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  • Combater a violência contra a mulher também é questão de educação. Por isso, algumas universidades têm trabalhado para conscientizar homens e acolher mulheres vítimas de violência motivadas por questão de gênero, especialmente, no Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira, 8. A data marca a luta por direitos iguais.

    Dentro dessa perspectiva, a Universidade Estadual do Ceará (Uece) inaugura o Núcleo de Acolhimento Humanizado às Mulheres Vítimas de Violência (NAH). O centro vai atuar como um ponto de apoio jurídico e psicológico para mulheres que tenham sofrido algum tipo de violência dentro da instituição. Lá, elas receberão atendimento e serão orientadas sobre quais providências devem tomar e quais locais devem procurar.

    O vice-reitor da Uece, professor Hidelbrando dos Santos Soares, explicou que o núcleo é resultado da identificação de diversas denúncias de violência praticadas contra mulheres nos espaços da universidade, que vão de furto e roubo a assédio sexual, moral e psicológico. Segundo o vice-reitor, a intenção é colocar em debate a questão da violência contra a mulher dentro dos campi.

    “É uma busca em colocar a questão da violência contra a mulher como uma coluna vertebral da ação da universidade em relação às relações interpessoais. Esse é o grande trabalho do núcleo. É a semente de um projeto de uma universidade menos machista e mais antenada com o mundo de amanhã”, destaca o vice-reitor. A Universidade Estadual do Ceará tem atualmente cerca de 23 mil estudantes, 1.100 professores e 800 servidores, e está presente em pelo menos cinco cidades cearenses.

    Outra instituição que atua no combate à violência de gênero é a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Durante a recepção dos calouros para o primeiro semestre letivo, na segunda-feira, 6, teve início uma campanha de conscientização dos estudantes. São cartazes e peças publicitárias para veiculação na internet, rádio e TV universitária com o tema “A diversidade nos fortalece. A tolerância nos une”. A campanha segue os preceitos do protocolo de atendimento a mulheres vítimas de violência na universidade, que tem como objetivo garantir a segurança e a qualidade no atendimento das estudantes da instituição.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A constatação de que a escola, de fundamental importância na vida das pessoas, tem sido palco de bullying, levou a professora Cristina Pires Dias Lins, de Dourados, Mato Grosso do Sul, a criar projeto para auxiliar no combate a essa prática. O bullying (intimidação, numa tradução livre do inglês) é o comportamento agressivo e antissocial de estudantes, sem motivação evidente, em uma relação desigual de forças.

    O projeto Unidos no Combate à Prática do Bullying – Jornal, Literatura, Comunidade e Cidadania, uma Grande Parceria, desenvolvido em 2008 e 2009, foi um dos vencedores da quarta edição do Prêmio Professores do Brasil. Ele atingiu, inicialmente, os alunos do primeiro ano do ensino fundamental da Escola Municipal Neil Fioravanti. Depois, integrou toda a escola, as famílias dos estudantes e a comunidade.

    “Sempre fui consciente de que a educação é papel de todos. Não se pode pensar no envolvimento dos pais apenas nos momentos de reuniões para apresentação de resultados bimestrais”, salienta Cristina. “É necessário integrá-los no início, meio e fim do caminhar pedagógico.”

    O primeiro passo foi apresentar o projeto aos pais e à equipe pedagógica para esclarecer o objetivo do trabalho e ressaltar a importância da colaboração de todos para o êxito da iniciativa. Alunos e familiares estiveram reunidos na confecção de cartazes contra a violência, colados por toda a escola. As famílias também participaram da elaboração da pauta de reivindicações contra a violência, encaminhada aos responsáveis pelo projeto político-pedagógico e à Secretaria Municipal de Educação de Dourados. A proposta é articular o projeto com as demais escolas da rede oficial do município.

