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  • A proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNC) de construção horizontal do conteúdo de matemática para a educação básica contribui para solucionar um problema histórico da área: dar mais sentido ao mundo dos números no dia a dia dos alunos.

    Equacionar essa questão é fundamental. Pois, em algum momento da vida, todo mundo passa pela experiência de ter de calcular juros, saber quanto vai pagar no supermercado, conciliar remuneração com gastos, pensar de forma lógica, precisar ler tabelas e gráficos.

    Esse é o princípio da BNC para os próximos anos. Fixar conteúdos para o ensino de maneira a assegurar formação básica comum e aprendizados nacionais e regionais. Dessa forma a BNC contribui para a equidade, ou seja, garante a todos os brasileiros o acesso a um conjunto de conhecimentos considerados essenciais para concretizar seus projetos de vida, além de organizar e dar mais coerência ao sistema educacional.

    O matemático Ruben Klein, do Movimento pela Base, defende que o componente curricular da área avance já na educação infantil. “A criança precisa conhecer números e formas geométricas, triângulo e quadrado”, opina. Para Ruben, fração e reta numérica são conteúdos que também devem ser conhecidos mais cedo pelos estudantes. “Matemática se aprende fazendo. Ao conseguir visualizar, o aluno aprende muito mais”, sugere.

    “Ler é uma questão essencial para a matemática”. Quem ensina é a estudante Eduarda Vieira Cardoso, 14 anos. Ela cursa o primeiro ano do ensino médio na Escola de Ensino Médio Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves, Piauí, e acredita que essa é a fórmula para romper a dificuldade dos alunos com a matéria. “Leio o conteúdo antes da aula para entender melhor. Estudo um pouquinho em casa e encaro o aprendizado de matemática como um desafio que posso vencer”, explica.

    Os integrantes das sociedades científicas de matemática também estão opinando. Inclusive, já realizaram alguns debates entre seus associados, a partir do texto preliminar da Base. Cálculo foi um dos temas mais lembrados pelo grupo como elemento ausente das discussões da Base, até o momento.

    Sobre o grau de complexidade dos objetivos de aprendizagem, o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Manuel Palacios, pondera a necessidade de se definir qual o perfil pretendido do estudante que conclui a trajetória escolar. “Até onde vai a matemática na educação básica? Essa é uma pergunta cuja resposta pode nos orientar nesse trabalho”, pontua.

    Logaritmo – A especificidade da área exige reflexão que aponte para a integração da matéria nas diferentes etapas da vida escolar, além de gestão compartilhada do conhecimento. “Muitas vezes aprendemos uma operação matemática sem nos darmos conta de que estamos aprendendo uma linguagem”, observa o professor Luiz Carlos Menezes, da Universidade de São Paulo (USP).

    Menezes lembra o caso do modelo da escala de Richter, que mede a magnitude de um tremor de terra. “Terremoto 8 na escala Richter não é o dobro de um que registrou 4. Neste caso, a diferença de intensidade é de dez mil vezes porque se trata de uma escala logarítmica, que trabalha com potência. Ou seja, um tem intensidade dez mil vezes superior ao outro. Sem incorporar o aprendizado de logaritmo, não se entende isso”, ensina.

    A lógica do professor Menezes é reforçada por especialistas. “A matemática serve pra compreender a realidade”, reforça o professor Marcelo Câmara, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Marcelo está à frente da equipe de especialistas que trabalharam a redação da proposta preliminar da BNC para a matemática.

    Ao acompanhar a consulta pública da Base, o especialista tem percebido que um caso marcante nas contribuições nessa área tem sido a sugestão para o aprendizado do conteúdo de estatística e probabilidade. “O desenvolvimento da forma de pensar estatisticamente desde o primeiro ano (do fundamental)”, esclarece.

    Marcelo considera a sugestão positiva para a aprendizagem em matemática e acredita que esse exercício, mais tarde, vai permitir, por exemplo, que a pessoa olhe um gráfico no jornal e seja capaz de fazer uma leitura crítica da notícia. Saber se o texto tem intenção de induzir o leitor a uma opinião específica ou não. “A matemática na escola deve servir para desenvolver formas de pensar e não para acumular conhecimentos que muitas vezes não têm relação com a realidade do sujeito. A Base pode ser esse caminho”, conclui.

