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  • A proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNC) de construção horizontal do conteúdo de matemática para a educação básica contribui para solucionar um problema histórico da área: dar mais sentido ao mundo dos números no dia a dia dos alunos.

    Equacionar essa questão é fundamental. Pois, em algum momento da vida, todo mundo passa pela experiência de ter de calcular juros, saber quanto vai pagar no supermercado, conciliar remuneração com gastos, pensar de forma lógica, precisar ler tabelas e gráficos.

    Esse é o princípio da BNC para os próximos anos. Fixar conteúdos para o ensino de maneira a assegurar formação básica comum e aprendizados nacionais e regionais. Dessa forma a BNC contribui para a equidade, ou seja, garante a todos os brasileiros o acesso a um conjunto de conhecimentos considerados essenciais para concretizar seus projetos de vida, além de organizar e dar mais coerência ao sistema educacional.

    O matemático Ruben Klein, do Movimento pela Base, defende que o componente curricular da área avance já na educação infantil. “A criança precisa conhecer números e formas geométricas, triângulo e quadrado”, opina. Para Ruben, fração e reta numérica são conteúdos que também devem ser conhecidos mais cedo pelos estudantes. “Matemática se aprende fazendo. Ao conseguir visualizar, o aluno aprende muito mais”, sugere.

    “Ler é uma questão essencial para a matemática”. Quem ensina é a estudante Eduarda Vieira Cardoso, 14 anos. Ela cursa o primeiro ano do ensino médio na Escola de Ensino Médio Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves, Piauí, e acredita que essa é a fórmula para romper a dificuldade dos alunos com a matéria. “Leio o conteúdo antes da aula para entender melhor. Estudo um pouquinho em casa e encaro o aprendizado de matemática como um desafio que posso vencer”, explica.

    Os integrantes das sociedades científicas de matemática também estão opinando. Inclusive, já realizaram alguns debates entre seus associados, a partir do texto preliminar da Base. Cálculo foi um dos temas mais lembrados pelo grupo como elemento ausente das discussões da Base, até o momento.

    Sobre o grau de complexidade dos objetivos de aprendizagem, o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Manuel Palacios, pondera a necessidade de se definir qual o perfil pretendido do estudante que conclui a trajetória escolar. “Até onde vai a matemática na educação básica? Essa é uma pergunta cuja resposta pode nos orientar nesse trabalho”, pontua.

    Logaritmo – A especificidade da área exige reflexão que aponte para a integração da matéria nas diferentes etapas da vida escolar, além de gestão compartilhada do conhecimento. “Muitas vezes aprendemos uma operação matemática sem nos darmos conta de que estamos aprendendo uma linguagem”, observa o professor Luiz Carlos Menezes, da Universidade de São Paulo (USP).

    Menezes lembra o caso do modelo da escala de Richter, que mede a magnitude de um tremor de terra. “Terremoto 8 na escala Richter não é o dobro de um que registrou 4. Neste caso, a diferença de intensidade é de dez mil vezes porque se trata de uma escala logarítmica, que trabalha com potência. Ou seja, um tem intensidade dez mil vezes superior ao outro. Sem incorporar o aprendizado de logaritmo, não se entende isso”, ensina.

    A lógica do professor Menezes é reforçada por especialistas. “A matemática serve pra compreender a realidade”, reforça o professor Marcelo Câmara, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Marcelo está à frente da equipe de especialistas que trabalharam a redação da proposta preliminar da BNC para a matemática.

    Ao acompanhar a consulta pública da Base, o especialista tem percebido que um caso marcante nas contribuições nessa área tem sido a sugestão para o aprendizado do conteúdo de estatística e probabilidade. “O desenvolvimento da forma de pensar estatisticamente desde o primeiro ano (do fundamental)”, esclarece.

    Marcelo considera a sugestão positiva para a aprendizagem em matemática e acredita que esse exercício, mais tarde, vai permitir, por exemplo, que a pessoa olhe um gráfico no jornal e seja capaz de fazer uma leitura crítica da notícia. Saber se o texto tem intenção de induzir o leitor a uma opinião específica ou não. “A matemática na escola deve servir para desenvolver formas de pensar e não para acumular conhecimentos que muitas vezes não têm relação com a realidade do sujeito. A Base pode ser esse caminho”, conclui.

    Conheça as propostas para a área de matemática no Portal da Base

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

  • O Secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Manoel Palácios, participou nesta sexta-feira, 4, da mesa de abertura do encontro UnB na Base Nacional Comum Curricular (BNC). O objetivo do evento foi permitir que a comunidade acadêmica da Universidade de Brasília (UnB) contribua para a construção do documento que vai orientar o currículo da educação básica no país.

    O objetivo do encontro, organizado pelo Decanato de Ensino de Graduação e pelo Decanato de Extensão da UnB, é levar a comunidade acadêmica, e não apenas as licenciaturas, a participar da elaboração coletiva que caracterizará a nova base. A BNC contempla os conteúdos fundamentais que devem ser ensinados nas quatro áreas de conhecimento (matemática; linguagens; ciências da natureza e ciências humanas). O documento servirá como base para a elaboração dos currículos das mais de 190 mil escolas de educação básica, públicas e privadas.

    Para Manoel Palácios, as universidades são parceiras essenciais nas discussões, uma vez que, além da formar professores, são também responsáveis por realizar pesquisas na área do ensino. “A UnB está fazendo um esforço para que a área de graduação das universidades, especialmente a área que lida com as licenciaturas, com a pós-graduação, se mobilizem no sentido de participar desse debate, fazendo uma contribuição relevante”, ressaltou. Para o secretário, é importante que a Base Nacional reflita a pesquisa e o conhecimento acumulado das universidades.

