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  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia do Ministério da Educação, agora faz parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que promove o desenvolvimento da pesquisa científica, tecnológica e de inovação na região. A Capes investirá R$ 5,7 milhões no programa por meio de uma chamada pública para projetos na área. Serão 75 bolsas de estudo financiadas: 30 de mestrado, com duração de 24 meses, 30 de doutorado, com 48 meses, e 15 de pós-doutorado, com 24 meses.

    As pesquisas deverão seguir nove eixos temáticos: o papel da criosfera no sistema terrestre e as interações com a América do Sul; a dinâmica da alta atmosfera na Antártica, interações com o geoespaço e conexões com a América do Sul; mudanças climáticas e o Oceano Austral; biocomplexidade dos ecossistemas antárticos, suas conexões com a América do Sul e mudanças climáticas; geodinâmica e história geológica da Antártica e suas relações com a América do Sul; química dos oceanos, geoquímica marinha e poluição marinha; ciências humanas e sociais; biologia humana e medicina polar e inovação em novas tecnologias.

    Para Priscila Lelis Cagni, coordenadora de Programas de Indução e Inovação, o apoio da Capes significa um salto no desenvolvimento de pesquisas na Antártica. “É um estímulo para a formação de recursos humanos para a pesquisa em ciência na Antártica. Um dos grandes gargalos identificados no programa é a formação de uma nova geração de cientistas brasileiros para atuação no programa nos próximos anos. Além do desenvolvimento brasileiro, o programa auxilia na interação com as bases de diversos países e favorece a internacionalização da pesquisa brasileira.”

    As propostas devem ser apresentadas até 8 de outubro. O resultado final será divulgado em 30 de novembro deste ano. Participam da chamada pública o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O investimento total será R$ 18 milhões.

    Criado em 1982, o Proantar incluiu o Brasil no grupo de 29 países que definem o futuro da Antártica e do Oceano Austral. O objetivo do programa é ampliar o conhecimento científico no continente gelado para compreender os fenômenos que ali ocorrem e a influência deles sobre o território brasileiro.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Estudos ajudam a entender o impacto do continente no clima de todo o mundo


    A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), vai investir R$2.624.400 no Programa Antártico Brasileiro (ProAntar). O objetivo é aprofundar os estudos sobre a importância da Antártica para o clima no planeta e ampliar as oportunidades para que o Brasil tenha mais pesquisadores focados nessa área.

    A iniciativa é fruto de acordo firmado entre a Capes, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O termo vigora até 2023 e chega ao valor total de R$ 18 milhões. Com os recursos da Capes, são financiados 15 projetos de pesquisa com a concessão de 48 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado.

    No ano passado, a Capes destinou R$ 578,8 mil ao programa e, em 2020, serão investidos mais R$ 850 mil. “Esse investimento é um grande incentivo para a formação de recursos humanos para a pesquisa na Antártica. Assim, podemos formar uma nova geração de cientistas que muito contribuirá com o país exterior”, disse o presidente da Capes, Anderson Correia.

    Um dos selecionados, o Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) inicia o trabalho de campo em fevereiro. Os pesquisadores irão estudar, durante três anos, os processos de ventilação oceânica e o ciclo de carbono na Antártica. “No entorno do continente é formado um grande volume de água com forte relação com o clima. Queremos analisar, por exemplo, aspectos biológicos e químicos na área e como isso contribui na previsão do tempo”, descreve o professor Maurício Magalhães Mata, que coordena o projeto, que envolve vários bolsistas financiados pela Capes.

    Outro projeto, que vai estudar uma geleira específica do continente, é realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA). “Vamos analisar a cobertura do gelo acoplada a uma rocha e acompanhar a dinâmica do descongelamento”, comenta Jandyr de Menezes Travassos, que coordena o trabalho. A equipe irá à Antártica a partir de dezembro.

    As pesquisas financiadas seguem nove eixos:- Papel da criosfera no sistema terrestre e as interações com a América do Sul.- Dinâmica da alta atmosfera na Antártica, interações com o geoespaço e conexões com a América do Sul.- Mudanças climáticas e o Oceano Austral.- Biocomplexidade dos ecossistemas antárticos, suas conexões com a América do Sul e mudanças climáticas.- Geodinâmica e história geológica da Antártica e suas relações com a América do Sul.- Química dos oceanos, geoquímica marinha e poluição marinha.- Ciências humanas e sociais.- Biologia humana e medicina polar.- Inovação em novas tecnologias.

    Nova estação – Na quarta-feira, 15 de janeiro, o governo federal inaugurou a nova unidade da Estação Antártica Comandante Ferraz. O local é composto por um conjunto de laboratórios para a realização de pesquisas brasileiras sobre o tema. A nova instalação substitui a anterior, destruída por um incêndio há oito anos.

    O Proantar foi criado em 1982 e colocou o Brasil no grupo de 29 países que definem o futuro da Antártica e do Oceano Austral. O objetivo do programa é ampliar o conhecimento científico no continente para compreender os fenômenos e a influência deles sobre o território brasileiro.

