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  • Despertar a curiosidade e o interesse de crianças e jovens para a educação por meio de estudos espaciais é o principal objetivo do ciclo de palestras e oficinas do curso de formação continuada sobre astronomia, astronáutica e ciências espaciais realizado pelo Ministério da Educação em parceria com o programa Mais Educação e a Secretaria de Educação do Sergipe. O evento reuniu em Aracaju, de 11 a 13 últimos, mais de 90 professores dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas.

    O curso de formação, com duração de três dias, foi elaborado para fortalecer a educação digital por meio da exploração de recursos do Portal do Professor. A temática espacial permite abordagens interdisciplinares e contribui para o conhecimento escolar, sobretudo nas áreas científicas.

    “O curso proporcionou aos professores um olhar mais crítico sobre conteúdos significativos nas áreas de física, química, matemática e ciências”, disse a professora Jeane Caldas. “Os ministrantes conseguiram com muita competência articular teoria e prática por meio das oficinas de construção de foguetes, bem como experimentos, observações do espaço e a construção de uma proposta de intervenção pedagógica para as escolas.”

    Os professores participantes do curso elaboraram projeto para aplicar nas escolas em que trabalham. “Esse foi o grande diferencial. Assim, chegando a suas escolas, eles poderão coletivamente discutir, melhorar, ampliar, ajustar a realidade e, consequentemente, obter bons resultados em suas ações”, salientou Jeane.

    Outras nove edições do curso estão previstas ainda para este ano. A próxima vai acontecer em Porto Alegre em agosto. Os professores interessados devem procurar a secretaria de educação do estado.

    O Portal do Professor reúne recursos digitais específicos sobre a temática espacial, com sugestões de aulas, recursos multimídia, links e conteúdos da Agência Espacial Brasileira, entre outros. Em 2010, o MEC lançou, no Portal do Professor, a página temática Astronomia, Astronáutica e Ciências Espaciais na Escola. Em pouco tempo, tornou-se a segunda página com maior número de acessos do portal, com registros de consultas em mais de 100 países.

    Uma equipe de professores de educação básica e superior com formação na área espacial produz conteúdos exclusivos para a página e atua como ministrante do curso de formação continuada.

    Paula Filizola

    Matéria republicada com alteração de informações.
  • Um grupo do ensino técnico de Santa Catarina conquistou a chance de estar entre pessoas que pensam e fazem ciência em um dos melhores centros do mundo. Após vencerem um concurso com mais de 4 mil estudantes concorrentes de 175 escolas, alunos do campus Xanxerê, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), na região oeste do estado, terão seu experimento testado pela Agência Espacial dos Estados Unidos, a Nasa. Essa é a história que você vai conhecer na edição desta sexta, 4, do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    “Esse concurso acontece já há 12 anos entre os EUA e o Canadá”, conta Daniel Ecco, professor de matemática do Campus Xanxerê. “Todo ano, eles buscam aproximar as ciências espaciais da educação básica desses países – e, como incentivo, desenvolver alguns experimentos para serem testados na estação espacial internacional. Pelo segundo ano isso aconteceu no Brasil, que é a chamada Missão Garatéa, em parceria com a Universidade de São Paulo [USP] e com a Fundação de Apoio à Física e Química [FAFQ]”.

    Com a ajuda de outros dois professores de química, Daniel coordenou um grupo de quatro alunos do ensino médio técnico integrado em informática no desenvolvimento do projeto de um filtro de barro que atua pela gravidade. Segundo Daniel, quem trouxe a proposta para o Brasil foi o engenheiro espacial Lucas Fonseca, que trabalhou para a Agência Espacial Europeia.

    “Ele voltou ao Brasil e começou aqui a fazer essa aproximação com as escolas, tentar popularizar mais as ciências espaciais, que é algo distante, principalmente das escolas de ensino básico”, relata o professor. “Renata, uma das nossas alunas que é muito interessada sobre astronomia e ciências espaciais, descobriu esse concurso e conversou com mais três colegas. Eles toparam e aí, sim, me procuraram para inscrever a escola e orientá-los. ”

    A partir daí, os alunos começaram a estudar as regras para que pudessem participar do programa. “Foram nove semanas de estudos, [abrangendo] desde o que é a microgravidade, como funciona a estação espacial, como desenvolver o projeto, o protótipo, o que pode e o que não pode”, prossegue Daniel. A cada semana, a equipe recebia material de estudo. Chegou, enfim, a hora de desenvolver o projeto: testar como funcionaria um filtro de barro no espaço.

    “Para se ter uma ideia, o equipamento filtra em torno de 700 ml por hora pela ação da gravidade”, explica o professor. “Por ser um processo lento, ele é considerado um dos melhores filtros do mundo; filtra até esgoto. A ideia da missão era desenvolver algo para ser testado na microgravidade, dentro da estação espacial onde a gravidade é quase nula”. Os alunos quiseram testar se esse filtro também poderia funcionar na ausência  total de gravidade. “Lendo um material sobre capilaridade, nós imaginamos que ele pode, sim, funcionar através dela”, informa.

    Prática – Daniel Ecco detalhou como funciona o processo: “Você pega um balde de água e coloca um pano seco, metade dentro do balde e metade fora. A água vai subir pelo pano. Depois de duas ou três horas, a água vai começar a pingar fora do balde. Esse é o processo de capilaridade. Estando na estação espacial onde você não tem essa direção, se está em cima ou se está embaixo, a gente imagina que a água entrando em contato com o carvão ativado vai passar por ele e vai filtrar mesmo assim”.

    No total, três experimentos foram enviados aos parceiros americanos para que selecionassem um. Para Renata Müller, de 17 anos, integrante do grupo vencedor, a notícia de que tinham sido escolhidos motivou a equipe. “Para nós foi bem impressionante e muito bom”, comemora a estudante. O filtro desenvolvido pelos alunos do campus Xanxerê será testado entre os meses de junho e julho deste ano por um astronauta da Nasa. Um outro modelo idêntico será experimentado nas mesmas condições, mas em solo. Agora, o grupo se dedica a conseguir patrocínio para ir até Washington, nos Estados Unidos, para apresentar os dados comparativos da experiência.

    Assessoria de Comunicação Social

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