    A UnB assumiu o compromisso de produzir um relatório de todos os processos de participação. “É uma satisfação enorme, sobretudo pela proximidade, termos essa parceria estratégica com o MEC e nós não abrimos mão da nossa posição nessa discussão indispensável”, afirmou o reitor da universidade, Ivan Camargo.

    Serão produzidos três relatórios sobre a participação da sociedade na construção da Base Nacional: o primeiro será produzido pela UnB e vai trazer quais foram as contribuições, quantas pessoas participaram e que tipo de contribuição deram; o segundo será feito a partir das contribuições apresentadas por estados, municípios e pela sociedade científica, e o terceiro será a proposta a ser encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE).

    Para contribuir: Portal da BNC

    Assessoria de Comunicação Social

    Debate sobre a Base Curricular foca na formação do professor

  • O ministro levou aos deputados os dados apresentados em relatório da OCDE, que mostra o Brasil como um dos países que mais investiram em educação nos últimos anos (Foto: João Neto/MEC)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a Base Nacional Comum Curricular como garantia do direito à aprendizagem a todas as crianças e jovens brasileiros. Ao participar de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 25, ele lembrou que “os melhores sistemas educacionais já construíram uma base comum”.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. “A Base vai significar que qualquer aluno, em qualquer estado, qualquer município, qualquer escola tenha o mesmo direito de aprendizagem, e se mudar de um estado para outro ele tenha o mesmo currículo”, afirmou o ministro.

    Para Mercadante, a Base é fundamental na estruturação da educação básica, com reflexo não apenas no conteúdo a ser aprendido, mas também para orientar a formação de professores, que demanda um debate com toda a sociedade. “Estamos trabalhando fortemente agora, para no dia 2 de dezembro abrir um grande debate em todas as escolas do país, para os professores, diretores, coordenadores pedagógicos, pais, educadores, para que todos que tenham interesse participem desta discussão”, concluiu.

    Investimentos– Mercadante apresentou na Comissão de Educação os dados do relatório Education at a Glance2015, produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento coloca o Brasil entre os países que mais fizeram investimentos públicos em educação nos últimos anos.

    A publicação compara dados de 38 países e destaca que, em 2012, 17,2% do investimento público total brasileiro foram destinados à educação, enquanto em 2005 esse percentual foi de 13,3%. Apenas México e Nova Zelândia tiveram maior proporção do que o Brasil.

    O investimento percentual do produto interno bruto (PIB) em educação também subiu, passando de 2,4% em 2000 para 4,7% em 2012. O investimento médio dos demais países da OCDE é de 3,7%, enquanto o Brasil tem como meta estabelecida no PNE chegar aos 10% do PIB até 2023.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Nova versão do currículo para a educação básica começa a tomar forma em junho (Foto: Mariana Leal/MEC) Mais de 12 milhões de contribuições. Foi com esse número tão expressivo que a consulta pública sobre o documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNC) foi encerrada nesta terça-feira, 15, após seis meses aberta à participação de toda a sociedade brasileira. A metade das colaborações partiu de 45 mil escolas.

    “Essa é uma participação muito expressiva. Eu não tenho notícias de uma consulta pública que tenha mobilizado de forma tão intensa, de forma tão abrangente, a sociedade brasileira, os profissionais da educação e também as comunidades escolares em todo o país”, avalia o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Manuel Palácios.

    Ao todo, mais de 300 mil cadastros foram registrados no Portal da Base. Dentre os cadastrados, 207 mil professores. “Se nós fizermos a soma das contribuições coletivas com a participação individual de professores, nós devemos estar muito próximos da participação de 1 milhão de professores”, acredita Palácios.

    Com o apoio do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), toda a comunidade escolar foi mobilizada em debates que contaram com a participação de alunos, famílias e profissionais da educação, especialmente docentes – o que se refletiu nas contribuições.

    Esses números generosos se somam às mais de 700 reuniões, realizadas em todos os estados e no Distrito Federal, de que a equipe de assessores e especialistas do MEC e da Base participou, para promover a discussão pública. As sociedades científicas, associações profissionais e universidades também contribuíram com o aprimoramento do texto preliminar, enviando suas contribuições e se reunindo com os responsáveis pela redação do documento.

    Cronograma – “Agora em 15 de abril nós queremos dar a público a segunda versão da proposta de Base Nacional Comum. Ainda será uma proposta preliminar, que vai a debate nos estados brasileiros, pra que a gente chegue em junho com um desenho que represente uma grande convergência de todos que lidam com educação básica no país”, diz Palácios sobre a próxima etapa do processo de construção da Base. Em maio, cada unidade da federação promoverá um seminário sobre a BNC, com a participação de professores, estudantes, pesquisadores e suas respectivas equipes técnicas, a fim de garantir ao debate ampla participação e pluralidade.

    Os encontros serão organizados pelas secretarias de educação dos estados, municípios e do Distrito Federal, que deverão encaminhar ao MEC as últimas propostas para alteração do documento.

    “A expectativa é de que essa versão atenda de forma muito expressiva a expectativa de todos os que no país estão trabalhando a favor da construção da Base Nacional Comum Curricular. Essa é a nossa expectativa, conquistar a adesão, realizar da melhor maneira possível o desejo de convergência, de entendimento”, diz o secretário da SEB.

