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  • Com a proposta de educar para a sustentabilidade, a Escola-Parque da Barra promove a cada ano letivo a Semana da Ciência, Cultura e Cidadania (foto: Fátima Schenini)Rio de Janeiro— Os estudantes da Escola-Parque da Barra, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, são incentivados a participar de oficinas e exposições. Assim, ampliam os conhecimentos e compartilham o que sabem com outras pessoas. Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNTC) de 2012, estudantes da instituição, de educação básica, apresentaram experiências científicas na Tenda da Ciência, armada na Fundação Planetário, na Gávea [Zona Sul].

    “A ideia é que os alunos levem a ciência para a rua”, diz a professora Luciana Salles, que dá aulas de robótica no ensino fundamental e médio. Ela explica que os estudantes aprendem a transformar a ciência em algo prazeroso e interessante e a usar linguagem a ser entendida por qualquer pessoa.

    Nos eventos externos, os estudantes também aproveitam o contato com gente e realidades diferentes. “Isso é importante”, ressalta a professora. “Quando forem trabalhar, terão de atuar em equipe e interagir com diferentes pessoas.”

    De acordo com Luciana, a escola está preocupada com a questão ambiental e em educar para a sustentabilidade. Nesse sentido, a cada ano letivo promove uma exposição, a Semana da Ciência, Cultura e Cidadania da Escola-Parque, este ano realizada nos dias 20 e 27 últimos.

    Outra atividade desenvolvida pela escola, na área ambiental, é o Projeto Pantanal. No fim deste mês, estudantes do ensino médio e professores estiveram no Pantanal Mato-Grossense para conhecer a flora e a fauna da região e promover oficinas com a comunidade. Fotografia, cinema, música e projetos sustentáveis, como o sabão feito com óleo de cozinha usado, são alguns dos temas propostos. “Acreditamos que o trabalho de campo deve ser experimentado já a partir do ensino médio, para que os alunos possam ir participando dessa experiência”, enfatiza Luciana.

    Pedagoga, especializada em educação com aplicação da informática, ela está há 20 anos no magistério, 11 dos quais na escola-parque. Ela coordena o projeto Ciência e Arte, que oferece cursos complementares à carga regular das disciplinas de ensino médio, em diferentes áreas do conhecimento. A cada início de ano, os estudantes escolhem as aulas para participar. Cinema, grafite, teatro, projetos sustentáveis e mudanças climáticas são algumas delas.

    Fátima Schenini

  • Além de expor réplicas de obras de Portinari, a Casa da Ciência oferece atividades como oficinas de arte e educação e curso de capacitação para professores de ensino fundamental e médio (foto: Fátima Schenini)Rio de Janeiro — A Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) integrou-se à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, com a exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente. A mostra, com réplicas digitais de telas do artista plástico brasileiro Cândido Portinari (1903-1962), pode ser vista até 16 de dezembro na Casa da Ciência, em Botafogo [Zona Sul], espaço que se dedica à divulgação da ciência e da tecnologia por meio de atividades interativas.

    Além da exposição, a Casa da Ciência oferece atividades paralelas, como oficinas de arte e educação e curso de capacitação para professores de ensino fundamental e médio. “O curso é aberto com uma apresentação de Portinari e sua obra, por meio de uma coleção de pranchas com reproduções, em tamanho menor, das telas da exposição”, revela a coordenadora do Núcleo de Educação, Adriana Vicente.

    As pranchas fazem parte do material enviado às escolas do estado do Rio de Janeiro em um baú, o Bauzinho do Pintor, que contém ainda caderno do professor, caderno de atividades do aluno e o livro Brasil-Atlântico; um País com a Raiz na Mata, de Roberto Cavalcanti. A exposição, itinerante, passa por várias cidades do país, nas quais é oferecido o curso e distribuído o material, nas escolas.

    Formada em pedagogia e em letras, Adriana é mestre em história da ciência. Professora da rede pública estadual desde 1998, leciona português e literatura a alunos de ensino médio do Colégio Estadual Cuba, na Ilha do Governador [Zona Norte]. Leciona ainda no curso de especialização em divulgação da ciência, da tecnologia e da saúde, promovido pela Casa da Ciência, em parceria com o Museu da Vida da Fiocruz e com o Museu de Astronomia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    De acordo com a idealizadora da parte pedagógica da exposição, Suely Avellar, o principal objetivo foi apresentar um recorte da imensa obra de Portinari, com trabalhos realizados em diferentes épocas, capazes de apresentar questões importantes ligadas ao meio ambiente. As obras selecionadas partem de temas centrais, como a relação dos seres humanos com o espaço em que vivem, a água, os recursos minerais, as florestas e a fauna e o equilíbrio entre os seres humanos.

    Licenciada em artes visuais, Suely iniciou o programa educativo do Projeto Portinari em 1997. Desde então, tem criado diversas exposições de réplicas, como Portinari, Arte e Ciência; Portinari, Arte e Meio Ambiente; Drummond/Portinari – Poesia e Pintura; Portinari: num Pé de Café Nasci; Portinari, Imagens do Brasil. “Procuro sempre compor exposições temáticas cujas imagens possam ser usadas nas escolas, em trabalhos de diferentes disciplinas”, explica. Ela recebe muitas mensagens com elogios sobre as exposições.

    Muitos professores apresentam trabalhos interessantes, elaborados pelos alunos a partir do que foi visto nas exposições. “Isso nos incentiva a criar sempre exposições e outros materiais que possam ajudar os professores em seus trabalhos didáticos”, assinala Suely.

    Mais informações na página da Casa da Ciência na internet

    Fátima Schenini

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  • No curso técnico de vestuário do Instituto Federal de Brasília, os alunos descobrem o que é design, sustentabilidade e a observar o que é moda, modismo, arte e artesanato (foto: Fátima Schenini)Peças de roupa produzidas por estudantes do curso técnico de vestuário do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, câmpus de Taguatinga, fizeram sucesso na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada de 17 a 23 de outubro último, na capital federal. As vestimentas apresentadas fazem parte do projeto Moda e Grafite, desenvolvido pelas professoras Camila Rodrigues da Fonseca, que leciona história do vestuário, e Moema Carvalho Lima, especialista em desenho aplicado ao vestuário.

     

    Os trajes foram confeccionados como resposta à exposição Anticorpos, comemorativa dos 20 anos de carreira dos irmãos Fernando e Humberto Campana. Em setembro, durante mostra apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil, também em Brasília, os alunos conheceram o trabalho dos premiados designers brasileiros e foram estimulados pelas professoras a criar peças próprias.

     

    “Quando saímos para visitas técnicas, o aprendizado se amplia”, avalia Camila. Segundo ela, no caso da exposição dos irmãos Campana, os alunos estudaram a carreira dos designers, visitaram a exposição, fizeram relatório e criaram peças com base nas linhas temáticas da exposição. “Minha certeza é a de que todos os alunos estiveram envolvidos e aprenderam muito sobre design, sustentabilidade e outras formas de olhar o que é moda, modismo, arte, artesanato, luxo e lixo”, destaca a professora, há 12 anos no magistério.

