Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • Baseada na experiência com o português e a matemática, que também é voltada para alunos do ensino médio, a 1ª Olimpíada Brasileira de Cartografia (Obrac) está com inscrições abertas até 14 de abril. O evento é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio da chamada para olimpíadas científicas.

    A olimpíada será realizada no período de maio a agosto próximo, com etapas on-line e presenciais. Cada equipe será formada por quatro alunos e um professor. Escolas das redes pública e particular de todo o país podem participar. As inscrições devem ser feitas pela internet.
    Engenheira cartográfica e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Angélica Carvalho Di Maio, presidente da equipe organizadora da 1ª Obrac, explica que um dos objetivos é estimular o interesse dos alunos do ensino médio. “Eles estão na fase de escolher um curso superior e recebem poucas noções sobre a cartografia, que tem uma importância básica para todos os setores da sociedade”, diz. Ela comemora a edição da Conferência Internacional de Cartografia, que vem ao Brasil pela primeira vez. “Isso tudo busca demonstrar a importância de envolver-se na arte, ciência e tecnologia de construção e uso de mapas e informações geográficas.”

    A 1ª Obrac também visa a prover os professores de conhecimento e ferramentas para o ensino dinâmico e participativo em áreas como geografia e matemática, além de promover a socialização entre docentes e estudantes por meio de atividades coletivas e fomentar a formação de recursos humanos para atuação na área de cartografia e geotecnologias.

    Participação — O interesse suscitado pela 1ª Obrac já mostra resultados. O professor de geografia Marcelo Suwabe, do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino de Santos (SP), realiza orientações técnicas para fazer um diagnóstico nas escolas. Os professores se reúnem, elaboram questões sobre cartografia e montam um banco de dados que facilite a seleção de alunos que demonstrem identificação com a área. Além de Santos, ele já trabalhou com professores de Bertioga, Cubatão e Guarujá para a composição de equipes.

    Suwabe também propõe atividades a serem realizadas diretamente com os alunos. Ele divulgou arquivos de áudio nos quais os estudantes podem se inspirar para criar situações e fazer entrevistas temáticas com os professores. “Isso permite abordar questões conceituais da cartografia”, explica. “Num deles, os alunos simularam a movimentação dentro de um apartamento, com todos os sons, para imaginar a distribuição dos móveis no ambiente. Isso pode ajudar a trabalhar noção espacial com deficientes visuais, por exemplo.”

    Curso — A engenharia cartográfica é voltada à obtenção e manipulação de informações de georreferenciamento (localização geográfica dos objetos por meio da atribuição de coordenadas). Os profissionais dessa área desenvolvem seu trabalho em produção cartográfica, tecnologias de informação geográfica e aeroespacial, topografia, hidrografia, aerofotogrametria, navegação e controle de tráfego, entre outras.

    Obras de engenharia civil, como pontes, barragens, autoestradas e linhas férreas, gestão de recursos e ordenamento do território (agricultura, geologia, florestas e ambiente), além de apoio às engenharias industrial e de mineração, são áreas de atuação desse profissional, que deve organizar, projetar, dirigir e fiscalizar a execução de levantamentos topográficos e de medição da terra, profundidade e relevo do fundo dos mares, pesos específicos dos corpos, distâncias ou dimensões, além de preparar material para impressão de mapas.

    Mais informações na página da Olimpíada Brasileira de Cartografia na internet.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Até as 9h deste domingo, 5, a poucas horas da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, 84% dos participantes tinham acessado seu cartão de confirmação da inscrição, que informa o local de prova. Os treineiros – inscritos em busca de uma autoavaliação – têm a maior taxa de acesso: dos 523.415 estudantes nessa condição, 94% conferiram seu local de prova. A menor porcentagem de acesso é entre os ausentes na última edição – participantes que faltaram ao Enem 2016 e se inscreveram novamente no Enem 2017. Dos 499.958 participantes nessa condição, a porcentagem de acesso é de 78%.

    A região Nordeste é a que registra maior porcentagem de acessos, a começar pelo Ceará, com 88,8%. Seguem-se Paraíba (88,2%), Rio Grande do Norte (86,5%), Piauí (86,4%), Pernambuco (86%). O cartão de confirmação está disponível desde 20 de outubro, na página do participante e no aplicativo do Enem. O documento segue disponível para acesso. As provas do Enem começam às 13h30 – horário oficial de Brasília, ao qual devem se adequar os participantes com de estados com fuso diferente.

    Declaração de comparecimento – Uma das novidades do Enem 2017 é a Declaração de Comparecimento impressa pelo próprio participante. A mudança significou uma economia superior a meio milhão de reais, porque o Inep deixou de imprimir duas declarações por pessoa. A impressão do documento é necessária apenas para os participantes que precisam justificar – no trabalho, por exemplo – que fizeram o Enem.

    Apenas 15% fizeram download da declaração de documento para o primeiro domingo de provas. O cartão de confirmação da inscrição só pode ser visualizado após o participante confirmar ter lido o aviso e estar ciente de que é o responsável por levar essa declaração, caso necessite. A declaração para o próximo domingo de provas, 12, será liberada a partir de segunda-feira, 6. 