    Em junho, o Conselho Nacional de Educação (CNE) recebe o texto final para avaliação.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

  • A equipe coordenada pela professora Hilda Micarello (quarta, da direita para a esquerda) discute as sugestões apresentadas por indivíduos e entidades (Foto: Isabelle Araújo/MEC) Em consulta pública desde setembro deste ano, o texto preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNC) ainda vai percorrer longa trajetória até alcançar a versão final – que definirá aquilo que brasileiros e brasileiras têm o direito de aprender durante o período da educação básica. Na segunda e terça-feira, 23 e 24, parte desse processo foi discutida entre o grupo responsável pela redação da proposta.

    Sob a coordenação pedagógica de Hilda Micarello, a equipe é composta de 116 especialistas de diferentes universidades e secretarias de educação do país, além de 15 assessores para as áreas de ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática, e tem se reunido periodicamente desde março. O encontro dos últimos dias trouxe para a sede do Ministério da Educação os assessores, que tiveram o primeiro contato com dados da consulta pública. Informações que estão em fase inicial de coleta e análise por equipe da Universidade de Brasília (UnB).

    “O volume de contribuições à Base já é enorme”, disse Hilda, antecipando que a partir de dezembro relatórios mais detalhados começarão a ser analisados por toda a equipe, incluindo os especialistas. A discussão será realizada em seminário, de 16 a 18 de dezembro, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

    Outras faces da consulta pública – Além de levar em conta as contribuições de indivíduos, escolas e entidades de educação lançadas na página da BNC, a equipe de redação da Base contará com a colaboração de nomes acadêmicos reconhecidos em nível nacional. Conforme a coordenadora, já aconteceram reuniões com professores das áreas de matemática e língua portuguesa. As próximas, ainda em novembro, devem ser com os pesquisadores das áreas de educação infantil e história. Em dezembro, será a vez de matérias como arte, educação física, línguas estrangeiras e geografia.

    “Essas reuniões e a produção de pareceres pelos especialistas externos ao processo são uma parte importante da consulta pública, porque são pesquisadores reconhecidos nas suas áreas de atuação, que têm uma projeção em nível nacional e farão, eles também, uma leitura crítica do que está sendo proposto”, afirmou Hilda.

    Conheça a equipe responsável pela redação da proposta da BCN

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Base Nacional Comum Curricular vai estabelecer o que estudantes da educação básica têm o direito de aprender (foto: João Bittar/MEC – 28/11/07)A educação brasileira tem nesta quarta-feira, 2, uma data significativa. É o dia da mobilização nacional em torno da Base Nacional Comum Curricular (BNC). Apresentada em setembro deste ano, a proposta preliminar vem sendo discutida publicamente por meio de sistema on-line. Toda a comunidade escolar e a sociedade civil podem dar contribuições ao texto.

    Com pouco mais de 4 milhões de contribuições aos objetivos de aprendizagem, a Base tem se mostrado, em pouco tempo, um dos movimentos mais bem-sucedidos em torno da educação. Desde setembro, até a última semana de novembro, 137 mil pessoas já se cadastraram na categoria indivíduos, a maioria professores. Ele optaram por participar também de forma individual. Escolas somam, segundo os dados mais recentes do sistema, mais de 21,3 mil. As entidades, que dão sugestões por meio da categoria organizações, são 1.830.

    A BNC proposta segue as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais e, ao final do processo de discussão pública, vai estabelecer o que os alunos da educação básica – que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o médio – têm o direito de aprender. A mobilização já vem acontecendo nos estados e municípios, mas o chamamento nacional em dezembro serve para reforçar junto aos professores, diretores, alunos e pais a importância de participar da construção coletiva do documento.

    “A importância de uma mobilização de caráter nacional vai no sentido de a gente ter, de fato, uma articulação dos entes federados e ter um alinhamento de ações, de trabalhos, no sentido de conseguirmos a maior quantidade possível de contribuições para a discussão da Base Nacional Comum Curricular”, enfatiza o diretor de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Ítalo Dutra. O sistema on-line está aberto para sugestões.

    Campanhas – A fim de sensibilizar todos os envolvidos na discussão, até 2 de dezembro o MEC fará campanha nas redes sociais e nas rádios, lembrando da mobilização nacional pela BNC. Na página da BNC na internet está disponível material de apoio, com sugestões e orientações para as ações nas escolas.

    Assessoria de Comunicação Social

    Matéria republicada com alterações

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  • Há quase 30 anos o currículo da educação básica é tema de discussões e definições no Brasil. Com a apresentação da proposta preliminar da Base Nacional Comum Curricular, em setembro passado, pode até parecer que o assunto é novo, mas há toda uma trajetória anterior.

    Em entrevista ao Portal do MEC, integrantes do Conselho Nacional de Educação (CNE) refazem o caminho até aqui. Márcia Ângela Aguiar e José Fernandes de Lima são membros da comissão responsável pelo parecer sobre o texto a ser apresentado pelo MEC após a incorporação das contribuições apresentadas pela sociedade (o prazo se encerra no dia 15 próximo). Márcia preside a comissão e Lima é o relator.

    Lima considera que “uma nação que se quer soberana tem que, entre outras coisas, ter um sistema de educação”. Para isso, ele diz, é preciso responder a três perguntas: para quem, para quê e como?