     

    Bacharel em moda, com especialização na área de criação e produção, Camila observa que o curso técnico de vestuário estimula os alunos a ser profissionais modelistas e chefes de costura e a montar seus próprios ateliês de prototipia para a confecção de peças-piloto. “Sabemos que o Distrito Federal carece de confecções e queremos não só ofertar mão de obra especializada, mas a visão do microempreendedor”, ressalta Camila, cuja experiência profissional inclui a área empresarial.

     

    Durante as aulas de história da moda, a maior preocupação da professora é transmitir conteúdo não muito teórico e pesado. Para tanto, usa dicionários de época, busca releituras na atualidade, em revistas e filmes, e estimula a criação de figurinos baseados em determinadas civilizações. “Sou apaixonada pela evolução dos trajes, da história das civilizações”, revela. “É a grande direção para que uma coleção seja atrativa para projetos futuros.”

     

    Camila já deu aulas de estilismo, planejamento de coleção, tecnologia têxtil, ateliê de criação e introdução ao design, entre outras disciplinas. Os trabalhos práticos são a marca do ensino-aprendizagem desenvolvido pela professora. Entre os principais projetos está o Longas Metragens na Moda, uma exposição de bonecas sobre a história da moda por meio de filmes. No instituto federal, ela destaca a montagem de um painel fotográfico sobre tribos urbanas, desenvolvido com alunos do curso de formação inicial continuada em produção de moda, e outro, com estudantes do curso de assistente em produtos de moda, sobre filmes alusivos a personalidades como a austríaca Maria Antonieta, última rainha da Franca (1755-1793); a estilista francesa Coco Chanel (1883-1971) e o compositor russo Igor Stravinsky (1882-1971).

     

    A primeira turma do curso técnico de vestuário, com 32 vagas definidas por sorteio, teve início em agosto último. Voltado para alunos que completaram o ensino médio, tem duração de três semestres, seguido de estágio de 160 horas de aula. Concluído esse período, o estudante recebe os certificados de auxiliar de costura e de supervisor de qualidade na confecção.

     

    Cursos similares são oferecidos nos institutos federais de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, e de Erechim, no Rio Grande do Sul.

     

     

    Fátima Schenini

     

     

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  • O ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, deu posse nesta terça-feira, 19, ao novo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Anderson Ribeiro Correia, ex-reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Em seguida, Correia deu posse aos novos conselheiros da agência. A cerimônia contou com a presença do ministro de Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.

    Ricardo Vélez destacou a importância da Capes na formação de professores e afirmou que educação, em ciência e tecnologia, é um ponto primordial para nosso desenvolvimento como nação. “Sem educação e sem educação em ciência e tecnologia, não teremos desenvolvimento. A presença do professor Anderson aqui à frente da Capes é garantia de que nós teremos, nos próximos anos, políticas públicas de muita qualidade para desenvolvermos adequadamente a formação de mestres doutores e, sobretudo, professores que sejam introdutores do amor à ciência e à tecnologia no ciclo fundamental.”

    Ele disse ainda que o adolescente está abandonando a escola porque também não encontra algo interessante em sala de aula. “É porque o adolescente não quer somente conhecimentos livrescos, puramente teóricos. Ele quer prática. Quer tornar realidade aquilo que estuda. E para isso, nada melhor que já incutir, no início do fundamental, a ciência em sala de aula. A prática da ciência e da experimentação em sala de aula é a grande via que leva ao desenvolvimento do nosso jovem, que depois aprofundará esses conhecimentos para virar um profissional”, completou.

    Como primeiras ações à frente da Capes, Anderson Correia anunciou a busca de recursos para lutar pela ciência e educação. “A Capes perdeu muito orçamento nos últimos anos. Atualmente temos um orçamento de R$ 4 bilhões e precisamos usar bem nosso orçamento, mas precisamos também buscar formas de trazer mais recursos. Não só a Capes, mas a Finep [Financiadora de Inovação e Pesquisa] e CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] também precisam de mais recursos para a ciência no Brasil. Todos estão empenhados nesta linha. Os ministros, o presidente e a reforma da Previdência é um caminho para isso. Sanear as contas públicas e buscar mecanismos para buscar investimento na pesquisa.”

    Para o ministro, a presença de Anderson Correia na presidência da Capes é garantia de qualidade na formação de professores (Foto: Luís Fortes/MEC)

    Conselheiros - Logo depois, o presidente da Capes deu posse aos seis novos conselheiros da agência, sendo Mauro Luiz Rabelo (Sesu) e Tânia Leme de Almeida (SEB), do Ministério da Educação. Os outros conselheiros que tomaram posso nesta terça-feira são João Luiz Filgueiras de Azevedo (CNPq), general Barroso Magno (Finep), Márcio de Castro Silva Filho (Foprop) e Otávio Luiz Rodrigues Junior (USP).

    Ciência da Escola - Antes da diplomação, os ministros do MEC e do MCTI se reuniram para discutir o projeto Ciência na Escola, que tem o objetivo de trazer experimentações para dentro da sala de aula. “Dentro desse programa temos universidades e pesquisadores, assim como professores de escolas e alunos, nessa participação conjunta de universidade e escola. Com isso, melhoramos os resultados práticos lá na frente, daqui a 10 anos maior quantidade de pesquisadores, porque temos perdido pesquisadores, o prestígio da ciência e tecnologia, o prestígio dos pesquisadores, as inovações no Brasil. É um programa de base extremamente importante”, afirmou o ministro Marcos Pontes.

    O Ciência na Escola aparece no documento das metas do executivo para os 100 primeiros dias do Governo Federal. Segundo o ministro Ricardo Vélez, a preocupação fundamental no MEC é revitalizar o ensino fundamental e o ensino técnico de segundo grau. “Nesse fortalecimento, vamos ter de introduzir em sala de aula um diálogo, um bate-papo e uma série de práticas que, com a ajuda do Ministério de Ciência e Tecnologia, vamos tornar concretas para os alunos experimentarem, criarem suas rotinas de observação, para que os conhecimentos que recebem em sala de aula não sejam apenas teóricos", concluiu.

    Assessoria de Comunicação Social

  • No Instituto Federal do Sul de Minas, cursos de tecnólogo em cafeicultura e de pós-graduação lato sensu em cafeicultura empresarial estão entre as opções oferecidas aos estudantes (foto: ifsuldeminas.edu.br)O café foi um dos destaques do estande do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas durante a realização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília. No câmpus de Machado, o produto é referência nos cursos de tecnólogo em cafeicultura e de pós-graduação lato sensu em cafeicultura empresarial.

    O público que participou da exposição pôde conhecer o laboratório móvel de ensino a distância nas áreas de produção de café, usado para ensinar aos cafeicultores como obter mais qualidade no produto. Esse laboratório integra a rede e-Tec, iniciativa do Ministério da Educação para a oferta de cursos técnicos a distância e para a formação inicial e continuada de trabalhadores egressos do ensino médio ou da educação de jovens e adultos.

     

    “O laboratório móvel permite ao produtor ver diferentes etapas da produção do café, como a torra, a moagem e o preparo da bebida”, explica o professor Leandro Carlos Paiva, coordenador do curso de tecnólogo em cafeicultura. O produtor assiste a vídeos e palestras, vê fotos que mostram os principais problemas enfrentados na cafeicultura e recebe orientação sobre as formas de evitá-los ou saná-los.