    Conheça as propostas para a área de matemática no Portal da Base

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Gestores, professores e estudantes se reúnem para debater BNCC do ensino médio em dia de mobilização nacional (Foto: Divulgação Consed)

    A convocação feita pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) para as escolas de todo o Brasil discutirem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio rendeu bons resultados. Nesta quinta-feira, 2, inúmeras instituições de ensino se mobilizaram no Dia D da BNCC para conhecer e debater o documento.

    Um balanço inicial do órgão apontou que aproximadamente 20 mil escolas realizaram o download do material de apoio direto, no portal do conselho, até as 18h de hoje. Segundo o conselho, o número representou mais de dois terços das escolas com ensino médio no país. O cálculo não considerou as escolas que receberam material diretamente das secretarias, o que pode aumentar ainda mais o resultado final.

    A ação, que tem o apoio do Ministério da Educação, reuniu professores, gestores e técnicos de educação que, em parceria com as secretarias de educação, orientaram as escolas quanto às discussões da BNCC do ensino médio. O Consed, que realiza a iniciativa, convidou as instituições particulares para se juntarem aos debates e divulgou um amplo material didático em seu portal na internet.

    Segundo o diretor de Currículos e Educação Integral do MEC, Raph Gomes Alves, o que se viu hoje foi um grande movimento colaborativo em que secretarias estaduais de educação e escolas demonstraram o compromisso com a qualidade da educação e se engajaram no processo de discussão da proposta de base para a etapa do ensino médio. Eles utilizaram uma série de materiais explicativos disponibilizados pelo consed para debater, entender e propor melhorias no documento. Além disso, gestores foram convidados a participar de telejornais e programas de rádio para divulgar e tirar dúvidas a respeito do documento.

    De acordo com o Consed, alguns estados decidiram promover as discussões sobre a BNCC do ensino médio em outros dias, caso de Goiás, que fará em 8 de agosto, ou estenderam as discussões até o dia 10 de agosto, data limite para envio das contribuições e preenchimento do formulário da consulta pública do Consed. São exemplos Distrito Federal, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná.

    O Conselho Nacional de Secretários de Educação acredita que após a contabilização da participação desses estados, poderá fazer uma avaliação mais completa do Dia D. “Por enquanto, a mensagem é de agradecimento pelo envolvimento de todos os secretários, técnicos das secretarias, entidades parceiras ligadas às escolas particulares, aos Conselhos Estaduais de Educação, que também contribuíram, e especialmente aos gestores, professores e alunos pelo belo exemplo de cidadania e compromisso com o futuro da educação do país”, declarou Cecilia Motta.

    Além do Ministério da Educação, o Dia D de discussão sobre a BNCC do ensino médio teve o apoio do Fórum dos Conselhos Estaduais de Educação, da Federação Nacional das Escolas Particulares e da Associação das Escolas de Educação Católica.

    BNCC – O MEC auxilia o Conselho Nacional de Educação (CNE) nas audiências públicas dessa etapa da base. Os encontros, no entanto, não têm caráter deliberativo, mas são essenciais para que o órgão elabore um documento normativo que reflita as necessidades, interesses, diversidade e pluralidade do panorama educacional brasileiro. A próxima audiência pública será realizada no dia 10 de agosto, em Belém (PA).

    A proposta de BNCC para o ensino médio foi entregue pelo MEC ao CNE em abril deste ano e a expectativa é que o documento seja homologado no fim de 2018. No estágio atual, órgãos, entidades, associações e interessados podem oferecer suas contribuições e sugestões até as 23h59 de 14 de setembro, data da última audiência pública a ser realizada pelo conselho, em Brasília. A etapa do ensino médio da BNCC, assim como ocorreu na elaboração da proposta para a educação infantil e o ensino fundamental, homologada em dezembro de 2017, será o marco para orientar os currículos desta fase de ensino.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em tempos onde cada cidadão se converte em potencial comunicador nas mídias sociais para o exercício da cidadania democrática, os conteúdos de ensino de geografia, história, religião, filosofia e sociologia se fazem mais importantes do que nunca. Convergentes ou não, os componentes curriculares de ciências humanas na Base Nacional Comum Curricular (BNC) despontam como um campo amplo de aprendizados sobre a relação das pessoas com o mundo atual.