    Na Constituição Federal promulgada em 1988, surge a primeira resposta quando se define a educação como direito de todos. “Depois, a Carta diz que é um dever do Estado e da família, que deve ser realizado com o apoio da sociedade e tendo em vista a formação para a cidadania, o crescimento da pessoa e a qualificação para o trabalho. Ou seja, o artigo 205 diz não só para quem, mas também para quê”, complementa Lima, representante da Câmara de Educação Básica na comissão.

    Diretrizes – Como chegar a esses objetivos é responsabilidade dividida entre União, estados e municípios, e o caminho vem sendo construído desde então. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, dá um passo adiante ao colocar o que deve ser tratado no ensino: língua portuguesa, conhecimentos de matemática, do mundo físico e do mundo social. Mas “o maior nível de detalhamento vem com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais (DCNs) produzidas pelo Conselho Nacional de Educação”, explica Lima.

    Nas DCNs, publicadas entre 2009 e 2011 para os ensinos infantil, fundamental e médio, são determinadas as quatro áreas de conhecimento e estabelecidos os componentes curriculares a partir dos quais o texto preliminar da BNC trata. A área de linguagens envolve língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes e educação física. A de matemática tem apenas um componente, a matemática. A área de ciências da natureza engloba conhecimentos de ciências em geral, além de física, química e biologia. A de ciências humanas inclui geografia, história e sociologia.

    “Além desses diretamente colocados, alguns componentes curriculares foram estabelecidos por legislações específicas a partir do Congresso Nacional, tipo o ensino de história da África e do espanhol”, lembra o conselheiro.

    PNE – Essa série de componentes curriculares (ou matérias, como são mais conhecidos), já oferecidos a todos os brasileiros, é o que podemos chamar Base Nacional Comum, aponta Lima. “Portanto, a ideia da Base, mesmo que não tenha esse nome, vem lá da Constituição, passa pelo que está na LDB e se torna mais explícita nas diretrizes”, resume.

    A novidade é que, com o Plano Nacional de Educação (PNE), de 25 de junho de 2014, entre as 20 metas que visam à melhoria da qualidade da educação básica no país para os próximos dez anos, quatro tratam da Base Nacional Comum Curricular.

    Especialmente a meta 2, que recomenda em sua estratégia que o MEC, “em articulação e colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os municípios, até o final do segundo ano de vigência deste PNE” encaminhe ao CNE uma proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os estudantes. Precedida de consulta pública, especifica a lei.

    É assim que chegamos a 2015 com o 1º Seminário Interinstitucional para elaboração da BNC, realizado em junho, que reuniu os assessores e especialistas envolvidos na elaboração do texto preliminar da Base. Em setembro, com o lançamento do Portal da Base, todos os atores que fazem a escola, no dia a dia mas também no seu pensamento e na pesquisa, são convidados a contribuir e ajudar a melhorar a proposta.

    Disputas – Para a presidenta da comissão, conselheira Márcia Ângela Aguiar, a discussão sobre a Base é complexa e se dá num campo de disputas. “Não tem somente uma dimensão, uma visão sobre o currículo. Porque dependendo de como eu concebo a sociedade, a formação humana, a questão do direito, a própria aprendizagem, o conhecimento, a cultura: tudo isso é objeto de visões e interpretações”, diz a professora que representa a Câmara de Educação Superior.

    Para ela, o grande desafio é, além de não se chegar a um currículo meramente prescritivo, pensar nos impactos que a Base trará, por exemplo, “na formação de professores, na gestão, na avaliação e nos materiais”. “É uma discussão muito difícil. Qualquer que seja o ator que diga que é uma discussão fácil, ele não está tendo uma consciência maior das implicações desse campo”, acredita Márcia Ângela.

    Acesse a consulta pública no Portal da Base

    Conheça o histórico legislativo da Base

    Assessoria de Comunicação Social

  • Reunidos em Brasília desde a última segunda-feira, 25, os 13 assessores e parte dos 116 especialistas responsáveis pela redação da Base Nacional Comum Curricular (BNC) começam a desenhar a segunda versão do documento. Agora, o trabalho pôde contar com a análise dos dados da consulta pública até 15 de dezembro, entregue em relatórios produzidos pela Universidade de Brasília (UnB), e com os pareceres dos leitores críticos.

    “Da consulta pública nós temos dados sobre partes do documento em específico, sobre aceitação ou rejeição de determinados objetivos de aprendizagem, observações mais gerais. No conjunto de pareceres de leitura crítica é possível identificar tendências importantes de revisão, tanto dos textos introdutórios como de cada um dos componentes”, explica a coordenadora da equipe de redação da proposta da BNC, Hilda Micarello.

    Segundo ela, já foram recebidos cerca 68 pareceres. Educação infantil, história e geografia são algumas das áreas que já contam com todas as avaliações. Ciências da natureza e língua portuguesa, por exemplo, ainda devem receber as críticas e sugestões dos consultores externos. E como o volume de dados é extenso, o trabalho não se encerra nesse encontro. Entre os dias 17 e 19 de fevereiro haverá outra reunião.

    Transparência –Também em fevereiro, após o carnaval, os relatórios dos pesquisadores convidados pelo MEC a fazer leitura crítica do texto preliminar estarão disponíveis no portal da Base. Segundo Hilda, nem todos poderão ser acessados, porque a publicação depende também da autorização desses leitores críticos, mas a maioria deve estar aberta à consulta dos interessados.

