usado pelas escolas e estados para registrar as etapas das quais participam. Isso serve tanto para as conferências nas escolas quanto para a etapa estadual. As duas devem, obrigatoriamente, ser registradas no site. As escolas ou estados que não fizerem esse registro não poderão participar da etapa nacional.

    Além do site, os interessados poderão ter acesso a informações e interagir com dúvidas ou questionamentos sobre o evento na página da conferência no Facebook.

    Histórico – A primeira CNIJMA, em 2003, envolveu 15.452 escolas em todo o país, mobilizando mais de 5 milhões de pessoas, em 3.461 municípios. Em 2005/2006, a segunda edição do evento teve a participação de 11.475 escolas e comunidades e mais de 3 milhões de pessoas, em 2.865 municípios. A 3ª CNIJMA, em 2009, abrangeu 11.631 escolas, envolvendo mais de 3 milhões de participantes, em 2.828 municípios. Já a última edição do evento, em 2013, teve 16.538 escolas, com mais de 5 milhões de participantes, em 3.519 municípios brasileiros.

    Acesse a página oficial da 5ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA)

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • A estudante Esther Tavares, 12 anos, do Centro de Ensino Fundamental 09 de Taguatinga, cidade do Distrito Federal, é uma das participantes da etapa escolar da 5ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA). A realização dessa etapa é pré-requisito para as instituições que desejam participar da etapa nacional. Por isso, o prazo para realização do evento nas escolas foi prorrogada para 14 de abril. E as instituições têm até 17 do mesmo mês para se registrar na página da conferência. O tema escolhido para esta edição é Vamos cuidar do Brasil cuidando das águas.

    O trabalho de Esther foi explicar a importância da água e do cerrado. “Nós que somos jovens sabemos uma forma melhor de ensinar os nossos conhecimentos aprendidos para outros jovens, para que todos saibam a importância do cerrado, da água, da reciclagem, da compostagem, de tudo o que está sendo feito aqui”, afirma a estudante.

    Ela avalia que, com esse aprendizado, cada vez mais os alunos se portam melhor.  “Eu quero levar para dentro da minha casa, ensinar para quem eu puder ensinar, para a gente conseguir viver de uma forma melhor.”

    As escolas inscritas precisam elaborar um projeto de ação com o objetivo de transformar sua realidade e escolher representantes que levam adiante as ideias acordadas entre todos.

    Para Eliana Matos, coordenadora pedagógica da escola, a realização da conferência nas escolas é um incentivo aos estudantes. “Para eles é muito importante saber que a escola não fica só no tradicional, mas que pode ser um agente de transformação”, defende.

    No total, a conferência envolve 73 mil escolas em todo o país. Dessas, 4 mil estão na zona rural, 3 mil em comunidades indígenas e 2 mil em áreas quilombolas. Devem participar da etapa final quase 400 jovens com idade entre 11 e 14 anos.

    O tema deste ano está em concordância com a implementação da Lei das Águas, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com o 8º Fórum Mundial da Água, que será realizado de 18 a 23 de março de 2018, também em Brasília. A conferência reúne estudantes, professores e comunidade escolar para dialogar e refletir sobre as questões socioambientais.

    Etapas – O coordenador-geral de educação ambiental e temas transversais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Felipe Felisbino, explica que o dia da conferência na escola é o momento em que os estudantes apresentam à comunidade escolar os projetos que elaboraram.

    “É uma temática muito importante e que envolve toda a comunidade escolar, que vai envolver o município, a região e o estado, trazendo os seus trabalhos, as suas propostas para a Conferencia Nacional. No evento nacional, os estados e o Distrito Federal vão apresentar os projetos escolhidos nos seus estados e em seguida escolher, entre os 27 que estão sendo apresentados, aquele que mais se destaca”, detalha.

    Informações – Na página oficial da conferência, além de informações e documentos, existe um espaço que deve ser usado pelas escolas e estados para registrar as etapas das quais participam. Isso serve tanto para as conferências nas escolas quanto para a etapa estadual. As duas devem, obrigatoriamente, ser registradas no site. As escolas ou estados que não fizerem esse registro não poderão participar da etapa nacional.

    Os interessados também poderão ter acesso a informações e interagir com dúvidas ou questionamentos sobre o evento na página da conferência no Facebook.

    Histórico – A primeira CNIJMA, em 2003, envolveu 15.452 escolas em todo o país, mobilizando mais de 5 milhões de pessoas, em 3.461 municípios. Em 2005/2006, a segunda edição do evento teve a participação de 11.475 escolas e comunidades e mais de 3 milhões de pessoas, em 2.865 municípios. A 3ª CNIJMA, em 2009, abrangeu 11.631 escolas, envolvendo mais de 3 milhões de participantes, em 2.828 municípios. Já a última edição do evento, em 2013, teve 16.538 escolas, com mais de 5 milhões de participantes, em 3.519 municípios brasileiros.

    Acesse a página oficial da 5ª Conferência

    Assessoria de Comunicação Social

  • Objetivo: Destinar recursos financeiros de custeio e de capital às escolas do campo e quilombolas, garantindo as adequações necessárias ao abastecimento de água em condições apropriadas para consumo e o esgotamento sanitário nas unidades escolares que tenham declarado no Censo a inexistência de abastecimento de água ou de esgotamento sanitário e ainda não tenham sido beneficiadas com essa assistência pecuniária.

    Ação: Os recursos financeiros devem ser empregados na aquisição de equipamentos, instalações hidráulicas e contratação de mão de obra, necessários à construção de poços, cisternas, fossa séptica e outras formas que assegurem provimento contínuo de água adequada ao consumo humano e esgotamento sanitário. Os recursos são liberados às escolas, conforme os critérios estabelecidos em Resolução a partir do número de matrículas, sendo que de 4 a 50 matrículas; de 51 a 150 matrículas e com mais de 150 matrículas.

    Como Acessar: Para a adesão, o diretor das unidades escolares deverá validar, o Termo de Declaração e Compromisso disponível no Sistema do PDDE Interativo no endereço: https://pdeinterativo.mec.gov.br, anexar de 3 (três) a 5 (cinco) fotos do prédio escolar que evidenciem a necessidade de melhoria das condições do abastecimento de água ou do esgotamento sanitário na escola e elaborar o Termo de Aplicação para fins de monitoramento da aplicação dos recursos.


    Documentos:
    Resolução PDDE Água FNDE nº 32 de 13 de agosto de 2012.
    Guia de Orientações Operacionais do PDDE/Água na Escola - Resolução CD/FNDE  nº. 32, de 13 de agosto de 2012


    Contatos:
    Coordenação-Geral de Políticas de Educação do Campo
    Diretoria de Políticas de Educação do Campo, Indígena para as Relações Étnico-Raciais
    Esplanada dos Ministérios – Bloco L Anexo I Sala 402
    CEP: 70.047-900  - Brasília/DF
    Telefones: 55 61 2022 9034/9011
    Fax: 55 61 2022 9009
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