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  • Competições, como as de futsal, estão entre as atividades desportivas oferecidas aos estudantes da escola de Palmas, com resultados importantes no processo de aprendizagem (foto: blog do CEM Castro Alves)A motivação inicial do professor de educação física Márcio Ricardo Medeiros Oliveira, ao criar um blog sobre esporte, era a de usar a internet para atrair a atenção de alunos. Três anos depois, e mais de 180 mil acessos, o blog é um sucesso entre os estudantes do Centro de Ensino Médio Castro Alves, em Palmas, Tocantins. Os resultados obtidos na aprendizagem vêm superando as expectativas.

    “É uma ferramenta que pode fazer a diferença no aprendizado dos estudantes”, diz o professor. Criado em 2009, o blog faz parte do projeto Ensino Aprendizagem, Educação em Rede, elaborado por Márcio Ricardo para servir como elo entre o conhecimento e o aprendizado, de modo a contribuir para a abertura de uma perspectiva no processo de conhecimento.

    No blog da escola, os alunos têm acesso ao conteúdo ministrado nas aulas de educação física e a todas as informações disponíveis sobre essa área, com links de acesso total ao conteúdo. Os estudantes também podem conferir notas ou faltas nos diários do professor. O processo de avaliação é feito no próprio blog, com provas postadas de acordo com cada série escolar.

    É possível encontrar, ainda, material sobre temas transversais, como drogas, sexualidade, meio ambiente e benefícios da prática esportiva. “Levar essa tecnologia para a escola foi um desafio”, explica o professor, que precisou criar mais 38 blogs, que funcionam como links do principal.

    Com licenciatura plena em educação física e bacharelado em comunicação social, com habilitação em jornalismo, Márcio Ricardo criou também um link com mais de duas mil fotos de projetos desenvolvidos por outros professores da escola, um mural de recados para os alunos e um espaço destinado aos estudantes de ensino médio, com provas e gabaritos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Hoje, todos os integrantes da escola reconhecem a importância do blog”, destaca.

    Diante do êxito, do interesse e do envolvimento manifestado pelos alunos, o professor espera dar continuidade à ação e buscar inovações que deixem o blog sempre atraente e dinâmico.

    Jogos— Márcio Ricardo também dá aulas e treinamento em basquete e futsal ao estudantes que participam dos Jogos Estudantis do Tocantins. Como a quadra de esportes não tem espaço para espectadores, a escola deu início, este mês, ao projeto Arquipet, destinado à construção de arquibancadas com o uso de garrafas plásticas (pet). O projeto prevê ainda a construção de um depósito para material esportivo, vestiário e mesas para jogos de xadrez e de tênis de mesa.

    Fátima Schenini

    Confira o blog do CEM Castro Alves

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  • A Escola Estadual Dr. Meira Júnior, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, tem em seu blog uma série de informações úteis, com exemplos, sobre as mudanças trazidas pelo novo acordo ortográfico. A escola, de ensino fundamental, tem 1.077 alunos matriculados nos turnos matutino e vespertino.


    “Trabalhar com as novas regras do acordo ortográfico é, para mim, mais um desafio”, diz a professora Roselei Sueli Moraes Pereira. Com 13 anos de magistério, ela atua há um ano e seis meses na escola. Formada em matemática, revela que só começou a se interessar por língua portuguesa — para ela, sempre uma dificuldade — em 2008, quando passou a trabalhar como coordenadora pedagógica. As novas atividades a levaram a cursar pedagogia e pós-graduação em práticas de letramento e alfabetização.


    Com relação ao ensino das novas regras em sala de aula, ela e a professora de língua portuguesa Marta Helena Lima resolveram desenvolver ações para incentivar os alunos a entender as mudanças. Marta distribuiu cópias das novas regras e do material publicado no blog e passou aos estudantes a tarefa de reescrever textos publicados no Caderno do Aluno, distribuído pela Secretaria de Educação do estado. Os alunos também começaram a trabalhar a escrita de textos de sua própria autoria.


    “Com o blog, esperamos contribuir para que mais pessoas incorporem a nova ortografia em suas vidas”, afirma Roselei. Segundo ela, todos os professores da escola têm oportunidade de discutir e estudar as novas regras ortográficas nos horários de trabalho pedagógico coletivo (HTPCs). Eles contam com a ajuda dos quatro professores de língua portuguesa que lecionam naquela instituição de ensino.


    De acordo com Marta Helena, que dá aulas de língua portuguesa a turmas de quinta e sexta séries (sexto e sétimo anos), os alunos começaram a comentar as mudanças na ortografia já no início do ano letivo. “Aproveitei a oportunidade para estabelecer ações e iniciar o ensino das novas regras. O processo é longo e deve ser trabalhado continuamente”, explica. Professora há 20 anos, formada em letras, com habilitação em português-inglês, Marta dá aulas na instituição paulista há dez anos.


    O desafio maior para o ensino das novas regras, segundo Marta, é enfrentado por professores de séries que compreendem os finais de ciclo. “O aluno traz em sua bagagem um aprendizado que sofreu alterações”, observa. Ela afirma ter como aliada, apesar das dificuldades, a curiosidade inerente aos jovens dessa idade.

    Fátima Schenini


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  • O trabalho em duplas ou em grupos é uma forma de facilitar a colaboração entre os alunos desenvolvida pela professora Gisele Miranda. (Foto: Arquivo da Escola)Apaixonada por matemática, a professora Jóice Boff dos Santos, de Três Cachoeiras, no litoral norte do Rio Grande do Sul, não consegue aceitar que os alunos tenham dificuldade de entender e gostar da matéria. Para atrair o interesse dos alunos, ela criou o blog Aprenda Matemática.