    De acordo com a coordenadora, essa divulgação é importante porque dá visibilidade a outros atores da construção da Base. “Outro dado importante é que permite dimensionar a amplitude desse debate, que é na verdade o ponto mais importante da BNC. O debate público não tem a perspectiva só de legitimar um documento, mas principalmente de colocar em discussão o que se pretende para a educação básica do país”, observa Hilda. A longo prazo, acredita a coordenadora, esses pareceres ajudarão na pesquisa sobre o ensino e a estrutura das diferentes áreas do conhecimento.

    Repertório – O professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Mauro Cezar Coelho, foi um dos especialistas da área de história a participar do encontro desta semana. Para ele, o trabalho com as análises críticas trazidas pelos pareceres é natural do processo de amadurecimento do texto preliminar da Base.

    “Toda a discussão surgida desde que o documento foi lançado é muito positiva, mesmo as polêmicas, os eventuais destemperos, todas essas posições são importantes. A sociedade brasileira conseguiu, de setembro pra cá, discutir questões que não eram discutidas há muito tempo”, considera Mauro Cezar.

    Para ele, em relação à história, um dos aspectos mais positivos da Base é a possibilidade de o Brasil se conhecer. “É importante que as histórias locais sejam estudadas e valorizadas, mas é importante também, para que a gente consiga dialogar e construir políticas públicas, se perceber como parte do mesmo todo, ver na trajetória que ocorreu num ponto distante do meu, mas dentro do Brasil, como parte também da minha trajetória”, analisa o especialista.

    Já a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e assessora da área de língua portuguesa na alfabetização, Isabel Cristina Frade, acredita que uma base nacional nessa etapa escolar, especificamente, “permite um repertório comum ao mesmo tempo que não pressupõe que as práticas sejam iguais”. O que deve impactar, futuramente, na produção dos novos materiais didáticos, na reformulação dos currículos de formação dos pedagogos e nos cursos de letras.

    “A base ajuda na construção de uma alfabetização com conhecimento, dentro de um repertório comum, em torno de o que a gente tem de perseguir pra conseguir uma alfabetização mais ampla para as nossas crianças e nossos adultos”, diz Isabel.

    Até que a nova cara do texto da BNC seja conhecida, há ainda um longo caminho de discussões e ajustes, frisa Hilda Micarello. Ela lembra que a consulta pública segue aberta até 15 de março, no portal da Base.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Em uma sociedade onde informação e comunicação são cada vez mais valorizadas, a capacidade de ler e compreender bem um texto, e saber se expressar com qualidade, tanto na escrita quanto oralmente, torna-se cada vez mais importante na formação escolar dos brasileiros. Na Base Nacional Comum Curricular (BNC), a área de linguagens reúne quatro componentes curriculares: língua portuguesa, língua estrangeira moderna, arte e educação física.

    A Base Nacional Comum Curricular considera na área de linguagens os conhecimentos relativos à atuação dos sujeitos em práticas de linguagem, nas diversas esferas da comunicação humana, da linguagem informal à modalidade formal que algumas situações exigem. Esses conhecimentos possibilitam mobilizar e ampliar recursos expressivos, para construir sentidos com o outro em diferentes campos de atuação, e compreender como o ser humano se constitui como sujeito e como age no mundo social em interações mediadas por palavras, imagens, sons, gestos e movimentos.

    Uma equipe de especialistas nos diferentes componentes já iniciou o processo de revisão da proposta de Base Nacional Comum Curricular, quantificando e analisando as contribuições de escolas, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos. O Ministério da Educação convidou as sociedades científicas brasileiras dos componentes curriculares incluídos na proposta para darem sua contribuição nessa revisão.

    Para a professora Begma Tavares Barbosa, que integra a equipe de revisão no componente língua portuguesa da Base Nacional Comum Curricular, o conhecimento de linguagens acompanha o estudante em todo o período escolar, como instrumento para compreensão dos demais conteúdos. “A capacidade de ler bem e de escrever impacta todo o aprendizado escolar. Na avaliação do Enem, por exemplo, que é essencialmente uma avaliação de leitura e escrita. É o que se espera do estudante depois de 13 anos de escolarização, que ele seja um excelente leitor, que faça o uso competente da escrita”, disse.

    O bom uso da língua portuguesa, explica a professora, implica ser um bom leitor de textos dos informais aos mais formalizados e técnicos.  “Aprender a língua na escola é aprender a ler bem com competência e adequar os textos às normas de produção que os contextos indicam. É dominar as capacidades de leitura, escrita e oralidade, e também conhecer o funcionamento da língua que você usa para ler e escrever com competência.”

    O conhecimento da língua, ainda de acordo com Barbosa, oferece autonomia aos estudantes. “Quando a gente pensa em um projeto de formação de leitores e de usuários competentes da língua, esperamos que possam construir autonomia, que sejam capazes de se envolver em atividades de pesquisa, construir seu aprendizado com autonomia e orientação dos professores”, afirmou a professora. “A perspectiva de você construir possibilidades de igualdade na educação brasileira, principalmente quando você fala na qualidade da educação... formar estudantes com autonomia e cidadania. O que a gente deseja, é que, ao final de 13 anos de escolarização básica, os nossos jovens tenham condição de continuar aprendendo fora da escola”, concluiu.