    Na educação infantil, os conteúdos tendem ao lúdico e a conhecimentos sociocognitivos. Ao longo do ensino fundamental, os saberes avançam na percepção dos diferentes tempos e espaços geográficos e históricos. No ensino médio, a continuidade do processo formativo se completa com discussões sobre os saberes humanos e existenciais.

    Mas, como equacionar a área sem dar passos para trás? A expectativa é de que a Base trabalhe com todas essas matérias de forma que haja diálogo crítico e criativo entre os componentes de ciências humanas. A lição pode vir da história, o componente curricular das ciências humanas que mais recebeu contribuições no Portal da Base durante a consulta pública, encerrada no dia 15 de março.

    Até o início deste mês, história chegou à casa do 1.048.386 contribuições recebidas no Portal da Base. Em percentuais, o componente está 22% à frente de Geografia (823.249), segundo lugar em número de intervenções, dentre as matérias de ciências humanas.

     As sugestões apontam, principalmente, necessidade de maior articulação do ensino atual sobre civilizações antigas com o que prevê a Lei 11.645, que trata da obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos nas escolas de ensino fundamental e médio. Outro ponto considerado tão importante quanto é mostrar a integração entre o Brasil e os processos históricos globais.

    “Esses são os principais desafios nossos, adequar as divergências e justificar o porquê dos conteúdos que vão ser incorporados pela Base e os que não vão ser”, avalia a assessora da área de ciências humanas na BNC com foco no componente curricular história, Cláudia Ricci.

    Cláudia considera que o processo desencadeado pela BNC já foi vitorioso por ter suscitado tamanha polêmica com posicionamento de vários estudiosos e especialistas. Segmentos da sociedade civil, associações científicas, acadêmicas e profissionais também fizeram parte do processo de mobilização e indicaram sugestões e contribuições ao documento preliminar de história.

    O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem reiterado nos encontros que tratam da Base que o ensino de história nunca vai tirar o que ele chama de “pertencimento” do Brasil do mundo ocidental e que a disputa política e ideológica é salutar. “O que nós queremos no currículo é que se organize toda essa importante liberdade acadêmica. Não é retirar o que já tem e incluir o que não foi bem contado”, ressalta.

    Conheça as propostas da área de ciências humanas no Portal da Base

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Conselho Nacional de Educação (CNE) realizou nesta sexta-feira, 7, a primeira das cinco audiências públicas sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O encontro foi transmitido ao vivo, pela internet, e também pelo Canal Futura. A base será o documento norteador da elaboração dos currículos das escolas públicas e privadas de educação infantil e ensino fundamental de todo o país.

    O Ministério da Educação apoia o evento. Até setembro, haverá um encontro em cada região do país para auxiliar os membros do CNE a preparar um parecer sobre a Base, que demonstre as necessidades, interesses, diversidade e pluralidade do panorama educacional brasileiro.

    Além do parecer, o CNE vai elaborar projeto de resolução sobre a BNCC, e ambos serão encaminhados ao MEC. A partir da homologação da Base, começa o processo de formação e capacitação dos professores e o apoio aos sistemas de educação estaduais e municipais para a construção e adequação dos currículos escolares.

    Segundo o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, a BNCC trará igualdade e equidade para os estudantes. “Ela vai apontar o que que todos os alunos do Brasil, de todas as regiões, precisam saber”, afirmou.

    Participaram da audiência representantes de órgãos e entidades da área da educação, especialistas, trabalhadores da área e sociedade civil. As sugestões apresentadas ao longo do evento, de acordo com o presidente do CNE, Eduardo Deschamps, vão nortear o processo de identificação das demandas indicadas em cada uma das regiões do país. “Estamos aguardando o encaminhamento do MEC sobre a parte relativa ao ensino médio para, na sequência, fazer a aprovação”, disse. A expectativa do CNE é que as primeiras partes da Base sejam aprovadas até novembro deste ano.