    Na execução do projeto, os diferentes conteúdos tiveram tratamento interdisciplinar. Na área de língua portuguesa, por exemplo, foram explorados textos conhecidos da literatura infantil, como O Patinho Feio e A Cigarra e a Formiga, e notícias de jornal para confrontar a ficção e a realidade no que se refere ao relacionamento humano. Os alunos reescreveram as histórias e encenaram uma peça de teatro, A Cigarra Cantora e a Formiga Solidária. Em ciências, por meio do estudo do corpo humano, houve a valorização das características físicas de cada um e o respeito à diversidade.

    De acordo com Cristina, a leitura e as demais atividades desenvolvidas em parceria forneceram suporte para passar da reflexão à ação. Assim, aos poucos, foram revistos conceitos que provocaram mudanças positivas nas atitudes. As brigas, que eram constantes, diminuíram. “Quando ocorrem, os próprios alunos causadores repensam automaticamente, reveem as atitudes e se autopoliciam”, analisa a professora.

    Outro efeito positivo foi o aumento na interatividade da turma, que se tornou mais solidária.

    Jornal — Para registrar e divulgar o que aprendeu sobre o combate ao bullying, a turma criou o Jornal da Cidadania, distribuído às famílias e à comunidade. “Procuramos conscientizar os leitores da importância da justiça, da ética e da colaboração para uma boa convivência”, afirma a professora. “Também integramos mensagens reflexivas ligadas à paz, ao respeito e a valorização da diversidade.”

    Fátima Schenini

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  • Grupo de estudantes de Ourinhos (SP) faz panfletagem e mutirões de limpeza para conscientizar sobre combate ao mosquito (Foto: Divulgação)
    Formado por 28 crianças na faixa dos dez anos de idade, o grupo Agente Mirim de Saúde chama a atenção em Ourinhos, interior de São Paulo. Eles integram o quinto ano do ensino fundamental da Escola Municipal Jorge Herkrath e realizam ações locais de conscientização no combate à dengue, zika e chikungunya. Boas práticas como a desses estudantes é o que o governo federal quer incentivar durante a Semana Nacional de Mobilização dos setores da Educação, Assistência social e Saúde no combate ao Aedes aegypti, de 23 a 27 de outubro.

    O coordenador-geral de Educação Ambiental e Temas Transversais da Educação Básica do MEC, Felipe Felisbino, destaca a necessidade do envolvimento das escolas durante a semana. Ele explica que o MEC vai remeter uma carta à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e ao Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) sobre a importância de chamar a atenção da comunidade. “A escola deve levar essa mudança de cultura para a sociedade”, ressalta.

    Esse envolvimento já é perceptível em Ourinhos. Atualmente, o bairro de Pacheco Chaves, onde está a escola Jorge Herkrath, é uma das localidades do município com o menos registros de dengue, zika ou chikungunya. “As crianças fazem essa conscientização junto à população com panfletagem, ‘arrastões’ de limpeza e ensino sobre a importância de não jogar lixo no chão”, explica a diretora Daniela Carnavali. Essa é a nona turma de agentes mirins formada pela instituição.

    O projeto começou em 2009 e em todos os anos é aberta uma nova turma, sempre com os alunos do quinto ano. “A programação se estende pelo ano todo e, no final, a gente faz um encerramento e entrega o certificado a eles”, conta Daniela. O curso é feito em parceria com agentes da Unidade de Saúde da Família do bairro, que se dispõem a ensinar os estudantes sobre o combate ao mosquito. “O importante é o aprendizado que eles levam para o resto da vida. É uma conscientização; eles relatam o que aprenderam e que atitudes mudaram depois do projeto.” 

    Ceará – Em Várzea Alegre, interior do Ceará, as ações contra o Aedes aegypti são feitas pelo ar. Sob a supervisão do professor Raimundo Neto, os alunos Pedro Vitor Ferreira Máximo e Vinícius Cardoso Viração, do curso técnico em eletrônica da Escola Estadual Dr. José Iran Costa, criaram o protótipo de um agente de saúde cibernético, que consiste em um drone.

