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  • Há 12 anos, a prefeitura de Barra Mansa adotou o projeto de música nas escolas, que hoje atende 22 mil estudantes em 72 unidades de ensino (foto: bandabm.blogspot.com)O município de Barra Mansa (RJ) é hoje conhecido no cenário musical brasileiro por ter uma das mais conceituadas orquestras sinfônicas do país. Além disso, grupos, bandas e corais da cidade participam de diversas apresentações e campeonatos, tanto nacionais quanto internacionais, e ganham prêmios com frequência. Isso porque, há 12 anos, a prefeitura decidiu investir em um projeto de música nas escolas, que atualmente atende a 22 mil estudantes em 72 unidades de ensino municipais e cinco estaduais.

    O projeto foi concebido por Vantoil de Souza Júnior, maestro da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa. Em 2003, o regente percebeu que educação e cultura eram dissociadas na cidade. Decidiu então ajudar a mudar esse quadro. Com a experiência de ter atuado como controlador municipal, ele analisou o orçamento da educação e propôs uma melhor utilização dos recursos, de modo a destinar uma parte ao programa de formação musical nas escolas.

    Vantoil lembra que os recursos iniciais do projeto, naquele ano, foram de R$ 70 mil, para compra de equipamentos e capacitação de professores em duas escolas, com 300 alunos. Hoje, o orçamento do programa está em R$ 7 milhões, incluídos patrocínio e parceria de diversas empresas, órgãos e entidades. O atendimento é de 100% da rede municipal, que abrange educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos. A maior parte das escolas (87%) está localizada na periferia da cidade. Localizada no Sul Fluminense, Barra Mansa tem 177,8 mil habitantes, de acordo com o Censo de 2010 do IBGE.

    Carreira — As crianças e jovens atendidos pelo projeto acabam seguindo carreira na música após completar a educação básica. Vários deles, segundo Vantoil, fazem graduação e pós-graduação na área. Outros tornam-se profissionais dos grupos da cidade e de fora. “Sei que não vou ter 22 mil músicos, mas certamente terei 22 mil pessoas educadas, atentas, concentradas e disciplinadas, em boa parte por causa da música”, afirma.

    O regente considera a experiência bem-sucedida, em especial por ter reduzido a ociosidade dos estudantes de baixa renda. “Conseguimos diminuir a delinquência infanto-juvenil, melhorar o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) das nossas escolas, dar visibilidade ao município no cenário musical, aumentar o turismo e gerar renda”, afirma.

    O caso de Barra Mansa será apresentado no 1º Congresso Internacional de Gestão da Inovação no Setor Público (Cigisp), de 15 a 17 de abril, em Brasília. O evento tem por objetivo compartilhar experiências práticas de sucesso relacionadas à educação e à administração pública. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas na páginado Cigisp na internet.

    Letícia Tancredi

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  • No encerramento do Cigisp, o secretário Wagner Vilas Boas destacou que várias instituições da área de ensino federal já implementam experiências inovadoras: “O próximo passo é avaliarmos e medirmos a implantação das ideias apresentadas na coletânea” (foto: Isabelle Araújo/MEC)O Congresso Internacional de Gestão de Inovação da Educação no Setor Público (Cigisp), que terminou na manhã desta sexta-feira, 17, reuniu mais de 600 pessoas em três dias. No evento foram discutidas 19 experiências inovadoras em gestão na educação de instituições brasileiras, americanas e europeias.

    O Cigisp surgiu como consequência do sucesso do Prêmio Ideia – Desafio da Sustentabilidade, organizado no ano passado pelo Ministério da Educação. A iniciativa teve a participação de mais 13 mil pessoas. Durante o congresso, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, lançou uma coletânea com as 120 melhores ideias oriundas do Desafio Sustentabilidade, para redução dos gastos das instituições com água e energia elétrica.

    Para o secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas, coordenador do congresso, o Cigisp procurou influenciar a percepção sobre a gestão pública. “A administração pública está evoluindo, nós temos muito espaço para inovação”, disse.

    Vilas Boas destacou que várias instituições das redes federais de ensino já estão implementando experiências inovadoras para o uso mais racional dos recursos. “O próximo passo é avaliarmos e medirmos a implantação das ideias apresentadas na coletânea”, disse. “Precisamos verificar a efetividade dessas ideias, o quanto elas trazem de redução de gastos para que, como o ministro disse, possamos investir na qualidade da educação.”