     

    Os cafeicultores também têm a oportunidade de fazer a degustação do produto para observar os efeitos ocasionados por eventuais problemas ocorridos durante o cultivo. “O propósito é obter mais qualidade e mais retorno no preço, gerando sustentabilidade para os produtores”, revela Leandro. Os produtores aprendem ainda a diferenciar as diversas qualidades e defeitos apresentados pelo café de diferentes amostras, por meio de metodologias nacionais e internacionais de classificação. “Trabalhamos desde a adubação, e os cafeicultores realmente são capacitados”, diz Leandro, que é agrônomo, com especialização em cafeicultura, mestrado e doutorado em agronomia e licenciatura plena em agricultura.

     

    No decorrer do processo, os produtores tiram dúvidas com o professor ou com estudantes como Vonilson Almeida Alves, dos cursos de engenharia agronômica e de tecnólogo em cafeicultura. Filho de um pequeno cafeicultor da região, Vonilson sentiu aumentar o interesse pelo produto durante as aulas. Sua meta para o futuro inclui mestrado na área e atividades de consultoria, ensino e pesquisa. “Quero seguir os caminhos do professor Leandro”, salienta.

     

    No câmpus de Machado, localizado em uma fazenda, os estudantes têm à disposição as diversas etapas do agronegócio relativas ao café, como mudas, maquinário, cooperativa e até uma cafeteria. Além dos cursos regulares, o instituto oferece aulas voltadas para atividades de interesse da comunidade, que não exigem pré-requisitos. Assim, é possível participar de cursos de barista (especialista no preparo do café) e que ensinam a torrar e a preparar o café de diferentes maneiras.

     

    Equoterapia — O trabalho desenvolvido pelo Centro de Equoterapia do câmpus de Machado foi outro destaque da exposição do instituto na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Inaugurado em agosto deste ano, o centro oferece atendimento gratuito a pessoas com deficiência. Uma equipe básica do centro, formada por um profissional de equitação, uma psicóloga e um fisioterapeuta, conforme as normas da Associação Nacional de Equoterapia (Ande), atende dez pessoas atualmente, às sextas-feiras.

     

    De acordo com a Ande, a equoterapia é um método terapêutico que usa o cavalo em uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação para o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência. As atividades do centro são acompanhadas por um grupo de 24 estudantes dos cursos de técnico em agropecuária e de engenharia agronômica, liderados pela professora Daiane Moreira. Para esse trabalho, eles recebem treinamento especial. “Os alunos aprendem a lidar com pessoas que apresentam dificuldades especiais, e isso tem gerado uma diminuição de preconceitos”, destaca Daiane.

     

    De acordo com a professora, a participação dos estudantes faz parte da disciplina do curso técnico em agropecuária – atividades de pesquisa, extensão e cultura (Apec), na qual os alunos escolhem uma atividade. Os alunos do curso superior participam por livre escolha, pois a atividade não está ligada a nenhuma disciplina. Com graduação em zootecnia e mestrado em ciências veterinárias, Daiane faz doutorado em zootecnia, com linha de pesquisa em equinocultura. (Fátima Schenini)

     

    Saiba mais no Jornal do Professor, na rede e-Tec e na página do Instituto Federal do Sul de Minas na internet

     

     

     

  • Estudantes e visitantes participaram de mostras de fotografias, vídeos e curtas-metragens, oficinas e conversas com cientistas na programação do Museu da Vida durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Rio (foto: Fátima Schenini)Rio de Janeiro — Em uma ampla área de preservação ambiental, em plena Avenida Brasil, na Zona Norte do Rio de Janeiro, um espaço é dedicado à integração entre a ciência, a cultura e a sociedade. É o Museu da Vida, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), criado para informar e educar em ciência, saúde e tecnologia de maneira lúdica e criativa. Exposições, jogos, peças de teatro e vídeos são algumas das opções oferecidas aos visitantes, gratuitamente, de terça-feira a sábado.

    Durante a nona edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada em todo o Brasil entre os dias 15 e 21 últimos, o Museu da Vida programou diversas atividades. Estudantes, professores e outros visitantes puderam apreciar e participar de mostras de fotografias, vídeos e curtas-metragens, oficinas e conversas com cientistas.

    Um dos maiores destaques da programação, que continua à disposição do público após o encerramento da SNCT, é a exposição O Corpo na Arte Africana. Com 140 obras de arte e 14 fotografias, a mostra pode ser visitada até o início do próximo ano. A exposição foi idealizada a partir da cooperação da Fiocruz com países da África. Além de estabelecer laços nas áreas de educação, pesquisa e saúde, pesquisadores brasileiros de missões da Fiocruz naquele continente formaram coleções de arte, agora expostas. A mostra marca também a abertura do primeiro escritório internacional da Fiocruz, em Maputo, Moçambique.

    Visita
    — O professor Marcius Vinícius Borges Silva, do Colégio Estadual Roberto Lyra, no município fluminense de Seropédica, levou alunos da escola a uma visita ao Museu da Vida. “A principal vantagem de levar estudantes a passeios é difundir o conhecimento”, destaca o professor, que dá aulas de ciências a alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos. No magistério há três anos, Marcius Vinícius é apaixonado pelo que faz e acredita que “todo dia é um novo desafio”.

    Professora no mesmo colégio, Ester Ferreira da Costa leva os alunos a museus, planetários, zoológicos e outros locais. “Uma aula-passeio atrai os alunos”, garante. “E a visualização torna mais fácil o aprendizado.”

    Ester leciona biologia no ensino médio. Há dez anos no magistério, ela pede aos alunos que façam relatórios após cada visita para melhor fixação do que foi visto.

    A coordenadora pedagógica do ensino fundamental da Maple Bear Canadian School, de Niterói (RJ), Priscilla Riddell, também acompanhou um grupo de alunos em visita ao Museu da Vida. “Participamos de visitas sempre que surge uma oportunidade. Elas são fundamentais, pois dão continuidade ao que é visto na sala de aula”, avalia. Com formação em pedagogia e letras, Priscilla está há sete anos no magistério.

    Fátima Schenini

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    Estudantes e visitantes participaram de mostras de fotografias, vídeos e curtas-metragens, oficinas e conversas com cientistas na programação do Museu da Vida durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Rio (foto: Fátima Schenini)

    DESTAQUE/FOTO

    Ciência e tecnologia

    Com o Museu da Vida, Fiocruz
    alia diversão com aprendizado

    Rio de Janeiro, 26/10/2012 — Em uma ampla área de preservação ambiental, em plena Avenida Brasil, na Zona Norte do Rio de Janeiro, um espaço é dedicado à integração entre a ciência, a cultura e a sociedade. É o Museu da Vida, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), criado para informar e educar em ciência, saúde e tecnologia de maneira lúdica e criativa. Exposições, jogos, peças de teatro e vídeos são algumas das opções oferecidas aos visitantes, gratuitamente, de terça-feira a sábado.

    Durante a nona edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada em todo o Brasil entre os dias 15 e 21 últimos, o Museu da Vida programou diversas atividades. Estudantes, professores e outros visitantes puderam apreciar e participar de mostras de fotografias, vídeos e curtas-metragens, oficinas e conversas com cientistas.