    O Enem 2017 teve 6.731.300 inscrições confirmadas, 70% delas gratuitas: 48% dos participantes tiveram gratuidade automática por estarem concluindo o Ensino Médio na rede pública em 2017. Outros 22% foram isentos do pagamento da taxa de inscrição em função da Lei nº 12.799/2013 ou do Decreto 6.135/2007.

    Assim como as novas regras para isenção, aplicadas durante a inscrição, o Enem 2017 também tem novas regras para justificativa de ausência. O participante isento que se inscrever, não comparecer e não tiver uma justificativa para a ausência perderá o direito à isenção nas próximas edições do exame. As mudanças nas regras de gratuidade, assim como as de justificativa de ausência, visam garantir a concessão do benefício às pessoas que de fato necessitam, evitando prejuízos com o acentuado volume de abstenções. O exame será aplicado em 12.432 locais de prova, distribuídos em 1.725 cidades brasileiras.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

     

  • No Centro Educacional 30 de Junho, em Serrinha (BA), alunos do oitavo ano participaram de oficina para compreender o uso e a aplicabilidade da cartografia no cotidiano e ampliar as noções de orientação e localização no espaço geográfico (foto: arquivo da escola)Os temas cartografia, tecnologia e internet estão entre os preferidos da professora Taíse dos Santos Alves, em seu trabalho. Há seis anos no magistério, lecionando em escolas municipais, estaduais e particulares de Salvador e de Serrinha, no interior baiano, para alunos do ensino fundamental e médio e da educação de jovens e adultos, ela acredita que a cartografia tem papel e poder imprescindíveis para a ciência geográfica.

    De acordo com Taíse, os mapas são instrumentos sempre presentes para exemplificar conteúdos geográficos como feições do relevo, urbanização e população. Ou seja, os fenômenos ocorridos no espaço produzido pelo homem. No entanto, observa que o mapa, embora rico nas representações espaciais, tem uma linguagem que os professores de geografia ainda não dominam de maneira satisfatória. Assim, deixa de ser explorado e usado nas aulas como poderia ser. “Essa lacuna impede um contingente de alunos de dominar a leitura e a interpretação dos mapas, e isso fica evidente em minhas andanças docentes”, revela.

    A professora diz que começou a se questionar sobre qual tipo de metodologia prática poderia ser empregado para desenvolver nos alunos, pelo menos, noções básicas de orientação espacial. Segundo Taíse, essa articulação foi conseguida a partir do conhecimento que obteve no curso de licenciatura em geografia, com as disciplinas cartografia temática e novas tecnologias. “Nas discussões de ambas atentei para o uso e a aplicabilidade das tecnologias da informação e comunicação articuladas à cartografia”, salienta. Passou, então, a pesquisar o tema na tentativa de criar metodologias e estratégias de aprendizagem para facilitar o entendimento daquela linguagem.

    Para os professores, Taíse indica o Google Maps: “É um aplicativo interativo gratuito, que possibilita ao aluno um passeio virtual por todo o planeta Terra por meio de um mosaico rico de imagens de satélites”, explica. Dentro desse aplicativo, que tem ferramentas como barra de pesquisa (locais a serem pesquisados), informações sobre esses locais (empresas, pontos turísticos etc.), orientação geográfica e escala, é possível conferir as imagens de satélite e mapas, além de mudar para a versão do aplicativo Google Earth. “O uso do mapa pode proporcionar o desenvolvimento dos alunos, respeitando seus interesses, e estimular a pesquisa e a criatividade”, analisa Taíse.

    Oficina — Em 2010, a professora realizou a oficina Cartografia Interativa, no Centro Educacional 30 de Junho, em Serrinha, para alunos das turmas do oitavo ano do ensino fundamental. O trabalho foi desenvolvido para ajudar os estudantes a compreender o uso e a aplicabilidade da cartografia no cotidiano e a ampliar as noções de orientação e localização no espaço geográfico. “A principal atividade com o aplicativo Google Maps foi a construção de mapas mentais pelos alunos. Constituiu-se no ponto chave da oficina”, revela a professora. Os alunos procuraram identificar a escola, suas casas e as principais ruas e avenidas de Serrinha com base na imagem do município obtida pela internet.

    “A oficina foi relevante e prazerosa, pois mostrou, na prática, a aplicabilidade do Google Maps como metodologia de ensino e aprendizagem”, enfatiza Taíse. Em sua visão, foi uma troca de experiência que deu novo significado a sua prática docente: “Essa experiência me fez perceber que buscar alternativas fora do convencional é um desafio e que se permitir tentar, seja errando ou acertando, faz parte do ser e de se fazer professor de geografia”, analisa.

    Taíse aguarda nomeação na rede estadual de ensino da Bahia, enquanto cursa pedagogia e conclui a pós-graduação em educação de jovens e adultos.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor
Fim do conteúdo da página