    Colaborações – Ainda é possível apresentar contribuições à Base. Escolas públicas e particulares, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos têm prazo até 15 de março para fazê-lo. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino, de movimentos e organizações da sociedade civil ou de qualquer cidadão que queira colaborar. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. De acordo com o PNE, a segunda versão da Base, preparada por uma equipe de especialistas a partir da consolidação das sugestões apresentadas, deve ser entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE) até junho de 2016.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

  • Em tempos onde cada cidadão se converte em potencial comunicador nas mídias sociais para o exercício da cidadania democrática, os conteúdos de ensino de geografia, história, religião, filosofia e sociologia se fazem mais importantes do que nunca. Convergentes ou não, os componentes curriculares de ciências humanas na Base Nacional Comum Curricular (BNC) despontam como um campo amplo de aprendizados sobre a relação das pessoas com o mundo atual.

    Na educação infantil, os conteúdos tendem ao lúdico e a conhecimentos sociocognitivos. Ao longo do ensino fundamental, os saberes avançam na percepção dos diferentes tempos e espaços geográficos e históricos. No ensino médio, a continuidade do processo formativo se completa com discussões sobre os saberes humanos e existenciais.

    Mas, como equacionar a área sem dar passos para trás? A expectativa é de que a Base trabalhe com todas essas matérias de forma que haja diálogo crítico e criativo entre os componentes de ciências humanas. A lição pode vir da história, o componente curricular das ciências humanas que mais recebeu contribuições no Portal da Base durante a consulta pública, encerrada no dia 15 de março.

    Até o início deste mês, história chegou à casa do 1.048.386 contribuições recebidas no Portal da Base. Em percentuais, o componente está 22% à frente de Geografia (823.249), segundo lugar em número de intervenções, dentre as matérias de ciências humanas.

     As sugestões apontam, principalmente, necessidade de maior articulação do ensino atual sobre civilizações antigas com o que prevê a Lei 11.645, que trata da obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos nas escolas de ensino fundamental e médio. Outro ponto considerado tão importante quanto é mostrar a integração entre o Brasil e os processos históricos globais.

    “Esses são os principais desafios nossos, adequar as divergências e justificar o porquê dos conteúdos que vão ser incorporados pela Base e os que não vão ser”, avalia a assessora da área de ciências humanas na BNC com foco no componente curricular história, Cláudia Ricci.

    Cláudia considera que o processo desencadeado pela BNC já foi vitorioso por ter suscitado tamanha polêmica com posicionamento de vários estudiosos e especialistas. Segmentos da sociedade civil, associações científicas, acadêmicas e profissionais também fizeram parte do processo de mobilização e indicaram sugestões e contribuições ao documento preliminar de história.

    O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem reiterado nos encontros que tratam da Base que o ensino de história nunca vai tirar o que ele chama de “pertencimento” do Brasil do mundo ocidental e que a disputa política e ideológica é salutar. “O que nós queremos no currículo é que se organize toda essa importante liberdade acadêmica. Não é retirar o que já tem e incluir o que não foi bem contado”, ressalta.

    Conheça as propostas da área de ciências humanas no Portal da Base

    Assessoria de Comunicação Social

  • A fim de chamar a atenção para a importância da Base Nacional Comum Curricular (BNC), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, gravou pronunciamento no qual convida a comunidade escolar e a sociedade civil a participar do Dia da Base. Em 2 de dezembro próximo, as escolas de todo o país devem reforçar as discussões e contribuições à proposta preliminar, que segue em consulta pública.

    “É uma grande oportunidade termos uma Base Nacional Comum. Significa que qualquer estudante, em qualquer lugar do Brasil, em qualquer escola neste país, tem o mesmo direito de aprender. É o direito de aprendizagem”, diz o ministro, na mensagem.

    A BNC é um dos temas mais importantes na educação brasileira, hoje. Por isso, ganhou uma data especial de mobilização.

    Para Mercadante, a Base vai permitir melhorar a formação de professores e “avançar nas avaliações e na produção de material didático em direção a uma escola de mais qualidade”.

    Assessoria de Comunicação Social

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    Dados preliminares da consulta pública são tema de discussão

    Assista ao pronunciamento do ministro sobre o Dia da Base

  • Um dos maiores desafios de construir a Base Nacional Comum Curricular (BNC) é envolver o máximo de escolas na discussão sobre o documento. Para isso, o Ministério da Educação firmou parcerias em busca de uma mobilização constante em torno da Base para, assim, levar mais instituições de ensino e seus atores a participar.

    Na mobilização das redes de ensino em cada unidade da federação, o Ministério conta com o apoio da União Nacional dos Dirigentes da Educação (Undime). Goiás, um dos estados com maior número de instituições cadastradas no Portal da Base, é um exemplo de onde a movimentação vem dando certo.

    Luciana Carniello, coordenadora de projetos educacionais da Undime Goiás, conta que lá os municípios foram divididos em comissões regionais e os dirigentes municipais ficaram encarregados de acompanhar de perto as discussões sobre a Base em cada grupo. “Essas comissões foram criadas para que a gente conseguisse garantir que, de fato, em cada um dos 246 municípios e em todas as escolas municipais, estaduais, institutos federais, escolas particulares, essa discussão fosse assegurada”, explica Luciana.

    Segundo ela, a estratégia foi primeiro formar os gestores das comissões, contextualizando a Base em sua história e importância e apresentando o Portal que recebe as contribuições. Além disso, a equipe da Undime no Estado visitou in loco diversos municípios para promover a BNC.

    “Nós conseguimos 100% das escolas estaduais cadastradas. Quase 80% das escolas municipais também estão. Nós recebemos relatos e relatórios, registros de fotos e vídeos de mobilizações nos munícipios. A gente tem casos de cidades que fizeram audiência pública para apresentar o documento aos professores”, Luciana conta, citando o exemplo de Planaltina de Goiás.