    O secretário estadual de educação do Amazonas, Arone Bentes, que participou da audiência, falou sobre a necessidade de valorização dos aspectos culturais e regionais não só para a educação amazonense, como para o restante do país. Bentes lembrou que o Amazonas é um estado de dimensões colossais e qualquer documento que vise reger a educação básica fundamental precisa da participação do estado. “A secretaria de educação colabora para que esse debate seja expressivo e que, de fato, nós tenhamos um norteamento das ações de educação aqui no estado”, enfatizou.

    A próxima audiência está agendada para o dia 28 de julho, no Recife, e contemplará a região Nordeste. Em agosto, haverá encontros nas regiões Sul e Sudeste. O último será em setembro, em Brasília. Todas os eventos são abertos ao público e transmitidos ao vivo pelo Canal Futura e pela internet.

    Mais informações estão disponíveis na página eletrônica das audiências.

    Assessoria de Comunicação Social


  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, entregou, nesta terça-feira, 3, ao Conselho Nacional de Educação (CNE), a etapa da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) referente ao Ensino Médio, para discussão junto à sociedade no âmbito do CNE. O documento vai permitir a implementação da Reforma do Ensino Médio, que tem como ponto central a flexibilização dos currículos. Após discutido e aprovado, o documento vai nortear os currículos dessa etapa escolar e também servirá como referência para a formação dos professores do ensino médio, para os livros didáticos e, futuramente, para as avaliações.

    Mendonça Filho destacou que o Brasil terá a oportunidade de desenvolver currículos nos estados e nas escolas. “A entrega da BNCC do Ensino Médio é mais uma etapa que concluímos de acordo com o Plano Nacional de Educação e atendendo à própria Constituição Federal, uma mudança de parâmetro importante para a educação do país”, afirmou.

    O documento assegura que todas as escolas do país, sejam públicas ou privadas, desenvolvam com seus alunos as mesmas habilidades e competências essenciais, garantindo uma educação de qualidade para todos. Mas a base não é currículo. Ela estabelece o ponto aonde se quer chegar, enquanto os currículos – que são de responsabilidade das redes de educação e das escolas – determinam como atingir esses objetivos.

    O ministro ressaltou a valorização da formação integral dos estudantes pela BNCC, que levará a educação brasileira a um patamar de qualidade mais próximo dos países desenvolvidos, e defendeu a continuidade dos debates sobre a base. “O desafio, do ponto vista de mudanças estruturais na educação do Brasil, é gigante. Mas temos consciência de que esta é uma agenda que suplanta e supera qualquer divergência política, ideológica ou partidária, é uma agenda de estado que envolve a todos”, pontuou. 

    A etapa da base que diz respeito à educação infantil e ao ensino fundamental foi homologada pelo ministro, em dezembro de 2017, e já é uma norma para as redes e escolas de todo o país. A etapa do ensino médio será agora levada à consulta pública pelo CNE antes de ser submetida à avaliação dos conselheiros.

    A secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, apresentou dados sobre as fases da BNCC e, lembrando as reuniões com professores, técnicos de secretarias estaduais de educação e especialistas em políticas públicas educacionais, sobre as habilidades e competências tratadas na base, enfatizou as inovações do documento. “A BNCC tem duas grandes inovações. Em primeiro lugar, um currículo para creche, de 0 a 3 três anos. No caso do ensino médio, a grande inovação foi dada pela reforma, que admitiu a flexibilização curricular”, declarou.   

    Mendonça Filho se disse convicto de que consciência de que "esta é uma agenda que suplanta e supera qualquer divergência política, ideológica ou partidária" (Foto: André Nery/MEC)

    Flexibilização – A organização da BNCC do Ensino Médio por área do conhecimento atendeu a uma solicitação dos secretários estaduais de educação e a recomendações de especialistas. O documento está em linha com a reforma dessa etapa escolar aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer, em fevereiro de 2017.