    Um dos maiores destaques da programação, que continua à disposição do público após o encerramento da SNCT, é a exposição O Corpo na Arte Africana. Com 140 obras de arte e 14 fotografias, a mostra pode ser visitada até o início do próximo ano. A exposição foi idealizada a partir da cooperação da Fiocruz com países da África. Além de estabelecer laços nas áreas de educação, pesquisa e saúde, pesquisadores brasileiros de missões da Fiocruz naquele continente formaram coleções de arte, agora expostas. A mostra marca também a abertura do primeiro escritório internacional da Fiocruz, em Maputo, Moçambique.

    Visita — O professor Marcius Vinícius Borges Silva, do Colégio Estadual Roberto Lyra, no município fluminense de Seropédica, levou alunos da escola a uma visita ao Museu da Vida. “A principal vantagem de levar estudantes a passeios é difundir o conhecimento”, destaca o professor, que dá aulas de ciências a alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos. No magistério há três anos, Marcius Vinícius é apaixonado pelo que faz e acredita que “todo dia é um novo desafio”.

    Professora no mesmo colégio, Ester Ferreira da Costa leva os alunos a museus, planetários, zoológicos e outros locais. “Uma aula-passeio atrai os alunos”, garante. “E a visualização torna mais fácil o aprendizado.”

    Ester leciona biologia no ensino médio. Há dez anos no magistério, ela pede aos alunos que façam relatórios após cada visita para melhor fixação do que foi visto.

    A coordenadora pedagógica do ensino fundamental da Maple Bear Canadian School, de Niterói (RJ), Priscilla Riddell, também acompanhou um grupo de alunos em visita aoMuseu da Vida. “Participamos de visitas sempre que surge uma oportunidade. Elas são fundamentais, pois dão continuidade ao que é visto na sala de aula”, avalia. Com formação em pedagogia e letras, Priscilla estáv há sete anos no magistério. (Fátima Schenini)

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    Palavras-chave: ciência e tecnologia, SNTC, Fiocruz, Museu da Vida

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  • A presidenta da República, Dilma Rousseff, entregou à matemática e economista Maria da Conceição Almeida Tavares o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia 2011, em cerimônia no Palácio do Planalto, na manhã desta quinta-feira, 17. A premiação é considerada a mais importante do país nesse setor.

    Maria da Conceição é portuguesa naturalizada brasileira, graduada em matemática pela Universidade de Lisboa e em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez mestrado na Universidade de Paris II e doutorado em economia da indústria e da tecnologia pela UFRJ.

    Professora, Tavares lecionou nas universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Latinoamericana de Ciencias Sociales da Argentina, Nacional Autonoma do México, Pontifícia Universidade Católica do Chile e na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Um de seus orientandos foi o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que esteve presente à cerimônia. O ministro da da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, também compareceu. A economista também publicou e organizou mais de dez livros, dezenas de artigos em livros e publicações nacionais e estrangeiras e capítulos em mais de 20 livros.

    Dilma, que foi aluna da homenageada, destacou a importância da professora para o desenvolvimento dos estudos em economia no país. “Este prêmio significa uma justiça e um reconhecimento por toda a sua orientação, que influenciou várias gerações de estudantes e de profissionais brasileiros. Reconhece a contribuição inestimável de nossa professora Maria da Conceição Tavares ao nosso país, por meio de obstinada e vitoriosa militância política institucional”, disse a presidenta.

    O Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia reconhece pesquisadores brasileiros pelo trabalho em prol do avanço da ciência e pela transferência de conhecimento da academia ao setor produtivo. É uma iniciativa do Ministério de Ciência e Tecnologia e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com a Fundação Conrado Wessel e a Marinha do Brasil. Na edição de 2011, o prêmio contemplou a área de ciências humanas, sociais, letras e artes.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Estudantes de licenciatura em letras-inglês do Instituto Federal de Brasília participaram de desafios que envolviam a matemática (Foto: Luís Fortes/MEC)
    O estande do Ministério da Educação na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília, tem diversas atrações para pessoas de todas as idades. As atividades, gratuitas, vão de desafios para serem resolvidos por estudantes dos institutos federais a oficinas de brigadeiro e pipoca gourmet, e uso de impressora 3D. O evento vai até domingo, 29, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.

    No estande do MEC são desenvolvidas atividades durante todo o dia, promovidas pelas secretarias de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), de Educação Básica (SEB) e de Educação Superior (Sesu). O governo do Distrito Federal tem levado estudantes das escolas da rede pública para participarem das ações, que incluem ainda palestras, oficinas e demonstrações de novas tecnologias.

    Uma das inovações apresentadas é um veículo aéreo não tripulado para captura de imagens para uso na agricultura. Luiz Fernando Gomes, mestrando em engenharia aplicada e sustentabilidade no Instituto Federal Goiano (IF Goiano), esclarece que o drone é utilizado para fazer o mapeamento de áreas monitoradas pelos pesquisadores. O objetivo é identificar pragas nas plantações para combatê-las o quanto antes, de preferência com uso de tecnologias menos agressivas do que os defensivos agrícolas tradicionais. “Funciona como um raio-X, que consegue identificar as plantas sadias e as que estão passando por algum estresse, provocado por alguma uma doença ou deficiência nutricional”, explica.  

    A estudante de licenciatura em letras-inglês do Instituto Federal de Brasília (IFB) Fernanda Santos Teixeira, de 19 anos, conta que antes de chegar ao evento sabia apenas que participaria de um desafio. Ela e seus colegas fizeram parte do 5º Desafio de Projetos IFB, que busca soluções para questões da área da educação por meio do uso de tecnologias.

    Os alunos se disseram assustados ao descobrir que o projeto teria que ter alguma relação com a matemática – tema central da SNCT –, mas não pensaram em desistir. “Está sendo uma experiência muito diferente, muito interessante. Foi um salto muito grande para a gente, como estudantes da licenciatura”, conta Fernanda. Os jovens tiveram a ideia de um projeto que aumentasse a participação dos estudantes em sala de aula e os estimulasse, a partir da criação de uma rede social, na qual alunos e professores estivessem em situação de igualdade para debater e estudar os temas das aulas.

    Renê Lima, um dos instrutores do desafio, explica que foram trabalhadas as questões práticas de como pensar um problema e desenvolver uma solução. “Eles mergulharam no contexto da educação do país, pensaram sobre todos os problemas, aplicaram essas técnicas e saíram de lá com um resultado, com uma proposta de trabalho”, detalha.

    Semana – O evento, que começou na segunda-feira, 23, tem como objetivo aproximar a ciência e tecnologia da população, ao promover oficinas, palestras, exposições e jogos que congregam centenas de instituições, a fim de realizar atividades de divulgação científica em todo o país.

    Coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), essa edição da SNCT tem como tema A matemática está em tudo. No estande do MEC, além dos projetos inovadores dos institutos federais, são apresentados trabalhos de alunos e professores de universidades federais e de escolas públicas de educação básica.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A biodiversidade do cerrado foi o tema dos trabalhos apresentados pela Escola-Classe 415 Norte, de Brasília, na oitava edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada de 17 a 23 de outubro último. Para realizar suas exposições, tradicionais no evento, a instituição de ensino tem parceria com o Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB).