    A Antártica é o principal regulador térmico do planeta, pois controla as circulações atmosféricas e oceânicas e detém 90% do gelo e 70% da água doce, influenciando o clima e as condições de vida na Terra.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Estudantes, pesquisadores e professores de educação física, engenharia elétrica, saúde humana e automação industrial participaram do desenvolvimento do Polar Dispendium (Foto: Divulgação)

    Itabirito (MG), 12/2/2019 – Graças ao empenho de alunos e professores de Itabirito (MG), cientistas e militares da Marinha do Brasil terão uma nova ferramenta para calcular o gasto de calorias em expedições antárticas. Trata-se do aplicativo Polar Dispendium, desenvolvido como projeto de pesquisa em que estudantes, do ensino médio-técnico e de engenharia elétrica, foram protagonistas.

    O lançamento do aplicativo é fruto de um trabalho multidisciplinar realizado no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) – campus avançado Itabirito – e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O projeto contou com participação e apoio de estudantes, pesquisadores e professores das áreas de educação física, engenharia elétrica, saúde humana e automação industrial.

    O Polar Dispendium será utilizado nas operações antárticas e permitirá o cálculo do gasto calórico diário a partir da escolha de mais de 600 tipos de atividades pelo usuário. Segundo o professor de educação física Alexandre Sérvulo, coordenador do projeto, o balanço energético diário, ou seja, a diferença entre a ingestão e o gasto calóricos, é um importante indicador para a manutenção do peso corporal dos indivíduos e, consequentemente, para promoção da saúde. “O desenvolvimento de um aplicativo móvel que quantifica o dispêndio energético pode auxiliar no fornecimento desse indicador e na compreensão do metabolismo na Antártica”, explica o professor.  

    Andrei Oliveira, professor de engenharia elétrica e também coordenador do projeto, enfatiza a importância da multidisciplinaridade envolvida nesse trabalho. “Nestes dias atuais não estamos apenas cercados de tecnologia, estamos completamente submersos e intrinsecamente dependentes dela”, destaca Andrei. “Nossos alunos serão, em breve, os novos atores neste mundo tecnologicamente interligado e precisamos desenvolvê-los para não apenas lidar com a tecnologia, mas de forma que saibam criar e aplicar novas ferramentas em qualquer área de conhecimento que forem atuar.”

    Experiência – A estudante Letícia Pedroso, do segundo ano do ensino médio, relatou o quão gratificante foi participar do projeto. “Cada etapa concluída durante o processo de desenvolvimento do aplicativo fez com que eu adquirisse uma grande bagagem para a minha formação. Além disso, a experiência me deu certeza sobre minha futura área de trabalho”, aponta a aluna.

    Prática – O Polar Dispendium será utilizado já nos próximos meses na Operação Antártica brasileira por pesquisadores do Mediantar, projeto do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, que estuda a adaptação do ser humano às condições extremas de sobrevivência experimentadas na Antártica.

    "Anualmente, pesquisadores e militares deslocam-se para a Antártica e enfrentam, nos navios de pesquisas polares, na Estação Antártica Comandante Ferraz e nos acampamentos antárticos, ambientes isolados, confinados e extremos (denominados ICE)”, explica a subcoordenadora do Medianta, Michele Moraes. “A exposição a esses ambientes, onde se encontra baixa sensação térmica,  condições de luz específicas dos polos (24h de luz no verão e 24h de escuro no inverno), esforço físico em campo,  elevada incidência de raios UVA (um dos tipos de radiação ultravioleta) e confinamento, resulta em alterações das respostas fisiológicas e funcionais.”

    Ainda segundo Michele Moraes, é possível que a quantidade de atividade física diária seja influenciada pelos ambientes ICE. “O aplicativo pode ser capaz de modular algumas das respostas associadas a esses ambientes e funcionar como uma ferramenta importante para podermos caracterizar e compreender a rotina dos indivíduos nos ambientes ICE. E isso poderá nos auxiliar no desenvolvimento de estratégias que promovam a saúde na Antártica.”

    Começo – Os pesquisadores e militares que habitam temporariamente a Antártica são submetidos a condições ambientais remotas, por isso é necessário o constante desenvolvimento de estratégias que promovam a saúde na Antártica. O objetivo do grupo de estudantes e professores do IFMG de Itabirito é continuar o desenvolvimento de novas tecnologias.

    O próximo passo será a adaptação e desenvolvimento de um aplicativo semelhante ao Polar Dispendium, mas desta vez para a população em geral. Além disso, o grupo pensa em desenvolver roupas com microssensores para realização de medidas fisiológicas.

    O Polar Dispendium está disponível para Android e pode ser baixado gratuitamente no Google Play Store. “Mais de 90% dos telefones celulares usam o sistema Android, dessa forma, o aplicativo pode atingir um público muito maior, além da maior facilidade para o seu desenvolvimento”, explica o estudante de engenharia elétrica Leonardo Prado, principal programador do aplicativo.

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    Assessoria de Comunicação Social

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