    A nova lei flexibilizou a estrutura curricular do ensino médio, ao mesmo tempo em que determinou o aumento da sua carga horária de 2,4 mil horas (o equivalente a quatro horas de aula por dia, em média) para 3 mil horas (o equivalente a cinco horas diárias, em média). Com as mudanças, o modelo brasileiro para o ensino médio se aproxima daqueles adotados nos países que são referência de educação no mundo. Os alunos devem cobrir toda a BNCC em, no máximo, 1,8 mil horas. O tempo restante deve ser dedicado ao aprofundamento no itinerário formativo de escolha do estudante.

    Para essa etapa eletiva, as escolas podem oferecer itinerários formativos de cada uma das áreas do conhecimento ou então que combinem conteúdos de diferentes áreas (como STEM, sigla em inglês referente a ciências, tecnologia, engenharia e matemática) ou mesmo itinerários formativos focados em algum aspecto específico de uma área como música ou filosofia. Os alunos poderão, ainda, optar por uma formação técnico-profissionalizante, que agora poderá ser cursada dentro da carga horária regular do ensino médio.

    O presidente do CNE, Eduardo Deschamps, considerou a base do ensino médio um marco. “O encaminhamento por parte do MEC da Base Nacional Comum Curricular é, no meu entendimento, como conselheiro desta casa e como presidente do CNE, e também como secretário de estado de Educação de Santa Catarina, um marco para a educação brasileira. Esse documento vai servir de referência para que cada uma das redes e cada um dos sistemas possa elaborar seus currículos.”

    03/04/2018 - Entrega da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio para o Conselho Nacional de Educação (CNE). (Foto: André Nery/MEC)

    Conheça a proposta encaminhada ao CNE.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participa de solenidade de comemoração dos 20 anos do CNE (Foto: João Neto/MEC)“Nós estamos com uma mobilização muito intensa, com quase 11 milhões de contribuições, sobre a Base Nacional Comum Curricular, e que será entregue a este plenário para discutir com profundidade os direitos nacionais de aprendizagem”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na abertura do seminário de 20 anos do Conselho Nacional de Educação (CNE).

    De acordo com o ministro, a Base reforça o direito de aprendizagem de todos os estudantes brasileiros, em qualquer região do país e é uma importante ferramenta para a melhoria da educação. “A Base Nacional vai contribuir muito para nós repensarmos a formação docente e para a produção pedagógica no programa do livro didático”, disse.

    Mercadante destacou, ainda, o importante papel do CNE nas discussões sobre as políticas públicas para educação e as importantes inovações que passaram pelo conselho. Entre elas, as novas diretrizes para a qualificação de professores que não atuam nas áreas em que possuem graduação.

    "E quero agradecer ao CNE que, longe de engessar a educação, tem buscado a inovação com qualidade. Ousadia com segurança. Criatividade com compromisso pedagógico e educacional. Muito obrigado. Parabéns por esses 20 anos e que a gente continue assim nos próximos 20”, concluiu Mercadante.

    Ainda na cerimônia de abertura, o presidente do CNE, Gilberto Garcia, destacou o diálogo que vem sendo estabelecido com a sociedade, ao longo dos 20 anos de conselho. “Mais importante tem sido o crescente diálogo com a sociedade brasileira promovido pelo Conselho, no sentido de escutar seus anseios e de descobrir as respostas mais justas e acertadas para o momento brasileiro no respeito à educação como uma função pública, seja ela de iniciativa pública ou de iniciativa privada”, afirmou o presidente.

    Instituído pela Lei 9.131, de 25/11/95, o CNE tem como finalidade colaborar na formulação da Política Nacional de Educação e exercer atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao ministro da Educação.

    O CNE tem por missão “a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade”.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Ao lado do reitor da UnB, Ivan Camargo, o ministro Mercadante defende o envolvimento da comunidade nas discussões sobre a Base (Foto: Mariana Leal/MEC)O Seminário Base Nacional Comum Curricular em ação: Formação de atores nacionais, promovido pelo Ministério da Educação, reúne em Brasília representantes das secretarias municipais e estaduais, bem como dos representantes estaduais e municipais nas comissões de mobilização locais, para discussão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O encontro teve início na tarde desta terça-feira, 23, e vai até quinta, 25.

