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  • ProInfo: meta é atender todas as escolas públicas urbanas até 2010 (Foto: João Bittar)Aproximadamente dez milhões de alunos da educação básica serão beneficiados este ano com a entrega de 26 mil laboratórios de informática. O número representa a expansão do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), cuja meta é atender todas as escolas públicas urbanas até 2010. A entrega e instalação dos equipamentos estão previstas para começar a partir de março. 

     

    Ao todo serão distribuídos 19 mil laboratórios de informática em escolas urbanas. Para isso, o Ministério da Educação investiu R$ 293 milhões. Cada laboratório será composto por um servidor multimídia, sete microcomputadores, 16 terminais de acesso, nove estabilizadores, uma impressora laser/led e um roteador wireless (internet sem fio). Está previsto ainda o fornecimento de um computador para a administração das escolas.

     

    Para as escolas rurais, foram investidos R$ 23,960 milhões na aquisição de sete mil laboratórios. Cada laboratório é composto por um microcomputador e cinco terminais de acesso compostos por um monitor, um teclado, um mouse, fones de ouvido e uma entrada USB, além de um estabilizador e de uma impressora.

     

    Segundo o secretário de educação a distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, com a adoção de multiterminais foi possível diminuir o custo dos laboratórios e também garantir maior durabilidade dos equipamentos. Cada computador será entregue com dois terminais, porém tem capacidade para conectar até três terminais de acesso. “Se for necessário fazer manutenção em um computador, os seus terminais de acesso podem ser transferidos para os demais computadores. Assim, o conserto do equipamento pode ser feito sem que os alunos sejam prejudicados”, explica.

     

    Além de serem entregues e instalados nas escolas, os equipamentos terão suporte e garantia de 36 meses. Todos deverão ser compatíveis com a nova versão do sistema operacional Linux Educacional 3.0, software livre elaborado pelos servidores do ministério especialmente para atender às escolas públicas do Brasil, com conteúdos pedagógicos pré-selecionados.

     

    Como escolher os laboratórios – O ProInfo é resultado de ampla parceria entre governo federal, estados e municípios. Sendo assim, para aderir ao programa e escolher as escolas que serão beneficiadas por ele, é necessário seguir três etapas: enviar termo de adesão, efetuar cadastro e selecionar escolas. Vale ressaltar que, este ano, as prefeituras terão de enviar fotos das escolas e dos laboratórios para serem aprovadas.

     

    Leia o passo a passo de todo o processo de adesão ao programa.

     

    Renata Chamarelli

  • Com apenas um clique, crianças com paralisia cerebral conseguem se comunicar com computadores, graças a pequenos acionadores montados pelo professor Paulo de Aquino, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Os dispositivos foram desenvolvidos a pedido de professoras da Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas para a Ação Educativa, que integra o Centro de Referência em Educação Especial do Instituto Helena Antipoff (IHA), no Rio de Janeiro.


    Engenheiro elétrico, com mestrado e doutorado em engenharia elétrica, Aquino leciona para alunos de educação superior do instituto (antigo Cefet-RJ) desde 1984. A parceria com o IHA começou há cerca de quatro anos, com a montagem dos pequenos acionadores, mas não parou. Ele já elaborou diversos produtos, como brinquedos, acionadores diversos, comunicadores, mouses e teclados, para portadores de paralisia cerebral (PCs) atendidos pelo IHA.


    Uma das preocupações do professor é desenvolver produtos semelhantes aos que existem no exterior, com preços mais baixos. “Trabalho constantemente com o IHA, quase sempre atendendo solicitações”, diz Aquino. “Temos feito pesquisas juntos, buscando personalizar cada instrumento, considerando a distinta capacidade de cada usuário. A ideia central é sempre fazê-las a baixo custo.”


    O professor tem recebido pedidos de desenvolvimento de ferramentas provenientes de outras cidades e estados. “Gostaria de atender muitas outras pessoas, mas minhas disponibilidades de tempo e de laboratório são muito restritas”, explica. Para oferecer um atendimento melhor, Aquino pretende montar um laboratório de tecnologia assistiva, no qual possa trabalhar com uma equipe de alunos estagiários.


    Desafio — De acordo com o professor, o atendimento a necessidades dos portadores de paralisia cerebral beneficia outras pessoas com deficiência. Ele já fez adaptações para portadores de baixa visão e tetraplegia e desenvolve um acionador por pequenos movimentos faciais — de olhos, testa e sobrancelhas. “Cada projeto é mais um desafio tecnológico”, destaca Aquino, que não cobra pelos equipamentos que desenvolve.


    No instituto, ele ensina os alunos da disciplina introdução à engenharia elétrica a elaborar um acionador. Os melhores projetos são encaminhados ao IHA. “Com isso, tento introduzir os jovens recém-chegados ao ensino superior no contexto social em que vivemos. O resultado tem sido excepcional.”

    Fátima Schenini


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