    Essa associação deu origem ao projeto Conhecendo a Natureza, Defendendo a Vida, coordenado por Lúcia Helena Soares e Silva, professora da UnB, doutora em biologia vegetal. Por meio do projeto, os professores da escola participam de cursos de capacitação em botânica e repassam as informações a cerca de 350 alunos matriculados em turmas da educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental. “A cada ano, novos departamentos têm se agregado a essa parceria, fazendo uma interligação com os temas botânicos”, explica a professora Nailda Rocha, diretora da escola. “Zoologia, artes, física, química e paleontologia são alguns deles.”

    De acordo com a diretora, além da realização de cursos, palestras e workshops, o projeto possibilita aos estudantes a participação em atividades no Viveiro Florestal da Fazenda Água Limpa, da UnB. “Tudo é feito para que a exposição da SNCT seja realmente marcante para as crianças”, diz Nailda.

    Os professores da instituição preparam-se para a SNCT desde o início do ano letivo. Em 2011, eles decidiram que uma das formas de participação dos estudantes seria a apresentação de obras artísticas referentes às melhores exposições de anos anteriores. Os alunos usaram técnicas variadas, como modelagem com argila, cola com terra, papel picado e colado.

    Outro trabalho apresentado foi o de confecção de livros sobre plantas do cerrado, desenvolvido com alunos do segundo ano. A professora titular da turma, Cleide Camargo Barros, acompanhou as atividades, coordenadas por professores e alunos da UnB. Foram feitas visitas ao Parque Olhos D’Água, vizinho à escola, para observação da flora local. Pedagoga, com 25 anos de magistério, Cleide destacou o interesse demonstrado pelos alunos logo na primeira visita. “Eles, por si só, se juntavam para observar e conversar sobre o que viam, sentavam-se e desenhavam”, conta.

    Na segunda visita, reunidos em grupos, os estudantes escolheram e observaram plantas nativas do cerrado. O trabalho teve continuidade, como tarefa de casa, com pesquisa sobre a planta escolhida e desenhos das flores e frutos. Esse trabalho resultou em livros, feitos à mão pelos estudantes, e expostos na SNCT.

    Fátima Schenini

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  • Estudantes do ensino médio da escola de Niterói organizaram exposição de trabalhos inspirada na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (foto: Fátima Schenini)Rio de Janeiro — O telhado ecológico, ou ecotelhado, foi um dos temas apresentados na exposição organizada pelo Colégio Universitário Geraldo Reis, da Universidade Federal Fluminense (Coluni-UFF), durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Também conhecido como telhado verde ou telhado vivo, por usar cobertura vegetal, o trabalho foi exposto por estudantes do segundo ano do ensino médio da instituição, localizada em Niterói (RJ).

    Outro tema apresentado foi o uso de uma bicicleta para gerar energia. O trabalho coube a alunos do oitavo ano do ensino fundamental. O reaproveitamento de material reciclável foi a opção dos estudantes do primeiro ano do ensino médio. Eles usaram pneus velhos para confeccionar pufes, caixotes de madeira para construir mesas e copos plásticos de café para criar luminárias, entre outros objetos.

    “Quisemos mostrar que é possível decorar a casa e, ao mesmo tempo, cuidar do meio ambiente”, revela a aluna Ana Carvalho Viana. Para Andréa Pimentel, outra participante do grupo, a ideia foi demonstrar que, com criatividade, “é possível fazer coisas legais para ter em casa”.

    Toda a escola se mobiliza para um dia inteiro de atividades internas no decorrer da Semana Nacional. A partir do tema, o professor Fábio de França Moreira, coordenador da atividade, passa aos estudantes os eixos a serem abordados nos trabalhos. Este ano, a mostra foi realizada no dia 17 último, com apresentação de trabalhos relativos a economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza.

    “É possível fazer trabalhos mais elaborados, com alunos mais novos. Basta que eles recebam incentivo e orientação”, analisa o professor, que dá aulas em turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental e do ensino médio. Com mestrado e doutorado em ciências biológicas e licenciatura em biologia, ele está há dez anos no magistério. Sua experiência profissional inclui outras instituições, como a Faculdades Integradas Maria Thereza, onde atua há nove anos. Lá, ele leciona nos cursos de licenciatura em ciências biológicas e pedagogia e bacharelado em biologia marinha.

    Na opinião do professor, dar aulas na educação básica e na superior traz contribuições significativas. “O professor que dá aulas no ensino básico leva coisas importantes para o aprendizado dos alunos de licenciatura, futuros professores”, acredita. “E os alunos do ensino básico também se beneficiam pelo contato com a prática, a parte experimental, os materiais oferecidos.”

    O Coluni oferece aos estudantes a possibilidade de participar do Programa de Iniciação Científica Júnior, conhecido como Pibiquinho. Criado em 2010 para despertar a vocação científica e incentivar talentos entre os estudantes, o programa é uma iniciativa da UFF, liderada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação e pela direção do colégio. Outra opção é o Programa de Inovação, chamado de Pibitinho.

    Fátima Schenini

  • Na exposição promovida no Museu Nacional pelo Centro de Tecnologia Mineral, estudantes e demais visitantes puderam observar, pelo microscópio, diversas amostras de diamantes naturais e sintéticos (foto: Fátima Schenini)Rio de Janeiro — Uma tenda montada na alameda principal do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio de Janeiro, atraiu a atenção durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2012. Durante três dias, de 19 a 21 últimos, ali foram apresentadas atrações como amostras de rochas, minerais e gemas, expostas pelo Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

    Por meio de um microscópio, era possível observar amostras de diamantes naturais e sintéticos. Os visitantes também puderam assistir a experimentos químicos feitos por técnicos do Cetem. Com base na cor, eram identificadas substâncias presentes nas soluções. Os visitantes recebiam um folder com a tabela periódica, ilustrada, e gibis educativos. Wandeca e o que Sai da Mina... A Aventura com o Alumínio era um deles.

    “Visitas e aulas-passeio possibilitam vivência e aprendizado aos estudantes”, diz a professora Mônica Matsumoto, da Escola Municipal Conselheiro Mayrink, no bairro do Maracanã [Zona Norte]. Ela levou alunos do segundo ano do ensino fundamental à exposição.

    “Após um passeio, promovemos uma roda de conversa, trocamos experiências vividas na ocasião e as registramos, por meio de texto coletivo ou individual, além de desenhos e fotos”, detalha a professora. Formada em matemática, Mônica atua no magistério há mais de 15 anos.

    O estande do Cetem apresentou ainda maquetes com soluções inovadoras na área de meio ambiente — aproveitamento de resíduos de rochas ornamentais na pavimentação asfáltica para minimizar impactos ambientais; drenagem ácida de minas de carvão mineral; biorremediação de solos contaminados por derramamento de petróleos e seus derivados por meio de micro-organismos.

    Outro estande que chamou a atenção foi o do Museu Nacional. Com peças selecionadas do acervo da instituição, a mostra apresentou o tema Água para Vida e Água para Todos. Fósseis de animais de várias espécies mostravam que as primeiras espécies viviam na água.

    Fátima Schenini

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  • A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, abriu processo seletivo para a instalação de cinco polos de inovação em institutos federais de educação, ciência e tecnologia. O instituto deve propor projeto de inovação com potencial de desenvolvimento em empresa do setor industrial, com a área de competência definida e que se enquadre nas normas e nos critérios exigidos pelo manual de operação dos polos da Embrapii.