    Esta é a primeira reunião de formação presencial de auxiliares de pesquisa e contará com a participação de 130 pessoas de todas as unidades da federação. A formação busca preparar os agentes locais nos estados para a interpretação dos relatórios de sistematização das contribuições das unidades escolares, colhidas no Portal da BNCC.

    Os relatórios de sistematização serão produzidos pela Universidade de Brasília (UnB) a partir da análise da base de dados coletados no portal, por meio de consulta pública. As informações obtidas servirão para fundamentar a discussão da segunda versão da proposta de BNCC, a ser lançada em abril, que passará por uma rodada de discussões em todas as unidades da federação.

    Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a construção da Base é um marco na história da educação brasileira. “A discussão chegou à sala de aula, está envolvendo os estudantes, está envolvendo a comunidade, está envolvendo especialistas”, afirmou o ministro.

    “Nós temos um imenso desafio na formação de professores. A Base tem que ser um instrumento para nós pensarmos uma licenciatura multidisciplinar, para alimentar os docentes na sala de aula para uma formação continuada e para que a gente possa dar o salto que a educação brasileira necessita”, concluiu Mercadante.

    Colaborações – Ainda é possível apresentar contribuições à Base. Escolas públicas e particulares, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos têm prazo até 15 de março para fazê-lo. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino, de movimentos e organizações da sociedade civil ou de qualquer cidadão que queira colaborar. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. De acordo com o PNE, a segunda versão da Base, preparada por uma equipe de especialistas a partir da consolidação das sugestões apresentadas, deve ser entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE) até junho de 2016.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

     

  • Crianças da educação básica aprenderão de acordo com a Base Nacional Comum Curricular, cujo projeto está sendo amplamente discutido (Foto: Júlio César Paes/Arquivo MEC)A construção coletiva da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) chegou ao momento de sugestão das últimas alterações e supressões no texto por parte dos estados, na segunda versão do documento. Antecedendo as discussões estaduais, um seminário de formação reúne, entre esta segunda e terça, dias 20 e 21 de junho, na Universidade de Brasília (UnB), os integrantes da comissão de mobilização para tratar da organização dos encontros.

    Uma metodologia para a condução dos seminários nos estados será apresentada pelo Conselho Nacional de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Com o apoio do Ministério da Educação, as duas organizações estarão à frente da preparação dos seminários nos 26 estados e no Distrito Federal.

    A proposta é que os seminários reúnam estudantes, professores e demais profissionais da educação que tenham participado da consulta pública sobre a BNCC para discutir a segunda versão do documento. Ao final de cada seminário estadual será produzido um relatório.

    Um relatório final será entregue ao MEC que, por sua vez, o encaminhará ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A avaliação dessa terceira versão pelo CNE começará após os seminários estaduais.

    Para o presidente do Consed, Eduardo Deschamps, a organização dessa nova fase de discussões e a apresentação de uma metodologia para a realização dos seminários são fundamentais para aperfeiçoar o documento. “Uma vez que iremos reunir mais de 7 mil pessoas, entre professores, estudantes e representantes da sociedade”, destaca.

    Segundo o presidente da Undime, Alessio Costa Lima, o seminário de formação funcionará como orientador na organização de suas discussões. “A metodologia será uma ferramenta que vai ajudar os estados a sistematizar suas discussões”, observa.

    Para o evento em Brasília, estão convidados os especialistas que escreveram o texto preliminar. O grupo vai pontuar as principais alterações feitas na segunda versão, comparando com a primeira, que recebeu mais de 12 milhões de contribuições por meio de consulta pública. A construção da Base também contou com a participação de leitores críticos, além de associações e sociedades científicas.

    A realização dos seminários estaduais para a discussão da segunda versão da BNCC vai ao encontro do que determina a Lei 13.005/2014, que estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE). De acordo com a legislação, a União, os estados, os municípios e o DF deverão pactuar a implementação de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a Base Nacional Comum Curricular.

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    Assessoria de Comunicação Social

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