    “Se eles gostarem da matemática, vão aprender e se interessar, buscando sempre mais”, diz a professora, que dá aulas a 86 alunos do sexto e do sétimo anos (quinta e sexta séries) da Escola Maria Angelina Maggi, da rede estadual. Professora concursada, com licenciatura plena em matemática e física, Jóice conta que teve a idéia do blog ao concluir o curso de introdução à educação digital, promovido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed) do Ministério da Educação.


    Os alunos participam do blog em aulas no laboratório de informática, tanto para jogar — sempre jogos ligados ao conteúdo trabalhado — quanto para desenvolver atividades determinadas pela professora ou fazer pesquisas sobre o conteúdo a ser estudado. “Estou pensando em criar outro blog para a turma postar os trabalhos”, diz Jóice.


    Ela explica que procura simplificar as aulas ao deduzir as fórmulas, explicar onde o conteúdo será usado, fazer a ligação com a realidade e trabalhar de forma prática, com jogos e material concreto. Além disso, utiliza material didático, como DVD e projetor multimídia, entre outros. “Estou sempre buscando, pesquisando e trocando material com os colegas para que a aula se torne mais produtiva e agradável.”


    Descontração — Em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, a professora Gisele dos Santos Miranda acredita que a criança tem, com a brincadeira, a oportunidade de construir o conhecimento de forma descontraída. Graduada em pedagogia, séries iniciais, com pós-graduação em gestão escolar e alfabetização, ela dá aulas no segundo ano do Colégio Salesiano e em classe de alfabetização na rede de educação do município.


    “Sempre procuro trabalhar com jogos e brincadeiras, em grupos. Os alunos que no início apresentavam dificuldades conseguem, aos poucos, desenvolver as atividades com mais autonomia”, afirma. Gisele salienta que tem a preocupação de planejar a dinâmica das aulas, com momentos de leitura, jogos e trabalhos em grupo e individuais. “A intervenção do professor é muito importante no desenvolvimento da atividade. Assim, consigo perceber com mais clareza o que o aluno ainda não conseguiu compreender e tenho a oportunidade de fazer a mediação individualizada.”


    Quando a proposta é trabalhar em grupo, ela reúne duplas ou equipes por níveis próximos, de forma a facilitar a colaboração entre os alunos. “A interação é uma excelente ferramenta”, afirma. Gisele também usa a internet nas aulas: “Há ótimos sites, com jogos matemáticos que colaboram para o aprofundamento dos conteúdos.”

    Fátima Schenini


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  • A professora Roberta procura variar as atividades desenvolvidas na sala de aula para atrair a atenção dos estudantes para a geografia (foto: acervo da professora)Professora na rede pública e particular da Grande Florianópolis desde 2006, Roberta Althoff Sumar leciona geografia para alunos do ensino fundamental e médio do Colégio Gardner, no município catarinense de São José. Também exerce a função de tutora presencial do curso de pedagogia a distância da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

    Criativa, Roberta, que tem graduação em licenciatura em geografia e especialização em gestão educacional e metodologia do ensino interdisciplinar, procura variar as atividades desenvolvidas na sala de aula, de modo a atrair a atenção dos estudantes para a disciplina. Assim, adota ferramentas tecnológicas, leitura de textos em conjunto com a turma, elaboração de esquemas no quadro, saídas de campo com a professora de ciências e também aulas expositivas.

    “Apesar de estar atenta às novas tecnologias e ter recursos à disposição, uso muito o quadro e direciono os alunos a anotarem no caderno, com a data e o conteúdo de cada aula”, revela a professora. Ela considera isso fundamental no estudo individual dos alunos em casa.

    Para Roberta, a geografia tem a missão de fazer o estudante compreender o mundo e seu papel nele, de modo a se tornar um cidadão critico e participativo. Segundo ela, é difícil mostrar a alunos com situação financeira privilegiada que eles têm responsabilidades com o Brasil. “Tenho dificuldades em fazer com que percebam seu papel na sociedade e o quanto são importantes nas transformações desse lugar”, enfatiza.

    Desde 2007, ela mantém o blog Geoprofessora, com atividades de geografia e dicas para estudantes. É usado também como um arquivo pessoal de trabalho. “Gosto de divulgar as práticas de ensino que realizei, entre outras informações geográficas”, salienta.

    Roberta recebe mensagens de professores do Brasil inteiro sobre prática de ensino de geografia e troca de experiências. “O blog, hoje, conta com mais de 1,6 milhão de acessos”, diz, entusiasmada. Em eleição promovida pelo Portal InfoEnem, o Geoprofessora ficou em terceiro lugar entre os 10 melhores blogs de geografia do país. “Fiquei muito feliz e com um compromisso ainda maior.”

    Desafios— Os estudantes consultam o blog em busca de complemento das aulas e para responder aos desafios propostos. Cada turma tem um link, no qual a professora publica arquivos de aulas e atividades complementares e divulga outros links interessantes. “A cada trimestre, lanço uma questão; os estudantes têm de argumentar e postar a resposta”, explica.

    Na visão de Roberta, apesar de os alunos, muitas vezes, minimizarem a relevância da geografia diante de outras disciplinas, eles gostam da matéria e das aulas. “Converso muito com eles sobre isso, até porque a geografia contribui bastante na relação de assuntos, correlação de teoria e prática”, ressalta.

    Todos os anos, ela desenvolve projetos sobre a América Latina em conjunto com as professoras Mônica Valéria Serena, de espanhol, e Ana Paula Vansuita, de história. Com esse propósito, os estudantes devem elaborar, sobre os países da região, telejornais que mostrem aspectos gerais, localização, fatos históricos marcantes e até mesmo a origem e características do subdesenvolvimento. O registro completo dos trabalhos realizados pode ser conferido em um blog específico, o projeto telejornal.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor
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