    Cada unidade pode apresentar uma proposta, com plano de ação que contenha a expectativa da captação de projetos de inovação, oportunidades estratégicas de atuação e potencial econômico.

    A chamada pública do processo seletivo contempla duas modalidades de trabalho. A primeira, Polo Embrapii–IF, prevê atuação durante seis anos, sem limite predefinido de financiamento. O investimento econômico será de um terço do valor total do projeto por parte da Embrapii e outro terço das empresas parceiras. A participação dos institutos federais pode ou não ter caráter financeiro. Na segunda modalidade, os polos Embrapii–IF em estruturação terão o período de três anos e limite máximo de financiamento por parte da Embrapii.

    Em ambas as modalidades, os polos de inovação terão liberdade para definir a forma de financiamento do projeto, com base na regra geral de composição. Também devem ser considerados aspectos como risco envolvido, desafio tecnológico e potencial de aplicação da tecnologia.

    Parceria — O secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Aléssio Barros, destaca a importância da parceria entre os institutos federais e a Embrapii para o desenvolvimento do setor industrial do Brasil. “Pela capilaridade no território nacional e pela competência técnica já reconhecida pela sociedade, os institutos federais se apresentam como parceiros estratégicos das indústrias para a realização de projetos e para a formação de técnicos e tecnólogos com a cultura da inovação”, disse.

    Para o diretor de desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, Oiti José de Paula, a iniciativa será um marco na trajetória dos institutos federais. “Trata-se de um momento histórico para os institutos, que agora podem intensificar a contribuição para o desenvolvimento da economia do país”, afirmou.

    O instituto disposto a participar da seleção deve encaminhar carta de interesse ao endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até o dia 24 próximo. O resultado preliminar da seleção será divulgado em 2 de março de 2015, na página da Embrapii na internet.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

  • O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano participou da exposição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, de 21 a 27 de outubro último, em Brasília, com experiências na área de química e de produtos elaborados pelos estudantes, como vinhos. Também apresentou obras publicadas por professores nas áreas de tecnologia, sociologia e ciências humanas.

     

    Aluno da licenciatura em química no câmpus de Petrolina, Edson Reis contribuiu, com demonstrações de experiências científicas, para despertar a curiosidade dos visitantes. Estudante do último ano, ele pretende fazer mestrado e dedicar-se ao magistério. “Considero a química uma das ciências mais aplicáveis ao cotidiano, pois engloba elaboração e ingestão de alimentos e rotinas de higiene e limpeza, por exemplo”, explica.

     

    Para o professor Ednaldo Gomes, que leciona biologia, microbiologia e meio ambiente e desenvolvimento, a participação em um evento como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é importante para fechar o processo de ensino, pesquisa e extensão realizado pela instituição. “Aqui, não apenas mostramos nossa produção, mas nos aproximamos do público e fazemos essa ponte, tão necessária, entre a ciência, a tecnologia e a sociedade, papel primordial das instituições federais de ensino”, destaca.

     

    Com cinco câmpus — Petrolina, Petrolina Zona Rural, Floresta, Ouricuri e Salgueiro —, a instituição oferece cursos variados, como tecnologia em viticultura e enologia, tecnologia em alimentos, tecnologia em horticultura, licenciatura em química, licenciatura em música, bacharelado em agronomia, técnico em agroindústria, técnico em agricultura e técnico em agropecuária.

     

    “Para divulgar a cultura regional, levamos ao evento uma banda de forró, integrada pelos próprios alunos do instituto”, diz Ednaldo. Graduado em ciências biológicas, com mestrado em genética e doutorado em engenharia ambiental, ele está há 12 anos no magistério, três dos quais no instituto.


    Fátima Schenini

     

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  • O jogo da onça, que hoje tanto atrai os estudantes, já era conhecido dos indígenas brasileiros antes da chegada dos portugueses (foto: João Neto/MEC – 22/10/13)Em meio a tantas histórias e curiosidades em exposição durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília, eram as mesinhas com o jogo da onça que mais capturavam estudantes de diferentes idades em um dos estandes montados no pavilhão de eventos do Parque da Cidade. Atraídos pelo tabuleiro, eles sentavam-se para aprender as regras do jogo, conhecido pelos indígenas brasileiros antes mesmo da chegada dos portugueses.

    O jogo, disputado em dupla, exige estratégia. Um jogador fica com a onça e o outro com 14 sementes ou pedrinhas que representam os cachorros. O jogador com a onça deve capturar cinco cachorros enquanto o oponente precisa encurralar a onça e impedi-la de se mover pelo tabuleiro. “Para não ser cercado, fui pelas beiradas e ganhei dos cachorros”, explicou David Patrick, 11 anos, aluno do quinto ano da Escola-Classe 407 Norte. Ele não conhecia o jogo e se divertiu.

    “Como o jogo era muito popular em Portugal, acreditava-se que os portugueses o haviam introduzido no Brasil, mas é um tesouro nacional e revela o contato dos nossos índios com as civilizações mais desenvolvidas da América pré-colombiana”, explica Zenildo Caetano, 52 anos, professor de educação física do Sesc. Segundo ele, os indígenas traçavam o tabuleiro no chão e usavam sementes como peças.

    Zenildo sugere que os jogos, dentro do aspecto lúdico, devem ser explorados pelos professores como prática de recreação. “Os indígenas nos deixaram vários exemplos de atividades lúdicas e esportivas, como o pião, o bilboquê e a peteca. Os estudantes não precisam ficar só no jogo de xadrez, que tem origem indiana”, afirma o professor.

    Em 2006, o jogo da onça e um documentário sobre a forma pela qual era disputado pelos indígenas brasileiros foram enviados a 20 mil escolas públicas próximas a aldeias. Membro de uma sociedade internacional que se dedica ao estudo de jogos, o professor e jornalista Maurício Lima foi o responsável pelo resgate da história. Antes dele, não havia registro de jogo de tabuleiro tipicamente brasileiro. “Em 2001, em Barcelona, levantei a hipótese de que o jogo tinha origem nos indígenas brasileiros”, informa. Após visitar oito aldeias, Maurício descobriu que os mais velhos sabiam desenhar o tabuleiro no chão e jogar.

    Olimpíadas — Além do Jogo da Onça, modalidades esportivas que estarão em evidência nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, ganharam destaque no evento. Os estudantes e demais visitantes puderam observar a evolução da tecnologia nas roupas e nos objetos usados pelos atletas, como a bola de futebol, a raquete de tênis e as bicicletas de competição.

    Um minicampo com grama sintética foi usado por estudantes para praticar esportes. Os visitantes também ouviram explicações sobre os benefícios dos exercícios físicos, como a formação de músculos, e alertas sobre a alimentação correta e ingestão de suplementos alimentares. Na entrada do estande, duas estátuas vivas, com vestimentas gregas, anunciavam a origem dos esportes olímpicos e sua importância na história.

    Rovênia Amorim


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  • Os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, participam nesta quinta-feira, 1º de março, em Brasília, do lançamento do livro Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Competitivo. A solenidade terá início às 15 horas, no auditório do Espaço Anísio Teixeira, no edifício-sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.

