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  • A biodiversidade da Amazônia e a sustentabilidade da região são o alvo de projeto de pesquisa lançado pelo MEC (foto: https://www.imagensporfavor.com)O Ministério da Educação, disposto a estimular projetos de pesquisas na Amazônia e fomentar a formação de doutores na região Norte, lançou edital para o programa Pró-Amazônia – Biodiversidade e Sustentabilidade. As inscrições, prorrogadas, devem ser feitas até 4 de janeiro de 2013, com o envio de projetos e documentação pelos Correios, como estabelece o edital.

     

    Os projetos podem incluir áreas temáticas em agroecologia, água e recursos hídricos, biotecnologia, engenharias, fármacos, recursos pesqueiros, recursos naturais, saúde, segurança alimentar e sustentabilidade dos núcleos urbanos. “Pesquisadores e grupos de trabalho da Amazônia ou da região Norte devem propor projetos que envolvam a formação de recursos humanos”, explica o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães. A Capes é o órgão do MEC responsável por implementar o programa.

     

    As propostas aprovadas serão contempladas com bolsas de iniciação científica, doutorado, pós-doutorado e professor visitante nacional. Terão ainda recursos de custeio para a execução.

     

    É a primeira vez que o MEC lança edital de programa na Amazônia voltado para a área de biodiversidade e sustentabilidade. “A Amazônia precisa de socorro nacional”, afirma Guimarães. “Nossa expectativa é a de que, tendo esse programa, outros organismos e outros ministérios se envolvam para um grande projeto do governo federal na região.”

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

    Confira a página do programa na internet

     

    Ouça o presidente da Capes, Jorge Guimarães

     

  • Ações de proteção de anfíbios da Mata Atlântica que se encontram fora das unidades de conservação custariam, por ano, cerca de R$ 88 milhões ao governo. A estimativa faz parte de um artigo publicado na revista Science Advances por Felipe Siqueira Campos, bolsista de doutorado pleno na Universidade de Barcelona (Espanha) pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

     “Usando anfíbios como alvo de conservação, realizamos um projeto inovador mostrando que os modelos de priorização focados em diversidade funcional, filogenética e taxonômica podem incluir valores de custo-efetivo de terras”, explica Felipe, que assina o artigo junto aos pesquisadores Ricardo Lourenço de Moraes, do Departamento de Ecologia da Universidade Federal de Goiás (UFG); Mirco Solé, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (UescC), e Gustavo A. Llorente, do Departamento de Biologia Evolutiva, Ecologia i Ciències Ambientals da UB.

    O mapeamento apresentado no estudo indica que as áreas consideradas de mais alta prioridade estão principalmente nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. A Mata Atlântica abriga mais da metade dos anfíbios encontrados no Brasil, mas apenas 12,9% dela está preservada. De acordo com os autores, a principal mensagem do estudo é que os custos econômicos de terra podem servir como um mecanismo eficaz de pagamento por serviços ambientais.

    Experiência– Aprimorar o intercâmbio e a cooperação científica é um destaque da experiência de cursar o doutorado no exterior, afirma Felipe, que, nesse período, já participou de cinco congressos europeus. “Durante os quase quatro anos de estudo fora do Brasil, tenho tido a oportunidade de trabalhar e discutir projetos científicos com grandes pesquisadores renomados que vivem ou estavam de passagem por Barcelona, entre os quais pude compartilhar ideias, realizar cursos científicos e agregar vários conhecimentos relacionados com minha linha de pesquisa”, conta.

    Dentro do Departamento de Biologia Evolutiva, Ecologia e Ciências Ambientais da UB, seu local diário de trabalho, o bolsista brasileiro participa de um grupo de pesquisa em herpetologia liderado pelo Gustavo A. Llorente, referência na área. O ingresso neste coletivo foi fator de aumento da produtividade e de novos trabalhos, afirma Felipe. “Até o momento, já produzimos um material de alta relevância científica”, resume o bolsista.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • A biodiversidade do cerrado foi o tema dos trabalhos apresentados pela Escola-Classe 415 Norte, de Brasília, na oitava edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada de 17 a 23 de outubro último. Para realizar suas exposições, tradicionais no evento, a instituição de ensino tem parceria com o Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB).

    Essa associação deu origem ao projeto Conhecendo a Natureza, Defendendo a Vida, coordenado por Lúcia Helena Soares e Silva, professora da UnB, doutora em biologia vegetal. Por meio do projeto, os professores da escola participam de cursos de capacitação em botânica e repassam as informações a cerca de 350 alunos matriculados em turmas da educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental. “A cada ano, novos departamentos têm se agregado a essa parceria, fazendo uma interligação com os temas botânicos”, explica a professora Nailda Rocha, diretora da escola. “Zoologia, artes, física, química e paleontologia são alguns deles.”

    De acordo com a diretora, além da realização de cursos, palestras e workshops, o projeto possibilita aos estudantes a participação em atividades no Viveiro Florestal da Fazenda Água Limpa, da UnB. “Tudo é feito para que a exposição da SNCT seja realmente marcante para as crianças”, diz Nailda.

    Os professores da instituição preparam-se para a SNCT desde o início do ano letivo. Em 2011, eles decidiram que uma das formas de participação dos estudantes seria a apresentação de obras artísticas referentes às melhores exposições de anos anteriores. Os alunos usaram técnicas variadas, como modelagem com argila, cola com terra, papel picado e colado.

    Outro trabalho apresentado foi o de confecção de livros sobre plantas do cerrado, desenvolvido com alunos do segundo ano. A professora titular da turma, Cleide Camargo Barros, acompanhou as atividades, coordenadas por professores e alunos da UnB. Foram feitas visitas ao Parque Olhos D’Água, vizinho à escola, para observação da flora local. Pedagoga, com 25 anos de magistério, Cleide destacou o interesse demonstrado pelos alunos logo na primeira visita. “Eles, por si só, se juntavam para observar e conversar sobre o que viam, sentavam-se e desenhavam”, conta.

    Na segunda visita, reunidos em grupos, os estudantes escolheram e observaram plantas nativas do cerrado. O trabalho teve continuidade, como tarefa de casa, com pesquisa sobre a planta escolhida e desenhos das flores e frutos. Esse trabalho resultou em livros, feitos à mão pelos estudantes, e expostos na SNCT.

    Fátima Schenini

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