    “A mãe de Pedro era agente comunitária de saúde e, quando ele ingressou no curso de eletrotécnica, percebeu que a tecnologia poderia ser uma aliada em vários fatores. Começou a montar um drone por conta própria. Adaptamos uma câmera de esportes embaixo e fizemos uma garra para soltar o larvicida”, explica o professor Raimundo Neto. “Tivemos a ideia de fazer cápsulas de amido de milho que, quando jogadas na água, diluem o amido e soltam o larvicida.”

    A intenção é que o equipamento vá onde os agentes de saúde não conseguem chegar, como terrenos abandonados e caixas d’água muito altas. O primeiro agente cibernético foi totalmente construído pelos estudantes. Este ano, eles conseguiram a doação de um drone e estão em fase de readaptação do projeto para que, até o final do mês, possam retomar o trabalho de combate ao Aedes aegypti.

    Assessoria de Comunicação Social 


  • Ação tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância de eliminar possíveis focos do mosquito, antes do período mais chuvoso do ano (Arte: ACS/MEC)

    O Governo Federal promoverá de 23 a 27 de outubro a Semana Nacional de Mobilização dos setores da Educação, Assistência Social e Saúde para o combate ao Aedes aegypti. Mais de 210 mil unidades públicas e privadas de todo o Brasil estão sendo mobilizadas pela Sala Nacional de Coordenação e Controle, que reúne os ministérios da Saúde; da Integração Nacional; da Defesa; do Desenvolvimento Social; da Educação; Casa Civil e a Secretaria de Governo da Presidência da República, além de outros órgãos convidados.

    O objetivo é que durante a semana de mobilização a população seja alertada sobre a importância de combater mosquito transmissor de doenças, como dengue, zika e chikungunya, já antes do verão, período do ano quando acontece o maior volume de chuvas, o que facilita a reprodução do Aedes aegypti. Ao todo, serão mobilizadas 146.065 escolas da rede básica, 11.103 centros de assistência social e 53.356 unidades de saúde.

    Estados e municípios tem autonomia para definir quais ações serão realizadas durante a ação, mas a orientação da Sala Nacional é que sejam realizadas atividades que envolvam a prevenção e o combate do Aedes, como mutirões de limpeza, distribuição de materiais informativos, realização de rodas de conversas educativas, oficinas, teatros e gincanas.

    O ministro da Saúde, Ricardo Barros, considera essas mobilizações essenciais para combater o mosquito, por estimularem a participação da população. “A comunidade precisa ter consciência e participar de ações de prevenção a essas doenças. Precisamos estar unidos para vencer essa batalha”, ressalta o ministro Ricardo Barros.

    Ainda para aproveitar o momento de mobilização, a Sala Nacional também indicou aos gestores que fossem inseridas equipes nas unidades de ensino para confeccionar Cartões Nacionais de Saúde aos estudantes que não possuem cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS).

    Sala nacional – Instalada para o enfrentamento ao Aedes aegypti e suas consequências , desde o final de 2015, a Sala Nacional de Coordenação e Controle é coordenada pelo Ministério da Saúde e tem como objetivos gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito.

    Uma das ações, em conjunto com estados e municípios, é a realização de visitas aos imóveis com objetivo de vistoriar e eliminar possíveis focos do Aedes aegypti, além de orientar a população sobre prevenção e combate ao mosquito. No primeiro semestre deste ano, foram vistoriados mais de 151,8 milhões de domicílios particulares e coletivos, estabelecimentos de ensino, de saúde, estabelecimento de outras finalidades e edificações em construção no país.

    Dados – As doenças transmitidas pelo Aedes aegypti têm tido queda expressiva em todo Brasil. De acordo com o último Boletim Epidemiológico, até o dia 02 de setembro deste ano, foram notificados 219.040 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 85,2% em relação ao mesmo período de 2016 (1.483.623).

    O mesmo estudo mostrou que foram registradas 171.930 notificações de casos prováveis de febre chikungunya. A redução é de 34,2%, comparado ao ano anterior, que atingiu o número de 261.645 casos. Em relação ao Zika, os casos caíram 92,6%. Foram registrados 15.586 casos prováveis em todo país, enquanto em 2016, o Brasil registrou 211.487 notificações. A incidência reduziu 92,5%, passando de 102,6 em 2016 para 7,6 neste ano.