    Segundo o professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla) Paulo Henrique Bermejo, palestrante no congresso, há o desejo de buscar novas maneiras de fazer a gestão e fazer a educação e o ensino básico, técnico e superior no Brasil. “Nossa ideia é continuar fomentando o desejo do setor público em todos os níveis — federal, estadual e municipal —, de buscar novas formas de governar apresentando casos de sucesso e buscando a maior profissionalização dos gestores por meio de iniciativas de formação”,  disse.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Compartilhar experiências de sucesso é o objetivo do 1º Congresso Internacional de Gestão da Inovação no Setor Público (Cigisp), de 15 a 17 de abril, em Brasília. As inscrições, gratuitas, já podem ser feitas na página eletrônica do evento.

    “A proposta do encontro é mexer com os gestores da educação e de outros setores, incentivá-los a fazer a diferença”, destaca Wagner Vilas Boas de Souza, secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação. Segundo ele, o congresso tem três pilares: a premiação dos vencedores do Prêmio Ideia – Desafio da Sustentabilidade, de boas práticas de redução de gastos com água e energia elétrica nas instituições federais de educação superior; o lançamento de cartilha com ideias inovadoras relacionadas à sustentabilidade também nas redes federais e a divulgação de casos de sucesso.

    O Cigisp consistirá em um fórum para apresentação, discussão e promoção das inovações no setor público. Na sessão principal serão mostrados os casos de destaque, apresentados por gestores e pesquisadores líderes em seus campos de atuação. Na sessão de workshops, haverá debates e exposições de trabalhos.

    Organizado pelo Ministério da Educação, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla) e com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o encontro terá logo na abertura a entrega do Prêmio Ideia. Ao todo, 13.452 pessoas cadastradas apresentaram 18.277 propostas referentes à busca de soluções para a redução dos gastos com água e energia elétrica nas instituições federais de ensino.

    A Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) foram as duas instituições vencedoras. Participaram representantes das 63 universidades federais e das 41 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

    Inscrições e mais informações na página do 1º Cigisp na internet.

    Letícia Tancredi

  • No Congresso Internacional de Gestão de Inovação da Educação do Setor Público (Cigisp), que termina nesta sexta-feira, 17, em Brasília, o presidente da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Gleisson Cardoso Rubin, apresentou um balanço das duas décadas do Prêmio Enap de Inovação de Gestão Pública. Ele revela que Ministério da Educação é o órgão federal que mais inscreve projetos inovadores, seguido do Ministério da Saúde.

    Como primeira colocação no concurso, o MEC tem o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb), em 2009, e o Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Simec), em 2008. Mas o convívio com o prêmio vem de muito antes. Em 1998, foi o vencedor com o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

    Em 2013, porém, o segundo lugar ganhou mais visibilidade. Enem – da Crise em 2009 ao Novo Modelo de Monitoramento de Processos e Gestão de Riscos. Consolidado a cada ano, com previsão de 10 milhões de participantes em 2015, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) precisa de um projeto que neutralize ainda mais os perigos. “O exame assume proporções imensas, não é processo trivial, daí a importância dessa forma de monitoramento”, diz o presidente da Enap.

    Vencedores — Além do lançamento da 20ª edição, o Concurso de Inovação na Gestão Pública Federal, promovido pela Enap, divulgou no início deste mês a classificação dos dez projetos vencedores de 2014, que podem ser conferidos na página do prêmio na internet.

    Ao longo dos anos, dentre as iniciativas ganhadoras estão projetos de notoriedade. Entre eles, em 2001, o de Compras Governamentais, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que põe à disposição dos cidadãos avisos de licitação, contratações, execução de processos e negociações. No ano seguinte, o do Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União, que dá acesso a informações sobre a aplicação de recursos e sobre fiscalização.

    Valorização — Um dos objetivos do concurso é a valorização de serviço e dos servidores públicos. “Os trabalhos não são fruto de consultores contratados, mas de equipes de servidores”, esclarece Rubin.

    O prêmio, que também tem como objetivos a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos e a disseminação de soluções inovadoras, tem marcado caráter social — as instituições que inscrevem a maioria dos projetos são ligadas a essa área.

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  • Ao participar da abertura do Cigisp 2015, o ministro Janine Ribeiro salientou que o país, ao economizar recursos em despesas correntes, pode investir na educação: “Essa agenda vai além do político, vai para a agenda da vida” (foto: Isabelle Araújo/MEC)O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, defendeu nesta quarta-feira, 15, o fim da tolerância com o desperdício na administração pública. “Temos de mudar a concepção e saber que os recursos economizados em despesas correntes são mais recursos para investir na educação”, disse, ao participar do Congresso Internacional de Gestão de Inovação da Educação no Setor Público (Cigisp). “Esta agenda vai além do político, vai para a agenda da vida.”

    Aberto também nesta quarta-feira, o Cigisp de 2015, organizado pelo Ministério da Educação, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla) e com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), visa a compartilhar experiências bem-sucedidas nas áreas de inovação e sustentabilidade. O encerramento está previsto para sexta-feira, 17.