    Durante uma semana, no mês de dezembro, a Secretaria de Educação da cidade no entorno do Distrito Federal reuniu todos os professores da rede para conhecer a Base e discutir cada componente curricular de acordo com a área de atuação dos docentes. Alunos e pais também participaram.

    O estado do Paraná é outro que conseguiu expressiva participação de suas escolas no portal da Base. Segundo Larissa Biassio Rosa, secretária-executiva da Undime local, 48% das escolas do estado estão cadastradas no sistema até agora. Lá, a mobilização aconteceu junto aos dirigentes municipais, que levaram a discussão sobre a Base para suas secretarias, e em nível estadual. Dois encontros reuniram os secretários em Londrina para debater os componentes curriculares e construir um parecer do Estado.

    Formiguinha – Já no Amazonas, um dos estados da região Norte a se destacar no processo de mobilização da Base, o trabalho é de formiguinha. Além de utilizar o centro de mídias da Secretaria de Educação e atingir todos os municípios, chamando atenção dos dirigentes para promoção do debate sobre o documento, a Undime Amazonas tem ido às escolas e usado até aplicativos de conversa instantânea para promover a participação de todos.

    “Onde a escola nos solicita, nós vamos fazer palestra sobre a Base, falando da importância, da estrutura, o que ela pode trazer de benefício e explicando como trabalhar, como discutir a Base. Além de tudo, a gente usa Whatsapp, telefone, e-mail. É um trabalho contínuo”, explica Silleti Lyra, secretária executiva da Undime no estado do Amazonas. Segundo ela, a expectativa é, com a volta às atividades do calendário letivo, envolver cada vez mais escolas nas contribuições à Base.

    Além de atuar na mobilização das redes de ensino, a organização contribuiu indicando profissionais para a equipe de especialistas que compõem o documento com sugestões, que será enviado ao MEC via portal.

    Alcance– Para o presidente da Undime, Aléssio Costa, devido à capilaridade da rede municipal, a organização tem papel fundamental na superação de um dos desafios do debate sobre a Base: a dimensão continental do país. “Só os municípios são mais de 5.500, e cada um tem uma rede própria. É um grande desafio envolver todos esses atores”, ele lembra. Segundo ele, o trabalho de envolver toda a rede municipal de ensino na discussão já está promovendo “excelentes frutos”.

    “O ideal para essas escolas menores é que o município organize momentos coletivos, onde se possa formar grupos de estudo por áreas. Aí você dá a oportunidade de os professores de um mesmo tema socializarem e discutirem com outros o componente curricular”, diz Aléssio, citando o exemplo da iniciativa em Tabuleiro do Norte, no Ceará, onde ele é secretário municipal de educação.

    Para o secretário da Educação Básica do MEC, Manuel Palácios, parcerias como essas permitem um diálogo propício principalmente para os professores, personagens fundamentais na escola e, consequentemente, na Base Nacional Comum Curricular.

    “É uma discussão que tem por fundamento a formação especializada do professor e a sua experiência profissional. Por isso eu digo que a discussão da base fortalece muito a comunidade dos profissionais da educação, na medida em que trabalha para estabelecer uma referência compartilhada por todas”, acredita.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participa de solenidade de comemoração dos 20 anos do CNE (Foto: João Neto/MEC)“Nós estamos com uma mobilização muito intensa, com quase 11 milhões de contribuições, sobre a Base Nacional Comum Curricular, e que será entregue a este plenário para discutir com profundidade os direitos nacionais de aprendizagem”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na abertura do seminário de 20 anos do Conselho Nacional de Educação (CNE).

    De acordo com o ministro, a Base reforça o direito de aprendizagem de todos os estudantes brasileiros, em qualquer região do país e é uma importante ferramenta para a melhoria da educação. “A Base Nacional vai contribuir muito para nós repensarmos a formação docente e para a produção pedagógica no programa do livro didático”, disse.

    Mercadante destacou, ainda, o importante papel do CNE nas discussões sobre as políticas públicas para educação e as importantes inovações que passaram pelo conselho. Entre elas, as novas diretrizes para a qualificação de professores que não atuam nas áreas em que possuem graduação.

    "E quero agradecer ao CNE que, longe de engessar a educação, tem buscado a inovação com qualidade. Ousadia com segurança. Criatividade com compromisso pedagógico e educacional. Muito obrigado. Parabéns por esses 20 anos e que a gente continue assim nos próximos 20”, concluiu Mercadante.

    Ainda na cerimônia de abertura, o presidente do CNE, Gilberto Garcia, destacou o diálogo que vem sendo estabelecido com a sociedade, ao longo dos 20 anos de conselho. “Mais importante tem sido o crescente diálogo com a sociedade brasileira promovido pelo Conselho, no sentido de escutar seus anseios e de descobrir as respostas mais justas e acertadas para o momento brasileiro no respeito à educação como uma função pública, seja ela de iniciativa pública ou de iniciativa privada”, afirmou o presidente.

    Instituído pela Lei 9.131, de 25/11/95, o CNE tem como finalidade colaborar na formulação da Política Nacional de Educação e exercer atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao ministro da Educação.

    O CNE tem por missão “a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade”.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Está na Constituição: a educação no Brasil é direito de todos e dever do Estado e da família, promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Deve visar o pleno desenvolvimento pessoal, exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.