    A publicação, editada em parceria pela Capes, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), tem o propósito de contribuir com o avanço tecnológico e inovador do Brasil. Ela foi elaborada por um grupo de trabalho da SBPC, coordenado por Roberto Mendonça Faria.

    Subsidiaram a edição entidades como a Academia Brasileira de Ciência (ABC), Sociedade Brasileira de Física (SBF), Sociedade Brasileira de Microeletrônica (SBMicro) e Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBMicrobiologia), entre outras.

    Assessoria Imprensa da Capes
  • Escolas de ensino fundamental de todo o pais têm reservados espaços para o cultivo de hortas escolares pelos estudantes (foto: João Bittar/MEC – 2/6/10)A merenda escolar, servida nas escolas públicas há 50 anos, vem se transformando em alimento farto para variadas disciplinas. Professores e gestores têm usado a cozinha e a horta para criar práticas pedagógicas e estimular os alunos, tanto na aprendizagem de conteúdos quanto na aquisição de hábitos alimentares saudáveis. Às vésperas do ano da realização da Copa do Mundo, a alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas foram temas de projetos apresentados em todo o Brasil durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, de 21 a 27 de outubro último.

     

    Em Brasília, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) apresentou experiência com a alimentação escolar. Alunos de escolas públicas e particulares puderam participar de oficinas e aprender a elaborar pratos saudáveis. “Durante muito tempo, o foco da merenda escolar era combater a evasão escolar. O legislador entendia que o aluno ia para a escola para comer. Hoje, há um entendimento que a merenda é um processo educativo, de formação de hábitos saudáveis e que deve contribuir para aprendizagem e o rendimento escolar”, observa Albaneide Peixinho, coordenadora-geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

     

    Operacionalizado pelo FNDE, o Pnae é referência para vários países em todo o mundo. O programa permite às prefeituras pagar até 30% a mais por produtos de origem orgânica originários da agricultura familiar. “O foco do Pnae não é dar comida de qualquer jeito, mas oferecer um cardápio equilibrado, elaborado por nutricionista, e envolver professores na alimentação saudável”, acrescenta a coordenadora. “Os professores devem entrar com a teoria para orientar os alunos.”

     

    Desde 2010, escolas e creches públicas são construídas com base em desenho arquitetônico apresentado pelo FNDE. São reservados espaços para o cultivo de hortas escolares. “Com a educação integral, há repasse a mais de recursos para que a merenda escolar assegure pelo menos 70% das necessidades nutricionais diárias dos alunos”, ressalta Albaneide. “Os nutricionistas sabem que essa alimentação deve garantir o gasto calórico a mais de estudantes que serão incluídos em atividades esportivas nessa jornada ampliada da escola.”


    Pirâmide — Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a alimentação saudável foi um dos temas expostos no estande montado em Brasília pelos estudantes do módulo de educação e cultura do Serviço Social do Comércio (Sesc). A base da tradicional pirâmide alimentar passou a ser a ingestão de água e a prática de educação física. Em seguida, os alimentos integrais, como pães, cereais e macarrão, que contêm maior quantidade de fibras, vitaminas e sais minerais. Antes, o segundo andar da pirâmide continha apenas alimentos refinados.

     

    No estande, a turma do curso de análises clínicas explicava as consequências da alimentação desequilibrada e da vida sedentária. “Os obesos têm baixa taxa de HDL, o colesterol bom, e o acúmulo de gordura pode causar entupimento das artérias e até infarto”, diz Julie Cristina Soares, 18 anos. “É preciso evitar comer salgadinhos e sucos industrializados, que contêm altas concentrações de sal e de açúcar.”


    Esportes — No Rio Grande do Norte, a importância do esporte na vida do jovem foi tema de projeto pedagógico desenvolvido neste segundo semestre com estudantes do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Teônia Amaral, em Florânia, a 226 quilômetros de Natal. “Nosso objetivo foi misturar conhecimentos de biologia e educação física para melhorar a saúde dos alunos que estão, nas últimas décadas, desinteressados das práticas esportivas e mais sedentários”, explica a professora de biologia e de química Juraci de Araújo, coordenadora do projeto.

     

    Para envolver a comunidade escolar, foram realizadas atividades teóricas e práticas, que incluíram leitura e pesquisas, rodas de conversas e trilha ecológica. A professora conta que os moradores muitas vezes desprezam o valor nutricional das diferentes frutas, comuns nos quintais das casas. “Ficam comendo biscoitos recheados e enlatados quando, em casa, têm goiaba, manga, banana, acerola, mamão, caju, coco e abacate. Muitas dessas frutas são transformadas em suco e oferecidas aos alunos na merenda”, diz Juraci.

     

    Professor de educação física há 22 anos na escola, João Maria de Souza lamenta a redução da grade curricular para a prática de esportes. “Educação física é movimentar o corpo, espaço e tempo para socialização e aprender regras esportivas”, afirma. “Antes, tínhamos dois dias. Agora, resta apenas um para levar os alunos para a quadra esportiva, pois o outro dia é para ensinar teoria.”

     

    Para o professor, o projeto foi importante para motivar os demais educadores a usar os espaços públicos e desenvolver atividades fora do horário escolar para melhorar a saúde e afastar os jovens das drogas.


    Rovênia Amorim

     

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  • O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou, nesta terça-feira, 20, que houve aumento dos investimentos na área de ciência, tecnologia e inovação no âmbito do governo federal nos últimos anos. Em resposta a manifesto divulgado por entidades do setor industrial e da comunidade científica, que reclamava de cortes, o ministro enfatizou que o documento não considera o aumento de crédito da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – nem ações como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Ciência sem Fronteiras.

    Na visão de Mercadante, um salto qualitativo no setor depende da parceria público-privada, mas, sobretudo, da atitude empresarial. No Brasil, o percentual de investimento público em ciência, tecnologia e inovação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) é de 0,61. O investimento privado é menor: 0,55. “É diferente do que ocorre nos países da OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico]”, disse o ministro. Segundo ele, no Japão, por exemplo, a proporção é de 0,54 (público) e 2,69 (privado). “Isso mostra que o Brasil precisa de determinação empresarial de compromisso com a inovação”, ressaltou.

    Mesmo assim, segundo Mercadante, o Brasil atrai cada vez mais o interesse de doutores e pesquisadores estrangeiros. “Vivemos diáspora de cérebros e o Brasil consegue atrair talentos.” O ministro informou que já foram aprovadas 11,5 mil bolsas pelo programa Ciência sem Fronteiras.

    Mercadante também destacou o salto que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) deram nos últimos anos. De acordo com o ministro, em 2011, foram concedidas 1.212 bolsas de estudo pela Capes e 836 pelo CNPq. Para este ano, a previsão é de 12.388 bolsas da Capes e 6.140 do CNPq, totalizando investimento de R$ 892 milhões.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Emilly Sophia, 7 anos, mostra em cartaz o ciclo de fabricação do lápis, a partir do corte da madeira (foto: ACS/MEC)Em meio à popularização das novas tecnologias do escrever, o lápis sobrevive entre tablets, laptops e celulares. Nas salas de aulas das escolas brasileiras, é material obrigatório no estojo dos estudantes. No entanto, diante de tantas inovações no mundo da escrita, acaba por ter sua importância esquecida, bem como todos os saberes envolvidos no seu uso correto. A experiência em turmas de alfabetização levou a professora Delzanira Maria Monteiro Castelo Branco a “escrever” o projeto Na Ponta do Lápis. Ela leciona na Escola-Classe 61, de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, a 30 quilômetros do Plano Piloto de Brasília.