    Entre as iniciativas destinadas a melhorar o uso de recursos, Janine Ribeiro destacou o Prêmio Ideia – Desafio da Sustentabilidade, de boas práticas de redução de gastos com água e energia elétrica nas instituições federais de educação superior. Ele anunciou o lançamento de cartilha com ideias inovadoras relacionadas à sustentabilidade também nas redes federais de ensino e a divulgação de casos bem-sucedidos.

    Eficiência — O ministro também assinou portaria que determina a órgãos e unidades da administração direta e indireta do Ministério da Educação a integração de esforços para o desenvolvimento de ações destinadas à melhoria da eficiência no uso racional dos recursos públicos. Entre os objetivos da portaria estão promover a sustentabilidade ambiental, econômica e social na administração pública; melhorar a qualidade do gasto público pela eliminação do desperdício e pela melhoria contínua da gestão dos processos; incentivar a implementação de ações de eficiência energética nas edificações públicas; estimular ações para o consumo racional dos recursos naturais e bens públicos; garantir a gestão integrada de resíduos pós-consumo, com a destinação ambientalmente correta; melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho; reconhecer as melhores práticas de eficiência na utilização dos recursos públicos, nas dimensões de economicidade e socioambientais; compartilhar experiências práticas de sucesso, instruir, disseminar e promover o desenvolvimento de processos inovadores relacionados à educação e à administração pública em geral.

    Prêmio — O primeiro dia do Cigisp também contou com a entrega dos prêmios do Desafio da Sustentabilidade, iniciativa do Ministério da Educação, por meio da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento (SPO). A consulta pública teve mais de 18 mil ideias inscritas.

    Entre as instituições da rede federal, foram classificadas em primeiro lugar — prêmio de R$ 3 milhões — a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). A Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) ficaram com o segundo lugar em suas respectivas categorias e receberão R$ 1 milhão cada um. Os prêmios devem ser investidos na implementação de projetos de sustentabilidade.

    Entre os participantes pessoa física, o prêmio de primeiro lugar do desafio Como Reduzir os Gastos com Consumo de Água nas Instituições Federais de Ensino? ficou com Fábio Rocha Barbosa, professor doutor da UFPI, na área de engenharia elétrica. No desafio Como Reduzir os Gastos com Consumo de Energia Elétrica nas Instituições Federais de Ensino?, o vencedor foi Lucas Cruz Sousa, estudante de engenharia elétrica da UFPI.

    Assessoria de Comunicação Social

  • De acordo com o reitor José de Arimatéia Lopes, a UFPI está atenta às questões ambientais: “Este ano, foram criadas a divisão de meio ambiente e a comissão interna de consciência de energia” (foto: Mariana Leal/MEC)Como grande vencedora do Prêmio Ideia – Desafio da Sustentabilidade, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) mostra como a iniciativa pode contribuir para a conscientização da comunidade acadêmica sobre temas relacionados à preservação do meio ambiente. O Prêmio Ideia destaca boas práticas de redução de gastos com água e energia elétrica nas instituições federais de educação superior.

    De acordo com relato do reitor José de Arimatéia Dantas Lopes, durante o Congresso Internacional de Gestão de Inovação da Educação no Setor Público (Cigisp), a UFPI cresceu acima da média nacional durante a última década, mas somente agora começou a se preocupar com a questão da sustentabilidade. “Neste ano de 2015, foram criadas a divisão de meio ambiente e a comissão interna de consciência de energia”, disse. “Isso mexeu com a comunidade e tem motivado a apresentação de propostas e ideias para aplicarmos na UFPI.”

    A participação da comunidade universitária no Desafio da Sustentabilidade garantiu o primeiro lugar à UFPI e também a maioria dos prêmios individuais. Para alcançar tal desempenho, a universidade investiu em campanhas de conscientização nos campi — Teresina, Floriano, Parnaíba, Bom Jesus e Picos. O reitor lembra que o movimento fez a universidade ganhar muito mais que o prêmio em dinheiro. “Se não fosse o prêmio, o trabalho de conscientização sobre sustentabilidade e meio ambiente demoraria mais”, disse.

    Todo o engajamento garantiu o prêmio máximo, de R$ 3 milhões, a ser investido em projetos que contribuirão para a redução do consumo de água e energia. José de Arimatéia afirmou que os recursos serão usados para equipar e melhorar a infraestrutura do laboratório de eficiência energética e começar a instalação de placas fotovoltaicas. “Para que possamos colocar a energia solar na matriz energética dentro da universidade”, disse. Além disso, a universidade vai adquirir lâmpadas led, que proporcionam mais economia, e trocar velhos aparelhos de ar condicionado por outros, mais eficientes.

    Assessoria de Comunicação Social

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