    Amparada nesse princípio democrático, está em construção a Base Nacional Comum Curricular (BNC). O documento servirá de instrumento para alinhar os conhecimentos essenciais aos quais todos os estudantes brasileiros, durante a trajetória na educação básica (da creche ao ensino médio), deverão ter acesso e se apropriar dos conteúdos.

    A gestão compartilhada dessa ferramenta pedagógica foi ampliada para o público em 15 de setembro do ano passado, com a abertura para comentários ao texto preliminar do documento no Portal da Base. O espaço virtual estabelece canais de comunicação e participação da sociedade nesse processo.

    A primeira elaboração da proposta foi escrita por especialistas e assessores do Ministério da Educação. Desde então, o documento vem recebendo também contribuições de escolas, professores, pais e alunos, além de organizações científicas e da sociedade civil.

    A BNC tem suas origens no Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidenta Dilma Rousseff em 2014. No PNE, a Base está representada em estratégias de quatro das 20 metas do Plano. São elas: a estratégia 1.9 da meta 1; a estratégia 2.1 da meta 2; a estratégia 3.2 da meta 3, e a estratégia 7.1 da meta 7.

    Em breve, o texto preliminar da base deve ser encaminhado para a segunda versão da proposta. Se você ainda não tomou conhecimento, agende-se. O dia 15 de março é o prazo final para contribuições públicas à BNC. Aproveite a oportunidade e faça parte da história da educação do país.

    Confira outras informações no Portal da Base

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Portal da Base Nacional Comum Curricular (BNC) publicou os Relatórios Analíticos dos dados das contribuições recebidas durante a consulta pública. Os documentos estão divididos por componentes curriculares e são referentes às primeiras contribuições recebidas, entre 26 de setembro e 15 de dezembro de 2015.

    Os relatórios apresentam uma leitura quantitativa das propostas de inclusão de novos objetivos de aprendizagem ao documento preliminar da Base. A tarefa de análise e categorização das contribuições feitas via Portal tem como principal objetivo valorizar a participação dos milhares de indivíduos, organizações e escolas que se dispõem a fazer uma leitura crítica da versão preliminar da Base. Há sugestões de concepção mais geral, concernentes aos seus vários textos introdutórios, ou voltadas aos objetivos de aprendizagem propostos.

    Os relatórios trazem um texto explicativo sobre o processo de análise dos dados das contribuições, além de tabelas que apresentam esses dados de diferentes maneiras: áreas do conhecimento; etapas da educação básica; componentes curriculares; perfil cadastrado no sistema do portal da base (indivíduos, escolas, organizações); categorias de classificação das contribuições; ano da escolarização para o qual o objetivo de aprendizagem foi proposto.

    Também é possível verificar o número de contribuições e a frequência das avaliações, relativos à clareza, à pertinência e à relevância de cada um dos objetivos de aprendizagem dos componentes curriculares.

    O trabalho de organização e análise dos dados foi feito pela equipe do Data UnB, um dos principais centros de pesquisa de opinião pública do país. Para ler os relatórios analíticos, basta ir ao Portal da Base Nacional Comum Curricular e acessar relatórios na página principal. Lá também estão disponíveis as diretrizes para revisão do documento da BNC e a metodologia para análise das contribuições, além dos pareceres dos leitores críticos.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Portal da Base Nacional Comum Curricular

     

  • Ao lado do reitor da UnB, Ivan Camargo, o ministro Mercadante defende o envolvimento da comunidade nas discussões sobre a Base (Foto: Mariana Leal/MEC)O Seminário Base Nacional Comum Curricular em ação: Formação de atores nacionais, promovido pelo Ministério da Educação, reúne em Brasília representantes das secretarias municipais e estaduais, bem como dos representantes estaduais e municipais nas comissões de mobilização locais, para discussão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O encontro teve início na tarde desta terça-feira, 23, e vai até quinta, 25.

    Esta é a primeira reunião de formação presencial de auxiliares de pesquisa e contará com a participação de 130 pessoas de todas as unidades da federação. A formação busca preparar os agentes locais nos estados para a interpretação dos relatórios de sistematização das contribuições das unidades escolares, colhidas no Portal da BNCC.

    Os relatórios de sistematização serão produzidos pela Universidade de Brasília (UnB) a partir da análise da base de dados coletados no portal, por meio de consulta pública. As informações obtidas servirão para fundamentar a discussão da segunda versão da proposta de BNCC, a ser lançada em abril, que passará por uma rodada de discussões em todas as unidades da federação.

    Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a construção da Base é um marco na história da educação brasileira. “A discussão chegou à sala de aula, está envolvendo os estudantes, está envolvendo a comunidade, está envolvendo especialistas”, afirmou o ministro.

    “Nós temos um imenso desafio na formação de professores. A Base tem que ser um instrumento para nós pensarmos uma licenciatura multidisciplinar, para alimentar os docentes na sala de aula para uma formação continuada e para que a gente possa dar o salto que a educação brasileira necessita”, concluiu Mercadante.

    Colaborações – Ainda é possível apresentar contribuições à Base. Escolas públicas e particulares, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos têm prazo até 15 de março para fazê-lo. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino, de movimentos e organizações da sociedade civil ou de qualquer cidadão que queira colaborar. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. De acordo com o PNE, a segunda versão da Base, preparada por uma equipe de especialistas a partir da consolidação das sugestões apresentadas, deve ser entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE) até junho de 2016.

    Assessoria de Comunicação Social

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