    Sala Nacional de Coordenação e Controle

  • Ao lançar a iniciativa do MEC de combate ao mosquito, Mercadante destacou que o país não conta ainda com a vacina: “A única vacina que nós temos é a nossa consciência e a mobilização de todos para tentar impedir que esse mosquito se reproduza” (foto: João Neto/MEC)“Neste momento, não há vacina para o zika vírus. A única vacina que nós temos é a nossa consciência e a mobilização de todos para tentar impedir que esse mosquito se reproduza”. Assim o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, abriu os trabalhos no MEC, na manhã desta sexta-feira, 29, para uma verdadeira “caça” ao mosquito Aedes aegypti.

    A fala do ministro foi dirigida aos servidores, para que ajudem nas ações a serem desenvolvidas nas instalações do prédio na próxima semana. “Vamos iniciar a mobilização de hoje até a próxima semana, mas temos de lembrar que é algo para continuar, não vamos parar”, disse.

    A Subsecretaria para Assuntos Administrativos do MEC formou equipes que já começaram a vistoriar as instalações do prédio principal, anexos e garagem, na Esplanada dos Ministérios, do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Centro de Treinamento (Cetremec), na Asa Sul, em Brasília. Outros servidores podem ser voluntários. “Pensamos em não deixar restrito apenas ao MEC, mas também vamos fazer uma limpeza em um raio de 50 metros do prédio”, explica o subsecretário, Antônio Leonel, que apresentou as ações aos servidores. “Certas áreas, as que são de risco ou técnicas, terão pessoas treinadas, mas outras ações nós todos podemos fazer”, completou o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa.

    Preocupação — Para a servidora Eleine Barros de Sousa, grávida de sete meses, é muito importante a iniciativa do MEC, sobretudo porque muitas pessoas ainda estão desinformadas. “Como gestante, eu fico preocupada porque acho que pode acontecer comigo e com uma colega de trabalho”, disse. “E esse papel do MEC de informar é muito bom. A gente acha que pode acontecer com um vizinho, mas nunca com a gente.”

    O ministro esteve na área externa do prédio para verificar as condições de limpeza: “Vamos iniciar a mobilização, mas temos de lembrar que é algo para continuar, não vamos parar (foto: João Neto/MEC)

    Mobilização — No próximo dia 4 de fevereiro, Mercadante terá encontro com secretários de educação das 115 cidades mais afetadas para tratar do tema. “Além disso, vamos lançar uma grande campanha para tentar conscientizar e mobilizar os 40 milhões de estudantes da educação básica e 7,8 milhões de estudantes da educação superior”, afirmou.

    O MEC já iniciou parceria com órgãos da rede nacional de ensino. “Ninguém tem a estrutura que nós temos no Brasil para fazer esse trabalho”, disse o ministro. “Se nós conseguirmos mobilizar e conscientizar professores, gestores e estudantes e se contarmos com o ensino superior, vamos para mais de 60 milhões de pessoas mobilizadas”, ressaltou.

    Mais informações sobre ações de combate ao mosquito estão na página especial do governo federal sobre a campanha.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Mercadante: "A campanha é uma forma de mostrar para a população que cada um tem que fazer a sua parte” (foto: divulgação)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou neste sábado, 13, em Osasco (SP), da mobilização nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti. A ação integra iniciativa coordenada pelo governo federal, que contou com a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff, outros ministros de Estado e autoridades federais em diferentes localidades do país.

    Em todo o Brasil, 220 mil militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, participaram das atividades, realizadas em mais de 350 cidades das 27 unidades federativas.

    Ao lado do prefeito de Osasco, Jorge Lapas, de militares das Forças Armadas e de profissionais de Osasco e do estado de São Paulo, Mercadante visitou uma escola municipal e residências da cidade e orientou a população sobre o combate aos criadouros do mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus zika.