    Além da forma correta de segurar o lápis, o que evita calos e dores na mão, o projeto, amplo, aborda questões de sustentabilidade ambiental, tecnologia, ciência e artes. “A falta de cuidado com o lápis, o desperdício na hora de apontar e a banalidade, tudo provoca uma inquietação”, explica a professora. Segundo ela, muitos professores não corrigem no momento adequado a empunhadura do lápis, o que compromete a coordenação motora fina. “O lápis é uma ferramenta concreta, permite o toque, o manuseio, uma ação palpável diretamente ligada aos movimentos da mão”, afirma. “Esse processo, até então, a tecnologia não consegue reproduzir.”

    Na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília, os alunos da professora, todos na faixa dos sete anos de idade, “davam aulas” aos curiosos que visitavam o estande da escola. A pequena Emilly Sophia Souto Maior Silva precisou subir numa cadeira para alcançar o cartaz que mostrava o ciclo de fabricação do lápis, desde o corte do pínus em plantios de corte controlado. Para as crianças entenderem esse processo, a professora recorreu a vídeos que mostram a fabricação dos chamados ecolápis.

    Segundo a professora, mesmo que os lápis sejam fabricados a partir de árvores plantadas para isso, as crianças aprendem sobre o consumo consciente e o compromisso com a sustentabilidade. Sentado atrás de uma pequena mesa, no fundo do estande, Jhonata Davi, também da turma do segundo ano, explicava sobre o uso responsável do lápis e a importância de evitar o desperdício. “Qual o maior inimigo do lápis: o homem ou o apontador?”, perguntava, no final da aula sobre consciência ambiental.

    Coleta — Para conscientizar os alunos sobre o desperdício, as crianças receberam a missão de, em duas semanas, recolher lápis no chão e nas lixeiras da escola. Eles conseguiram juntar três caixas de lápis de 12 cores. Muitos ainda grandes e que deveriam estar nos estojos, não no lixo. A tarefa de coleta permanece, agora como hábito, em favor do meio ambiente. Os lápis são reutilizados por professores e alunos.

    A partir da experiência bem-sucedida do projeto, a professora pensa em ampliá-lo. Ela explica que muitos pais não sabem e não são informados sobre a importância de comprar o lápis no formato adequado à etapa de desenvolvimento de coordenação motora fina em que a criança se encontra. A tecnologia, de acordo com Delzanira, incorporou-se no lápis para acompanhar essas etapas. Por isso, eles existem em formatos variados. “O ideal para crianças até cinco anos é o uso do lápis triangular grosso porque permite o encaixe correto dos dedos e facilita a flexibilidade e manuseio”, explica. Na sequência, vem o triangular fino, o hexagonal grosso, o hexagonal fino e o circular ou redondo, que é o último formato indicado.

    “Quero continuar a pesquisa para saber, com mais segurança, a relação do uso de diferentes tipos e formatos de lápis no processo de desenvolvimento da escrita”, diz Delzanira. Ela é formada em pedagogia, com especialização em gestão educacional e empresarial, com docência para o ensino superior.

    Rovênia Amorim

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  • Estudantes e professores que visitarem a 8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a partir desta quarta-feira, 19, até domingo, 23, em Brasília, poderão conhecer e acessar na internet a página da Britannica Escola Online, uma ferramenta criada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, em parceria com a Enciclopédia Britânica. O portal é voltado a crianças de seis a 11 anos e o conteúdo, todo em português, é adaptado à realidade brasileira.

    Dividido nas seções materiais de aprendizado, recursos para o professor, área de pesquisa, como usar e ajuda, a ferramenta oferece recursos para que alunos e professores dinamizem o processo de aprendizado. São oferecidos recursos multimídias, artigos de enciclopédia, imagens, vídeos, atlas do mundo, biografias, jogos, recursos interativos de geografia. No estande, os estudantes podem acessar a página, que possibilita o aprendizado, em todas as disciplinas, de uma forma dinâmica.

    Também estão sendo distribuídas edições da Revista Brasileira de Pós-Graduação (RBPG), do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2011-2020), e a Revista Capes 60 anos. O estande da Capes está localizado no Pavilhão B.

    A 8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é uma promoção do Ministério da Ciência e Tecnologia e acontece em todo o Brasil. Até domingo, 23, data de encerramento da feira, a estimativa é reunir um público total de 170 mil pessoas, com mais de 15 mil atividades, em mais de 540 cidades de todo país. Neste ano o tema dos debates é Mudanças Climáticas, Desastres Naturais e Prevenção de Risco.

    O horário de visitação da feira em Brasília é das 8h30 às 18h30. O evento é gratuito e aberto ao público.

    Assessoria de Imprensa da Capes

    Acesse o portal da biblioteca

    Acesse o programa da 8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

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  • O conteúdo oferecido pelo Canal Ciência inclui banco de pesquisas científicas, galeria de pesquisadores, museus e centros de ciências (foto: Fátima Schenini)Rio de Janeiro — O Canal Ciência, portal de divulgação científica e tecnológica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), esteve representado na Tenda da Ciência, montada no Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro, durante a edição deste ano da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Criado em 2002, o Canal Ciência reúne e oferece produtos e serviços de informação em educação e divulgação científica e divulga resultados relevantes de pesquisas científicas brasileiras.

    Os visitantes puderam conferir o conteúdo oferecido pelo portal, que inclui banco de pesquisas científicas, galeria de pesquisadores — cientistas brasileiros notáveis —, museus e centros de ciências. Há 75 registros, que incluem entidades tão diferentes como o Bosque da Ciência, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus; a Fundação Museu Homem Americano, sociedade civil com sede em São Raimundo Nonato (PI), e o Museu Antártico da Universidade Federal de Rio Grande, em Rio Grande (RS). Blogues, revistas, livros e coleções sobre divulgação e popularização da ciência, além de projetos educacionais e material de apoio didático, como cartilhas, apostilas e jogos, também estão disponíveis no Canal Ciência.

    “É uma ferramenta muito importante para o professor”, avalia Tânia Chalub, doutora e pós-doutora em ciência da informação, integrante da equipe do portal. Segundo Tânia, que faz pesquisa sobre acessos ao Canal Ciência, ele é usado tanto por alunos da educação básica quanto por universitários de todas as regiões brasileiras e também de outros países. O portal, de acordo com a professora, deveria ser mais conhecido pela população para, consequentemente, ser mais bem aproveitado.

    “O Canal Ciência aproveita eventos como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia para se mostrar a professores e alunos”, destaca Bruno Nathansohnn, mestre em ciência da informação. Ele desenvolve trabalho no portal como assistente de pesquisa, oferece suporte técnico e de conteúdo. “O grande trabalho é buscar novos nomes e pesquisar o que colocar no portal”, diz. Bruno ressalta a importância das fontes de informações, que devem ser fidedignas.

    Fátima Schenini

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