    “A campanha serve para conscientizarmos as pessoas de que todo mundo precisa fazer a sua parte. Não adianta fazer a campanha um dia na rua. A campanha é uma forma de mostrar para a população que cada um tem que fazer a sua parte. Se cada um não cuidar da sua casa, não tem quem cuide”, afirmou o ministro.

    Com caráter educativo, a ação buscou intensificar a conscientização da população para a importância de erradicar os criadouros do mosquito. Durante a atividade, foi distribuído material informativo, com explicações sobre as medidas de prevenção.

    “Na educação, vamos tentar sensibilizar os 60 milhões de estudantes, profissionais da educação e professores, além de comunicar os pais, porque somos a rede mais capilarizada no país. Se fizermos de cada sala de aula um espaço de informação e conscientização, a gente vai ter um exército poderoso, cada um vai falar para seus parentes, seus vizinhos”, afirmou Mercadante.

    O ministro abriu o dia de combate ao mosquito em Osasco, na escola municipal Terezinha Pereira, no bairro Rochdale. Na sequência, Mercadante percorreu as ruas do bairro, visitando residência e estabelecimentos comerciais, distribui panfletos de informação e conversou com os moradores sobre formas de prevenção e de eliminação dos focos de mosquito.

     Secretário-executivo do MEC e prefeito de Anápolis distribuem panfletos no centro da cidade sobre o enfrentamento ao Aedes Aegypti (foto: Danilo Almeida/MEC)A mobilização também contou com a participação do secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, em Anápolis (GO), e do secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Paulo Gabriel Nacif, em Itabuna (BA).

    "Nós realmente estamos em uma guerra contra um mosquito que traz três doenças gravíssimas. Não temos vacina. A única vacina é a nossa participação efetiva", destacou o secretário-executivo do MEC. " Temos que olhar nossas casas diariamente, sem negligenciarmos", complementou.

    Após a abertura dos trabalhos, o secretário-executivo e o prefeito João Batista Gomes distribuíram panfletos pelo centro de Anápolis e conversaram com trabalhadores dos comércios locais. Neste sábado, 550 militares e 18 agentes de saúde participam da ação. Ao longo da semana, 162 militares e cerca de 80 agentes de saúde visitarão nove bairros. A meta é chegar a 20 mil residências.

    Plano — O dia de mobilização nacional faz parte dos esforços do governo federal previstos no Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, lançado pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro do ano passado. Ao todo, 19 ministérios e outros órgãos federais estão mobilizados para atuar em conjunto. O enfrentamento do mosquito contará também com a participação dos governos estaduais e administrações municipais.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Ministério da Saúde

     

  • Nas escolas, são muitos os exemplos de atitudes agressivas capazes de causar sofrimento e angústia. É comum vivenciar casos de estudantes introvertidos, intimidados pelos alunos mais fortes e desinibidos; a menina que carrega o apelido de baleia; o garoto conhecido por quatro olhos e o chamado de palito. Essas situações não são novas, mas somente a partir da década de 70 começaram a ser estudadas com atenção, por pesquisadores de diferentes países, como integrantes de um fenômeno conhecido como bullying.

    No Brasil, uma das pioneiras no estudo do tema é Cleo Fante, doutoranda em ciências da educação. Ela já atuou em escolas públicas e particulares do estado de São Paulo como professora de história, geografia, e ética e cidadania. Cleo explica que o bullying(do inglês bully, valentão, brigão) é um fenômeno encontrado nas relações entre pares, em especial, estudantes. “Na prática, ocorre quando um estudante (ou mais), de forma intencional, elege como alvo outro (ou outros) contra o qual desfere uma série de maus-tratos repetitivos, impossibilitando a defesa”, diz.

    Com dez anos de experiência no estudo do bullyingno país, ela criou o programa Educar para a Paz, implantado em diversas escolas do Brasil e de Portugal. “Posso afirmar que o bullyingé um fenômeno que cresce assustadoramente”, afirma.

    O problema pode ter inúmeras causas. A pesquisadora cita modelos educativos familiares, como o autoritarismo, a permissividade, a ausência de limites e afeto e o abandono, e também fatores como a força da mídia, principalmente por meio de programas e filmes violentos, e a influência cultural — o egoísmo, o individualismo e o descaso colaboram para a falta de empatia, compaixão, tolerância e respeito.

    Consequências— O bullyingpode ocasionar sérios problemas, de acordo com a gravidade e do tempo de exposição aos maus-tratos. “As vítimas podem ter o processo de aprendizagem comprometido, apresentar déficit de concentração, queda de rendimento escolar e desmotivação para os estudos. Isso pode resultar em evasão e reprovação escolar”, ressalta Cleo.

    Tais consequências podem atingir também o processo de socialização e causar retraimento, dificuldade no relacionamento e na tomada de iniciativas e de decisões. Os problemas podem atingir até a saúde das vítimas e desencadear sintomas e doenças de fundo emocional, como dores de cabeça e de estômago, febre, vômitos, alergias, fobias e depressão.

    Segundo Cleo, o mínimo que as escolas podem fazer é discutir o problema com a comunidade, alertar estudantes, pais e profissionais para essa forma de violência e diferenciá-la das brincadeiras habituais e da indisciplina. “Porém, a prevenção é o melhor caminho e deve ser iniciada pelo conhecimento”, sustenta a pesquisadora. Ela alerta, ainda, para a ocorrência de um novo fenômeno, o ciberbullying, forma de praticar o bullyingpela internet.

    Lei— Medidas de combate ao bullyingdevem ser incluídas nos projetos pedagógicos das escolas públicas e particulares de Pernambuco. Lei nesse sentido foi sancionada em dezembro do ano passado pelo governador Eduardo Campos.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Na preparação do repelente da professora Paula Cristina Rangel são usados ingredientes comuns e baratos, como cravo-da-índia e álcool comum (foto: arquivo da professora)Os casos de dengue e chikungunya e a incidência do zika vírus em Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, Paraíba, levaram a professora de química Paula Cristina de Andrade Rangel a desenvolver o projeto de um repelente caseiro. Paula, 35 anos, há dez é professora na Escola Técnica Estadual Erenice Cavalcanti Fidélis, em Bayeux, município de 96,5 mil habitantes, que tem 60% da área coberta por mangues e rios, propícios à proliferação de mosquitos como o Aedes aegypti.

    Nascida em Macaparana, Pernambuco, Paula começou a desenvolver o projeto do repelente em janeiro de 2016, com o crescimento do número de casos de dengue, chikungunya e do zika vírus, transmitidos pelo Aedes aegypti, em todo o país. “Havia um surto muito grande de zika, e víamos, na escola, que as pessoas estavam ficando doentes”, diz a professora. “Um aluno pegou a chikungunya e ficou com problema no coração, uma arritmia, como sequela.”

    Ao ver alunos e familiares afetados com doenças transmitidas pelo mosquito, Paula resolveu ir com os alunos para o laboratório e desenvolver o projeto. Antes de os estudantes começarem a usar a fórmula do repelente, a professora precisava testá-lo, para avaliar a eficiência, sem comprometer a segurança de todos. Para isso, precisava de um lugar em que os mosquitos proliferassem. Ela levou o produto até a casa de sua mãe, que mora perto de uma na praia, e o testou na própria família.

    “Usei o produto em mim, em minha irmã, minha sobrinha e meu enteado, de 4 anos”, explicou. “Não apareceu nenhum problema de pele, nenhuma alergia; realmente, ficávamos protegidos.”

    Produção — De acordo com a professora, é possível fazer o repelente com gasto inferior a R$ 7, por se tratar de produto sustentável, barato e eficaz. Geralmente, as pessoas têm em casa todos os ingredientes. O produto passa por processo de decantação, que dura quatro dias, e em seguida por uma filtragem até estar pronto para uso. “Usei cravo-da-índia, que tem cheiro forte, e álcool comum. Duas vezes ao dia, eu mexia o material para que fosse decantado o resíduo do cravo-da-índia. Depois de quatro dias, filtrei e adicionei óleo corporal”, explica.

    A questão da sustentabilidade e a economia na preparação do produto são destacadas pela professora. “O cravo-da-índia é barato, e o produto pode ser armazenado em recipientes de perfume guardados em casa antes de serem jogados no lixo”, afirma. “O álcool comum, de 46°C, também é barato, assim como o óleo a ser usado para tornar o cheiro mais agradável porque o do cravo é muito forte. Mas o repelente deve ter cheiro forte para que o mosquito não se aproxime.”

    Armadilha — O projeto contou com a participação do professor Jeimes Campos, que criou e construiu armadilhas para captura do mosquito. Segundo ele, uma forma de ajudar no combate ao Aedes aegypti é levá-lo a se reproduzir dentro das armadilhas para facilitar sua eliminação.

    Por meio da química e da física, os dois professores colocaram em prática, para aplicação no dia a dia, os conhecimentos que transmitiram em sala de aula aos estudantes. Com isso foram premiados na iniciativa Desafios da Educação ZikaZero, realizada em escolas de todo o país. Desenvolvida pelo Ministério da Educação, a iniciativa premia projetos educacionais voltados ao combate ao Aedes aegypti.

    Em 2016, foram registrados no Brasil quase 1,5 milhão de casos de dengue, 324 mil somente no Nordeste, segundo o Ministério da Saúde.

    Assessoria de Comunicação Social  

    Confira:
    Preparação do repelente natural

  • Equipes da UFRN trabalham na identificação dos focos do mosquito causador da dengue, do vírus zika e da febre chikungunya e auxiliam na coleta de informações encaminhadas aos órgãos de saúde (arte: ACS/MEC)Se os alunos estão de férias, as instituições de educação superior sabem que há com o que se preocupar. Afinal, o mosquito Aedes aegypti não dá folga. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por exemplo, tem reforçado as campanhas de combate no estado.

    Equipes trabalham na identificação dos focos do mosquito causador da dengue, do vírus zika e da febre chikungunya e auxiliam na coleta de informações encaminhadas aos órgãos de saúde. Edital lançado pela instituição tem o propósito de incentivar estudos para a ampliação das ações de combate. “Temos grupos de trabalho com foco em estudos para o controle do mosquito, para a diminuição da população do inseto, procurando, por exemplo, alternativas que venham a somar naquilo que a gente já conhece”, afirma a pró-reitora de extensão da UFRN, Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes.

    Uma ajuda, de acordo com Maria de Fátima, pode estar na própria vegetação da região. Estudar plantas da caatinga que tenham alguma ação inseticida, larvicida ou ovicida pode resultar em uma ferramenta tecnológica para facilitar a notificação dos casos num observatório da dengue.

    A UFRN também prevê ações pontuais nas comunidades com maior risco de proliferação do mosquito. Maria de Fátima considera importante envolver os moradores e conscientizá-los sobre a necessidade de prevenção.  “É um problema de todos; precisamos focar na retenção do mosquito”, diz.  “Ou seja, somar esforços para evitar água parada em condições de reprodução do mosquito. Só vamos conseguir isso por meio da sensibilização das pessoas, convencendo-as.”

    Entre as linhas de pesquisa desempenhadas pela universidade está o monitoramento do Aedes aegypti. Tal recurso colabora para a identificação de doenças e ainda permite o reconhecimento de características importantes, informações que são úteis nesse período em que a prevenção ainda aparece como um grande desafio. “Os laboratórios estão focados no estudo do vírus, de vacinas dessas doenças, estudos voltados para esse mosquito”, diz a pró-reitora. “Inclusive, resultando na produção de um mosquito transgênico, que está sendo testado.”

    Conselhos comunitários e escolas tornaram-se parceiros da UFRN, que também conta com apoio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Natal, das secretarias de saúde e da Fiocruz, assim como de colaboradores de instituições internacionais.

    Assessoria de Comunicação Social

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